domingo, abril 29, 2012

Kalaparusha Maurice McIntyre talks about jazz

É por isso que sempre afirmo  que devemos parar de falar sobre John Coltrane e Miles Davis, pelo menos parar de falar sobre eles o tempo todo, como se o que se convencionou a se chamar de jazz somente fosse Miles e Trane. Eles já se foram. Já receberam e ainda recebem o reconhecimento e não podem ver ou ouvir as homenagens póstumas que recebem até hoje. Seus nomes e suas obras já estão devidamente consagrados na história da música.
Nestes últimos tempos, noticias me alegraram o coração ao saber que o saxofonista e compositor Giuseppi Logan foi resgatado do injusto esquecimento e que o baterista Muhammad Ali (irmão de Rashid), recentemente tocou com o saxofonista David S. Ware, segundo relatou meu amigo de New York, Michael Foster, o qual conheci em Amsterdam no ano passado, na semana em que estivemos com a Dutch Impro Academy.
Agora mais uma boa notícia me alegra o coração ao receber notícias de Kalaparusha Maurice McIntyre, que nasceu em 24/03/1936 - Clarksville, no estado de Arkansas e cresceu em Chicago tocando bateria aos 7 anos de idade e logo mudando para o saxofone. Estudou no Chicago College Of  Music e durante os anos 60 começou a tocar com Malachi Favors, Muhal Richard Abrams e Roscoe Mitchell. Se tornou membro da AACM e Ethnic Heritage Ensemble. Sua primeira gravação sob seu nome foi Humility In The Light Of Creator de 1969 pelo selo Delmark. Nos anos 70 mudou-se para New York e participou das famosas loft sessions no Studio Rivbea de Sam Rivers. Depois de 1981, McIntyre gravou muito pouco, em algumas gravações do final dos anos 90 e início da década de 2000. Assim como Charles Gayle, sobreviveu tocando nas ruas e no metrô de New York.
Closeness é um curta metragem documentário dirigido por Danilo Parra, filmado logo após a gravação de Closeness em Janeiro de 2010, com Warren Smith: bateria, Michael Logan e Radhu Williams: contra-baixo, que é dedicado à companheira de Maurice McIntyre.
Bem, não sei quanto à você mas meu coração chorou ao ver o saxofone oxidado e mecanismos presos por elásticos e sua caminhada ao metrô...

Nenhum comentário:

 
 
Studio Ghibli Brasil