terça-feira, julho 06, 2010

Olhaí o povo trabalhador brasileiro...

Desta vez eu saio do foco deste blog para repassar um e-mail que recebí neste manhã de terça-feira, 6 de Julho de 2010:

É INACREDITÁVEL – B I Z A R R O, ABSURDO - MAS É O “NOSSO BRASIL” !
Aconteceu no Ceará!

Curso para 500 mulheres.

Como o setor têxtil é de vital importância para a economia do Ceará, a demanda por mão de obra na indústria têxtil é imensa e precisa ser constan temente formada e preparada.
Diante disso, o Sinditêxtil fechou um acordo com o Governo para coordenar um curso de formação de costureiras.
O governo exigiu que o curso deveria atender a um grupo de 500 mulheres que recebem o Bolsa Família. De novo: só para aquelas que recebem o Bolsa Família.
O importante acordo foi fechado dentro das seguintes atribuições: o Governo entrou com o recurso; o SENAI com a formação das costureiras, através de um curso de 120 horas/aula; e o Sinditêxtil, com o compromisso de enviar o cadastro das formadas às inúmeras indústrias do setor, que dariam emprego às novas costureiras.
Pela carência de mão obra, a idéia não poderia ser melhor.
Pois bem. O curso foi concluído recentemente e, com isso, os cadastros das costureiras formadas foram enviados para as empresas, que se prontificaram em fazer as contratações.
E foi nessa hora que a porca torceu o rabo, gente. Anotem aí: o número de contratações foi ZERO. Entenderam bem? ZERO!
Enquanto ouvia o relato, até imaginei que o número poderia ser baixo, mas o fato é que não houve uma contratação sequer. ZERO.
Sem nenhum exagero. O motivo?
Simples, embora triste e muito lamentável, como afirma com dó, o diretor do Sinditêxtil: todas as costureiras, por estarem incluídas no Bolsa Família, se negaram a trabalhar com carteira assinada. Para todas as 500 costureiras que fizeram o curso , o Bolsa Família é um benefício que não pode ser perdido.
É para sempre. Nenhuma admite perder o subsídio

SEM NEGÓCIO.
Repito: de forma uníssona, a condição imposta pelas 500 formadas é de que não se negocia a perda do Bolsa Família. Para trabalhar como costureira, só recebendo por fora, na informalidade. Como as empresas se negaram, nenhuma costureira foi aproveitada.

Casos idênticos do mesmo horror estão se multiplicando em vários setores.

QUEM ESTÁ CRIANDO ELEITORES DE CABRESTO, COMPRADOS ATÉ EM SUA DIGNIDADE, RECUSANDO-SE A TRABALHAR PELO SEU SUSTENTO?

E QUEM PAGA O PATO, TODO MÊS 27,5 % ?

Dentro deste mesmo assunto narro aqui o ocorrido em Seropédica e Paracambi, municípios localizados na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
O mesmo programa foi instalado aqui só que com Cursos para formação de mão de obra para construção Civil ( pedreiros, carpinteiros, eletricistas, bombeiros hidráulicos e outros) e não se conseguiu alunos suficientes pois os beneficiários diziam que se fizessem o curso e fossem empregados perderiam o Bolsa família.
A maioria prefere depender do benefício e complementar a renda, quando o faz, com "bicos".
Alguns dias atrás o Governo falou que vai aumentar a abrangência desse "malefício", e o prefeito do Rio de Janeiro vai dar um "abono" de R$ 100,00 a todos os beneficiários do mesmo.
E quem paga a conta???

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