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segunda-feira, dezembro 17, 2012

Lowell Davidson Trio (1965)

 Lowell Skinner Davidson nasceu no dia 20/11/41 em Boston, Massachusetts. Tocava orgão e dirigia o coral na igreja de seus pais, a Emanuel Episcopal Church e tocou tuba no colégio. Estudou na Boston Latin School e bio-química em Harvard. Ao piano teve influências de Thelonious Monk e Herbie Nichols e quando se mudou para New York, tocou com Ornette Coleman, Gary Peacock, Milford Graves, Paul Motian, Eddie Gomez, Lawrence Cooke e foi baterista do New York Art Quartet antes de Milford Graves.
O seu trio composto por Peacock e Graves foi o único registro fonográfico e infelizmente há pouca informação à seu respeito. Faleceu em 1990 aos 49 anos por conta da tuberculose. Lowell Davidson Trio nos comentários deste post.

sexta-feira, julho 13, 2012

Jodie Christian - Blues Holiday (1994)

O trio composto de piano, contra-baixo acústico e bateria é conhecido como a formação clássica das pequenas configurações de conjuntos do que se convencionou chamar de jazz. Alguns destes trios se tornaram símbolos do jazz, como o Bill Evans trio, Art Tatum trio, Ahmad Jamal trio e um dos mais expressivos que não se efetivou como um grupo fixo, o trio formado por Duke Ellington, Charles Mingus e Max Roach, que podem ser considerados como parte fundamental dos pilares do chamado jazz moderno e gravaram o disco Money Jungle. Jodie Christian foi um membro importante na formação da AACM de Chicago, que trouxe novas mudanças na música criativa na América do Norte e esta gravação contém a essencia da música afro-americana que todos conhecem por jazz. Não importa o quanto se avance em novas abordagens linguísticas e experimentações músicais das mais radicais, se algo ainda tem a palavra jazz no meio, seja free, avant ou o nome que seja, o blues lá estará. Clique aqui para acessar o arquivo para apreciar clássicos como Take The A Train de Billy Strayhorn e uma versão de certo compositor brasileiro.

sexta-feira, junho 22, 2012

Sun Ra – Disco 3000 (1978)

Ultimamente tenho procurado resumir o máximo possível os comentários de gravações postadas neste blog pelo fato de muitos discos já possuirem um número considerável de textos à seu respeito, alguns bons, outros, bem, você sabe... No caso do post anterior que se trata de gravações do Joy Division, senti que era desnecessário qualquer comentário. Ora, é o Joy Division e creio que qualquer pessoa que tem uma pequena porção de interesse por música em geral deve conhecer o grupo que originou o New Order e o vocalista Ian Curtis. Além do que a world wide web proporciona um amplo espectro de informações e dados sobre música e temos ferramentas de busca ao nosso dispor para nos aprofundar com facilidade sobre vários assuntos. Claro, devo relembrar que é prudente verificar a integridade das fontes e fazer comparação de dados com pelo menos três referências diferentes.
No caso deste post, é importante ressaltar esta gravação de Sun Ra, que faz parte do seu período em que esteve na Itália com sua Arkestra reduzida à um quarteto que o acompanhou em suas novas descobertas no campo dos sintetizadores que dava seus primeiros passos. Nosso amigo Herman Poole Blount ou Le Sony'r Ra, conheceu os sintetizadores Crumar que eram contemporâneos do célebre Moog e gravou este controverso Disco 3000 (no mesmo período também foi gravado o Media Dreams). A maioria dos aficcionados do senhor mistério que conheço, elege o Space Is The Place como seus discos favoritos e apenas um grande amigo meu que tem um sólido conhecimento da obra do homem de saturno, tem como o Disco 3000 como um dos melhores da vasta e confusa discografia da Arkestra. A composição Disco 3000 passeia pelas explorações timbrísticas que o sintetizador ofercia para Sun Ra e ela faz uso de padrões rítmicos presentes nos presets do novo instrumento. Há um momento que Sun Ra faz uma espécie de auto-sampler, usando trechos de suas composições e mesmo que muitos ainda insistam que Sun Ra e sua Arkestra são um grupo de free jazz, as suas composições são bem mais objetivas em termos de estrutura. É muito interessante o resgistro de Sun Ra com um grupo pequeno para expor sua arte musical, pois suas gravações predominam sua Arkestra que já teve três bateristas além de outros percussionistas na sessão rítmica. Assim como o Media Dreams, é a efetivação do trompestista Michael Ray no grupo. Disco 3000 como vários discos de Sun Ra, foi editado de forma independente e confusa, com mais de uma capa e por vezes com versões diferentes. Só depois de décadas foi reeditado no formato digital em dois cd's com praticamente todos os registros da sessão. Há composições conhecidas do repertório da Arkestra, como We Travel Spaceways e Friendly Galaxy, mas com arranjo para quarteto.
Clique no comentário para os links de arquivo.

quarta-feira, março 07, 2012

Jodie Christian - Rain Or Shine (1993)

Recentemente foi publicado aqui no blog sobre o pianista, compositor e co-fundador da AACM, Jodie Christian, em sua homenagem póstuma, aqui podemos apreciar um de seus trabalhos ao lado de Art Porter, saxofonista nascido em 03/08/1961 na cidade de Little Rock - Arkansas, U.S.A., filho de um baterista com quem começou sua carreira musical na adolescência. Em meados dos anos 80 mudou-se para Chicago e tocou con Von Freeman, Pharoah Sanders e Jack McDuff. Entre 1992 e 1998 lançou cinco albuns e infelizmente sua carreira encerrou-se prematuramente quando estava participando do Thailand International Jazz Festival em 23/11/1996. Estava em um barco que naufragou e se afogou. Tinha apenas 35 anos de idade.
Rain Or Shine conta com Roscoe Mitchell, que despensa comentários. O baixista Larry Gray nasceu em Chicago e é também professor na Universidade de Illinois, tendo trabalhado com McCoy Tyner, Jack DeJohnette, Danilo Perez, Branford Marsalis, Benny Green, Freddy Cole, Benny Golson, Steve Turre, George Coleman, Lee Konitz, Bobby Hutcherson, Sonny Fortune, Ira Sullivan, Junior Mance, David "Fathead" Newman, Willie Pickens, Ann Hampton Callaway, Charles McPherson, Antonio Hart, Jackie McLean, Sonny Stitt, Eddie "Lockjaw" Davis, Al Cohn, Randy Brecker, Nicholas Payton, Kurt Elling, Eric Alexander, Phil Woods, Jon Faddis, Roscoe Mitchell, Von Freeman, Wilbur Campbell, Eddie Harris, Les McCann, Kenny Burrell, Joe Pass, Tal Farlow, Donald Byrd, Harry "Sweets" Edison, e Tom Harrell. O baterista Vincent Davis nasceu em Chicago e como membro da AACM trabalhou com Nicole Mitchell, Fred Anderson, Ernest Dawkins' New Horizons Ensemble, Greg Ward, Kidd Jordan entre outros. O baterista Ernie Adams estudou na North Texas State University e the University of Wisconsin, trabalhou com Joe Williams, Douglas Spotted Eagle, Orbert Davis e The Chicago Jazz Philharmonic, Patricia Barber, Stefon Harris, Art Porter, Stanley Turrentine, Dizzy Gillespie, Dianne Reeves, Bill Summers, Kurt Elling, Karen Briggs, Billy Dickens, Steve Cole, Phil Upchurch, Baabe Irving III, Von Freeman, Melvin Rhyne, Bobby Lyle, Richie Cole, James Moody, Rufus Reid, Buster Williams, Ursula Dudziak, Joe Zawinul, Slide Hampton, Frank Morgan, Arturo Sandoval, Charles Earland, Wycliff Gordon, Claudio Roditi, Ken Peplowski, Michael Wolff, Marvin Stamm, Clark Terry, Pharoah Sanders, Ahmad Jamal, James Spaulding, The Bodeans, Kenny Drew Jr, Anthony Jackson, Orbert Davis, Grazyna Auguscik, Red Holloway, clinicas com Victor Wooten, Steve Bailey, Jack McDuff, Joey DeFrancesco e Piero Esteriore. Clique na imagem para acessar o arquivo.

quarta-feira, fevereiro 15, 2012

Jodie Christian (02/02/1932 – 13/02/2012)

Quando se fala na música mais ousada feita em Chicago, é impossível não falar da AACM, o coletivo de músicos criado em 1965 para o desenvolvimento da música de foma livre e criativa. O grupo Art Ensemble Of Chicago e Anthony Braxton são os nomes mais lembrados, mas a AACM é muito mais que isso. O pianista e compositor Muhal Richard Abrams é um dos pilares fundamentais do coletivo e co-fundador, assim como o pianista Jodie Chistian, que faleceu nesta última segunda-feira. Jodie nasceu em Chicago e aos 16 anos já era um pianista profissional. Após ter se apresentado no grupo de Coleman Hawkins em uma turnê e depois com Ira Sullivan, se associaou à Muhal Richard Abrams, Phil Cohran e Steve McCall para formar a AACM. Mesmo Jodie se considerando em suas próprias definições como um "bebop player", avançou para o experimetalismo e a música livre. Isto pode ser constatado no registro The Flow Of Things do Roscoe Mitchell Quartet gravado numa série de concertos em Chicago. Nos anos 70, direcionou-se no ensino musical, lecionando na Lyon & Healy music store's school e programas de ensino do jazz nas escolas públicas de Chicago. Ao longo de sua carreira, Jodie Christian tocou com Eddie Harris, Lester Young, Benny Carter, Johnny Griffin, Gene Ammons, Dexter Gordon, Yusef Lateef, James Moody, Sonny Stitt, Don Byas, Freddie Hubbard, Milt Jackson, Dewey Redman, Von Freeman, Stan Getz e Sonny Rollins.

quarta-feira, junho 29, 2011

Max Roach & Abdullah Ibrahim - Streams of Consciousness (1977)

Mesmo com grandes expoentes da percussão contemporânea, como Paul Lovens, Hamid Drake, Andrew Cyrille, etc, Max Roach ainda soa inspirador e atemporal no set de tambores e pratos. Uma configuração que Max gostava de explorar, era o formato de duos, sendo consagradas as gravações com os saxofonistas Anthony Braxton e Archie Shepp e o com o pianista Cecil Taylor. Também executou um duo com o pianista Randy Weston nos últimos anos.
Adolph Johannes Brand nasceu em 09/09/1934 em Cape Town na África do Sul e mudou-se para Europa no início dos anos 60. Ficou conhecido pelo nome de Dollar Brand e seu estilo tem as influências de Thelonious Monk e Duke Ellington. Suas parcerias incluem artístas como Hugh Masekela, Carlos Ward (que também fez parte do grupo de funk B.T. Express), Elvin Jones, etc. Ao converter-se ao Islam, mudou seu nome para Abdullah Ibrahim, e em meados dos anos 70 no seu breve retorno à África do Sul, voltou para New York devido à opressão política de sua terra natal. Escreveu trilhas sonoras para filmes como Chocolat e No Fear, No Die e nos anos 90 retornou à África do Sul onde participou na orquestra nas comemorações de Nelson Mandela na presidência do país. Em Streams of Consciousness, dois músicos que expressam através da arte seu ativismo político de forma exuberante. Clique na imagem para acessar o arquivo.

segunda-feira, junho 06, 2011

Horace Tapscott - Thoughts Of Dar Es Salaam (1997)

A história da grande midia jornalística musical se repete perdendo tempo e negligenciando o que a arte tem a oferecer em qualidade. Enquanto até hoje há desgastantes matérias sobre o que todo mundo já sabe, dando a falsa impressão que apenas existiu um pequeno número de grandes artístas que contribuíram para a música, a realidade é outra. Quando se fala em pianistas, de grandes trios, quantos artigos já foram escritos sobre Bill Evans, Oscar Peterson, etc? Quantas vezes se escreveu sobre Horace Tapscott com o reconhecimento merecido? Infelizmente Tapscott faleceu no final de Fevereiro de 1999 e ainda estão falando de Bill Evans, principalmente aqui no Brasil. Por favor, não estou depreciando o talento de Evans, mas vamos mudar de assunto?
Horace Elva Tapscott nasceu em 06/04/1934 na cidade de Houston, Texas e nos anos 40 se mudou para Los Angeles tendo a oportunidade de estar perto de nomes como Art Tatum, Charlie Parker, Coleman Hawkins, Dexter Gordon. estudou música com Dr. Samuel R. Browne e Lloyd Reese, tendo como colegas, Frank Morgan e Eric Dolphy, que mais tarde lhe apresentou à John Coltrane, quando esteve em New York trabalhando na The Hampton Big Band. Nos anos 60 se envolveu no que se convencionou a chamar de avantgarde da música afro americana e esteve envolvido nos ideais políticos, antiracismo, etc, tornando sua vida mais difícil, como vários que enveredaram por este caminho. Em meados dos anos 70 reorganizou a Pan-Afrikan Peoples Arkestra com novos talentos, trabalhou com grandes músicos, como o baterista Roy Haynes e o baixista Art Davis. No fim dos anos 80 realizou um grande concerto no Wilshire Ebell Theatre com os pianistas Andrew Hill e Randy Weston em um histórico concerto de piano solo. Nos seus últimos anos, teve o reconhecimento devido na Europa (como quase sempre aconteceu com os músicos afro americanos, que raramente são valorizados em seu próprio país), trabalhando com a P.A. Arkestra (que também contou com a colaboração de David Murray, Lawrence Butch Morris, entre outros), ao lado do saxofonista Arthur Blythe como sololista. Também merece destaque as sessões com o John Carter, Cecil McBee e Andrew Cyrille em 1989. Em Thoughts Of Dar Es Salaam, o trio é formado pelo baixista Ray Drummond e o baterista Billy Hart, que possui um refinamento musical incrível. Se você ainda não conhece a brilhante arte de Horace Tapscott, clique na imagem para acessar o arquivo e comprovar seu talento que merece mais reconhecimento.

sexta-feira, março 05, 2010

Jimi Hendrix, Johnny Alf...

Mais uma vez Jimi é enfoque do jornalismo musical. É sobre o lançamento de gravações póstumas inéditas. A estratégia de marketing das gravadoras não permite que tenhamos acesso rápido ao material, pois faz parte do jogo. Mais uma vez teremos o re-relançamento dos albuns do Experience, só que com ítens adicionados para justificar o preço e relançamento, como out takes, encartes, DVD, etc. Fazer o que? A indústria fonográfica tem de sobreviver. Veja o caso dos Beatles por exemplo, tentam extrair tudo quanto é possível para lançar no mercado, deixando os colecionadores em polvorosa. O ápice foi a discografia completa enclausurada em um pendrive (essa foi uma forma coerente, afinal estamos na era digital) em forma de maçã. O problema é que quando o material substancial se esgota, começam a colocar no mercado ítens dispensáveis. Porque o nome out takes? Ora, o artísta rejeitou o resultado de sua performance de gravação. Mas sabe como é fã, quer acreditar em qualquer coisa para ter mais um pouco de seu artista preferido, como um out take que tem apenas 3 segundos a mais de diferença do que a editada oficialmente.
Eu gosto muito do Jimi, só que quando eu atingi quase 30 lp's em minha coleção, eu percebi q
ue o negócio já estava pra lá de bom e passando disso já seria uma obssessão. Comprar um compacto, sendo que é a mesma versão do lp, isso é fetiche. Mas fora estas coisas de produtos, Jimi é um nome presente na música popular tão óbvio, que dispensa mais comentários. Quer um exemplo atual? Vernon Reid é um músico que se sente esta influência, mas não só de Jimi, mas também de Arthur Rhames. Uma das mais coerentes homengens em minha opinião pessoal são as gravações do P-Funk Guitar Army, no Tribute To Jimi Hendrix, em 2 volumes. Talvez seja um tanto quanto desconhecido para os típicos fãs radicais de rock, que geralmente ignoram e odeiam na ignorância outros nomes da música. Eddie Hazel que foi guitarrista do Funkadelic e Parliament é herdeiro direto de Hendrix, sua influência é 100% audível. Mas Hazel não sobreviveu tempo suficiente para participar desta homengem e ficou nas mãos de seus companheiros sucessores no mundo P-Funk, como Michael Hampton, Gary 'Mudbone' Cooper, Blackbyrd McKnight, etc.
Bem, porque Johnny Alf? Eu encontrei uma ligação entre ele e Jimi e isso não tem haver com a arte de cada um simplesmente por serem caminhos diferentes. A morte tem um ponto em comum, só que os casos são opostos. Jimi morreu no auge de sua carreira, muito jovem, nem completou 30 anos de idade. Johnny Alf morreu com 80 anos com uma longa carreira. Talvez Alf passe por um processo parecido com o de Hendrix, talvez relancem seus discos, artístas gravem um tributo, novos artístas e novo público "redescubra" sua obra. Mas é claro que não será da mesma forma que Jimi, que teve um impacto na arte mundial. Alf quase não é citado em seu próprio país, o Brasil. Não teve tanto efeito catalístico na música de uma forma geral, mas isso não tira seu mérito e talento. Eu gostei dele uma vez que o Paulinho da Viola o entrevistava e falavam sobre a influência dos músicos do chamado jazz. Paulinho tinha mais interesse por pianistas como Thelonioius Monk e Johnny já preferia algo mais tradicional, como Nat King Cole. Também gostei da sensação de uma pessoa amável tranquila que Alf me passou. Meu amigo estava de alguma forma envolvido com sua atividade musical no Japão, onde poucos mas fiéis admiradores extrapolaram as fronteiras do hemisfério Sul. Eu até assinei um cartão coletivo que seria entregue ao Johnny, junto ao nome de editores, apreciadores, amigos, críticos japoneses. Mas eu nunca fui muito chegado no trabalho de Johnny. Mesmo hoje em dia, que não fico mais só ouvindo Heavy Metal. Tem uma coisa e outra que eu gosto, mas a bossa não me diz muita coisa. Muitos dizem que a bossa é o supra sumo da música brasileira, mas isso é algo tão particular, que esse tipo de afirmação não reflete a verdade. Quando falam que os gringos "piraram" com a bossa, isso não quer dizer muita coisa. Veja o caso do Stan Gets, Archie Shepp. O jazz já não era uma unanimidade em seu próprio país de origem, o rock vindo da Inglaterra é que dominava em popularidade. A bossa ficou conhecida entre os músicos, pois o público americano, europeu, preferia outro tipo de música. Recentemente falam da suposta febre da bossa no Japão. É uma grande ilusão, pois o público japonês tem preferencia pela música local, como o JPop e o Pop norte americano. Há um nicho específico que gosta de bossa no Japãp, mas é bem restrito, como o público que aprecia jazz em São Paulo.
A verdade é que Johnny Alf estava meio que jogado para escanteio nestes últimos anos, queiram acreditar ou não. Ele quase não se apresentava, por falta de interesse mesmo. E gravar um disco então? Não recebia a atenção e destaque que tinha direito. Agora com sua morte vão falar uma coisa ou outra e tudo mais que eu escreví acima. Mas logo mais vai voltar à penumbra. Estou errado? Espero que sim, pois veja o caso do maestro Moacir Santos. Fizeram homengens,
relançaram gravações, mas não passou do terrritório restrito. O povo quer é ser "chicleteiro" mesmo.
Música como forma de arte é um artigo de luxo, um ítem dispensável na cesta básica. Hoje o momento é do entretenimento musical, que sempre é confundido com a arte musical. Hoje em dia não sobra muito espaço para o refinamento musical de Johnny Alf, talvez também não sobrasse para Jimi Hendrix se estivesse vivo.

Obrigado Jimi, obrigado Johnny, vocês fizeram música, apenas música.
 
 
Studio Ghibli Brasil