Não, definitivamente não me importo com o esporte que chega a dominar a vida de muitos brasileiros. Mas também não me dedico ao ataque contrário ao mundo do futebol, pois o tempo é curto.
À cerca de uma semana, por acaso assistí um programa sobre futebol na tv aberta onde um ex-jogador muito famoso falava sobre o destino dos jogadores que encerravam suas carreiras e também os seus testemunhos de vida enquanto estavam em evidência, no curto período de "estrelato". O ex-jogador é conhecido como o "doutor", ou seja, Sócrates. Também se faziam presentes outros dois jogadores famosos, como o Müller e outro que não me recordo o nome, mas que atuaram nos gramados no fim dos anos 80. Ontem também assistí outra matéria sobre o assunto, com uma matéria sobre o jogador Ezequiel(nome de profeta israelita), que passa por um momento extremamente difícil de sua vida e se não me falha a memória, seu filho está na prisão. Ezequiel jogou no Corinthians e já foi aclamado pela grande torcida, mas agora está jogando no time do esquecimento e miséria.
Parece que os exemplos do passado não serviram de exemplo, talvez porque muitos se iludam com o volume espantoso de dinheiro que agora circula no mundo do futebol. Nunca se viu falar em milhões de dolares como se fala hoje em dia, passes de jugadores que chegam a ultrapassar orçamentos de pequenas cidades brasileiras. Jogadores que são contratados por times no Oriente Médio e recebem mansões como moradia, carros caríssimos, além de salários que despertam inveja de muitos políticos brasileiros, que precisam fazer de forma ilegal para tentar se equiparar.
No programa deste domingo que passou, o assunto era o mesmo da semana passada, com outros ex-jogadores que se tornaram técnicos de futebol, o que é exceção. Não é todo jogador que tem talento para isso e também não são todos que se preparam para isso. A carreira de um jogador de futebol é curta e se ele não se preparar para a breve aposentadoria, terá o mesmo destino de Ezequiel e tantos outros.
Mas é óbvio que a maioria das pessoas, principalmente os que gostam de futebol, vão colocar a culpa nos clubes, no governo deste país que não dá a a retaguarda aos seus ídolos dos gramados, depois que eles encerram carreira. Em parte, o governo tem culpa, mas isso não é só para jogadores de futebol, e sim para qualquer trabalhador deste país, vide o caso sem fim dos aposentados. Os clubes são empresas, acabou o tempo de serviço, os devidos direitos trabalhistas são recebidos, adeus e boa sorte. Os clubes não tem que ficar sustentando estes ex-jogadores, esta coisa de que o clube deve o talento que o jogador prestou ao time, não é verdade, pois o jogador recebeu seu salário. Se ele não pensou no futuro, gastou toda sua renda em baladas, carros importados e não se preparou para outra atividade profissional enquanto podia contar com o respaldo do futebol, que suporte as consequências de seus atos. Veja o caso do Romário.
E o que isso tem haver com a cultura? Tudo. Aqui no Brasil o futebol obviamente ultrapassa os muros dos estádios e telas de tv e faz parte do cotidiano da maioria das pessoas, chegando a ocupar 100% de suas vidas. E como diz a letra de uma música bem conhecida, quem não sonhou em ser um jogador de futebol? Uma multidão de crianças sonham em ser o próximo "fenômeno" da seleção brasileira, mas menos de 1% chegarão lá. Infelizmente uma parcela considerável desenvolverá a habilidade de catar latas de alumínio, pedir esmola no cruzamento das ruas ou o pior, habilidade de embalar capsulas de cocaína e manejar uma metralhadora AR-15.
Aí entra a declaração de Sócrates no programa de tv. Por conta da degradação educacional que começa na família, a cultura é negligenciada e não estou falando de coisas menores e sem importância, como alguém conhecer a obra de Stockhausen e Rothko. A cultura da ostentação material, a cultura do consumo tomou o lugar da maioria dos jogadores de futebol. Poucos se importam em obter conhecimento, cultura e consequentemente, sabedoria. Não precisa estudar, basta jogar bola e ser contratado por um time europeu e ficar rico. Mas mesmo que isso aconteça, se não houver sabedoria, a fortuna se vai num piscar de olhos.
Sócrates fala da responsabilidade que o jogador de futebol deveria ter para uma nação que respira futebol, como eles servem de exemplo para milhares de futuros cidadãos e trabalhadores brasileiros. Milhares de crianças do Brasil querem ser como seus ídolos dos gramados. E o exemplo não está só no drible desconcertante e no gol de placa, mas também está nas declarações à imprensa, com a dificuldade de expressão devido a baixa escolaridade, a ostentação material por conta do nível educacional e cultural que gere a meta de vida do jogador. Sem contar com certas condutas questionáveis, como problemas na justiça por dividas, falta de pagamento de pensão alimentícia, paternidades não assumidas, homicídios culposos por conduzir veículos em estado de embriaguez, atos de vandalismo, brigas, etc.
Olha, o futuro deste país economicamente falando, se projeta para um resultado razoável, levando em conta a precariedade da estrutura social.
Todos terão seu celular de última geração, mas para assistir "pegadinhas" no Youtube. Todos terão tv de plasma ultra slim, mas para assistir Faustão ou Gugu...
segunda-feira, agosto 31, 2009
segunda-feira, agosto 17, 2009
Rashied Ali (Robert Patterson) - 01/07/1935 - 12/08/2009
Neste última quarta-feira o baterista Rashied Ali faleceu aos 74 anos de idade após uma parada cardíaca, em Manhattan, New York.
Rasheid Ali se tornou conhecido como o baterista de John Coltrane em sua chamada última fase, a mais radical. Este período foi de 1965 até a morte de Trane em 1967. Rashied coompartilhou a sessão rítmica de Trane ao lado de Elvin Jones na gravação do disco Meditations (1965) e depois substituiu Elvin definitivamente até 1967. Seu estilo se encaixou às novas idéias de Trane, que se aprofundavam numa dimensão mais ampla.
Rashied teve grande influência de Sunny Murray no estilo mais livre, no conceito de Free Jazz de abandono da rigidez de condução rítmica, harmônica. Também era irmão de Muhammad Ali, grande baterista do Free Jazz, que tocou com Frank Wright, Albert Ayler, etc.
Rashied também tocou com inúmeros músicos, como John Zorn, Charles Gayle, Marilyn Crispell, Bill Laswell, Alice Coltrane, Henry Grimes, etc.
site oficial de Rashied Ali:
http://www.rashiedali.org/
Rasheid Ali se tornou conhecido como o baterista de John Coltrane em sua chamada última fase, a mais radical. Este período foi de 1965 até a morte de Trane em 1967. Rashied coompartilhou a sessão rítmica de Trane ao lado de Elvin Jones na gravação do disco Meditations (1965) e depois substituiu Elvin definitivamente até 1967. Seu estilo se encaixou às novas idéias de Trane, que se aprofundavam numa dimensão mais ampla.
Rashied teve grande influência de Sunny Murray no estilo mais livre, no conceito de Free Jazz de abandono da rigidez de condução rítmica, harmônica. Também era irmão de Muhammad Ali, grande baterista do Free Jazz, que tocou com Frank Wright, Albert Ayler, etc.
Rashied também tocou com inúmeros músicos, como John Zorn, Charles Gayle, Marilyn Crispell, Bill Laswell, Alice Coltrane, Henry Grimes, etc.
site oficial de Rashied Ali:
http://www.rashiedali.org/
quarta-feira, agosto 05, 2009
Tailenders
The destiny of Tomoe Shiro, a formidable racer with a very promising career, experiments an U-turn when a serious accident puts his life at stake. He recovers miraculously, though, when his heart is replaced with the engine of his own racing car. However, because of that very reason, race regulations demote him to the category of a mere mechanical part of the vehicle and is deprived from the right to participate as a pilot in regular races. Only in a far away colonial planet, along with a multitude of other charismatic pilots also vetoed from participating in regular competitions, he will be given the opportunity to race for his pride and the money of the prize. And so this exciting rally starts!
http://www.tailenders.com/
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