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sexta-feira, janeiro 07, 2011

Max Roach Quartet - Live In Amsterdam (1977)

É sempre um grande prazer falar deste grande músico, o qual me fundamentou no meu instrumento musical, a bateria. A história e importância de Max Roach na música e na bateria está muito bem documentada, dispensando novas dissertações.
Live In Amsterdam foi gravado em 17/09/1977 com o tipo de formação que Max manteve até o final de sua carreira: um saxofonista, um trompetista e um baixista, ou seja, um quarteto com sonoridade bem compacta e robusta, mas jamais carente de criatividade e abundância sonora. Alguns críticos musicais ainda perdem tempo com a bobagem de dizer que usar um quarteto no jazz com a ausência de um piano é algo ousado, pois isso talvez tivesse algum sentido à 70 anos atrás, sem exagero. Desta configuração, o trompetista Cecil Bridgewater permaneceu até o fim, tanto que ele esteve presente no Brasil em 2000, ao lado do sax tenor de Odean Pope e o baixo de Tyrone Brown. Nesta gravação em Bimhuis, conta com uma importante associação entre Max e Billy Harper, brilhante saxofonista e compositor. Inclusive um clássico lhe pertence a autoria que é a peça Capra Black. Outro ilustre artísta é o contrabaixista Reggie Workman, com seu currículo kilométrico no meio do jazz, muito conhecido (me cansa dizer isso) por tocar no quarteto de John Coltrane. Workman continua em plena atividade, se associando aos improvisadores e o cenário mais livre de New York, ao lado de William Parker, etc e ter participado da reunião do New York Art Quartet de Roswell Rudd. Live In Amsterdam é uma torrente sonora com duas longas peças, dando amplo espaço para cada músico expor suas idéias e It's Time, uma das mais clássicas e conhecidas composições de Max Roach, é uma delas. O som de Max Roach e sua bateria se tornaram emblemáticos no atravessar das décadas, desde os tempos de sua parceria com Charlie Parker e Dizzy Gillespie, mas sempre se manteve contemporâneo, jamais cristalizando sua arte ou a tornando datada. Basta conferir isso clicar na imagem, acessar o arquivo e comprovar com os ouvidos, o que estou vos escrevendo aqui neste simples espaço virtual.

quinta-feira, julho 08, 2010

Max Roach - The Loadstar (1977)

Creio que já se falou tudo quanto é possível sobre Max Roach, e além do mais, a sua arte e seu instrumento falam até hoje através de seu legado. Esta formação com Billy Harper no sax tenor, Cecil Bridgewater no trompete e Reggie Workman na bateria, foi o formato que o acompanhou por cerca de 30 anos. Bridgewater foi o mais constante e hoje leciona em diversas escolas e faculdades nos EUA. Harper, apesar de não ser tão comentado como seus contemporâneos, se enquadra na geração chamada pós-Coltrane e é um brilhante compositor além de seu estilo virtuoso e vigoroso no saxofone. Sua composição mais conhecida é um clássico, se chama Capra Black, e se encontra na última gravação de Lee Morgan, além do seu disco homônimo como lider. Workman está na ativa até hoje e faz parte do free jazz de New York, ao lado de William Parker e Henry Grimes no cenário local. Ficou conhecido por sua parceria com John Coltrane no início dos anos 60, precedendo Jimmy Garrison.
The Matyr é uma releitura para Praise For A Martyr, gravada em 1961 no disco Percussion Bitter Sweet, que contava com
Booker Little, Julian Priester, Eric Dolphy, Clifford Jordan, Mal Waldron, Art Davis, Carlos Valdez, Carlos Eugenio e Abbey Lincoln, coma mesma urgência e vigor, compactada no formato de quarteto. Six Bit Blues tem um belíssimo solo de Bridgewater profundamente arraizado nas tradições da música afro-americana. Ambas as músicas tem o compasso ternário que caracterizou grandes mudanças rítmicas no jazz, que ficaram muito conhecidas por Max Roach e Joe Morello. Clique no link para acessar o arquivo: http://www.mediafire.com/?zjmhthmajzf
 
 
Studio Ghibli Brasil