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terça-feira, março 20, 2012

Masada e John Zorn em São Paulo: John Zorn, você é malvado!

Eu já tinha me pronunciado à respeito da apresentação do Masada no estabelecimento de entretenimento em São Paulo, sua taxa de serviços, a configuração em que se deu tudo isso e agora, a saliva se torna a vedete de uma noite enfadonha na capital mais equivocada do hemisfério sul do planeta.
Ao longo do último fim de semana, desde à sexta-feira, venho captando diversas opiniões, comentários sobre o nosso querido odiado John Zorn. Pobremente e equivocadamente conhecido como o saxofonista judeu de jazz que ouve rock e faz muito barulho, agora ganha destaque nas rodas de conversas do micro-cosmo cultural de São Paulo. Como sempre acontece, certos artistas ganham uma notoriedade efêmera sempre que se apresentam por aqui, apesar de Zorn ter se apresentado em São Paulo em 1989. O curioso é que o público supostamente culto ou bem informado, que tem um acesso acima da média em relação a informação cultural geral, acaba agindo como um povoado de um vilarejo nos confins da terra que fazem uma festa, um banquete, para recepcionar o forasteiro, mesmo que ele seja apenas um simples viajante só de passagem. Aí diante de todas as honrarias e procedimentos hospitaleiros, os nativos atentam para qualquer informação do mundo exterior em uma grande conferência, como se fosse uma assembléia geral da cidade e aguardam contos grandiosos da grande cidade ou seja lá onde for, como as crianças que se juntam para ouvir as estórias do vovô.
Antes de tudo, no domingo à noite, quando estava voltando da igreja de minha noiva, em Guarulhos, ainda no ônibus, um bom amigo me telefonou e queria me relatar sobre a apresentação do Masada no dia anterior. Como estava perto de sua casa, desci do micro ônibus antes e fui até lá. Esse meu amigo é confiável em todos os sentidos e ainda mais nestas questões sobre música, pois possui um amplo conhecimento e sempre aplica uma análise empírica sobre qualquer assunto, jamais deixando sua opinião pessoal interferir ao relatar um fato ou transmitir algum tipo de informação. Ele me contou que a apresentação foi boa, que foi mais energética do que a que tinha presenciado em Tokyo à alguns anos atrás. Comentou sobre o costumeiro "unifome" de Zorn, calça militar camuflada, que Dave Douglas tinha envelhecido bastante desde a última vez que o viu e que o Joey Baron por ser careca, não mudou muito. Gostou das variações dos temas do Masada e questionou que possivelmente os incidentes com a organização e parte do público influenciaram Zorn a tocar furiosamente seu já costumeiro incendiário saxofone alto.
Mesmo o Masada ter vindo de uma estafante série de apresentações na américa do sul quase sem pausas, no estilo Do It Yourself (Zorn cuidou pessoalmente do managing do grupo), isso não interferiu na performance do Masada, que ofereceu o seu melhor.
Mas o motivo deste post foi a série de comentários á respeito dos incidentes e principalmente alguns comentários em particular que estão no post do weblog Free Form, Free Jazz de Fabrício Vieira. Chamaram o Fabrício de elitista, que exigia um protocolo, etiqueta e procedimentos extremamente rígidos, descabíveis para o público do local. Ora, francamente, quem tem 100 mangos para bancar uma "balada"(isso mesmo, pra muitos era apenas uma balada), teve acesso à educação e sabe ou deveria se comportar de forma coerente. A apresentação do Masada não é um show do Spinal Tap, nem sempre todo show é "rockenrrou", latas de cerveja amassadas na testa e as entoadas guturais da platéia. Às vezes nos sentamos para contemplar, ouvir música, pelo fato de tal tipo de música necessitar um grau diferente de atenção.
No mais, como Zorn tem apenas o compromisso de fazer o seu melhor em relação a arte e não paparicou e nem fez média com o brazilian people (precisamos erradicar essa visão de que o brasileiro é um povo especial e que merece um tratamento diferenciado dos gringos, pois somos todos iguais) e ainda por cima escarrou no "pobre" espectador e ganhou o apodo de esnobe e antipático. Misericórdia, se o gringo que vier ao Brasil não falar "i love samba, Pelé, Brazil!", não visitar um ensaio de escola de samba e tomar uma caipirinha, ele se torna uma persona non grata...
Bem, como senti a necessidade de falar sobre isso, não vou me estender mais do que isso, só lamento pela mentalidade das pessoas, que se tornam cada vez mais cruéis, irresponsáveis, incoerentes e intransigentes. Em resumo, o brasileiro em geral assemelha-se à uma criança mimada e mal educada, que gosta de hostilizar e fazer chacota de todo mundo, mas quando alguém faz qualquer observação, esperneia e diz que está sendo alvo de discriminação, preconceito, injustiça. etc.
No mais deixo o link do post sobra o Zorn no weblog do Fabricio Vieira e friso uma atenção aos comentários do leitor no post em específico:

sábado, novembro 05, 2011

Antes que mais um ano se encerre, vou logo esclarecendo (once again...)

Esclarecer: v.t. Tornar claro; alumiar. Explicar, elucidar. Ilustrar. V.pr. Informar-se; ilustrar-se.
Em primeiríssimo lugar, agradeço de todo meu coração à Jesus Cristo por me conceder cada segundo de vida e seu amor por todas as pessoas do globo terrestre.
Este ano não poderia ser melhor como tem sido para a improvisação livre em específico, várias apresentações, workshops, novos espaços para este tipo de música, e o mais importante, tudo acessível ao público em geral. O precioso agregamento de novas pessoas, futuras amizades e um futuro promissor para a improvisação livre no Brasil (claro que dentro do espectro e expectativas realistas neste nicho musical, afinal, uma apresentação de improvisação livre não vai lotar um estádio).
Bom, agradecimentos feitos e cumprindo o protocolo, vamos ao assunto desta nota:
O weblog (diário digital, sim, uma espécie de versão muderrna daquelas agendas que os adolescentes redigiam seus diários e muitas vezes enxertavam um monte de tralhas para ilustrar momentos especias, como canudo do refrí do primeiro encontro com a namorada(o), embalagem de chiclete e outras besteiras) Sonorica foi idealizado em 2006 com incentivo de um amigo e sempre abordou vários assuntos ligados a arte em geral, sempre com uma visão particular, mas nunca deixando de lado a análise empírica e a divulgação de dados, sem contaminar a notícia, relato e muito menos adulterar os fatos. Alguns textos geraram polêmica, chegando ao baixo nível de insultos anônimos, mas nunca uma resposta apresentando uma argumentação que provasse algum equívoco ou adulteração dos fatos ocorridos e relatados no blog. Ninguém que me insultou teve a dignidade de se revelar e discutir comigo pessoalmente, mesmo que por meio digital, sobre suas divergências. Ora, se eu estou errado, comprovem, por favor. Afinal, errar é humano e digno é reconhecer o erro e procurar corrigir-se. Não estou acima e nem abaixo de ninguém, não sou criador e proprietário da verdade absoluta (isso só Deus Pai o é), mas sinto no dever de ser um office-boy da verdade, jamais abrir o envelope pardo para adicionar ou subtrair o seu conteúdo, apenas entregar em mãos ao destinatário, assinar o recibo, agradecer e sair vazado jamais insinuando uma gorjeta.
Para algumas pessoas, parece que ainda não ficou claro o objetivo deste blog. No cabeçalho, logo abaixo do título do blog, eu deixo isso bem claro. O Sonorica está remotamente longe de ser um blog bombado com milhares de acessos de usuários da web, poucas pessoas esporadicamente acessam este pequeno espaço virtual. Aliás, eu agradeço de coração aos que me acompanham aqui.
Aos que discordam do que é escrito aqui, aconselho a fazer o que faço com inúmeros textos, twitts, blogs, portais, webpages, sites aos quais não gosto e discordo: ignoro. Na maioria das vezes, não vale o esforço porfiar com os autores e proprietários de blog principalmente, afinal, é o mesmo que querer canetar o diário do colega de classe do ginasial. Se houver a emissão de uma falácia, calúnia ou semelhante abominação, é dever exortar o responsável. Se não der ouvidos, tentar mais uma vez munido sempre de provas e argumentação coerente que possa confrontar o fato adulterado. Havendo obstinação, é legítimo divulgar publicamente por todos os meios dignos e deixar a natureza seguir o seu curso.
Eu realmente não entendo porque vez ou outra alguém se incomoda com meus textos, perde seu tempo com um blog tão insignificante perante ao vasto mundo virtual. Essas pessoas deveriam fazer como aquela frase de uma música dos Novos Baianos: "meus para-choques pra você!". Se alguém achar que estou inventando uma falácia, por favor, peço de coração que fale comigo e me prove o contrário. Caso eu esteja errado, me humilho, peço perdão sincero e me converto do equívoco.
Enfim, esta nota se fez realmente necessária devido a uma série de fatos que não vem ao caso serem expostos em público (roupa pessoal se lava em casa, mas se alguém quiser ir na lavanderia...) e peço desculpas aos meus parceiros leitores do Sonorica e agradeço por cada visita a este espaço. Deus abençoe à todos!

ps.: O mestre Jesus disse que se possível ter paz com todos, mas se tiver alguma treta, aqui é papo reto, sem violência e ignorância, certo truta?

sexta-feira, agosto 27, 2010

Liberdade de expressão, leitura e reflexão da informação para edificação do ser humano


Enforque-se na corda da liberdade! Quem costuma dizer esta frase acima é o Abujamra no programa de tv Provocações. Não sei se foi ele que elaborou a frase ou citou de alguém, como costuma fazer, mas achei uma frase certeira como um arqueiro de competição olímpica.
E a world wide web nos permite uma imensa liberdade de expressão pessoal, principalmente nos weblogs, os blogs, ou diários digitais. Alguns chegam ao patamar de publicações impressas como jornais e revistas e até semelhantes às programações de rádio e tv.

Eu louvo à Deus por ter este espaço virtual ao qual posso me expressar com liberdade. Escolhi escrever sobre assuntos ligados às artes em geral, especificamente a arte musical. Claro que outros setores artísticos me interessam, como os filmes de animação ou não, artes plásticas, literatura, dança, etc, mas não disponho de tempo para pesquisar e fazer pelo menos a "lição de casa", seja, fazer uma pesquisa séria, procurar entender com uma certa base e segurança para publicar algo no blog, mesmo que apenas uma pessoa acesse o Sonorica por dia, ou até por semana. Na minha opinião pessoal e restrita, tenho este dever, esta responsabilidade e consciência de não sair digitando qualquer coisa sem conhecer o assunto em sí, coisa que falta em muitos que até publicam livros, artigos impressos com tiragens que chegam à milhares de unidades e muitas vezes, propagando falácias inundadas de arrogância, soberba e equívoco para muitas pessoas que usam destes meios como fonte de informação e conhecimento.
Mas aí é que está! Temos a liberdade de expressão! Cabe ao indivíduo ter o mínimo de senso crítico e filtrar as informações, averiguar se tal assunto tem coerência. Bem, restringindo ao campo musical, que por sí só já é extremamente amplo, façamos uma reflexão.
O Brasil nunca possuiu um veículo de informação de boa qualidade em conteúdo. Isso em todas as formas de midia até agora. Revistas e sites publicam conteúdos parciais sujeitos aos índices de acesso e vendas, patrocínios e o pior, das opiniões vaidosas dos ditos jornalistas musicais. Dificilmente se encontra por exemplo, uma resenha sobre um lançamento fonográfico em que o jornalista apenas informe o conteúdo da obra de forma imparcial de forma que o leitor tenha uma idéia aproximada do que realmente pode esperar em sua audição. Este tipo de matéria não é para ser uma obra literária autoral, aliás, o jornalismo, pelo que eu entendo, não é pra isso. A função é apenas informar e causar uma reação de reflexão.
Mas devemos averiguar qualquer tipo de texto publicação, não só musical e me sinto em falta só falando do universo musical, pois há um problema crônico generalizado nos meios de informação. E a leitura é uma ferramenta essencial para o aprimoramento do intelecto humano, e intelecto humano não tem nada haver com os estereótipos arrogantes e sim, com a capacidade de raciocinar, até para tarefas simples, como colocar a medida certa de óleo para fritar um ovo. A leitura estimula o cérebro de uma forma única. Pergunte a um deficiente visual a diferença de ouvir um texto gravado em audio e ler um texto em Braille (sistema de leitura por tato inventado pelo francês Louis Braille). Ler e refletir é extremamente edificante!

Vou usar como exemplo o livro mais lido pela humanidade: a Bíblia (que em grego significa, rolo pequeno de papiro e é um conjunto de livros). Este conjunto 66 de livros, (a bíblia católica inseriu posteriormente mais 7 livros, chamados de apócrifos. Apócrifo vem do latim apocryphus e este do grego ἀπόκρυφος, que significa oculto ou não autêntico) divididos em Antigo e Novo Testamentos, narram a história e o relacionamento de Deus e a humanidade desde a criação do mundo, tendo como Jesus Cristo, o centro de todos os livros. A maioria das pessoas tem um grande pré-conceito em relação a Bíblia.
Muita calma nesta hora:
-Ateus, agnósticos, céticos ou apenas leitores sem compromisso
, se quiserem, leiam como apenas um livro despidos de pré-conceitos e terão a oportunidade de encontrar uma leitura interessante com excelente qualidade e diversidade de estilos literários;
-Religiosos, tentem refletir no conteúdo bíblico, se é que realmente o lêem e o entendem. Depois coloquem em prática no cotidiano;
-Cristãos, é a palavra de Deus, como se Ele falasse contigo. Mas como Deus diz, a fé sem obras é uma fé morta, por isso, mãos à obra;
-Fanáticos religiosos
, não vão fazer nenhuma bobagem! Afinal, o Deus que vocês servem diz que a fé é racional;

*p.s.: Não é porque tivemos a Flip e a Bienal do livro que devemos ler por modismo, ler é um hábito saudável e deve ser contínuo. Leia todos os dias, nem que seja a bula do remédio ou o rótulo do pacote de bolacha!
 
 
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