sexta-feira, agosto 29, 2008

Kaoru Abe (03/05/1949 - 09/09/1978)



Kaoru Abe Website
Biografia por Eugene Chadbourne

Disposable Heroes of Jazz Music

As injustiças na música chamada Jazz, sempre existirão, nunca terão fim, isto é fato. Mas a questão aqui não é sobre injustiça, mas sobre o comodismo, a rotina, a falta de interesse em buscar novas experiências, principalmente entre os paulistanos. As capas dos discos acima são apenas uma milésima parte do que se passou e passa incógnito pelos ouvidos de muitos que até se especializam no dito Jazz. Se tratam de gravações de experiências de ruídos inaudíveis, como muitos depreciam o Free Jazz e Free Improvisation de artístas como Peter Brötzmann? Não. Os exemplos aqui, como Marvin Peterson, Ernest Dawkins, Maurice McIntyre e Ken McIntyre, são de artístas com obras palpáveis a qualquer pessoa que gosta de Jazz no seu sentido mais amplo, não chegam a ir além dos "limites" da abstração sonora, preservam com muito talento e personalidade as raízes de suas culturas ancestrais. Mas quem se interessa? É só conferir nas lojas de discos, conversar com os proprietários sobre a procura da clientela, é sempre a mesma coisa: John Coltrane, Sun Ra, Art Ensemble Of Chicago, Miles fase quinteto, de preferência as primeiras gravações, no caso específico de Sun Ra. Coltrane, se não é Blue Train em vinil, é A Love Supreme, Ascension. Pouco se fala de First Meditations, Live in Seattle, Om, além do que não há interesse no universo de músicos tão fantásticos quanto Trane, como: Albert Ayler, Charles Gayle, Frank Wright, Noah Howard, Oliver Lake, Julius Hemphill, Fred Anderson, David S. Ware, Charles Tyler, Charles Brackeen, etc, só entre os do chamado Free Jazz americano. Hora outra, um nome é escolhido para ser da moda, como Anthony Braxton, Bill Dixon, Han Bennink, Milford Graves e o próprio Brötzmann. Percussionistas, pouco se fala em Norman Connors, Newman Taylor Baker, Paul Lovens, Kahil El Zabar, entre tantos. Bill Dixon se tornou conhecido pela nova geração por sua associação com a Exploding Star Orchestra, apesar de estar na ativa desde os anos 60. Falando em trompetistas, o grande Malachi Thompsom teve cd lançado aqui no Brasil e passou batido, assim como o lp de Marvin Peterson que saiu pela Basf aqui. É triste, pois a música oferece um amplo campo de apreciação, mas parece que muitos preferem passar décadas escutando só A Love Supreme e Kind Of Blue... Pegue um cardápio de qualquer pizzaria de bairro que entrega à domicílio, tem mais de 30 tipos de combinações e não é nada que seja gritante ao paladar do brasileiro, como partes intestinais de animais e insetos, como na culinária chinesa, mas o sujeito sempre pede muzzarella, calabreza, catupiry ou portuguesa, uma coca ou guaraná... e os anos passam...

quinta-feira, agosto 21, 2008

Eleições 2008 III (Pensem nas crianças!)

Eleições 2008 II (Agora é pra valer!)

Eleições 2008! (Vocês tão de brincadeira, né?)

Espada Olímpica!

Não, não, não se trata do sucessor do clã Togakuri do seriado Jiraya... É sobre a lei da espada que se refletiu em alguns atletas e torcedores brasileiros nestas Olimpíadas em Beijing. No futiba masculino, o bronze se tornou um castigo e desonra, até que se dê conta que não tem mais jeito e o prêmio de consolação vira um tudo no melhor que nada. Agora será que ainda é preciso comentar sobre um segundo propósito? Bem, não sei, mas tem o fato de servir de vitrine para o milionário mercado esportivo europeu... A maratona aquática foi prejudicada porque não importava representar a delegação do país e sim o brilho do nome próprio no podium. A própria atleta em sua humildade admitiu a cultura highlander do "só pode haver um!". Moro num país tropical, mas a ideologia vem da Escócia(highlands). A voz do povo não é a voz de Deus, graças à DEUS! Se não Deus tería uma voz contraditória que raramente mantém a palavra de acordo com seus interesses extremamente pessoais. Deus também não é brasileiro, pois segundo Ele mesmo, seu amor e justiça são para o mundo inteiro, amém!
- Lamento por muitos atletas que com quase sem recursos, conseguiram chegar a olimpíada, mas vamos acordar deste delírio nacionalista e sermos patriótas. O nosso Brasil está doente, pobre e cada vez mais injusto.

quarta-feira, agosto 13, 2008

Genius Party Beyond (2008)


Genius Party Beyond - Studio 4°C (2008)
São 5 curtas dirigidos por: Koji Morimoto(Dimension Bomb), Mahiro Maeda(Gala), Tatsuyuki Tanaka(Tojin Kit), Shinya Ohira(Wanwa' the Puppy), Kazuto Nakazawa(Moondrive).

Tadashi Hiramatsu

Tadashi Hiramatsu, 17/03/1963, Toyokawa, Aichi, Japão. Animador, animador-chave e storyboard. Trabalhou nos filmes: Abenobashi, Robotech(Macross), Roujin Z, Mobile Suit Gundam F91, Neon Genesis Evangelion, Jin Roh, Neko No Ongaeshi(The Cat Returns), Ghost In The Shell II & III, Paranoia Agent, etc.

terça-feira, agosto 12, 2008

Ícones do Jazz, tabus, injustiças - bateristas

A história do Jazz é repleta de dados imprecisos e muitas injustiças são cometidas por inúmeros fatores. Aqui temos um ponto específico, o rítmo. Grandes mudanças no rumo do Jazz ocorreram neste campo e pouco se fala nos catalizadores destas mudanças, os bateristas. Vejam o caso do chamado "Bebop", muito se fala de Charlie Parker, mas sem descreditar a evidente importância de Bird, pouco se fala de Kenny Clarke, que fundamentou a bateria moderna no Jazz, que foi se libertando com seus antecessores: Big Sid Catlett, Warren "Baby" Dodds, "Papa" Joe Jones, etc. E um ponto crucial no Bebop é justamente a mudança rítmica. Mas vejamos o caso destes bateristas: Jack DeJohnette, que tocou com Charles Lloyd, Miles Davis, entre tantos, tem uma brilhante carreira, é um ícone pra muitos bateristas modernos, mas estagnou em termos de criatividade artística. Tony Williams, famoso companheiro de Miles e seu grupo Lifetime, exímio e talentoso músico, também de certa forma estagnou em seus últimos anos em termos de criatividade, mesmo tendo falecido precocemente. Jimmy Cobb, é um eficiente músico, também é um ícone, mas em termos de diferencial como baterista, isso não é o caso. O mesmo ocorre com Louis Hayes, também veterano do chamado Hardbop. No caso de Williams e DeJohnette, não deram continuidade em suas características inovadoras e personalíssimas, basta observar seus trabalhos dos anos 80 em diante. A questão técnica destes bateristas não está em questão. No caso de Cobb e Hayes, são execelentes bateristas de Jazz, mas não catalizaram mudanças na música e não possuem um diferencial tão significativo para a percussão. Agora vejamos o caso de Dannie Richmond, companheiro de Mingus. Seu estilo e técnica são derivados do Hardbop e muito de Max Roach, mas executar as complexas e exigentes composições de Mingus não é para qualquer um, tarefa que executou com louvor, mas pouco se fala dele, sempre à sombra de Mingus e outros bateristas. Rashied Ali, ficou famoso por ter sido o último baterista de Coltrane, mas existem detalhes que ficaram de fora. Sem dúvida, um músico extremamente criativo, mas ele deve muito à Sunny Murray, que foi o verdadeiro criador da bateria no Free Jazz e muitos lamentavelmente questionam sua técnica, chegando ao absurdo de afirmar que ele não sabe tocar Jazz. Se isso tivesse fundamento, Gil Evans, Jackie McLean por exemplo, não o chamariam para tocar com eles. Sunny foi chamado por Coltrane para substituir Elvin Jones, mas não aceitou porque temia perder a amizade com Elvin. Mas a saída de Elvin era inevitável, pois não supria as novas necessidades percussivas de Trane. Muhammad Ali, irmão de Rashied, é quase que inexistente para o mundo da bateria, o que é extremamente injusto, pois tem qualidade como seu irmão e um estilo incomum e diferenciado, basta averiguar suas gravações com Frank Wright e Noah Howard, por exemplo. Como foi um baterista estritamente de Free Jazz, ficou à margem da mídia especializada em Jazz. Alguns podem afirmar que há um cunho depreciativo no que citei, mas isso é errado, pois como disse, a questão aqui é justamente sobre o que cada músico como percussionista teve função ou não na mudança do instrumento na história música que conhecemos pelo nome de Jazz.

sexta-feira, agosto 08, 2008

Eraserhead – David Lynch (1977)





Finalmente relançado em DVD o primeiro filme de David Lynch, Eraserhead, de 1977. Disponível oficialmente em 2006, também chega ao mercado brasileiro. Antes disso, circulavam escassas cópias de baixa qualidade em formato VHS.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Sun Ra & His Arkestra

Sun Ra é um dos pioneiros do "Do It Yourself". Para viabilizar os custos, a própria Arkestra confeccionava as capas dos discos e os rótulos. Isso causou uma confusão, pois a mesma gravação chega a ter diversas capas diferentes e algumas vezes os rótulos eram trocados, divergindo os títulos das faixas com o que estava nos sulcos do vinil. Aqui temos uma amostra da trampa da Arquestra nas artes gráficas...

John Coltrane & Cecil Taylor

Até hoje há uma confusão sobre a gravação de John Coltrane e Cecil Taylor, que muitos conhecem por Coltrane Time, que foi lançada pela Blue Note em 1962. Mas na verdade foi uma sessão de gravação liderada por Cecil Taylor em 13/10/1958 pela United Artists (UAL 4014) que, inclusive, consta na discografia de Trane com o nome original: Hard Driving Jazz. Esta sessão era composta por Kenny Dorham (trompete) John Coltrane (sax tenor) Cecil Taylor (piano) Chuck Israels (baixo) Louis Hayes (bateria). Taylor descreve como a gravadora determinou a escolha dos músicos na sessão: " I said 'Coltrane okay, but I want to use all the musicians that I want.' I wanted to use Ted Curson, who's a much more contemporary trumpet player than the trumpet player I ended up with, Kenny Dorham."

Cecil Taylor - Hard Driving Jazz (United Artists UAL 4014)

1. Shifting Down - 10:37
2. Just Friends - 6:13
3. Like Someone In Love - 8:07
4. Double Clutching - 8:18

terça-feira, agosto 05, 2008

Caetitu - Gibson, Weston, Mattos, Blume (2007)

















Yedo Gibson (tenor saxophone, Eb clarinet), Veryan Weston (piano), Marcio Mattos (double bass, electronics), Martin Blume (percussion).

1 - Flush and Harmonize - 18:36
2 - Membrance Source - 10:43
3 - No Repeats - 22:46

Digital concert recording at LOFT Cologne
by Christian Heck - 2007 August 24
Total time 52:16


sexta-feira, agosto 01, 2008

Um Oceano de plástico

Durabilidade, estabilidade e resistência a desintegração. As propriedades que fazem do plástico um dos produtos com maiores aplicações e utilidades ao consumidor final, também o tornam um dos maiores vilões ambientais. São produzidos anualmente cerca de 100 milhões de toneladas de plástico e cerca de 10% deste total acabam nos oceanos, sendo que 80% desta fração vem de terra firme.

Foto do vórtex

No oceano pacífico há uma enorme camada flutuante de plástico, que já é considerada a maior concentração de lixo do mundo, com cerca de 1000 km de extensão, vai da costa da Califórnia, atravessa o Havaí e chega a meio caminho do Japão e atinge uma profundidade de mais ou menos 10 metros . Acredita-se que haja neste vórtex de lixo cerca de 100 milhões de toneladas de plásticos de todos os tipos.
Pedaços de redes, garrafas, tampas, bolas , bonecas, patos de borracha, tênis, isqueiros, sacolas plásticas, caiaques, malas e todo exemplar possível de ser feito com plástico. Segundo seus descobridores, a mancha de lixo, ou sopa plástica tem quase duas vezes o tamanho dos Estados Unidos.


Ocean Plastic

O oceanógrafo Curtis Ebbesmeyer, que pesquisa esta mancha há 15 anos compara este vórtex a uma entidade viva, um grande animal se movimentando livremente pelo pacifico. E quando passa perto do continente, você tem praias cobertas de lixo plástico de ponta a ponta.

sea-turtle-deformed.jpg Tartaruga deformada por aro de garrafa pet

A bolha plástica atualmente está em duas grandes áreas ligadas por uma parte estreita. Referem-se a elas como bolha oriental e bolha ocidental. Um marinheiro que navegou pela área no final dos anos 90 disse que ficou atordoado com a visão do oceano de lixo plástico a sua frente. 'Como foi possível fazermos
isso?' - 'Naveguei por mais de uma semana sobre todo esse lixo'.
Pesquisadores alertam para o fato de que toda peça plástica que foi manufaturada desde que descobrimos este material, e que não foram recicladas, ainda estão
em algum lugar. E ainda há o problema das partículas decompostas deste plástico. Segundo dados de Curtis Ebbesmeyer, em algumas áreas do oceano pacifico podem se encontrar uma concentração de polímeros de até seis vezes mais do que o fitoplâncton, base da cadeia alimentar marinha.

Todas a peças plásticas à direita foram tiradas do estômago desta ave

Segundo PNUMA, o programa das nações unidas para o meio ambiente, este plástico é responsável pela morte de mais de um milhão de aves marinha todos os anos. Sem contar toda a outra fauna que vive nesta área, como tartarugas marinhas, tubarões, e centenas de espécies de peixes.

Ave morta com o estômago cheio de pedaços de plástico

E para piorar essa sopa plástica pode funcionar como uma esponja, que concentraria todo tipo de poluentes persistentes, ou seja, qualquer animal que se alimentar nestas regiões estará ingerindo altos índices de venenos, que podem ser introduzidos, através da pesca, na cadeia alimentar humana, fechando-se o ciclo, na mais pura verdade de que o que fazemos à terra retorna à nós, seres humanos.

Fontes:
The Independent, Greenpeace e Mindfully

Ver essas coisas sempre servem para que nós repensemos nossos valores e pricipalmente nosso papel frente ao meio ambiente, ou o ambiente em que vivemos.


Antes de Reciclar, reduza!

Fonte:
Jorge Ceranto, diretor Trecsson, coordenador Fundação Getúlio Vargas - FGV

quarta-feira, julho 30, 2008

Miles Davis

Bem, é óbvia a importância e valor deste músico para a arte, mas já escutei muitas vezes frases como: "Miles is god!". Para muitos pode até ser, mas para mim, que não sou politeísta só existe um Deus. Eu tenho muitas gravações de Miles, de diversas "fases", conheço o seu trabalho e boa parte de sua trajetória. Vamos esclarecer alguns fatos, todos nós seres humanos limitados e com defeitos, Miles não fugiu à sua natureza humana. Miles teve sérios problemas com as drogas que o prejudicaram na saúde e no seu trabalho. Graças à Teo Macero, seu produtor, sua carreira se manteve. Miles nos anos 60 não conseguia tocar um solo inteiro sequer e Macero pacientemente editava vários trechos de solos de inúmeros takes diferentes para montar um inteiro. Sim, Miles remix. Outro fato, Miles era conhecido pelo seu temperamento difícil e inflexível. Se não fosse Tony Williams, que se tornou o seu verdadeiro conselheiro musical, Miles estaría fadado ao ostracismo como Howard McGhee(brilhante trompetista do chamado bebop) e acreditem, Duke Ellington! Sim, Duke foi resgatado por Norman Granz com o selo Pablo nos anos 70, pois ninguém mais queria saber de gravar Duke! Tony incentivava Miles à modernizar sua música, mostrou o rock e outras formas musicais para Miles. Miles Dewey Davis III sacou que se ficasse no chamado purismo do Jazz, ficaría no esquecimento, pois apesar das aparências, o Jazz, mesmo influenciando a música do século XX como um todo, não tem devido valor na sua terra natal. O baixista alemão Peter Kowald constatou este fato com perplexidade quando foi para lá. Muitas das chamadas "Directions In Music" de Miles também tinham um grande cunho mercadológico. Não foi por meras questões artísticas que Miles gravou músicas de Michael Jackson e elementos do Hiphop nos anos 80, era o que o mercado consumia em massa. Sobre a famosa autobiografia de Miles escrita em conjunto com Quincy Troupe, uma vez seu amigo Max Roach lhe questionou porquê tinha publicado fatos de forma irreal. Miles disse que não fora ele, mas Roach repreendeu dizendo que ele tinha assinado em baixo, ou seja...
Enfim, Miles Davis foi realmente um grande artísta e muito importante para a música, mas veja lá quem se coloca no pedestal da idolatria...

Romanos 3:10: "...
Não há um justo, nem um sequer."

sexta-feira, julho 11, 2008

Kaiba


Série de animação dirigida por Masaaki Yuasa e Madhouse em 2008. Kaiba é o personagem sem memória, a não ser com a imagem de uma mulher desconhecida. Viaja pelo espaço conhecendo pessoas e recuperando sua memória numa época em que as memórias das pessoas podiam ser armazenadas em bancos de dados e transferidas para novos corpos, sendo comercializadas, mas também podiam ser roubadas e ilegalmente alteradas. Yuasa dirigiu Mind Game(2004), Kemonozume(2006), trabalhou também em Crayon Shin-chan(1992), Noiseman Sound Insect(1997), My Neighbours The Yamadas(1999), Cat Soup(2003), Samurai Champloo(2004).

quinta-feira, julho 10, 2008

UMA NOTA DE AGRADECIMENTO

Uma pausa para a cultura, as artes, que no momento é um ítem totalmente dispensável e supérfluo. Não vamos olhar o gramado do vizinho, vamos olhar para a nossa casa: BRASIL.
Obrigado à população que move este país, que vota e elege nossos líderes, as empresas, indústrias, crime organizado e desorganizado, enfim, todos os setores da sociedade brasileira. Ficam de fora os que estão no trabalho escravo, na mendicancia, miséria. Graças a nós todos que fazemos parte da sociedade em todos os níveis, teremos um futuro brilhante, sim, afinal os derivados de petróleo como o plástico, metais, materias inorgânicas, refletem bem o brilho sol. Beberemos bio-combustíveis e comeremos plásticos, metais, automóveis, etc. Quem sabe a minoria consiga comprar água engarrafada e alimentos importados. Obrigado à todos mesmo, pois o ser humano se tornou uma "coisa", descartável, um número. TV's de plasma maiores, pois assim não se enxerga a miséria nas ruas, nos cruzamentos de ruas e avenidas, nos bairros pobres e favelas, interior e capitais, norte, sul, leste e oeste.
Como disse antes, este é um mísero blog que poucas pessoas se interessam, e ainda por cima não tem cunho político, é direcionado ao supérfluo mundo artístico. Este post não surtirá efeito algum e não tem este objetivo, é apenas uma nota de agradecimento. Oremos pois, para que este quadro sombrio se reverta, para que o verdadeiro amor predomine em todos. Sim, o amor verdadeiro, que não é egoísta, que não espera recompensa ao se doar. Sem ironia, que Deus abençoe à todas as pessoas deste país, que tenham vida repleta de prosperidade, paz, amor e justiça, amém.

quarta-feira, julho 09, 2008

Sunny's Time Now

Antes tarde do que nunca. Enfim o reconhecimento mais do que merecido deste brilhante músico, Sunny Murray é o verdadeiro libertador da bateria no Jazz em conceitos mais amplos, o pai da bateria do Freejazz. Já no fim dos anos 50, junto de Cecil Taylor, participando inclusive de workshops de Varése, desenvolveram as bases e o conceito de Freejazz. Sunny desenvolveu o uso das frequências sonoras da percussão e pulsação no Jazz de forma realmente livre, abandonando as estruturas formais de compasso e rítmo. Deixou sua marca nas gravações com Albert Ayler e sería o próximo baterista de Coltrane em sua chamada última fase. Sunny vive atualmente na Europa, onde encontrou receptividade para sua arte e recentemente gravou com outro grande artísta marginalizado do Freejazz: Arhtur Doyle. As grandes mudanças desencadeadas no Jazz ocorreram principalmente no rítmo, não apenas nas estruturas melódicas, como muitos enxergam. Kenny Clarke, Max Roach e Sunny Murray ampliaram as possiblidades musicais da bateria no Jazz de forma única. Assim como Duke Ellington, Charlie Parker e John Lewis no campo harmônico e melódico. Infelizmente, ainda é um tanto difícil encontrar este dvd, mas aqui seguem os links:

http://www.ptd.lu/stn.htm


Paul Thiltges Distributions
45, boulevard Pierre Frieden
L-1543 Luxembourg
Tel: (352) 44 70 70 46 28 - Fax: (352) 25 03 94
info@ptd.lu

sábado, junho 28, 2008

Work Series: Musician - Ken Vandermark (2007)

Está disponível o documentário Musician da The Work Series sobre o músico e compositor de Chicago, Ken Vandermark, dirigido por Daniel Kraus em dvd. Aproximadamente 60 minutos mostra a vida deste brilhante artísta da nova geração do Freejazz. Vandermark participa de muitos projetos, desde duos até formações maiores, como o Chicago Tentet de Peter Brötzmann. Atualmente tem trabalhado no projeto Powerhouse Sound com o guitarrista do grupo Tortoise, Jeff Parker e duos com os bateristas Paal Nilsen-Love e Tim Daisy, baterista do seu principal projeto, o Vandermark 5.

quarta-feira, junho 25, 2008

Freejazz em São Paulo neste sábado, 28/06/2008

Sábado 28 de junho, das 19h à 1h
:::HISTÓRIA DO JAZZ - VOLUME 5:::
>>>>> FREEJAZZ <<<<<
Com Antônio Panda Gianfratti e Yedo Gibson


A CASA TEM LOTAÇÃO LIMITADA. Chegue cedo!
Rua João Moura, #1076, Pinheiros (travessa da Rua Cardeal Arcoverde)
- Fundos do estacionamento

sexta-feira, junho 20, 2008

Cultura oriental, Bossa Nova, azeite e vinagre

Calma, não tenho nada contra a Bossa Nova, é só uma simbologia para situar os desavisados sobre o nacionalismo fora de senso de nós brasileiros e nossa cultura ocidental.
Uma arrogante frase afirmava que a Europa é o centro da cultura e civilização da humanidade. Será mesmo? Bom, tem várias civilizações no norte africano e oriente médio, oriente extremo, parte das américas que já tinham um sistema funcional de cidades evoluído, enquanto a Europa vivia a barbárie. Bem, o sistema numérico que predomina no mundo é do oriente médio, os talheres como garfo, faca e colher vieram de lá também. O refinado consumo do chá vem do oriente, o macarrão foi criado lá. Calma, muitos benefícios e comodidades domésticas e logística produtiva foram geradas na Europa, porém muitas delas é que desencadearam a crise ambiental e a enfermidade do eco-sistema.
Agora devido a comemoração do centenário da imigração nipônica no Brasil, tenho deparado com afirmações descabidas tanto de brasileiros descendentes de japoneses, tanto de brasileiros descendentes de europeus. O oriente e o ocidente são como azeite e vinagre, não se misturam em uma poção homogênea, existe o bom senso do convívio e o respeito entre diferenças, mas jamais existirá um planeta 100% homogêneo. Muitos ocidentais caem no erro de afirmar que o Japão, por exemplo, se ocidentalizou. Isso não é verdade, pois o que aconteceu foi meramente a modernização de uma nação, pois a essência oriental está intacta. Mesmo que haja um bar de Bossa Nova em Shibuya, um rastafari japonês. Aliás sobre o mito do japonês adorar Bossa Nova, é para uma minoria, como apreciadores de Free Jazz em São Paulo. O Japão tem sua própria cultura musical, seja o J Pop da juventude, o Enka da velha guarda, ou o Rap, Reggae, música eletrônica para dançar, etc, que foram absorvidos estéticamente pelo povo japonês. O Japão pode ser considerado um povo pré-pós-modernista, pois já agiam como tais, antes deste conceito ser teorizado e criado. Os descendentes e os poucos japoneses restantes que imigraram para o Brasil, tentam preservar uma visão distorcida de um Japão que não existe mais nesta terra Macunaíma. Outra coisa, uma tradição nem sempre é traduzida como sabedoria e provedora de benefícios, muitas vezes ela se arrasta pelos séculos devido ao comodismo, gerando um costume por inércia. Para mim, as coisas mais importantes que devem ser tradição preservada no Japão ou em qualquer parte do hemisfério terrestre, são a Honra, o Respeito, a Disciplina no sentido de ser objetivo e correto em benefício pessoal e coletivo. A modernização de um país através da tecnologia e conforto na logística de uma cidade não descarta um aprimoramento moral, social e cultural que se aperfeiçoa através dos séculos. É aquela história, algum brazuca vai fazer curso de sushimen em Tokyo, que pode durar cerca de 10 anos, não chega na metade do curso e volta como rei da cocada preta, ou melhor, do sashimi de atum segunda linha. Ditadão popular brazuca: Em terra de cego, caolho é rei!

quarta-feira, junho 11, 2008

Freejazz, perseguição, o mesmo de sempre...

Um assunto que ainda persiste no meio cultural e seus segmentos específicos nesta capital paulista capenga, é sobre a reação negativa dos "desavisados" ao freejazz e música improvisada. Veio à tona novamente esta pauta após o concerto de Peter Brötzmann e o Full Blast. Os ditos apreciadores do freejazz e música improvisada que podem até correr o risco de se acharem especialistas, connoiseurs, experts e outras bobagens do gênero se deleitam ao falar da reação de quem não aguenta o barulho de um concerto de freejazz ou de ruídos estranhos numa sessão de improvisação livre e se retira do local. Eu também já perdí meu tempo reparando nisso, mas hoje vejo que isso é vergonhoso e inútil. É uma atitude arrogante, que pode não ser tão consciente, mas é perigosamente ligada ao fato de afirmar que a pessoa a qual não aprova do espetáculo, denuncia uma ignorância artística. Sim, pode até ser, mas o que isso importa? E o gosto não é uma coisa particular? Eu só lamento das pessoas que se retiraram das performances terem perdido a oportunidade de formar uma sólida opinião favorável ou não sobre o que presenciaram. Por exemplo, eu já ouví discos inteiros ou vídeos de muitos gêneros como New Metal, Gangsta Rap, Raggamuffin, Sertanejo(influenciado pelo Pop e Country Music dos EUA), Axé, Pagode, Forró, Grindcore, "Emo", para chegar a uma conclusão despida de pré-conceitos. Em todos os segmentos artísticos pude encontrar algum valor, mesmo que não faça parte da minha lista de apreciação. Por exemplo, o "Créu" tem uma função social, mesmo que de forma extremamente nociva à cultura, mas a massa popular adora. Eu não gosto, fazer o que? Não importa, seja a massa popular cantarolando refrões vulgares, seja meia dúzia numa sala do Sesc apreciando um concerto de freejazz ou improvisação livre com o queixo apoiado na mão, temos resultados danosos ao indivíduo.

quinta-feira, junho 05, 2008

Peter Brötzmann + Ivo Perelman trio em São Paulo



Nesta última terça e quarta, dias 3 e 4 de Junho, Ivo Perelman se apresentou com o contra-baixista Dominic Duval e a violinista Rosi Hertlein. No dia 3, foi no auditório do Masp às 12:30h, como um concerto de câmara, só com a acústica do local, onde os músicos improvisaram de forma mais lírica. Rosi usou a sua voz como elemento complementar de acordes e contra-pontos, Dominic usou o corpo do contra-baixo e o tablado como percussão, unindo ao som visual do saxofone de Ivo. Realmente tenho notado a influência da pintura na música de Ivo e últimamente tem criado mais paisagens sonoras que podem ter mais ênfase nas cores ou no gestual, como na técnica de pintura chamada de "dripping", desenvolvida por Jackson Pollock. Assim também foi na quarta-feira no Sesc Vila Mariana, só que havia captação por microfones, que proporcionou uma outra atmosfera no campo dos harmônicos extraídos dos instrumentos.
Então é chegada a hora, Peter Brötzmann entra com seu trio, formado por Marino Pliakas no contra-baixo elétrico e pedais de efeito e Michael Wertmüller na bateria. Brötz inícia com o sax alto que em suas mãos, soa com a força e o peso de um tenor, alternando momentos líricos(sim!) e torrentes sonoras violentas. Usou o tarogato, um instrumento de sopro húngaro semelhante ao clarinete e um clarinete de metal, onde muitas vezes suas abordagens se assemelhavam muito à música do Oriente Médio. No sax tenor, é o Brötz que conheço, onde os tons graves soam como uma erupção vulcânica e os harmônicos em velocidade cósmica. Marino criou uma sólida massa sonora com as distorções, lembrando muito o guitarrista Sonny Sharrock e Michael alternou velocidade, força e dinâmica com uma destreza cirúrgica e rítmos tribais. Em muito me lembrou o projeto Last Exit de Brötz com Sharrock, Bill Laswell(baixo) e Ronald Shannon Jackson(bateria), só que mais enxuto. Mas o que realmente mais vou lembrar, é da simpatia, gentileza, humildade e suavidade de Brötz, que tive o grande prazer de conversar um pouquinho num café da esquina, assim como Dominic e Rosi. O Ivo eu já tive o prazer de conhecer antes, mesmo nossos encontros sempre serem breves, é sempre agradável conversar com ele. Mais do que ter assistido grandes apresentações musicais, foi ter conhecido pessoas.
(Publicado no blog Farofa Moderna)

terça-feira, junho 03, 2008

Fanatismo religioso

Jovens depredam templo religioso no Catete e insultam freqüentadores
Natanael
Damasceno - O Globo e TV Globo

RIO - Quatro jovens da igreja Geração Jesus Cristo invadiram e depredaram o templo Cruz de Oxalá, no Catete, no início da noite desta segunda-feira. Aos gritos, três rapazes e uma jovem, todos aparentando ter cerca de 20 anos, insultaram os fiéis e quebraram todas as imagens e utensílios que estavam no local. Contidos pelos dirigentes do centro, os quatro foram levados para a 9ª DP (Catete), prestaram depoimento e foram liberados.
Pastor se diz surpreso com ataque
Horas depois de terem sido presos, os jovens saíram sem dar nenhuma declaração. Eles disseram apenas que faziam parte de uma igreja evangélica chamada Geração Jesus Cristo. De acordo com o site G1, o pastor Tupirani, responsável pela Igreja Geração Jesus Cristo, condenou o ataque:
- Fiquei muito surpreso. Eles não deviam ter feito o que fizeram, não incentivamos esse tipo de atitude - disse, assegurando que os quatro integrantes detidos em flagrante depois de invadir e quebrar imagens no local, são "exemplos dentro da igreja".

Ataque no início da noite
O ataque começou pouco antes das 19h, quando uma fila com pouco mais de 20 pessoas aguardava a abertura do centro, que funciona em um sobrado na Rua Bento Lisboa. O grupo perguntou a uma das freqüentadoras para que era a fila e, diante da resposta, teria começado a demostração de intolerância.
" Eles agrediram verbalmente todos os que estavam na fila e aproveitaram a porta aberta para entrar correndo "
- Quando disse que estávamos ali para a consulta, eles começaram a nos insultar. Aos gritos, diziam que, por ordem de Jesus, devíamos abandonar o demônio, que estaria ali presente. Eles agrediram verbalmente todos os que estavam na fila e aproveitaram a porta aberta para entrar correndo - contou a advogada Sylvia Santana. Os dirigentes do centro têm medo de novos ataques:
- Será que outros não aparecerão? Não só na nossa igreja, mas também em outras. Isso realmente causa preocupação - ressaltou a advogada Cristina Moreira.
O centro mistura conceitos de religiões afro-brasileiras e do Kardecismo. Segundo seus dirigentes, ele está no bairro há pouco mais de dez anos e sempre conviveu pacificamente com vizinhos católicos e evangélicos. Os ataques teriam começado alguns meses, depois que uma nova igreja evangélica se instalou nas proximidades.
De acordo com o telejornal "RJTV", na página que a congregação mantém na internet, vídeos e textos apresentam diversas críticas a outras doutrinas e crenças religiosas, com palavras agressivas. Em um dos textos, intitulado "Alerta para a população", há um relato de que outros incidentes, como o desta segunda-feira, já tinham acontecido.

Segundo o RJTV, os seguidores da igreja teriam trocado socos e tapas com integrantes de outra igreja evangélica, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e também no interior do estado, no município de Mendes.
Os quatro invasores foram autuados e vão responder por ameaça, dano contra o patrimônio e por desrespeito a culto ou prática religiosa. As penas variam de um mês a um ano de cadeia, mais multa.

Bem, o verdadeiro cristão deve ter o fruto do Espírito Santo:

" Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança(domínio próprio)." (Gálatas, capítulo 5, versículo 22)

Obs.: A mídia Globo costuma exaltar erros de pessoas ligadas às igrejas evangélicas.
Jesus disse:
"Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra." (João, capítulo 8, versículo 7)

terça-feira, maio 27, 2008

Peter Brötzmann trio + Ivo Perelman trio

Ivo Perelman Trio: Rosi Hertlein, violino e Dominic Duval, baixo
Terça-feira, 03/06/2008 - 12:30h
"Música no MASP"
Grande Auditório do MASP
Avenida Paulista, #1578, São Paulo - SP

Peter Brötzmann Trio + Ivo Perelman Trio
Quarta-feira, 04/06/2008 - 21:00h
SESC Vila Mariana
Rua Pelotas, #141 São Paulo - SP

O que dizer? Imperdível, compareça!

terça-feira, maio 20, 2008

Charles Gayle e Deus


Aqui vai o trecho da entrevista de Charles Gayle feita por Hernâni Faustino em Lisboa, 2003, publicada no blog Jazz e Arredores por Eduardo Chagas em 23/11/2005:

HF
- A tua música é muito espiritual. Qual a importância da religião na tua vida?
CG - A fé e o acreditar em Deus (Pai, Filho, e Espirito Santo) é a única verdade para mim....tudo o que faço é em nome de Jesus Cristo. A religião é o que de mais importante existe na minha vida, na minha música, e em todas as outras coisas.
Toda a minha música é dedicada a Deus.
HF - Muitas das tuas composições têm uma forte ligação à Bíblia. A Sagrada Escritura é a tua principal fonte de inspiração?
CG - A Bíblia é uma fonte de inspiração, Deus é uma fonte de inspiração....é através da Bíblia que a palavra e o coração de Deus chega até nós. Continuo a usar nomes e expressões da Bíblia para as minhas composições.
HF - Li numa entrevista tua que não sabias o que é o free jazz. Como é que defines a tua música?
CG - A minha música não tem nome....apenas me considero um músico de jazz, porque passei a maior parte da vida envolvido no jazz....no entanto a música de igreja exerceu em mim uma enorme influência...
http://jazzearredores.blogspot.com/

quinta-feira, maio 15, 2008

Wanderley Taffo Júnior (17/05/1954 - 14/05/2008)

Wander Taffo guitarrista e diretor geral da EM&T (Escola de Música e Tecnologia), tocou com Rita Lee, bandas Memphis,Made In Brazil, Secos e Molhados, Gang 90 e Banda Taffo.
Definitivamente nada do que ele fez profissionalmente me despertou interesse e apreciação. Mas uma coisa que ele fez que me despertou interesse, foi uma coisa que quase não se falou, tanto que só soube desta atividade na nota de obituário no jornal. Wander praticava caridade. Sim, sem alarde, sem tocar as trombetas diante de sí, distribuia agasalhos e alimento à moradores de rua e as pessoas próximas à ele dizem que ele era modesto. Isso foi mais do que suficiente para tocar meu coração e respeitá-lo, como ser humano. Pois é, enquanto muitos por aí criticam a ALCA, os Democratas, o Lula, o governo chinês em relação ao Tibet, o caso Isabella(apesar de tudo ter sido tão cruel ela acabou ganhando sua corôa antes do tempo, pois está com Deus agora), elogiam o ativismo do Fela, etc, ao som do Jazz, HipHop, Dub, Reggae, Ska, Punk Rock, Hardcore, Rock Alternativo, o guitar hero fazia na surdina o que muitos não fazem. Esteja com Deus, Wanderley.

segunda-feira, maio 12, 2008

Luxo, a readaptação da língua portuguesa e a cultura da elite

Nossa língua portuguesa... Em uma publicação do mês de Maio deste ano, a proprietária da NK Store afirma que luxo não é ostentação. Em tempos modernos e sofisticados, vamos recorrer ao "velho" dicionário Aurélio:

Luxo. S. m. 1. Modo de vida caracterizado por grandes despesas supérfluas e pelo gosto da ostentação e prazer; ostentação, fausto, magnificência. [Sin. (bras., MG: cuca.] 2. Caráter do que é custoso e suntuoso. 3. Bem ou prazer custoso e supérfluo; superfluidade, luxaria. 4. Viço, esplendor. 5. Dengues, melindres. 6. Bras. Recusa fingida a fazer ou aceitar coisa; negação afetada; afetação. Cheio de luxo. Bras. Fam. e pop. Diz-se do indivíduo implicante, pretencioso, manhoso, exigente, luxente; cheio de chove-não-molha, cheio de história, cheio de galizia, cheio de nós pelas costas, cheio de nove-horas, cheio de novidades.

quarta-feira, abril 30, 2008

Rocko's Modern Life

Desenho animado criado por Joe Murray foi produzido de 1993 à 1996 para TV Nickelodeon e chegou a ser exibido em tv aberta no Brasil. Certamente uma das melhores séries de animação na mesma categoria de Twisted Tales Of Felix The Cat (1995-1997), produzido por Timothy Berglund, que produziu a animação de Rocko's Modern Life. Seu companheiro Vacão e seu vizinho Ed Cabeção garantem momentos hilários.
http://www.joemurraystudio.com/rocko
http://www.nickelodeon.com.au/rocko
http://www.youtube.com/rocko

sexta-feira, abril 25, 2008

Jimmy Giuffre (26/04/1921 - 24/04/2008)

Hans Koch - Thomas Rohrer - Antonio Panda Gianfratti

Infelizmente não deu tempo de postar sobre a apresentação que ocorreu nesta última quarta-feira, dia 23 de Abril no Cento Universitário Maria Antonia em São Paulo. Recebí o e-mail em cima da hora, mas pelo menos posso comentar sobre a apresentação que devido a pouca divulgação, tinham poucas pessoas presentes. Tivemos peças de improvisação livre e também momentos de free jazz ao longo da seção. Hans Koch é um artísta suiço que toca clarinete baixo e saxofone soprano, mas também trabalha com elementos eletrônicos na música. Thomas Rohrer também é suiço mas reside em São Paulo, toca saxofones, rabeca, elementos eletro-acústicos. Antonio Panda Gianfratti toca bateria, percussão comtemporânea e eletro-acústicos. A primeira parte da seção foi no campo da improvisação livre onde pudemos apreciar muitas texturas sonoras, o uso do silêncio, ruído, timbragem em diversos instrumentos e objetos como chapa de metal, garrafas, etc. Rohrer e Koch também extraem sonoridade de instrumentos convencionais como o saxofone, clarinete e rabeca de forma muito criativa, além do campo da técnica convencional de cada instrumento. Panda também extende sua técnica percussiva para o campo timbrístico, tecendo muitas texturas e paisagens sonoras. Tenho que dizer que não precisamos estar em Chicago, New York, London ou Donaueschingen para apreciar música contemporânea de excelente qualidade. Só precisamos de mais locais que ofereçam oportunidade.

http://www.myspace.com/kochschutzstuder

http://www.myspace.com/antoniopandagianfratti
http://www.myspace.com/thomasrohrer
http://www.koch-schuetz-studer.ch/

quarta-feira, abril 23, 2008

Sunny Murray


James Marcellus Arthur "Sunny" Murray nasceu em Idabel, Oklahoma, 1936. Se mudou para New York em 1956, em 1959 começou a tocar com Cecil Taylor. Entre muitos estudos e até workshops de Varese, iniciou seus estudos sobre o rítmo, ressonância, frequência sonora, tonalidade. Depois tocou com Albert Ayler. Poucas pessoas sabem, mas Rashied Ali deve muito à Sunny Murray. Na verdade o próximo baterista de Coltrane seria Sunny, mas ele não aceitou o posto por ser muito amigo de Elvin Jones e não queria criar inimizade. Elvin não poderia suprir as necessidades de Coltrane em sua nova fase, então convidou Sunny numa ocasião. "
Later I told John: Elvin never let nobody play with you but me, and I'm never gonna lose the friendship I have with him... You're gonna make him hate me. John sat there quietly and said: "Sunny, I hear a thousand rhythms...” Cecil was there, Leroi Jones was there and Jean Phillips was there when he offered me the job, if there's anybody out there don't believe me, they were there".
 
 
Studio Ghibli Brasil