sábado, janeiro 23, 2010

Bad Brains - demotape (1978)

O Bad Brains se tornou um ícone da música punk, principalmente por uma característica: era formado por quatro jamaicanos radicados em Washington DC e não abriam mão de incluir o reggae em meio ao som violento. Também era característica a performance do vocalista HR que podemos comparar com alguns momentos de Jello Biafra nos palcos. Depois de seu início com o característico som barranqueira, o Bad Brains evolui e até se assimilou mais com o thrash metal. Esta demotape tem um som horrível por conta da qualidade de gravação, mas já contém os grandes clássicos da banda como Supertouch e Regulator. O Bad Brains interrompeu suas atividades algumas vezes por conta do comportamento instável de HR, mas estão em plena atividade com sua famosa formação com HR, Dr. Know, Darryl Jenifer e Earl Hudson.
Mais informações no site oficial:

http://www.badbrains.com/
Clique no logo do Bad Brains ou no título do post para acessar o arquivo.

sábado, janeiro 16, 2010

Otomo Yoshihide's New Jazz Orchestra - Out To Lunch

Otomo Yoshihide é um grande talento no cenário da musica experimental, assim como a New Jazz Orchestra sob sua direção. Nasceu na cidade de Yokohama, Japão em 1959 e teve influências de seu pai que era engenheiro, começando a construir aparelhos eletrônicos, como rádio, oscilador de frequência e posteriormente a manipular o som com gravadores de fita magnética. Como guitarrista, tocou em grupos de rock e jazz e ouvia muito a música de Ornette Coleman, Erick Dolphy e Derek Bailey. Sob a influência do saxofonista Kaoru Abe e o guitarrista Masayuki Takayanagi, optou pelo free jazz. Nos anos 90 fundou o conjunto Ground Zero, que se enquadra como noise rock experimental, onde Yoshihide fez muito uso dos samplers. No fim dos anos 90 formou a Otomo Yoshihide's New Jazz Orchestra com bases no jazz tradicional, mas com as características do trabalho de Yoshihide. Entre os membros da OYNJO, se encontram grandes improvisadores como o trompetista Alex Dörner, o pianista Cor Fuhler e os saxfonistas Alfred Harth e Mats Gustafsson. Esta releitura da grande obra de Eric Dolphy, o Out To Lunch, a OYNJO foi muito feliz em sua execução e Yoshihide acrescentou sua própria composição no final da peça, entitulada de "Will Be Back", provavelmente se referindo a foto da capa original do disco de Dolphy, que é um close na porta de uma barbearia com o aviso numa placa.
Clique na foto da capa acima para acessar o arquivo, ou no título do post.

sexta-feira, janeiro 15, 2010

The Return Of The Living Dead Vinyl... Mas o assunto é outro!

Mais uma vez esta conversa sobre a volta da bolacha preta, uma gravadora que está reativando a única fábrica de lp's do Brasil e etc... Alguns disqueiros que se agrupam em sebos e lojas especializadas se iludem com a remota possibilidade do mercado de vinil voltar aos aureos tempos. Só Jesus Cristo para ressuscitar os mortos, mas creio que ele não está nem um pouco interessado neste tipo de moribundo. Calma, não tenho nada contra se o fetiche se focaliza agora nos discos, as pessoas tem o direito de se divertir com isso. Mas como eu já escreví antes aqui, só não me venham com as furadíssimas argumentações da suposta qualidade superior de gravação.
Este é um ponto ao qual eu quero me referir: O que está por trás destas questões? Não estou falando sobre detalhes tecnológicos e saudosismo, mas sobre a polêmica, a discussão em torno desses objetos.
Poucos são os que assumem a questão material mesmo do fetiche, de manusear o disco, contemplar a arte da capa(que nem sempre é lá grandes coisas), sempre tem alguém se auto-afirmando um audiófilo e dando desculpas constrangedoras sobre detalhes técnicos sobre amplitude, acústica e etc. Estas questões se repetem em vários ítens de consumo porque o ser humano continua o mesmo.
Existem pessoas que acumulam pilhas de dvd's de filmes, seriados, etc num ato compulsivo e nem percebem isso, muitos desses dvd's nem foram assistidos por completo. Muitas vezes são apenas um adjetivo de quantidade, do tipo: "Eu tenho a série ou temporada completa de tal coisa...", e nem percebem no que se tornaram, tanto que estas pessoas encontraram nos colecionadores de vinil o perfeito bode expiatório para se justificarem de seus problemas de consumo, dizendo que os colecionadores de vinil só pensam no dito cujo e que não gostam realmente de música e só querem se exibir com suas coleções. Algo parece familiar?
Tudo isso é um problema dos primórdios da humanidade. Para quem acha que e o tal do casal Adão e Eva são apenas uma ficção, então pelo menos usemos eles como exemplo prático de duas pessoas que erraram e se justificaram colocando a culpa no outro. Adão culpou Eva, que culpou o capeta em forma de serpente.
Outras pessoas tomam atitudes radicais como na bíblia, quando Jesus fala para arrancar o seu olho esquerdo se este o induz ao erro, pois é melhor perder um membro do corpo do que ele inteiro. Claro que isso é simbólico, se a pessoa não sabe beber e se descontrola e faz um monte de presepada, que não dê o primeiro trago. Jesus também conta uma parábola sobre um jovem rico que quer seguí-lo. Então Jesus pergunta sobre alguns ítens aos quais o jovem já pratica. Por fim ele diz ao jovem para pegar sua fortuna inteira e doe aos pobres e o siga. O jovem se entristeceu com a parada e parece que ficou por alí mesmo com sua bufunfa. Mais uma vez a simbologia entra em ação: Jesus não disse para ele fazer isso literalmente e sim que ele não desse mais tamanha importância ao dinheiro em sua vida, que fosse mais generoso, caridoso e desapegado aos bens materiais.
Agora falo apenas por mim: Meu crescimento espiritual e transformação não depende do fato de eu desfazer da minha coleção de discos de vinil, pois eu não pretendo fazê-lo, simplesmente porque a minha coleção ocupa apenas um armário e principalmente os últimos lugares da vasta lista de prioridades em minha breve vida nesta terra.

ps.: como diz o ditado popular, não é o habito que faz o monge(ou, não é u terno que faz um evangélico), isto é, tudo depende da mudança interior.

quarta-feira, janeiro 13, 2010

Gabriel Orozco

Título: Four Bicycles (There Is Always One Direction) - 1994
* mais informações aqui

terça-feira, janeiro 05, 2010

David Murray Octet

Aqui temos alguns dos melhores músicos de uma geração da música ousada, conhecida pela Associação para o avanço de músicos criativos (AACM), que tem como nomes bem conhecidos, os membros do Art Ensemble Of Chicago e Anthony Braxton, entre tantos. David Murray é o que podemos chamar de herdeiro da geração de Coltrane e Ayler, com suas raízes fundamentadas no rhythm'n'blues, spirituals e gospel music. Murray também participou de um dos melhores grupos de música ao lado do ROVA saxophone quartet, o World Saxophone Quartet, com Julius Hemphill, Hamiet Bluiett e Oliver Lake em sua foramação original em 1977. Ajudou a manter em atividade a continuação dos caminhos abertos por Cecil Taylor, Ornette, Trane e Ayler nos tempos difíceis dos anos 70, onde não havia lugares para os músicos mais ousados se apresentarem, a não ser os porões e sótãos, como o estúdio Rivbea de Sam Rivers.
Na gravação do disco Ming, Murray conta com a participação de Henry Threadgill no saxofone alto, que é um grande compositor e arranjador em plena atividade; Olu Dara no trompete também tem trabalho direcionado ao blues; Lawrence "Butch" Morris no cornet é maestro condutor, arranjador, compositor e aqui ele mostra seu talento como instrumentista; George Lewis no trombone é um dos maiores improvisadores de seu instrumento e continua inovando em sua arte; Anthony Davis no piano é compositor ligado a AACM e está ligado a area de ensino, como a YALE University e a University of California San Diego; Wilbur Morris no baixo foi um dos principais entre os músicos como Pharoah Sanders, Sonny Simmons, Alan Silva, Joe McPhee, Horace Tapscott, Butch Morris, Arthur Blythe, Charles Gayle, William Parker, etc e Steve McCall na bateria foi um dos fundadores da AACM, fez parte do trio AIR ao lado de Threadgill e o baixista Fred Hopkins. clique na foto acima ou o título do post para acessar o link.

Flauta subcontrabaixo



Por enquanto, este video acima mostra a maior flauta do mundo, fabricada por Kotato & Fukushima e tocada por Stefan Keller no Hara Museum of Contemporary Art, Tokyo, Japão.
 
 
Studio Ghibli Brasil