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terça-feira, abril 24, 2018

Marco Eneidi/Glenn Spearman/William Parker/Jackson Krall ‎– Live At Radio Valencia (1997)

Dando continuidade ao momento de homenagear a arte de Glenn Spearman, também é relembrada a música de Marco Eneidi, que infelizmente faleceu em 24/05/2016 e este post já antecipa um mês antes de completar 2 anos de sua prematura partida.
Marc “Marco” Bennett Eneidi nasceu em Portland, Oregon, em 01/11/1956, estudoiu na Mt. Hood Community College em Portland e Sonoma State University em Rohnert Park, California, onde estudou música africana, do norte da Índia e Bali, se interessou pela etno-musicologia.
Nos anos 1980 em New York, conheceu Jemeel Moondoc, William Parker, Roy Campbell, Jr. e Denis Charles. Como muitos músicos, também tocou nas ruas para sobreviver. Em seu apartamento, fez muitas sessões particulares a maioria em dueto com o baterista e amigo Jackson Krall. William Parker o convidou para participar de sua orquestra, onde fez amizade com o saxofonista Jim Pepper e teve contato com veteranos como Dewey Redman, Rashied Ali, Ed Blackwell, C. Sharpe e Don Cherry, os quais considera como mentores. 
Tocou com muitos jovens músicos na University of Wisconsin-Madison e Antioch College quando Cecil Taylor lecionou nos anos 70 e sua influência sobre Eneidi foi contundente.
Também precisou trabalhar fora da música para sobreviver, como motorista de taxi nos anos 80, aplicação de amianto e construções. teve que migrar temporariamente para a costa oeste para fazer dinheiro e num desses períodos, teve aulas de música clássica do norte da Índia na Ali Akbar College of Music em San Rafael, California e aulas com o saxofonista Bert Wilson em Olympia, Washington.
Infelizmente muito da música feita por Eneidi nos anos 80 não foram registradas, como seu trabalho com o Earl Cross Nonet, Saheb Sarbib’s Multinational Big Band, os conjuntos de  William Parker e Sunny Murray que permanecem inéditos. Apenas uma pequena gravação do Jackson Krall’s Secret Music Society no the Shuttle Theatre.
Sua primeira gravação comercial veio através do trabalho com Bill Dixon na Bennington College. Seu primeiro LP foi gravado com William Parker e Denis Charles, que só conseguiu ser lançado de forma independente pelo selo Botticelli Records, nome em homenagem ao seu filho recém nascido, Niccolo Botticelli Eneidi
Nos anos 90 tocou com Cecil Taylor após a morte de Jimmy Lyons. Também tocou com Raphé Malik e iniciou uma grande amizade com Glenn Spearman.
Nos comentários como de costume.

segunda-feira, janeiro 29, 2018

William Hooker with DJ Olive & Glenn Spearman ‎– Mindfulness (1996)

Desde o ano de 2017 sem publicar pela falta de tempo, mas retomamos hoje, já desejando atrasado um feliz 2018! Ainda retomando as homenagens à Glenn Spearman que participou desta sessão liderada pelo baterista William Hooker e o DJ Olive completando o trio. Antes de qualquer especulação, o toca-discos cumpre o papel de instrumento musical como qualquer outro convencional. DJ Olive (Gregor Asch) conhecido como produtor de música (na maior parte música eletrônica) com forte influências do dub e improvisação livre fazendo parte dos grupos We, Lunchbox e Liminal. Também colaborou com os trabalhos de Kim Gordon, Ikue Mori, Zeena Parkins, Uri Caine, Medeski Martin and Wood, Dave Douglas e vários outros, com uma extensa discografia.
William Hooker, de Connecticut se mudou para New York em 1976 tocou com Thurston Moore, David Murray, David S. Ware, William Parker, Melvin Gibbs, Donald Miller, Elliott Sharp, Malachi Thompson, Zeena Parkins, Lee Ranaldo, DJ Spooky, Rob Brown, Roy Campbell, Mark Hennen, Steven Bernstein, Roy Nathanson, Jason Hwang, Dave Soldier, Sabir Mateen, Joseph Celli, Ellen Christi, Liudas Mockūnas, entre outros , sendo um dos mais criativos percussionistas contemporâneos e também injustamente reconhecido. Assim como o falecido também baterista Ronald Shannon Jackson, Hooker escreve e recita suas poesias no formato spoken word. Como sempre, poucas palavras e a música fala por si só. Nos comentários e mais uma vez, FELIZ 2018!

quinta-feira, setembro 28, 2017

RoGoAkiTera - PÃO DE CAGE SESSIONS (2017)

terça-feira, julho 25, 2017

Raphe Malik Quartet - Unna (1979)

Olá amigos que acompanham o Sonorica. Foram dias atarefados e não pude publicar como gostaria.
Continuando as homenagens ao saxofonista Glenn Spearman, providencialmente o trompetista Raphe Malik foi parceiro de Speraman e também será relambrando neste pequeno espaço virtual.
Raphe Malik (Laurence Mazel), nasceu no dia 01/11/1948 em Cambridge, Massachusetts e faleceu no dia 08/03/2006 em Guilford, Vermont. No início dos anos 70, após 4 anos na Universidade de Massachusetts, mudou-se para Paris onde tocou com Frank Wright e membros do Art Ensemble Of Chicago. Ainda na metade dos anos 70, retornou à Ohio onde trabalhou com Cecil Taylor, mais intensamente nos anos 80. Apenas nos anos 90 Malik gravou como líder de sessão. Seu último registro oficial foi o Last Set: Live at the 1369 Jazz Club, gravado em 1984, ao lado de Frank Wright (sax), William Parker (baixo), Syd Smart (bateria).
Esta gravação foi captada ao vivo em 16/10/1979 - Unna, Alemanha por uma Revox A 77 e não foi lançado oficialmente até o momento. Trata-se de uma suite entitulada de Life Without Lloyd e o quarteto de Malik era composto por Glenn Spearman, saxofone tenor, Jay Oliver, baixo e Steve McCraven, bateria.
Como se trata de um arquivo digital, a capa foi confeccionada pelo Sonorica. Nos comentários

quarta-feira, maio 17, 2017

Trio Hurricane ‎- Live at Fire in The Valley (1997)

Fire In The Valley era o festival anual de free jazz realizado na cidade de Amherst, no Estado de Massachusetts, América do Norte. O trio Hurricane liderado por Glenn Spearman já foi publicado por aqui à respeito da gravação Suite Of Winds (1986).
Live at Fire In The Valley foi um registro da apresentação de 26/06/1997, no Bezanson Recital Hall, UMASS em Amherst. É considerado um clássico do Trio Hurricane, embora haja críticas quanto a performance de Spearman. Isto talvez seja pelo fato da gravação ter limitações técnicas, pois foi registrado em apenas dois canais. William Parker é amplamente reconhecido no cenário musical mundial, inclusive se apresentando no Brasil. Paul Murphy talvez seja um nome desconhecido mas é um veterano no jazz. Natural de Worcester, Massachusetts, nasceu 1949 e começou na bateria ainda quando criança, tendo feito amizade com Gene Krupa e postriormente fez aulas com Louie Bellson. Aos 16 anos de idade, tocava regularmente com Billy Taylor, que era baixista de Duke Ellington. Nos anos 70 se tornou bandleader em San Francisco e após conhecer Cecil Taylor e Jimmy Lyons, mudou-se para New York e se tornou o baterista preferido de Lyons, até seu falecimento em 1986. Um destaque para Blues For John & Frank (uma homenagem à John Coltrane e Frank Wright) Nos comentários.

terça-feira, abril 04, 2017

Glenn Spearman's G-Force ‎- Let It Go (1997)

Dando continuidade ao momento dedicado à lembrança da música de Glenn Spearman, Let It Go foi gravado em 1994 em San Francisco, com o grupo de Spearman chamado de G-Force, composto pelo guitarrista James Routhier, o baixista Lisle Ellis e o baterista Donald Robinson.
Lisle Ellis nasceu em British Columbia no Canada e começou no baixo elétrico. Fez parte do coletivo Vancouver's New Orchestra Workshop, depois se mudou para San Francisco em 1992, onde iniciou a parceria com Spearman e permaneceu até 2001. Após um período de 4 anos em San Diego, foi para New York onde permanece até hoje. Ellis tocou com Peter Brotzmann, Andrew Cyrille, Joe McPhee, Dave Douglas, Paul Plimley, Larry Ochs, Donald Robinson entre outros. No fim dos anos 90 se dedicou à eletro acústica e dividiu seu foco na música acústica dentro da improvisação no jazz e a música eletro acústica.
Donald Robinson tem uma extensa carreira no cenário musical. Nasceu em Boston, Massachusetts em 1953, estudou percussão clássica no New England Conservatory. No início dos anos 70 iniciou esteve em Paris, onde estudou com Kenny Clarke e tocou com Alan Silva, Anthony Braxton, Oliver Lake e Bobby Few. Neste período tocou pela primeira vez com Glenn Spearman onde teve início uma parceria que durou até o falecimento de Spearman em 1998. Também participou ativamente no cenário free jazz de San Francisco, tocando com John Tchicai, Marco Eneidi, Larry Ochs, Miya Masaoka, Matthew Goodheart e "visitantes" da cena, como Cecil Taylor, Wadada Leo Smith, George Lewis, Raphe Malik, Paul Plimley e quase sempre acompanhado de Lisle Ellis.
Quanto ao guitarrista James Routhier, não foi possível obter informações, que também participou das gravações de Free Worlds de Spearman.
Let It Go traz uma versão de Jerry, composta por Frank Wright. Nos comentários

quarta-feira, março 01, 2017

Emergency - Homage To Peace (1970)

Após Arthur Doyle e Kalaparusha Maurice McIntyre, continuamos a relembrar a música de Glenn Spearman e também aproveito a oportunidade de relembrar a participação do meu amigo querido, o baterista Sabu Toyozumi, que participou das gravações do grupo Emergency em 1970.
Homage To Peace conta com o guitarrista Boulou Ferré (Jean-Jacques Ferret), nascido em 24/04/1951, estudou com Olivier Messiaen, aos 13 anos de idade tocou com John Coltrane no Jazz À Juan em Juan-les-Pins, Antibes. Também tocou com Dexter Gordon, Philly Joe Jones. Chet Baker, Steve Lacy, Gunter Hampel, Kenny Clarke, Warne Marsh, Steve Potts, etc. O baixista Bob Reid gravou com o grupo The Untouchable Factor de Sunny Murray e The Celestial Communications Orchestra de Alan Silva.O pianista Takashi Kako estudou composição com Olivier Messiaen e tocou com Kent Carter, Oliver Johnson. Noah Howard, Masahiko Togashi, Steve Lacy e compos trilhas para cinema e televisão. Nos comentários.

sexta-feira, fevereiro 24, 2017

Roscoe Mitchell Sextet ‎- Sound (1966)

Sound foi o primeiro registro de Roscoe Mitchell e é um clássico da AACM e da música de forma universal, que contou com a colaboração de McIntyre no saxofone tenor, Lester Bowie no trompete, flugelhorn e harmonica, Lester Lashley no trombone e cello, Malachi Favors no baixo acústico e Alvin Fielder na bateria. Quase ficou de fora esta gravação aqui no Sonorica pelo fato de ser amplamente divulgado na web, mas achei necessário incluir todos os registros de McIntyre que estivessem disponíveis. Também não é necessário qualquer outro comentário adicional pois a música fala por si só, além do fato de haver fartas informações e resenhas sobre o Sound.
Tempos trabalhosos! Hoje encerramos a série de homenagem à Kalaparusha Maurice McIntyre, até que esteja disponível algum outro registro. Nos comentários.

segunda-feira, janeiro 23, 2017

Charles Moffett ‎- The Gift (1969)

Charles Moffett (06/09/1929 - 14/02/1997) nasceu em Forth Worth, Texas e estudou junto com Ornette Coleman na Isaiah Milligan Terrell High School. Moffett iniciou na música como trompetista antes da bateria e aos 13 anos de idade tocou com Jimmy Witherspoon. Mais tarde formou o Jam Jivers com Ornette e Prince Lasha, ainda nos tempos de colégio.
Em 1961 mudou-se para New York para tocar com Ornette mas o saxofonista entrou num breve período de retiro nas atividades musicais até retornar em 1964 formando o trio com Moffett e o baixista David Izenzon, onde também passou a tocar vibrafone. Durante o período do afastamento de Ornette, tocou com Sonny Rollins, Pharoah Sanders, Carla Bley e participou das gravações do LP Four For Trane de Archie Shepp.
Moffett passou também a lecionar música na New York Public Schools como fonte de renda  alternativa devido as apresentações esporádicas com Ornette. Moffett lecionou em diversas escolas em New York e também em Oakland e Berkley, quando mudou para California. Seus filhos: o baixsta Charnett Moffett, o baterista Codaryl "Cody" Moffett (que participa desta gravação), a vocalista Charisse Moffett, o trompetista Mondre Moffett, e o saxofonista Charles Moffett, Jr.
O título The Gift faz referência ao amor de Moffett em lecionar música. Assim como Ornette gravou em 1966 o album Empty Foxyhole com seu filho Denardo Coleman na bateria aos 10 anos de idade, como tinha mencionado antes, participou aos 7 anos de idade, no primeiro album solo do pai. The Gift conta com a participação de Paul Jeffrey: saxofone tenor, Wilbur Ware: baixo e Dennis O'Tootle: bateria.Charles Moffett toca vibrafone e trompete, além da bateria nesta gravação. Nos comentários.
* E como diz o título da primeira faixa do The Gift, Avant Garde Got Soul Too...

segunda-feira, dezembro 26, 2016

Bright Moments ‎- Return Of The Lost Tribe (1998)

Quase 2 meses depois, consegui um tempo para publicar aqui no Sonorica. Agradeço à Deus por mais um ano de atividades neste pequeno espaço e dando continuidade, mais um registro de um dos homenageados preferidos da casa, Kalaparusha Maurice McIntyre.
O percussionista Kahil El'Zabar articulou o quinteto Bright Moments para reunir seus antigos companheiros da AACM que não gravavam juntos à mais de 20 anos e principalmente e justamente se reunirem para um registro com McIntyre. Os dois membros do Art Ensemble Of Chicago dispensam apresentações pelo seu vasto histórico na música criativa na America do Norte, Joseph Jarman e Malachi Favors.
Talvez poucos conheçam o veterano membro da AACM desde o início dos anos 70, o pianista e compositor Adegoke Steve Colson, nascido em Newark 04/09/1949 e crescido em East Orange, NJ.
mesmo sendo poucos os seus registros fonográficos, trabalhou com Muhal Richard Abrams, Pheeroan AkLaff, Ed Blackwell, John Blake, Hamiet Bluiett, T.K. Blue, Andrew Cyrille, Baikida Carroll, Anthony Davis, Richard Davis, Kahil El’ Zabar, Douglas Ewart, Rachelle Farrell, Malachi Favors, Joe Ford, Rafael Donald Garrett, Benny Golson, Michael Gregory, Craig Harris, Fred Hopkins, Joseph Jarman, Leroy Jenkins, Oliver Lake, George Lewis, Branford Marsalis, Steve McCall, Andy McCloud, Makanda Ken McIntyre, Rene McLean, T.S. Monk, Butch Morris, Dushun Mosley, David Murray, Hannibal Peterson, Rufus Reid, Max Roach, Marlena Shaw, Dakota Staton, Henry Threadgill, Steve Turre, Chris White, Ed Wilkerson, Reggie Workman, Rev. Frank Wright e mais recentemente com Spirit of Life Ensemble e Amiri and Amina Baraka’s Blue Ark.
Provavelmente esta é a última publicação do ano de 2016 e agradeço à todos que visitaram o Sonorica e espero que tenham aproveitado o conteúdo divulgado aqui. Brilhantes Momentos em 2017 e nos cometários também, como de costume.

quinta-feira, outubro 20, 2016

From The Past Comes The Storms (Até que ponto nostalgia é saudável)



"Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára Não pára, não, não pára" - Cazuza

Pois é, quase 30 anos se foram desde que ele escreveu estas frases e a mentalidade humana em certas questões se mantém as mesmas, algumas para o bem, outras, como posso dizer... não tão bem assim.
Resolvi escrever este texto sobre algo que já tenho notado nestes últimos anos, pelo fato de ver o impacto na arte, no comportamento e valores na sociedade. Provavelmente pouquíssimas pessoas terão algum interesse em debater sobre isso, tanto aqui, tanto no grupo do Sonorica do Facebook.
Eu já tinha abordado a questão dos discos de vinil aqui (http://sonorica.blogspot.com.br/search/label/vinil), e também tenho notado o crescente número de grupos, bandas que retornam aos palcos ou até gravações, após seu fim. E não se trata de uma pausa em aberto que esses artistas escolheram, mas realmente o ciclo havia se encerrado, seja pela conclusão de um trabalho, como foi no caso do The Police, que encerrou suas atividades em 1985 pelos seus três integrantes concluírem em comum acordo, que era hora de encerrar e partirem para novos horizontes. Claro que fizeram reuniões até 2008 para relembrar os velhos tempos, mas felizmente até agora, estão voltados ao presente em suas carreiras e vidas particulares Ok, isso faz parte, como diz o slogan: "Recordar é viver". Mas nestes últimos anos, essa nostalgia tem recebido mais destaque do que deveria e praticamente estamos vivendo do passado.
Refilmagens, re-edições, re-gravações, re-lançamentos, vintage, retrô em quase todos os lugares.
Ironicamente, em uma das formas mais antigas de expressão artística, a literatura, não se tem notícias de autores re-escrevendo suas obras, ou fazendo um "remake", apenas as re-edições que normalmente ocorrem, com apenas novas artes de capa ou até mudança de editora, mas a obra em si permanece intacta.
No cinema, que é considerada a sétima arte, tem pouco mais que um século de existência e já se rende largamente aos remakes. A impressão que tenho é que há uma crise criativa entre os roteiristas. Neste século XXI, que era imaginado como a era do futuro e das novíssimas tecnologias, encabeçada pela informática, nunca houveram tantas refilmagens no mercado cinematográfico.
A parte do formato de mídia musical não vou me aprofundar, pois já escrevi sobre isto no link acima no texto, mas também, mesmo não se tratando apenas de vinil e fita k7, também há lançamentos em e CD e DVD de obras do passado, com sobras de gravação que foram rejeitadas pelos criadores e produtores. Bem, creio que houveram motivos plausíveis para rejeitar tais registros. Mas para o fã saudosista o refugo vira ouro. Um exemplo é o CD box do Funhouse do The Stooges. Vários takes e apenas introduções de algumas músicas que falharam. Se alguém é fã, fique em paz, cada um tem seus desejos e gostos, isto é apenas para reflexão sobre consumo. Vale pensar à respeito, sobre pagar um valor mais alto por algo feito no passado e que foi rejeitado pelos seus criadores, a não ser que ache que saiba mais o que é melhor fazer com essas coisas que o próprio Iggy Pop... (desculpe a ironia)
Bandas e grupos que resolvem retomar a carreira depois de longo tempo após a ruptura ou fim da carreira. Geralmente isso acontece com bandas de rock, que é, quer queira ou não, um símbolo de juventude, rebeldia (mesmo que seja pseudo). Às vezes se torna um freak show, com os integrantes mais velhos e não tendo obviamente aquele vigor físico, aparência do passado. Cruelmente o mercado de consumo impõe uma ditadura da beleza sem rugas e cabelos grisalhos. De um lado vendem a nostalgia e do outro, os cremes "anti-idade".
Nesta questão de bandas e grupos que voltam à ativa, gostaria de analisar alguns pontos.
Como disse antes, ok, não é nada nocivo um grupo relembrar seus bons tempos, como um encontro de amigos de longa data, levando em conta que os ex-membros estão realizados com suas carreiras atuais ou mudanças no estilo de vida.
Casos em que seus ex-integrantes buscam uma espécie de "fonte da juventude" ou "máquina do tempo" para se sentirem jovens novamente, tentando reencontrar algo que ficou ou foi esquecido ou perdido no passado.
Há casos em que os ex-integrantes não estão lá muito bem em vários aspectos em suas vidas atuais e encontram no chamado revival, uma chance de garantir algum meio de sobrevivência financeira e até existencial. Nesses casos, nem todos se encontram nesta situação e acabamos presenciando embates registrados nas mídias de batalhas judiciais em relação a direitos autorais, retornos de bandas que chegam a ter apenas um integrante, seja por ser o único a querer revisitar o passado, seja por ser o único sobrevivente ou no caso mais grave, relações irreconciliáveis que apenas se suportam para suprir suas necessidades financeiras ou realmente apenas de auto estima. Quem acompanhou a mídia especializada musical, provavelmente viu, leu ou ouviu sobre bandas que chegaram ao ponto de cancelarem turnês devido ao clima insuportável entre os colegas ou ex-colegas de banda.
Mas também há alguns casos alegres! Bandas que interromperam suas trajetórias por força maior e circunstâncias da vida, onde antigas amizades foram restauradas e um bom sinal disso:
Se reúnem para criar novas obras!
Mas são poucos e poucas que conseguem tal feito. Mas se levar no lado positivo, também há um aprendizado. Se não foi frutífero e satisfatório tentar novamente, não foi possível gerar novos frutos, os envolvidos não ficarão com dúvidas e frustrações por não terem tentado.
Tudo bem, não acho de maneira alguma que deveria se extinguir os revivals, remakes e rerturns of...
mas do jeito que está, seria prudente observar e analisar o que está acontecendo na arte e entretenimento.

sexta-feira, setembro 23, 2016

Target Of Demand ‎– Your Choice Live Series (1990)

Encerrando a série dedicada ao cenário hardcore/punk austríaco, especificamente  da cidade de Linz, o penúltimo registro e último com o Target Of Demand em atividade. Faz parte da série de gravações ao vivo do selo Your Choice Live Series, que também gravou o Melvins ao vivo. Gravado 08/12/89 no Oberhaus - Alzey, Alemanha, na época do LP Gruss, Há duas músicas do 1º split com o Stand To Fall, Bang My Head (uma das poucas cantadas em inglês) e Traum. A gravação tem ótima qualidade e temos aqui uma grande oportunidade de ouvir como a banda soava ao vivo. Não tenho informações de outros registros da banda, talvez outros registros em demotape.
Talvez não se dê importância ao Target Of Demand, mesmo dentro do universo hardcore/punk, mas considero uma banda muito importante mesmo para o pequeno cenário que teve início nos anos 80 naquela cidade. Capaz de muitos não compreenderem e recusarem esta opinião de que o Target Of Demand tem seus méritos como qualquer outra banda norte americana, como Fugazi por exemplo. Claro que esse comparativo não tem foco na estética, mas como um todo e o T.O.D. teve influência e força para contribuir com sua cena local. E no mais, a sua música é original e mesmo com o passar dos anos, continua atual. Sempre que lembro, escuto os discos inteiro, os EP's, o Gruss e agora este. Nos comentários.

terça-feira, setembro 20, 2016

Target Of Demand ‎– See You In Hell 7"EP (1991)

Retornando ao cenário punk de Linz, See You In Hell foi lançado após o album Gruss de 1989. É um ep póstumo, pois o Target Of Demand encerrou suas atividades em 1990. A primeira música, Sicher I, foi gravada no LP Gruss, State Of Alert e Heaven e Then Please (ao vivo) são inéditas. Pela qualidade das gravações exceto a ao vivo, provavelmente são de demotape. Vale conferir a música do Target Of Demand, aqui no Sonorica, nos marcadores, você pode acessar os outros projetos de ex-membros do T.O.D. e bandas da cena punk austríaca. Nos comentários.

terça-feira, agosto 30, 2016

Kalaparusha Maurice McIntyre Quartet - Live in Lovere '79

Retornando ao nosso momento de relembrar a música de Kalaparusha Maurice McIntyre, temos uma gravação ao vivo lançada de forma não oficial com menos de 100 cópias.
A apresentação gravada foi dividida em quatro partes sendo que a última está incompleta.
McIntyre ao saxophone, clarinete-baixo, flauta, shenai e peercussão; Longineu Parsons, trompete, flugelhorn, flauta; Leonard Jones, baixo; King L. Mock, bateria. O mesmo quarteto que gravou Peace And Blessings pela Black Saint no mesmo ano.
Por conta do tipo de registro, praticamente não há mais informações sobre a gravação. Nos comentários.

sexta-feira, julho 29, 2016

segunda-feira, julho 25, 2016

Kalaparush Maurice McIntyre - Musical Blessing (2016)

Morreu pobre e quase anônimo... Mas nos deixa uma benção musical. Musical Blessings é um album póstumo e infelizmente não consegui maiores informações sobre a sessão de gravação que conta com os baixistas Michael Logan e Radu Ben Judah e Warren Smith na bateria. Kalaparush Maurice McIntyre ainda nos presenteia com sua leitura de Impressions de John Coltrane. Nos comentários.

segunda-feira, julho 04, 2016

Kalaparush Maurice McIntyre & The Light Meet Adam Lane ‎- Paths To Glory (2004)

Retomando o momento de celebrar a música de Kalaparush Maurice McIntyre, esta gravação de 2004 com a formação do The Light conta com a colaboração de Adam Lane no baixo. Sem muito o que comentar por ser desnecessário, apenas me limito à dizer que esta sessão tem uma serenidade em particular e Kalaparush Maurice McIntyre revisita um clássico de Charlie Parker de uma forma bem pessoal, Confirmation. Nos comentários.

quinta-feira, junho 09, 2016

Kalaparush And The Light ‎- Morning Song (2004)

Retomando o momento para relembrar a música de Kalaparusha Maurice McIntyre. Morning Song foi gravado na formação de trio, tendo o baixo substituído pela tuba de Jesse Dulman, que também participou do disco de Anthony Braxton, o Composition No. 19 (For 100 Tubas) e o baterista Ravish Momin, que tocou com Sabir Mateen, Billy Bang, Raphe Malik, Steve Swell e até Shakira. Nos comentários, como de costume.

terça-feira, maio 31, 2016

Einstein - Friday Night & Saturday Morning 12"(1988)/Leslie Lyrics - Shotgun Wedding(1990)/The 3 Knights & Standing Ovation - Burial Proceedings In The Coarse Of 3 Knights/Onslaught 12"(1990)

Encerrando a série de publicações sobre o cenário Hip Hop britânico, os trê primeiros singles de Einstein, Leslie Lyrics e The 3 Knights & Standing Ovation.
Infelizmente não foi possível obter muitas informações sobre estes artistas que fizeram parte do nascimento do cenário Hip Hop na Inglaterra, é quase inexistente em termos de web.
Se hoje em dia se fala de Dizzee Rascal, The Streets, a Music Of Life de Simon Harris foi o fundamento de tudo, sendo Derek B o mais notório. O selo inaugurado em 1986 inicialmente era de dance music, idealizado por dois dj's, Harris e Froggy com o gerenciamento de Chris France. Mas logo Froggy deixou o selo e Harris e France resolveram se dedicar ao cenário Hip Hop, ou seja um selo especializado no chamdo UK Hip Hop.
O primeiro lançamento do Music Of Life foi a coletânea Def Beats 1, que anteriormente foi publicado aqui no Sonorica.
Depois houve a série Hard As Hell! que consagrou artistas talentosos que ainda estão na ativa e também ganhou distribuição pelo selo Profile, responsável pelas gravações do Run DMC.
Todos os volumes da série estão também disponíveis aqui, tanto a coletânea Def Beats 1, como a série Hard As Hell:

Music Of Life

Infelizmente não foi possível encontrar os singles dos outros artistas do selo, como Demon Boyz, Mc Duke, Asher D, etc.
Apesar de raramente comentado o UK Hip Hop da primeira fase é muito criativo, em sincronia com a segunda geração do rap norte americano. Seus contemporâneos são Ice T, Run DMC, Boogie Down Productions, LL Cool J, etc, os chamados Old School Rap, sendo que na época foi chamado de hardcore rap, devido a temática de violência. racismo, crime, em contraste de seus primórdios como Kurtis Blow, Grandmaster Flash, etc. Nos comentários.

segunda-feira, maio 30, 2016

Asher D & Daddy Freddy – Ragamuffin Hip Hop (1988)

Houve um período que se ouvia mais este estilo de rap. Podemos dizer que Asher D & Daddy Freddy são os pioneiros do chamado Ragamuffin Hip Hop. A dupla surgiu no cenário hip hop britânico, onde o produtor Simon Harris foi o principal articulador.
Asher D filho de imigrantes jamaicanos no reino Unido, depois de retornar de uma viajem à Jamica em 1986, entrou em contato com a Music For Life de Simon Harris que já estava procurando alguém que fizesse hip hop com reggae. Harris conseguiu contactar Daddy Freddy e lançaram o single Ragamuffin Hip Hop em 1987.
Daddy Freddy nasceu em Kingston, Jamaica e morava poucos minutos à pé do famoso Studio One de Coxsone Dodd, tendo como vizinhos, Jacob Miller e Ranking Joe. Trabalhou com Lt. Stichie e no sound system de Sugar Minott. Gravou seu primeiro single Zoo Party em 1985 pelo Studio One.
Atualmente Daddy Freddy voltou às raízes do dancehall jamaicano. Asher D prosseguiu no Hip Hop. Nos comentários.
Obs.: Os links nos nomes de Asher D e Daddy Freddy no último parágrafo são seus mais recentes trabalhos musicais.
 
 
Studio Ghibli Brasil