Dando continuidade ao momento de homenagear a arte de Glenn Spearman, também é relembrada a música de Marco Eneidi, que infelizmente faleceu em 24/05/2016 e este post já antecipa um mês antes de completar 2 anos de sua prematura partida.
Marc “Marco” Bennett Eneidi nasceu em Portland, Oregon, em 01/11/1956, estudoiu na Mt. Hood Community College em Portland e Sonoma State University em Rohnert Park, California, onde estudou música africana, do norte da Índia e Bali, se interessou pela etno-musicologia.
Nos anos 1980 em New York, conheceu Jemeel Moondoc, William Parker, Roy Campbell, Jr. e Denis Charles. Como muitos músicos, também tocou nas ruas para sobreviver. Em seu apartamento, fez muitas sessões particulares a maioria em dueto com o baterista e amigo Jackson Krall. William Parker o convidou para participar de sua orquestra, onde fez amizade com o saxofonista Jim Pepper e teve contato com veteranos como Dewey Redman, Rashied Ali, Ed Blackwell, C. Sharpe e Don Cherry, os quais considera como mentores.
Tocou com muitos jovens músicos na University of Wisconsin-Madison e Antioch College quando Cecil Taylor lecionou nos anos 70 e sua influência sobre Eneidi foi contundente.
Também precisou trabalhar fora da música para sobreviver, como motorista de taxi nos anos 80, aplicação de amianto e construções. teve que migrar temporariamente para a costa oeste para fazer dinheiro e num desses períodos, teve aulas de música clássica do norte da Índia na Ali Akbar College of Music em San Rafael, California e aulas com o saxofonista Bert Wilson em Olympia, Washington.
Infelizmente muito da música feita por Eneidi nos anos 80 não foram registradas, como seu trabalho com o Earl Cross Nonet, Saheb Sarbib’s Multinational Big Band, os conjuntos de William Parker e Sunny Murray que permanecem inéditos. Apenas uma pequena gravação do Jackson Krall’s Secret Music Society no the Shuttle Theatre.
Sua primeira gravação comercial veio através do trabalho com Bill Dixon na Bennington College. Seu primeiro LP foi gravado com William Parker e Denis Charles, que só conseguiu ser lançado de forma independente pelo selo Botticelli Records, nome em homenagem ao seu filho recém nascido, Niccolo Botticelli Eneidi
Nos anos 90 tocou com Cecil Taylor após a morte de Jimmy Lyons. Também tocou com Raphé Malik e iniciou uma grande amizade com Glenn Spearman.
Nos comentários como de costume.
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terça-feira, abril 24, 2018
segunda-feira, janeiro 29, 2018
William Hooker with DJ Olive & Glenn Spearman – Mindfulness (1996)
Desde o ano de 2017 sem publicar pela falta de tempo, mas retomamos hoje, já desejando atrasado um feliz 2018! Ainda retomando as homenagens à Glenn Spearman que participou desta sessão liderada pelo baterista William Hooker e o DJ Olive completando o trio. Antes de qualquer especulação, o toca-discos cumpre o papel de instrumento musical como qualquer outro convencional. DJ Olive (Gregor Asch) conhecido como produtor de música (na maior parte música eletrônica) com forte influências do dub e improvisação livre fazendo parte dos grupos We, Lunchbox e Liminal. Também colaborou com os trabalhos de Kim Gordon, Ikue Mori, Zeena Parkins, Uri Caine, Medeski Martin and Wood, Dave Douglas e vários outros, com uma extensa discografia.
William Hooker, de Connecticut se mudou para New York em 1976 tocou com Thurston Moore, David Murray, David S. Ware, William Parker, Melvin Gibbs, Donald Miller, Elliott Sharp, Malachi Thompson, Zeena Parkins, Lee Ranaldo, DJ Spooky, Rob Brown, Roy Campbell, Mark Hennen, Steven Bernstein, Roy Nathanson, Jason Hwang, Dave Soldier, Sabir Mateen, Joseph Celli, Ellen Christi, Liudas Mockūnas, entre outros , sendo um dos mais criativos percussionistas contemporâneos e também injustamente reconhecido. Assim como o falecido também baterista Ronald Shannon Jackson, Hooker escreve e recita suas poesias no formato spoken word. Como sempre, poucas palavras e a música fala por si só. Nos comentários e mais uma vez, FELIZ 2018!
William Hooker, de Connecticut se mudou para New York em 1976 tocou com Thurston Moore, David Murray, David S. Ware, William Parker, Melvin Gibbs, Donald Miller, Elliott Sharp, Malachi Thompson, Zeena Parkins, Lee Ranaldo, DJ Spooky, Rob Brown, Roy Campbell, Mark Hennen, Steven Bernstein, Roy Nathanson, Jason Hwang, Dave Soldier, Sabir Mateen, Joseph Celli, Ellen Christi, Liudas Mockūnas, entre outros , sendo um dos mais criativos percussionistas contemporâneos e também injustamente reconhecido. Assim como o falecido também baterista Ronald Shannon Jackson, Hooker escreve e recita suas poesias no formato spoken word. Como sempre, poucas palavras e a música fala por si só. Nos comentários e mais uma vez, FELIZ 2018!
terça-feira, julho 25, 2017
Raphe Malik Quartet - Unna (1979)
Olá amigos que acompanham o Sonorica. Foram dias atarefados e não pude publicar como gostaria.
Continuando as homenagens ao saxofonista Glenn Spearman, providencialmente o trompetista Raphe Malik foi parceiro de Speraman e também será relambrando neste pequeno espaço virtual.
Raphe Malik (Laurence Mazel), nasceu no dia 01/11/1948 em Cambridge, Massachusetts e faleceu no dia 08/03/2006 em Guilford, Vermont. No início dos anos 70, após 4 anos na Universidade de Massachusetts, mudou-se para Paris onde tocou com Frank Wright e membros do Art Ensemble Of Chicago. Ainda na metade dos anos 70, retornou à Ohio onde trabalhou com Cecil Taylor, mais intensamente nos anos 80. Apenas nos anos 90 Malik gravou como líder de sessão. Seu último registro oficial foi o Last Set: Live at the 1369 Jazz Club, gravado em 1984, ao lado de Frank Wright (sax), William Parker (baixo), Syd Smart (bateria).
Esta gravação foi captada ao vivo em 16/10/1979 - Unna, Alemanha por uma Revox A 77 e não foi lançado oficialmente até o momento. Trata-se de uma suite entitulada de Life Without Lloyd e o quarteto de Malik era composto por Glenn Spearman, saxofone tenor, Jay Oliver, baixo e Steve McCraven, bateria.
Como se trata de um arquivo digital, a capa foi confeccionada pelo Sonorica. Nos comentários
Continuando as homenagens ao saxofonista Glenn Spearman, providencialmente o trompetista Raphe Malik foi parceiro de Speraman e também será relambrando neste pequeno espaço virtual.
Raphe Malik (Laurence Mazel), nasceu no dia 01/11/1948 em Cambridge, Massachusetts e faleceu no dia 08/03/2006 em Guilford, Vermont. No início dos anos 70, após 4 anos na Universidade de Massachusetts, mudou-se para Paris onde tocou com Frank Wright e membros do Art Ensemble Of Chicago. Ainda na metade dos anos 70, retornou à Ohio onde trabalhou com Cecil Taylor, mais intensamente nos anos 80. Apenas nos anos 90 Malik gravou como líder de sessão. Seu último registro oficial foi o Last Set: Live at the 1369 Jazz Club, gravado em 1984, ao lado de Frank Wright (sax), William Parker (baixo), Syd Smart (bateria).
Esta gravação foi captada ao vivo em 16/10/1979 - Unna, Alemanha por uma Revox A 77 e não foi lançado oficialmente até o momento. Trata-se de uma suite entitulada de Life Without Lloyd e o quarteto de Malik era composto por Glenn Spearman, saxofone tenor, Jay Oliver, baixo e Steve McCraven, bateria.
Como se trata de um arquivo digital, a capa foi confeccionada pelo Sonorica. Nos comentários
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quarta-feira, maio 17, 2017
Trio Hurricane - Live at Fire in The Valley (1997)
Fire In The Valley era o festival anual de free jazz realizado na cidade de Amherst, no Estado de Massachusetts, América do Norte. O trio Hurricane liderado por Glenn Spearman já foi publicado por aqui à respeito da gravação Suite Of Winds (1986).
Live at Fire In The Valley foi um registro da apresentação de 26/06/1997, no Bezanson Recital Hall, UMASS em Amherst. É considerado um clássico do Trio Hurricane, embora haja críticas quanto a performance de Spearman. Isto talvez seja pelo fato da gravação ter limitações técnicas, pois foi registrado em apenas dois canais. William Parker é amplamente reconhecido no cenário musical mundial, inclusive se apresentando no Brasil. Paul Murphy talvez seja um nome desconhecido mas é um veterano no jazz. Natural de Worcester, Massachusetts, nasceu 1949 e começou na bateria ainda quando criança, tendo feito amizade com Gene Krupa e postriormente fez aulas com Louie Bellson. Aos 16 anos de idade, tocava regularmente com Billy Taylor, que era baixista de Duke Ellington. Nos anos 70 se tornou bandleader em San Francisco e após conhecer Cecil Taylor e Jimmy Lyons, mudou-se para New York e se tornou o baterista preferido de Lyons, até seu falecimento em 1986. Um destaque para Blues For John & Frank (uma homenagem à John Coltrane e Frank Wright) Nos comentários.
Live at Fire In The Valley foi um registro da apresentação de 26/06/1997, no Bezanson Recital Hall, UMASS em Amherst. É considerado um clássico do Trio Hurricane, embora haja críticas quanto a performance de Spearman. Isto talvez seja pelo fato da gravação ter limitações técnicas, pois foi registrado em apenas dois canais. William Parker é amplamente reconhecido no cenário musical mundial, inclusive se apresentando no Brasil. Paul Murphy talvez seja um nome desconhecido mas é um veterano no jazz. Natural de Worcester, Massachusetts, nasceu 1949 e começou na bateria ainda quando criança, tendo feito amizade com Gene Krupa e postriormente fez aulas com Louie Bellson. Aos 16 anos de idade, tocava regularmente com Billy Taylor, que era baixista de Duke Ellington. Nos anos 70 se tornou bandleader em San Francisco e após conhecer Cecil Taylor e Jimmy Lyons, mudou-se para New York e se tornou o baterista preferido de Lyons, até seu falecimento em 1986. Um destaque para Blues For John & Frank (uma homenagem à John Coltrane e Frank Wright) Nos comentários.
terça-feira, abril 04, 2017
Glenn Spearman's G-Force - Let It Go (1997)
Dando continuidade ao momento dedicado à lembrança da música de Glenn Spearman, Let It Go foi gravado em 1994 em San Francisco, com o grupo de Spearman chamado de G-Force, composto pelo guitarrista James Routhier, o baixista Lisle Ellis e o baterista Donald Robinson.
Lisle Ellis nasceu em British Columbia no Canada e começou no baixo elétrico. Fez parte do coletivo Vancouver's New Orchestra Workshop, depois se mudou para San Francisco em 1992, onde iniciou a parceria com Spearman e permaneceu até 2001. Após um período de 4 anos em San Diego, foi para New York onde permanece até hoje. Ellis tocou com Peter Brotzmann, Andrew Cyrille, Joe McPhee, Dave Douglas, Paul Plimley, Larry Ochs, Donald Robinson entre outros. No fim dos anos 90 se dedicou à eletro acústica e dividiu seu foco na música acústica dentro da improvisação no jazz e a música eletro acústica.
Donald Robinson tem uma extensa carreira no cenário musical. Nasceu em Boston, Massachusetts em 1953, estudou percussão clássica no New England Conservatory. No início dos anos 70 iniciou esteve em Paris, onde estudou com Kenny Clarke e tocou com Alan Silva, Anthony Braxton, Oliver Lake e Bobby Few. Neste período tocou pela primeira vez com Glenn Spearman onde teve início uma parceria que durou até o falecimento de Spearman em 1998. Também participou ativamente no cenário free jazz de San Francisco, tocando com John Tchicai, Marco Eneidi, Larry Ochs, Miya Masaoka, Matthew Goodheart e "visitantes" da cena, como Cecil Taylor, Wadada Leo Smith, George Lewis, Raphe Malik, Paul Plimley e quase sempre acompanhado de Lisle Ellis.
Quanto ao guitarrista James Routhier, não foi possível obter informações, que também participou das gravações de Free Worlds de Spearman.
Let It Go traz uma versão de Jerry, composta por Frank Wright. Nos comentários
Lisle Ellis nasceu em British Columbia no Canada e começou no baixo elétrico. Fez parte do coletivo Vancouver's New Orchestra Workshop, depois se mudou para San Francisco em 1992, onde iniciou a parceria com Spearman e permaneceu até 2001. Após um período de 4 anos em San Diego, foi para New York onde permanece até hoje. Ellis tocou com Peter Brotzmann, Andrew Cyrille, Joe McPhee, Dave Douglas, Paul Plimley, Larry Ochs, Donald Robinson entre outros. No fim dos anos 90 se dedicou à eletro acústica e dividiu seu foco na música acústica dentro da improvisação no jazz e a música eletro acústica.
Donald Robinson tem uma extensa carreira no cenário musical. Nasceu em Boston, Massachusetts em 1953, estudou percussão clássica no New England Conservatory. No início dos anos 70 iniciou esteve em Paris, onde estudou com Kenny Clarke e tocou com Alan Silva, Anthony Braxton, Oliver Lake e Bobby Few. Neste período tocou pela primeira vez com Glenn Spearman onde teve início uma parceria que durou até o falecimento de Spearman em 1998. Também participou ativamente no cenário free jazz de San Francisco, tocando com John Tchicai, Marco Eneidi, Larry Ochs, Miya Masaoka, Matthew Goodheart e "visitantes" da cena, como Cecil Taylor, Wadada Leo Smith, George Lewis, Raphe Malik, Paul Plimley e quase sempre acompanhado de Lisle Ellis.
Quanto ao guitarrista James Routhier, não foi possível obter informações, que também participou das gravações de Free Worlds de Spearman.
Let It Go traz uma versão de Jerry, composta por Frank Wright. Nos comentários
quarta-feira, março 01, 2017
Emergency - Homage To Peace (1970)
Após Arthur Doyle e Kalaparusha Maurice McIntyre, continuamos a relembrar a música de Glenn Spearman e também aproveito a oportunidade de relembrar a participação do meu amigo querido, o baterista Sabu Toyozumi, que participou das gravações do grupo Emergency em 1970.
Homage To Peace conta com o guitarrista Boulou Ferré (Jean-Jacques Ferret), nascido em 24/04/1951, estudou com Olivier Messiaen, aos 13 anos de idade tocou com John Coltrane no Jazz À Juan em Juan-les-Pins, Antibes. Também tocou com Dexter Gordon, Philly Joe Jones. Chet Baker, Steve Lacy, Gunter Hampel, Kenny Clarke, Warne Marsh, Steve Potts, etc. O baixista Bob Reid gravou com o grupo The Untouchable Factor de Sunny Murray e The Celestial Communications Orchestra de Alan Silva.O pianista Takashi Kako estudou composição com Olivier Messiaen e tocou com Kent Carter, Oliver Johnson. Noah Howard, Masahiko Togashi, Steve Lacy e compos trilhas para cinema e televisão. Nos comentários.
Homage To Peace conta com o guitarrista Boulou Ferré (Jean-Jacques Ferret), nascido em 24/04/1951, estudou com Olivier Messiaen, aos 13 anos de idade tocou com John Coltrane no Jazz À Juan em Juan-les-Pins, Antibes. Também tocou com Dexter Gordon, Philly Joe Jones. Chet Baker, Steve Lacy, Gunter Hampel, Kenny Clarke, Warne Marsh, Steve Potts, etc. O baixista Bob Reid gravou com o grupo The Untouchable Factor de Sunny Murray e The Celestial Communications Orchestra de Alan Silva.O pianista Takashi Kako estudou composição com Olivier Messiaen e tocou com Kent Carter, Oliver Johnson. Noah Howard, Masahiko Togashi, Steve Lacy e compos trilhas para cinema e televisão. Nos comentários.
sexta-feira, fevereiro 24, 2017
Roscoe Mitchell Sextet - Sound (1966)
Tempos trabalhosos! Hoje encerramos a série de homenagem à Kalaparusha Maurice McIntyre, até que esteja disponível algum outro registro. Nos comentários.
segunda-feira, dezembro 26, 2016
Bright Moments - Return Of The Lost Tribe (1998)
Quase 2 meses depois, consegui um tempo para publicar aqui no Sonorica. Agradeço à Deus por mais um ano de atividades neste pequeno espaço e dando continuidade, mais um registro de um dos homenageados preferidos da casa, Kalaparusha Maurice McIntyre.
O percussionista Kahil El'Zabar articulou o quinteto Bright Moments para reunir seus antigos companheiros da AACM que não gravavam juntos à mais de 20 anos e principalmente e justamente se reunirem para um registro com McIntyre. Os dois membros do Art Ensemble Of Chicago dispensam apresentações pelo seu vasto histórico na música criativa na America do Norte, Joseph Jarman e Malachi Favors.
Talvez poucos conheçam o veterano membro da AACM desde o início dos anos 70, o pianista e compositor Adegoke Steve Colson, nascido em Newark 04/09/1949 e crescido em East Orange, NJ.
mesmo sendo poucos os seus registros fonográficos, trabalhou com Muhal Richard Abrams, Pheeroan AkLaff, Ed Blackwell, John Blake, Hamiet Bluiett, T.K. Blue, Andrew Cyrille, Baikida Carroll, Anthony Davis, Richard Davis, Kahil El Zabar, Douglas Ewart, Rachelle Farrell, Malachi Favors, Joe Ford, Rafael Donald Garrett, Benny Golson, Michael Gregory, Craig Harris, Fred Hopkins, Joseph Jarman, Leroy Jenkins, Oliver Lake, George Lewis, Branford Marsalis, Steve McCall, Andy McCloud, Makanda Ken McIntyre, Rene McLean, T.S. Monk, Butch Morris, Dushun Mosley, David Murray, Hannibal Peterson, Rufus Reid, Max Roach, Marlena Shaw, Dakota Staton, Henry Threadgill, Steve Turre, Chris White, Ed Wilkerson, Reggie Workman, Rev. Frank Wright e mais recentemente com Spirit of Life Ensemble e Amiri and Amina Barakas Blue Ark.
Provavelmente esta é a última publicação do ano de 2016 e agradeço à todos que visitaram o Sonorica e espero que tenham aproveitado o conteúdo divulgado aqui. Brilhantes Momentos em 2017 e nos cometários também, como de costume.
O percussionista Kahil El'Zabar articulou o quinteto Bright Moments para reunir seus antigos companheiros da AACM que não gravavam juntos à mais de 20 anos e principalmente e justamente se reunirem para um registro com McIntyre. Os dois membros do Art Ensemble Of Chicago dispensam apresentações pelo seu vasto histórico na música criativa na America do Norte, Joseph Jarman e Malachi Favors.
Talvez poucos conheçam o veterano membro da AACM desde o início dos anos 70, o pianista e compositor Adegoke Steve Colson, nascido em Newark 04/09/1949 e crescido em East Orange, NJ.
mesmo sendo poucos os seus registros fonográficos, trabalhou com Muhal Richard Abrams, Pheeroan AkLaff, Ed Blackwell, John Blake, Hamiet Bluiett, T.K. Blue, Andrew Cyrille, Baikida Carroll, Anthony Davis, Richard Davis, Kahil El Zabar, Douglas Ewart, Rachelle Farrell, Malachi Favors, Joe Ford, Rafael Donald Garrett, Benny Golson, Michael Gregory, Craig Harris, Fred Hopkins, Joseph Jarman, Leroy Jenkins, Oliver Lake, George Lewis, Branford Marsalis, Steve McCall, Andy McCloud, Makanda Ken McIntyre, Rene McLean, T.S. Monk, Butch Morris, Dushun Mosley, David Murray, Hannibal Peterson, Rufus Reid, Max Roach, Marlena Shaw, Dakota Staton, Henry Threadgill, Steve Turre, Chris White, Ed Wilkerson, Reggie Workman, Rev. Frank Wright e mais recentemente com Spirit of Life Ensemble e Amiri and Amina Barakas Blue Ark.
Provavelmente esta é a última publicação do ano de 2016 e agradeço à todos que visitaram o Sonorica e espero que tenham aproveitado o conteúdo divulgado aqui. Brilhantes Momentos em 2017 e nos cometários também, como de costume.
terça-feira, agosto 30, 2016
Kalaparusha Maurice McIntyre Quartet - Live in Lovere '79
Retornando ao nosso momento de relembrar a música de Kalaparusha Maurice McIntyre, temos uma gravação ao vivo lançada de forma não oficial com menos de 100 cópias.
A apresentação gravada foi dividida em quatro partes sendo que a última está incompleta.
McIntyre ao saxophone, clarinete-baixo, flauta, shenai e peercussão; Longineu Parsons, trompete, flugelhorn, flauta; Leonard Jones, baixo; King L. Mock, bateria. O mesmo quarteto que gravou Peace And Blessings pela Black Saint no mesmo ano.
Por conta do tipo de registro, praticamente não há mais informações sobre a gravação. Nos comentários.
A apresentação gravada foi dividida em quatro partes sendo que a última está incompleta.
McIntyre ao saxophone, clarinete-baixo, flauta, shenai e peercussão; Longineu Parsons, trompete, flugelhorn, flauta; Leonard Jones, baixo; King L. Mock, bateria. O mesmo quarteto que gravou Peace And Blessings pela Black Saint no mesmo ano.
Por conta do tipo de registro, praticamente não há mais informações sobre a gravação. Nos comentários.
sexta-feira, julho 29, 2016
segunda-feira, julho 04, 2016
Kalaparush Maurice McIntyre & The Light Meet Adam Lane - Paths To Glory (2004)
Retomando o momento de celebrar a música de Kalaparush Maurice McIntyre, esta gravação de 2004 com a formação do The Light conta com a colaboração de Adam Lane no baixo. Sem muito o que comentar por ser desnecessário, apenas me limito à dizer que esta sessão tem uma serenidade em particular e Kalaparush Maurice McIntyre revisita um clássico de Charlie Parker de uma forma bem pessoal, Confirmation. Nos comentários.
quinta-feira, junho 09, 2016
Kalaparush And The Light - Morning Song (2004)
Retomando o momento para relembrar a música de Kalaparusha Maurice McIntyre. Morning Song foi gravado na formação de trio, tendo o baixo substituído pela tuba de Jesse Dulman, que também participou do disco de Anthony Braxton, o Composition No. 19 (For 100 Tubas) e o baterista Ravish Momin, que tocou com Sabir Mateen, Billy Bang, Raphe Malik, Steve Swell e até Shakira. Nos comentários, como de costume.
quarta-feira, maio 18, 2016
Glenn Spearman - First And Last (1998)
Tempos trabalhosos! Só ontem à noite percebi que o Sonorica completou 10 anos em Janeiro. A maioria dos visitantes sequer conheço, mas cada pessoa que visita este espaço é importante, sendo principal motivo do weblog existir até agora.
Retomando às homenagens sempre relembrando músicos que merecem reconhecimento pela sua arte, Glenn Spearman está de volta e espero que sua obra esteja sempre disponível.
O baterista Rashid Bakr (Charles Downs) nasceu no dia 03/10/1943 em Chicago. Teve uma intensa participação na chamada New York Loft Jazz scene nos anos 70, onde a base foi o famoso estúdio Rivbea de Sam Rivers. Fez parte do Ensemble Muntu de Jemeel Moondoc, nos anos 80 desenvolveu uma parceria com Cecil Taylor, que está registrado em várias gravações, como o disco The Eighth. Recentemente fez parte do Other Dimensions In Music até o falecimento do trompetista Roy Campbell, sendo os outros membros, William Parker e Daniel Carter.
O pianista Matthew Goodheart veio de San Francisco inicialmente como pianista de free jazz, posteriormente trabalhando no campo micro-tonal e improvisação, tocou com Wadada Leo Smith, Fred Frith, Pauline Oliveros, Gianni Gebbia, Vladimir Tarasov, Jack Wrigh entre outros.
First And Last foi gravado ao vivo no terceiro Fire in the Valley Festival em Amherst, Massachusetts, no ano de 1998 no formato trio. Nos comentários e muito obrigado à todas as pessoas que acompanham o Sonorica que completou 10 anos. 🍰
Retomando às homenagens sempre relembrando músicos que merecem reconhecimento pela sua arte, Glenn Spearman está de volta e espero que sua obra esteja sempre disponível.
O baterista Rashid Bakr (Charles Downs) nasceu no dia 03/10/1943 em Chicago. Teve uma intensa participação na chamada New York Loft Jazz scene nos anos 70, onde a base foi o famoso estúdio Rivbea de Sam Rivers. Fez parte do Ensemble Muntu de Jemeel Moondoc, nos anos 80 desenvolveu uma parceria com Cecil Taylor, que está registrado em várias gravações, como o disco The Eighth. Recentemente fez parte do Other Dimensions In Music até o falecimento do trompetista Roy Campbell, sendo os outros membros, William Parker e Daniel Carter.
O pianista Matthew Goodheart veio de San Francisco inicialmente como pianista de free jazz, posteriormente trabalhando no campo micro-tonal e improvisação, tocou com Wadada Leo Smith, Fred Frith, Pauline Oliveros, Gianni Gebbia, Vladimir Tarasov, Jack Wrigh entre outros.
First And Last foi gravado ao vivo no terceiro Fire in the Valley Festival em Amherst, Massachusetts, no ano de 1998 no formato trio. Nos comentários e muito obrigado à todas as pessoas que acompanham o Sonorica que completou 10 anos. 🍰
sexta-feira, maio 13, 2016
Kalaparush Maurice McIntyre Trio - Dream of - - - - (1998)
Enquanto muitos ingênuos ou condicionados sonham com dias melhores, a realidade corre em outra dimensão e logo a árvore se fará conhecer pelos seus frutos. Turbulências à parte, damos continuidade ao momento de relembrar a arte de Kalaparush Maurice McIntyre.
Pheeroan AkLaff que nasceu em Detroit em 27 de Janeiro de 1955 é sem dúvida um baterista especial e tem uma vasta carreira que deu início em 1975 no grupo de Bill Barron. Daí em diante tocou com Leo Smith, Oliver Lake, Henry Threadgill, Anthony Braxton, Anthony Davis, Sonny Sharrock, Reggie Workman, Mal Waldron, etc. O baixista Michael Logan trabalhou com Muhal Richard Abrams, Walter Bishop jr., Clifford Jordan entre outros.
Dream Of - - - - tem uma sonoridade "crua", devido as diretrizes do selo Creative Improvised Music Projects, onde as sessões são gravadas digitalmente em 2 canais sem compressão, mixagem, exatamente para captar de forma mais natural possível o momento que a música é executada. O formato trio também ajuda a evidenciar essa sonoridade que proporciona para cada músico, um campo maior para explorar. Dream Of proporciona um sonho bem palpável, como se os sons se materializassem no ar. Nos comentários.
Pheeroan AkLaff que nasceu em Detroit em 27 de Janeiro de 1955 é sem dúvida um baterista especial e tem uma vasta carreira que deu início em 1975 no grupo de Bill Barron. Daí em diante tocou com Leo Smith, Oliver Lake, Henry Threadgill, Anthony Braxton, Anthony Davis, Sonny Sharrock, Reggie Workman, Mal Waldron, etc. O baixista Michael Logan trabalhou com Muhal Richard Abrams, Walter Bishop jr., Clifford Jordan entre outros.
Dream Of - - - - tem uma sonoridade "crua", devido as diretrizes do selo Creative Improvised Music Projects, onde as sessões são gravadas digitalmente em 2 canais sem compressão, mixagem, exatamente para captar de forma mais natural possível o momento que a música é executada. O formato trio também ajuda a evidenciar essa sonoridade que proporciona para cada músico, um campo maior para explorar. Dream Of proporciona um sonho bem palpável, como se os sons se materializassem no ar. Nos comentários.
quarta-feira, abril 27, 2016
Kalaparush – Ram's Run (1982)
Cada vez mais as pessoas tornam quase tudo descartável. Me lembro de um tempo quando algum artista ou pessoa famosa falecia, havia um luto mais longo. Sim, a vida continua, não podemos viver um luto continuo e viver a vida com menos alegria, mas limar o sentimento de forma tão brusca, não é natural. As pessoas estão mais insensíveis do que antes, mas ainda emotivas, só que cada vez mais é algo momentâneo, como se a vida tivesse seu valor reduzido. Mesmo sendo uma pessoa distante a qual nunca conheceu pessoalmente, o apreciador do trabalho do artista levava um tempo maior para assimilar a perda, assim como a mídia dedicava um período e programação de homenagem um pouco mais generoso. Uma nota, um artigo de web, uma citação num noticiário televisivo e pronto. Mas essa pressa misturada com memória curta é uma característica bem brasileira. Se Lemmy e Bowie se foram e muita gente já deletou dos arquivos recentes, o que se diria à repeito de Kalaparusha Maurice McIntyre... Quem? Kala o que? Pois é, este insignificante espaço virtual dedica sempre que possível, um momento para relembrar a música dele. Em Ram's Run gravado e 1981, McIntyre está acompanhado de Julius Hemphill, que foi co-fundador do Black Artists Group e é mais conhecido como fundador do World Saxophone Quartet, mas sua carreira é bem mais extensa. Ano passado completou 20 anos de sua partida. Agora em Julho, se completa 10 anos da morte de Malachi Thompson, brilhante trompetista membro da AACM. Detalhe, curiosamente Thompson teve um disco lançado no Brasil, 47th Street. O baterista James Roland "J.R." Mitchell teve uma extensa carreira até seu falecimento em 2004: Andrew Hill, Archie Shepp, Arnett Cobb, Artie Simmons, Betty Carter, Bill Mitchell, Byard Lancaster, Calvin Hill, Charlie Rouse, Earl Warren, Ed Crockett, Eddie Barefield, Ernie Wilkins, Fred Hopkins, Gary Bartz, Hank Mobley, Harold Qusley, Henry 'The Skipper' Franklin, Howard McGhee, Jackie McLean, Jaki Byard, James Spaulding, John Abercrombie, John Stubblefield, Justo Almario, Khan Jamal, Mario Escolero, Nina Simone, Odean Pope, Peck Morrison, Philly Joe Jones, Ray Copeland, Rahsaan Roland Kirk, Shamek Farrah, Sonelius Smith, Junior Cook, Sonny Stitt, Dan Dowling, Tommy Flanagan e Walter Davis Jr. fazem parte de seu currículo. Sobre Ram's Run? Nos comentários.
terça-feira, abril 19, 2016
Kalaparusha Maurice McIntyre – Forces And Feelings (1974)
Estas últimas semanas o Brasil tem passado por situações difíceis e não sabemos lá muito bem o que vem por aí, muita tensão no ar e inclusive na world wide web, novas regrinhas nas transferências de dados. Mas a melhor opção é dirigir as forças e sentimentos para o que alegra nosso coração, para agirmos da melhor forma nesses tempos difíceis.
Mas enfim, the show must go on e aqui no caso, segue o momento dedicado à memória da arte de Kalaparusha Maurice McIntyre.
Forces And Feelings foi gravado em 1974 (embora há outras discografias informando que a gravação é de 1970), com um grande diferencial, a voz de Rita Omolokun. Não há muitas gravações do que se chamou de free jazz ou a sua segunda geração, com vozes. O New York Art Quartet gravou um spoken word de Amiri Baraka, assim como Ornette Coleman gravou com a vocalista Asha Puthli, no disco Science Fiction. Forces And Feelings também conta com Fred Hopkins, um dos mais criativos baixistas e membro da AACM. Também há a colaboração do guitarrista Sarnie Garrett, que é simplesmente brilhante na minha opinião pessoal. Infelizmente não consegui dados relevantes tanto de Sarnie Garrett e Rita Omolokun. Vamos cultivar bons sentimentos e aproveitar o momento com a trilha sonora de Kalaparusha. Nos comentários.
Mas enfim, the show must go on e aqui no caso, segue o momento dedicado à memória da arte de Kalaparusha Maurice McIntyre.
Forces And Feelings foi gravado em 1974 (embora há outras discografias informando que a gravação é de 1970), com um grande diferencial, a voz de Rita Omolokun. Não há muitas gravações do que se chamou de free jazz ou a sua segunda geração, com vozes. O New York Art Quartet gravou um spoken word de Amiri Baraka, assim como Ornette Coleman gravou com a vocalista Asha Puthli, no disco Science Fiction. Forces And Feelings também conta com Fred Hopkins, um dos mais criativos baixistas e membro da AACM. Também há a colaboração do guitarrista Sarnie Garrett, que é simplesmente brilhante na minha opinião pessoal. Infelizmente não consegui dados relevantes tanto de Sarnie Garrett e Rita Omolokun. Vamos cultivar bons sentimentos e aproveitar o momento com a trilha sonora de Kalaparusha. Nos comentários.
sábado, abril 09, 2016
Positions - Jerome Cooper, Kalaparusha, Frank Lowe (1977)
Dando sequencia ao momento de relembrar a música de Kalaparusha Maurice McIntyre, nesta gravação de 1977, também podemos relembrar a arte de outro grande músico que nos deixou, o saxofonista Frank Lowe, assim que possível também será relembrado merecidamente no Sonorica. Quem contribui com os elementos percussivos e também de sopro é Jerome Cooper, que fez parte do Revolutionary Ensemble, ao lado de Leroy Jenkins e Sirone, que também infelizmente se foram à quase 10 anos e também merecem uma especial atenção posteriormente por suas preciosas contribuições para o universo da música criativa. Positions não se trata de uma típica sessão do que se rotula de "free jazz" e sim a linguagem ampla da improvisação.
A peça se divide em 10 movimentos que alternam trio, duo e solo. Kalaparusha executa solo no Movement D, onde a peça inicia junto com a colaboração percussiva de Cooper junto com Lowe, como uma espécie de introdução nos primeiros 5 minutos e é uma maravilhosa oportunidade de apreciar Kalaparusha no clarinete e saxofone. Quanto as participações de Lowe e Cooper? Como tem sido aqui no Sonorica, não há necessidade, pois a música fala por si própria e novamente digo, minhas palavras não são precisamente suficientes para descrever a beleza do som. Nos comentários encontrará do que se trata as posições.
Ps.: Apenas uma observação, como foi um tanto difícil encontrar este registro, notará os eventuais ruídos do LP e espero que este material seja disponibilizado em formato digital em uma re-edição.
A peça se divide em 10 movimentos que alternam trio, duo e solo. Kalaparusha executa solo no Movement D, onde a peça inicia junto com a colaboração percussiva de Cooper junto com Lowe, como uma espécie de introdução nos primeiros 5 minutos e é uma maravilhosa oportunidade de apreciar Kalaparusha no clarinete e saxofone. Quanto as participações de Lowe e Cooper? Como tem sido aqui no Sonorica, não há necessidade, pois a música fala por si própria e novamente digo, minhas palavras não são precisamente suficientes para descrever a beleza do som. Nos comentários encontrará do que se trata as posições.
Ps.: Apenas uma observação, como foi um tanto difícil encontrar este registro, notará os eventuais ruídos do LP e espero que este material seja disponibilizado em formato digital em uma re-edição.
quinta-feira, março 31, 2016
Kalaparusha - Kalaparusha (1977)
Kalaparusha Maurice McIntyre... O Sonorica publicou um artigo sobre ele em 2012, quando ficou disponível um documentário sobre ele atualmente. Sinceramente eu acreditava que daqui em diante ele estaria em uma situação mais digna, assim como Giuseppi Logan foi reencontrado e voltou a gravar. Mas não foi o caso de Kalaparusha, que faleceu no dia 9 de Novembro de 2013, um ano e 7 meses após o artigo sobre o documentário. Na época realmente não me motivei a escrever um obituário. Lá se foi mais um dos heróis da música espiritual da geração de John Coltrane. Ao menos o The New York Times escreveu um artigo em reconhecimento à sua arte.
Sob o título de Kalaparusha, esta gravação é de 1975, editado pelo desconhecido selo Trio records e conta com Karl Berger: vibrafone e piano, Tom Schmidt no contra-baixo, vocais de Ingrid Berger, Jack DeJohnette na bateria e drums Jumma Santos, percussão. Não há previsão de relançamento desta gravação que foi lançado apenas em LP. Assim como Arthur Doyle e outros grandes músicos que merecem reconhecimento, este pequeno espaço dará início às homengens relembrando sua arte. Nos comentários como de costume.
Sob o título de Kalaparusha, esta gravação é de 1975, editado pelo desconhecido selo Trio records e conta com Karl Berger: vibrafone e piano, Tom Schmidt no contra-baixo, vocais de Ingrid Berger, Jack DeJohnette na bateria e drums Jumma Santos, percussão. Não há previsão de relançamento desta gravação que foi lançado apenas em LP. Assim como Arthur Doyle e outros grandes músicos que merecem reconhecimento, este pequeno espaço dará início às homengens relembrando sua arte. Nos comentários como de costume.
terça-feira, março 08, 2016
Archie Shepp & Philly Joe Jones (1970)
É muito complexo determinar a importância de certas gravações neste tipo de música, pois a criatividade numa direção mais livre de rótulos é graças à Deus, abundante.
Archie Shepp & Philly Joe Jones foi gravado em Paris em 1969. A França foi praticamente um exílio para o chamado free jazz, gravações históricas ocorreram por lá. Em especial esta gravação onde Shepp e Jones dividem o título do disco, temos um grande grupo composto por Antony Braxton: alto, soprano saxophones, Chicago Beau: vocal, soprano saxophone, gaita, Julio Finn: gaita, Leroy Jenkins: violin e Earl Freeman: baixo.
Primeiro gostaria de destacar a presença de Philly Joe Jones, consagrado baterista desde a era do chamado hardbop, que não permaneceu alheio às inovações do jazz e participou ativamente, inclusive participando da Arkestra de Sun Ra.
Agora vamos trazer à luz do reconhecimento um nome muito importante nesta gravação: Julio Finn (Augustus Arnold). Além de ser gaitista, é um bluesman compositor, escritor, produtor de documentários. Nasceu em Chicago oruindo de uma família de educadores e músicos. Seu currículo musical é vasto, tendo tocado com Linton Kwesi Johnson, Muddy Waters, Eddie C. Campbell, Dennis Bovell, Art Ensemble of Chicago, Jeanne Lee, Dan-I, Alpha Blondy, Matumbi, Guardian Angel, Brigitte Fontaine, Sterling Plump, Donald Kinsey, U-Roy, Barry Ford, Scritti Politti, Errol Dunkley, e seu prório grupo, The Julio Finn Blues Band.
A segunda composição desta gravação é de autoria de Julio Finn, Howling In The Silence, sub-dividida em duas partes.
E finalmente, mais uma vez Chicago Beau (Lincoln T. Beauchamp Jr.), contribui com sua arte e talento no grupo de Shepp com a composição The Lowlands, a primeira do disco.
Infelizmente não consegui dados mais expressivos sobre Chicago Beau e seu conterrâneo Julio Finn, até na wikipedia só haviam textos em dinamarquês.
Sim, definitivamente não seria justo fazer qualquer comentário sobre a música registrada nesta gravação, não haveria palavras realmente precisas para descrever. O único comentário é no quesito técnico, talvez não houvesse boas condições de captação de todos os instrumentos e há uma dificuldade considerável para se poder escutar os instrumentos com menor alcance.
E como de costume, nos comentários. Bem que o disco poderia ter pelo menos o subtítulo de Chicago & Finn.
Archie Shepp & Philly Joe Jones foi gravado em Paris em 1969. A França foi praticamente um exílio para o chamado free jazz, gravações históricas ocorreram por lá. Em especial esta gravação onde Shepp e Jones dividem o título do disco, temos um grande grupo composto por Antony Braxton: alto, soprano saxophones, Chicago Beau: vocal, soprano saxophone, gaita, Julio Finn: gaita, Leroy Jenkins: violin e Earl Freeman: baixo.
Primeiro gostaria de destacar a presença de Philly Joe Jones, consagrado baterista desde a era do chamado hardbop, que não permaneceu alheio às inovações do jazz e participou ativamente, inclusive participando da Arkestra de Sun Ra.
Agora vamos trazer à luz do reconhecimento um nome muito importante nesta gravação: Julio Finn (Augustus Arnold). Além de ser gaitista, é um bluesman compositor, escritor, produtor de documentários. Nasceu em Chicago oruindo de uma família de educadores e músicos. Seu currículo musical é vasto, tendo tocado com Linton Kwesi Johnson, Muddy Waters, Eddie C. Campbell, Dennis Bovell, Art Ensemble of Chicago, Jeanne Lee, Dan-I, Alpha Blondy, Matumbi, Guardian Angel, Brigitte Fontaine, Sterling Plump, Donald Kinsey, U-Roy, Barry Ford, Scritti Politti, Errol Dunkley, e seu prório grupo, The Julio Finn Blues Band.
A segunda composição desta gravação é de autoria de Julio Finn, Howling In The Silence, sub-dividida em duas partes.
E finalmente, mais uma vez Chicago Beau (Lincoln T. Beauchamp Jr.), contribui com sua arte e talento no grupo de Shepp com a composição The Lowlands, a primeira do disco.
Infelizmente não consegui dados mais expressivos sobre Chicago Beau e seu conterrâneo Julio Finn, até na wikipedia só haviam textos em dinamarquês.
Sim, definitivamente não seria justo fazer qualquer comentário sobre a música registrada nesta gravação, não haveria palavras realmente precisas para descrever. O único comentário é no quesito técnico, talvez não houvesse boas condições de captação de todos os instrumentos e há uma dificuldade considerável para se poder escutar os instrumentos com menor alcance.
E como de costume, nos comentários. Bem que o disco poderia ter pelo menos o subtítulo de Chicago & Finn.
quarta-feira, dezembro 31, 2014
Glenn Spearman Double Trio – Mystery Project (1992)
Literalmente é a última publicação do Sonorica em 2014. Aproveitando esta manhã na qual finalmente tenho tempo para escrever aqui, pois como faço parte da classe trabalhadora, volto ao ofício no segundo dia do ano de 2015. Como não queria apenas escrever um texto de fim de ano, aqui também fica mais um registro de um dos prediletos da casa, Glenn Spearman, que faz parte dos grandes saxofonistas injustamente esquecidos, assim como Arthur Doyle que nos deixou recentemente e procurei divulgar tudo que tinha ao meu alcance de sua obra musical. Frank Wright também procurei disponibilizar o que foi possível. Mystery Project é mais um registro do double trio de Spearman, onde Spearman e o baterista William Winant ficam no canal direito de gravação, o saxofonista Larry Ochs e o baterista Donald Robinson no canal esquerdo. Os dois duos de saxofones e bateria compartilham o piano e synth de Chris Brown e o baixo de Ben Lindgren. Mystery Project tem aquela característica do que chamaram de free jazz, mas não como a sua primeira geração, onde havia mais necessidade de libertação das estruturas tradicionais do jazz, onde longas peças exploravam ao máximo os novos territórios do som. Após os anos 70 do séc. XX o free jazz desenvolveu estruturas e peças mais complexas, evoluindo dos temas mais simplificados anteriores que eram a estrutura básica para novas explorações do campo sonoro. Claro que isso é só uma descrição extremamente simplificada do registro fonográfico, pois só a audição basta, evitando qualquer injustiça e imprecisão sobre a obra musical de Spearman. Ah sim, nos comentários do post é que se encontra o mistério.
No mais, agradeço à Deus e a todos que visitaram o Sonorica e compartilharam alguma informação deste pequeno espaço virtual e que sempre seja útil de alguma forma como mais uma fonte de informação sobre arte, especificamente sobre a arte através do som. Também fico muito feliz pelo Sonorica ter alcançado mais de 100 mil acessos durante estes 8 anos de existência, levando em conta o fato de ser um blog de assuntos específicos de pouco interesse do grande público.
Espero que o Sonorica seja um weblog melhor a cada dia no ano de 2015 e que todos tenham um novo ano com muita alegria e claro, muita música, sons, arte que ultrapassam fronteiras, culturas, nacionalidade, rótulos e gêneros.
No mais, agradeço à Deus e a todos que visitaram o Sonorica e compartilharam alguma informação deste pequeno espaço virtual e que sempre seja útil de alguma forma como mais uma fonte de informação sobre arte, especificamente sobre a arte através do som. Também fico muito feliz pelo Sonorica ter alcançado mais de 100 mil acessos durante estes 8 anos de existência, levando em conta o fato de ser um blog de assuntos específicos de pouco interesse do grande público.
Espero que o Sonorica seja um weblog melhor a cada dia no ano de 2015 e que todos tenham um novo ano com muita alegria e claro, muita música, sons, arte que ultrapassam fronteiras, culturas, nacionalidade, rótulos e gêneros.
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