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quarta-feira, março 07, 2012

Jodie Christian - Rain Or Shine (1993)

Recentemente foi publicado aqui no blog sobre o pianista, compositor e co-fundador da AACM, Jodie Christian, em sua homenagem póstuma, aqui podemos apreciar um de seus trabalhos ao lado de Art Porter, saxofonista nascido em 03/08/1961 na cidade de Little Rock - Arkansas, U.S.A., filho de um baterista com quem começou sua carreira musical na adolescência. Em meados dos anos 80 mudou-se para Chicago e tocou con Von Freeman, Pharoah Sanders e Jack McDuff. Entre 1992 e 1998 lançou cinco albuns e infelizmente sua carreira encerrou-se prematuramente quando estava participando do Thailand International Jazz Festival em 23/11/1996. Estava em um barco que naufragou e se afogou. Tinha apenas 35 anos de idade.
Rain Or Shine conta com Roscoe Mitchell, que despensa comentários. O baixista Larry Gray nasceu em Chicago e é também professor na Universidade de Illinois, tendo trabalhado com McCoy Tyner, Jack DeJohnette, Danilo Perez, Branford Marsalis, Benny Green, Freddy Cole, Benny Golson, Steve Turre, George Coleman, Lee Konitz, Bobby Hutcherson, Sonny Fortune, Ira Sullivan, Junior Mance, David "Fathead" Newman, Willie Pickens, Ann Hampton Callaway, Charles McPherson, Antonio Hart, Jackie McLean, Sonny Stitt, Eddie "Lockjaw" Davis, Al Cohn, Randy Brecker, Nicholas Payton, Kurt Elling, Eric Alexander, Phil Woods, Jon Faddis, Roscoe Mitchell, Von Freeman, Wilbur Campbell, Eddie Harris, Les McCann, Kenny Burrell, Joe Pass, Tal Farlow, Donald Byrd, Harry "Sweets" Edison, e Tom Harrell. O baterista Vincent Davis nasceu em Chicago e como membro da AACM trabalhou com Nicole Mitchell, Fred Anderson, Ernest Dawkins' New Horizons Ensemble, Greg Ward, Kidd Jordan entre outros. O baterista Ernie Adams estudou na North Texas State University e the University of Wisconsin, trabalhou com Joe Williams, Douglas Spotted Eagle, Orbert Davis e The Chicago Jazz Philharmonic, Patricia Barber, Stefon Harris, Art Porter, Stanley Turrentine, Dizzy Gillespie, Dianne Reeves, Bill Summers, Kurt Elling, Karen Briggs, Billy Dickens, Steve Cole, Phil Upchurch, Baabe Irving III, Von Freeman, Melvin Rhyne, Bobby Lyle, Richie Cole, James Moody, Rufus Reid, Buster Williams, Ursula Dudziak, Joe Zawinul, Slide Hampton, Frank Morgan, Arturo Sandoval, Charles Earland, Wycliff Gordon, Claudio Roditi, Ken Peplowski, Michael Wolff, Marvin Stamm, Clark Terry, Pharoah Sanders, Ahmad Jamal, James Spaulding, The Bodeans, Kenny Drew Jr, Anthony Jackson, Orbert Davis, Grazyna Auguscik, Red Holloway, clinicas com Victor Wooten, Steve Bailey, Jack McDuff, Joey DeFrancesco e Piero Esteriore. Clique na imagem para acessar o arquivo.

sábado, novembro 05, 2011

Antes que mais um ano se encerre, vou logo esclarecendo (once again...)

Esclarecer: v.t. Tornar claro; alumiar. Explicar, elucidar. Ilustrar. V.pr. Informar-se; ilustrar-se.
Em primeiríssimo lugar, agradeço de todo meu coração à Jesus Cristo por me conceder cada segundo de vida e seu amor por todas as pessoas do globo terrestre.
Este ano não poderia ser melhor como tem sido para a improvisação livre em específico, várias apresentações, workshops, novos espaços para este tipo de música, e o mais importante, tudo acessível ao público em geral. O precioso agregamento de novas pessoas, futuras amizades e um futuro promissor para a improvisação livre no Brasil (claro que dentro do espectro e expectativas realistas neste nicho musical, afinal, uma apresentação de improvisação livre não vai lotar um estádio).
Bom, agradecimentos feitos e cumprindo o protocolo, vamos ao assunto desta nota:
O weblog (diário digital, sim, uma espécie de versão muderrna daquelas agendas que os adolescentes redigiam seus diários e muitas vezes enxertavam um monte de tralhas para ilustrar momentos especias, como canudo do refrí do primeiro encontro com a namorada(o), embalagem de chiclete e outras besteiras) Sonorica foi idealizado em 2006 com incentivo de um amigo e sempre abordou vários assuntos ligados a arte em geral, sempre com uma visão particular, mas nunca deixando de lado a análise empírica e a divulgação de dados, sem contaminar a notícia, relato e muito menos adulterar os fatos. Alguns textos geraram polêmica, chegando ao baixo nível de insultos anônimos, mas nunca uma resposta apresentando uma argumentação que provasse algum equívoco ou adulteração dos fatos ocorridos e relatados no blog. Ninguém que me insultou teve a dignidade de se revelar e discutir comigo pessoalmente, mesmo que por meio digital, sobre suas divergências. Ora, se eu estou errado, comprovem, por favor. Afinal, errar é humano e digno é reconhecer o erro e procurar corrigir-se. Não estou acima e nem abaixo de ninguém, não sou criador e proprietário da verdade absoluta (isso só Deus Pai o é), mas sinto no dever de ser um office-boy da verdade, jamais abrir o envelope pardo para adicionar ou subtrair o seu conteúdo, apenas entregar em mãos ao destinatário, assinar o recibo, agradecer e sair vazado jamais insinuando uma gorjeta.
Para algumas pessoas, parece que ainda não ficou claro o objetivo deste blog. No cabeçalho, logo abaixo do título do blog, eu deixo isso bem claro. O Sonorica está remotamente longe de ser um blog bombado com milhares de acessos de usuários da web, poucas pessoas esporadicamente acessam este pequeno espaço virtual. Aliás, eu agradeço de coração aos que me acompanham aqui.
Aos que discordam do que é escrito aqui, aconselho a fazer o que faço com inúmeros textos, twitts, blogs, portais, webpages, sites aos quais não gosto e discordo: ignoro. Na maioria das vezes, não vale o esforço porfiar com os autores e proprietários de blog principalmente, afinal, é o mesmo que querer canetar o diário do colega de classe do ginasial. Se houver a emissão de uma falácia, calúnia ou semelhante abominação, é dever exortar o responsável. Se não der ouvidos, tentar mais uma vez munido sempre de provas e argumentação coerente que possa confrontar o fato adulterado. Havendo obstinação, é legítimo divulgar publicamente por todos os meios dignos e deixar a natureza seguir o seu curso.
Eu realmente não entendo porque vez ou outra alguém se incomoda com meus textos, perde seu tempo com um blog tão insignificante perante ao vasto mundo virtual. Essas pessoas deveriam fazer como aquela frase de uma música dos Novos Baianos: "meus para-choques pra você!". Se alguém achar que estou inventando uma falácia, por favor, peço de coração que fale comigo e me prove o contrário. Caso eu esteja errado, me humilho, peço perdão sincero e me converto do equívoco.
Enfim, esta nota se fez realmente necessária devido a uma série de fatos que não vem ao caso serem expostos em público (roupa pessoal se lava em casa, mas se alguém quiser ir na lavanderia...) e peço desculpas aos meus parceiros leitores do Sonorica e agradeço por cada visita a este espaço. Deus abençoe à todos!

ps.: O mestre Jesus disse que se possível ter paz com todos, mas se tiver alguma treta, aqui é papo reto, sem violência e ignorância, certo truta?

segunda-feira, junho 06, 2011

Horace Tapscott - Thoughts Of Dar Es Salaam (1997)

A história da grande midia jornalística musical se repete perdendo tempo e negligenciando o que a arte tem a oferecer em qualidade. Enquanto até hoje há desgastantes matérias sobre o que todo mundo já sabe, dando a falsa impressão que apenas existiu um pequeno número de grandes artístas que contribuíram para a música, a realidade é outra. Quando se fala em pianistas, de grandes trios, quantos artigos já foram escritos sobre Bill Evans, Oscar Peterson, etc? Quantas vezes se escreveu sobre Horace Tapscott com o reconhecimento merecido? Infelizmente Tapscott faleceu no final de Fevereiro de 1999 e ainda estão falando de Bill Evans, principalmente aqui no Brasil. Por favor, não estou depreciando o talento de Evans, mas vamos mudar de assunto?
Horace Elva Tapscott nasceu em 06/04/1934 na cidade de Houston, Texas e nos anos 40 se mudou para Los Angeles tendo a oportunidade de estar perto de nomes como Art Tatum, Charlie Parker, Coleman Hawkins, Dexter Gordon. estudou música com Dr. Samuel R. Browne e Lloyd Reese, tendo como colegas, Frank Morgan e Eric Dolphy, que mais tarde lhe apresentou à John Coltrane, quando esteve em New York trabalhando na The Hampton Big Band. Nos anos 60 se envolveu no que se convencionou a chamar de avantgarde da música afro americana e esteve envolvido nos ideais políticos, antiracismo, etc, tornando sua vida mais difícil, como vários que enveredaram por este caminho. Em meados dos anos 70 reorganizou a Pan-Afrikan Peoples Arkestra com novos talentos, trabalhou com grandes músicos, como o baterista Roy Haynes e o baixista Art Davis. No fim dos anos 80 realizou um grande concerto no Wilshire Ebell Theatre com os pianistas Andrew Hill e Randy Weston em um histórico concerto de piano solo. Nos seus últimos anos, teve o reconhecimento devido na Europa (como quase sempre aconteceu com os músicos afro americanos, que raramente são valorizados em seu próprio país), trabalhando com a P.A. Arkestra (que também contou com a colaboração de David Murray, Lawrence Butch Morris, entre outros), ao lado do saxofonista Arthur Blythe como sololista. Também merece destaque as sessões com o John Carter, Cecil McBee e Andrew Cyrille em 1989. Em Thoughts Of Dar Es Salaam, o trio é formado pelo baixista Ray Drummond e o baterista Billy Hart, que possui um refinamento musical incrível. Se você ainda não conhece a brilhante arte de Horace Tapscott, clique na imagem para acessar o arquivo e comprovar seu talento que merece mais reconhecimento.

quinta-feira, junho 02, 2011

Improviso n° 4 - Antônio "Panda" Gianfratti, John Edwards & Ricardo Tejero

Apresentação do trio no Festival Abaetetuba - Encontro Internacional de Improvisação em Música, realizado no dia 14 de Novembro de 2010, no Espaço Cênico Ademar Guerra - Centro Cultural São Paulo.

Improviso nº4:

Antônio "Panda" Gianfratti (Brasil) - percussão
John Edwards (UK) - contrabaixo
Ricardo Tejero (Espanha) - saxofone tenor

Célio Barros: master do áudio e video

sábado, julho 24, 2010

Napalm Death - Hatred Surge demotape (1985)

Um pouco de suavidade sonora para os ouvidos. Nesta demotape de 1985, o Napalm Death não tinha desenvolvido sua velocidade característica e ainda soava como as bandas européias do punk. Mas no ano seguinte já se pode reconhecer o N.D. do lp Scum, o grande ícone do sub-genero grindcore. Clique na foto para acessar o arquivo.

domingo, maio 23, 2010

Bridgestone Music Festival 2010, mas a música não é o assunto principal

É realmente muito bom o critério da produção do festival, que procura trazer artístas de expressão no cenário atual da música instrumental ou direcionada ao que chamam de jazz. Creio que o nome foi a substituição de patrocínio, que antes era de uma bebida, que trouxe artístistas que destoaram completamente do que o público habitual deste tipo de evento costuma ver, como Andrew Cyrille, James Newton e Archie Shepp. Desta vez tivemos o Don Byron e seu New Gospel Quintet, com Pheeroan AkLaff na bateria. Claro que o organizador é ponderado em relação ao casting, pois imagine se ele escalasse o cenário da improvisação livre européia atual? Seria um desastre de bilheteria, os desavidados sairiam xingando do recinto e ficaria uma dezena de pessoas para apreciar as cacofonias dos músicos. A improvisação livre é um tipo de manisfestação artística muito restrito, não é superior a nenhuma arte musical, apenas é mais uma gama dela.
Mas o assunto sobre este post é sobre o evento, independente de quem está no palco. O local onde ocorre o evento anual antes era conhecido como Palace, lugar sempre escolhido para acolher um cantor que insistem em chamar de rei fazia seus concorridos shows. Tinha um certo glamour sobre este lugar. Mas quando você entra no local onde acontece as apresentações, se depara com mesas se apertando e balançando com suas pernas tortas, com um certo desconforto que não condiz com o preço dos ingressos. Mas as pessoas se sujeitam a isso tudo pela carência de um evento internacional. Há uma certa aura de elevação intelectual entre o público em sua maioria, afinal está em um evento internacional de jazz, de música sofisticada. Tudo mera ilusão. A maioria depende de seu curto repertório(às vezes é a aquela coleção de jazz da folha de são paulo) para poder assimilar a música executada. A codificação em suas mentes do que é jazz se moldou à um modelo totalmente equivocado. Mas ninguém sai ferido nesta batalha sonora, todos voltam para casa e com assunto durante a semana em seus respectivos empregos e atividades profissionais e sociais. Eu poderia descrever com mais detalhes as situações que ocorrem neste tipo de vento, mas não vejo necessidade. Sim, com um esforço se abstrai o local, as pessoas, as conversas e se desfruta de boa música. Para mim foi melhor, por chegar ao evento já com as apresentações em andamento e a saída rápida após o encerramento. O que não se pode evitar é o intervalo entre as atrações, onde dividí a mesa com desconhecidos e é complicado abstrair o teor dos diálogos. Outra situação é o costume de aplaudir os solos individuais na música, que atrapalha a audição e muitos o fazem porque se tornou uma convenção em shows de jazz. Isso provavelmente ocorria de forma espontânea em jam sessions antigamente entre os músicos, que se empolgavam com a performance de seus colegas. Hoje isso ocorre de uma forma tão sincronizada e artificial, que parece script de platéia de programa de auditório, tipo Silvio Santos, onde se levanta uma placa escrito: "aplausos", por trás das câmeras.
Em alguns momentos eu fiquei me questionando o que estava fazendo naquele lugar, mesmo compreendendo estas mazelas e convenções sociais. Claro que este tipo de evento sempre trará alguma atração que eu aprecie e terei que fazer o exercício de abstração para apreciar somente a música. Mas é assim mesmo, the show must go on.

ps.: Agradeço ao meu colega Wagner Pitta e seu blog Farofa Moderna pela cortesia.
 
 
Studio Ghibli Brasil