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quarta-feira, abril 25, 2012

Intolerância

A ferramenta de relacionamento virtual Facebook tem sido palco de inúmeras questões, desde simples posts entre amigos e familiares, trabalho, mobilizações politicas e sociais, negócios, etc. Realmente o Facebook tem até substituído de maneira grotesca os relacionamentos da sociedade como um todo. Claro, já estou escutando as justificativas da falta de tempo impostas por este sistema econômico que pressiona a sociedade a nunca ter tempo para um bate papo informal ao vivo, de amigos que se encontram em posições geográficas que inviabilizam um breve encontro para um cafezinho. Salvas estas situações de pessoas que se encontram em lugares distantes, é um tanto quanto constrangedor o caso de pessoas que se encontram próximas num mínimo  raio de kilometros ou até metros de distância um do outro. E conectado à isso, aumenta o número de sociopatas que se enclausuram em seu micro-cosmos de seus smartphones, notebooks, tablets o tempo todo nos transportes coletivos, nas vias públicas, estabelecimentos comerciais, etc, sendo que na maioria das vezes é completamente desnecessário fazer uso dos aparelhos. Assim elas fazem uso de um bode expiatório virtual para não interagir com seu habitat real.
Nem tudo está perdido! Ainda há alguns bairros, lugares e pessoas que ainda conversam coisas inofensivas, como: "Hoje parece que vai chover, não?", "O ônibus chegou atrasado hoje..., bom dia, como o céu está bonito hoje...". Num dia destes da semana, com a metrópole à todo vapor, entrei num ônibus lá no centro da cidade e a cobradora me saldou com um bom dia tão efusivo que mesmo se o ônibus estivesse lotado num engarrafamento, certeiramente minha viagem seria agradável. Bem, estou divagando sobre essas coisas mas o assunto que quero tratar sobre o Facebook é mais específico.
Acho que de uma outra maneira abordei sobre os relacionamentos via Facebook e os prós e contras desta ferramenta digital. São os "add's". Principalmente como o site optou por oferecer o serviço. Add a friend... Sacou? Amigo... olha, eu sou da "velha guarda", mesmo apenas prestes a completar quatro décadas de vida nesta terra, neste planeta. Para mim, amigo é um título que exige um padrão elevado de cumplicidade, amor, tolerância, confiança, tempo de estrada e convívio. Não é porque a sociedade resolveu informalizar tudo baseada numa argumentação desprovida de sustentação, que eu também deva considerar e nomear qualquer pessoa de amigo. Quanto à isso, é meu direito e não invade as fronteiras dos direitos de ninguém e de maneira alguma me autoriza a tratar com frieza e rispidez, pessoas que eu não desenvolvi um relacionamento de amizade como eu adotei como padrão básico.
E como eu tinha falado em outra ocasião, o dispositivo share do Facebook, possibilita que a minha página pessoal receba posts de pessoas que não tenho relacionamento e  que sequer as conheça, pelo fato delas estarem ligadas à pessoas que estão ligadas à pessoas que conheço e outro que simplesmente aceitei o add por hospitalidade e estar receptivo a conhecer pessoas novas e diferentes.
Mas existe uma parte considerável destas pessoas que até agora eu não entendi porque pediram para eu aceitá-las na sua lista de friends (vai ver que o termo friends também muda de significado no Facebook) e sequer me direcionaram um simples "olá", apenas postam suas mensagens, imagens o tempo todo, sem uma palavra.
Ultimamente eu andei deparando com posts avacalhando com as igrejas evangélicas, Deus, Jesus Cristo.
Em primeiro lugar, se eu não deixei claro, eu sou evangélico e isso não significa que sou parte de uma massa irracional de manobra que é manipulada, que não sabe o que acontece no mundo, na política, na economia, sociedade, na cultura, etc. A minha função como evangélico é anunciar as Boas Novas do amor de Cristo. A palavra evangelho vem do grego ευαγγέλιον, euangelion, que significa boa mensagem, boa notícia ou boas-novas. Pela minha fé e os preceitos que acredito, me impedem de agir com pré-conceito e muito menos intolerância. Coisa que ninguém verá de minha parte tanto no mundo virtual como no mundo real, é esculachar com a crença de alguém. Mesmo que alguém se torne adepto daquelas religiões que tem procedimentos dos mais questionáveis quanto a sua integridade ou até aquela seita em que os membros se prostravam perante uma estátua com um computador na sua parte interna e pregava sua doutrina. Várias pessoas que não tenho uma verdadeira amizade simplesmente por falta de oportunidade, tem exposto suas crenças de acordo com suas religiões e filosofias e jamais protestei contra elas. Jamais postei algo condenando e muito menos zombando de nenhuma religião e assim será até a minha morte.
Em determinado momento, senti que deveria e tinha o direito de fazer um comentário, que foi feito no dia 19 deste mês:


"Toda semana é a mesma coisa, eu tenho que deparar com declarações contra Deus, bíblia, Jesus Cristo, evangélicos, cristãos... Coisa que eu não perco tempo, é criticar o ateísmo, agnosticismo, satanismo, catolicismo, GLBT's, etc. Todos estes tem o direito de crerem e não crerem no que quiserem, sem serem condenados pelas pessoas. O interessante é que na maioria são pessoas com um bom nível cultural e razoável poder aquisitivo, ao contrário de meus amados irmãos de fé que mau sabem distinguir a diferença entre a mão esquerda e a direita. Eu detestava esse troço de religião e tudo mais, mas lá fui eu ler o livrão pra ver qual era a de Cristo, Deus e tudo mais. Deus não vai ficar e nunca ficou noiando quem não trinca com sua filosofia de vida, quem quiser estar com ele, esteja e naturalmente agirá com bom senso, não julgando os outros. Deus não se responsabiliza pelas prezepadas que fazem por aí em nome dele, pois cada um que assuma as consequências de suas atitudes. É tudo muito simples. A vida é bela e curta, se algo não me agrada ou acho que não presta, pra quê eu vou gastar tempo falando mau? Amém. PS: Se eu fosse tão bem esclarecido, porquê eu iria me rebaixar atacando um monte de gente ignorante que acredita numa fábula escrita sabe-se lá por quem à mais de dois mil anos? "Ah, mas alguém tem que denunciar esses picaretas que exploram as pessoas e fazem lavagem cerebral no povão...". Sinceramente? Praticar uma boa ação todos os dias, na miúda, sem ficar se achando bom por conta disso, é a arma mais eficaz contra a injustiça e mentiras, do que qualquer dedo na cara e ativismo pau mole de facebook."


Enfim, as pessoas pedem o fim da intolerância, a garantia de seus direitos, sua liberdade. Eu estou longe de ser uma pessoa que não falha, muito pelo contrário, sou um pecador que se esforça em ser uma pessoa melhor. Não me considero superior a ninguém, minha vida vale tanto quanto a de um nóia da crackolândia. Vou seguir respeitando todas as pessoas e suas opiniões e crenças e ficaria imensamente grato se assim o fizessem comigo apenas porque sou um ser humano se esforçando em praticar o bem, porque é meu dever.

sábado, maio 21, 2011

Homofobia: Muita calma nessa hora

Em tempos de intolerância em contraponto ao avanço tecnológico e científico da humanidade, nos deparamos com a manifestação dos mais cruéis sentimentos e comportamentos do dito ser humano civilizado. Pois é, não se trata de hordas de bárbaros oriundos dos confins da Terra que não tiveram a menor noção de como se deve viver em sociedade e pertencer a civilização. Ainda há conflitos étnicos, territoriais, político e religiosos ao redor do mundo, mas não vou abordar estas questões, como também não vou abordar os conflitos entre grupos sociais, como de facções ligadas a estilos musicais (?!), como muitos que vivem em São Paulo desde o início dos anos 80, por exemplo, conhecem.

A questão aqui é a homofobia, que ultrapassou as fronteiras do comportamento civilizado chegando ao ponto da violência moral e física. Antes, o que acontecia infelizmente de forma comum, era a zombaria, piadas de mau gosto contra os homossexuais. Agora se tornou comum o ato de agressão física e homicídio. Por conta do avanço desenfreado de atos abomináveis ao próximo, aos nossos semelhantes, (sim, pois tanto homens e mulheres heterossexuais, homossexuais, transgêneros são seres humanos) foi elaborado o PROJETO DE LEI 5003/2001 (PLC 122/2006), mas há um grande problema neste projeto. Se você clicar no link, poderá constatar uma arbitrariedade unilateral que diferencia e dá ao homossexual privilégios em relação aos heterossexuais e isso contradiz o discurso de igualdade que tanto se defende. Minha pergunta é: Se por exemplo uma empresa composta de maioria homossexual começar a hostilizar (conheço um caso assim em que o empregado foi demitido sem justa causa) um heterossexual a ponto de demití-lo, a PLC 122 também funcionará como instrumento de punição ao homossexual? Se um homossexual discrimar um heterossexual também será punido segundo proposto este projeto de lei? Aí é que está a questão. Eu sou cristão protestante, não me importo se sou alvo de piadinhas sobre a minha fé em Jesus Cristo, mas não consordo em ser prejudicado socialmente por outra pessoa que não concorde ou não aceite minha escolha de fé ou se preferirem dizer, de "religião". Não sou um "crente", "evangélico" intolerante, como muitos são por aí, pois tenho amigos homossexuais, entre os denominados, gays, lésbicas e transgêneros, não aceito piadinhas contra essas pessoas, pois para mim isso é abominável, temos que respeitar todas as pessoas, pois somos todos iguais perante Deus. Não sou como muitos hipócritas pseudo-militantes e "liberais de esquerda", que criticam os homofóbicos, mas não tem nenhum amigo homossexual e ainda deixam escapar uma piadinha pré-conceituosa sobre gays, em suas rodas de conversa. Para Jesus, eu, a Rogéria, a Roberta Close, a Nanny People, o deputado Jean Wyllys, a Lacraia, somos todos iguais, ele nos ama de forma igual e eu concordo 100%. É deprimente e abominável o tipo de declaração que o deputado Jair Messias Bolsonaro vem fazendo em detrimento aos homossexuais. Bolsonaro, cale-se por favor!


terça-feira, maio 03, 2011

Osama bin Laden morto? Isso é motivo de alegria?


"Quando cair o teu inimigo, não te alegres, nem se regozije o teu coração quando ele tropeçar;
Para que, vendo-o Senhor Deus, seja isso mau aos seus olhos, e desvie dele a sua ira.
Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos ímpios,
Porque o homem maligno não terá galardão, e a lâmpada dos ímpios se apagará." - Provérbios 24:17-20

"Não digas: Como ele me fez a mim, assim o farei eu a ele; pagarei a cada um segundo a sua obra." - Provérbios 24:29


"Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? diz o Senhor DEUS; Não desejo antes que se converta dos seus caminhos, e viva?" - Ezequiel 18:23

"Porque não tenho prazer na morte do que morre, diz o Senhor DEUS; convertei-vos, e vivei." - Ezequiel 18:32

"Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos" - Ezequiel 33:11

Sem dúvida esta questão gera polêmica e posicionamentos extremos. Antes de qualquer coisa, este post está alinhado com a minha convicção pessoal que vai de encontro com os textos acima, que são a palavra de Deus, de Jesus Cristo, sobre o verdadeiro amor, a misericórdia, o perdão. Se você se alegrou com a notícia da morte de Osama Bin Laden, lhe causou uma satisfação e sensação de justiça feita, sim, tem toda a liberdade de nutrir este sentimento. Mas este não é o melhor espaço para expressar sua opinião. Sim, respeito a sua opinião em se alegrar com a notícia, mas discórdo em haver alegria para isso. O sentimento de vingança para o ser humano tece uma armadilha muito sutíl, em que a pessoa corre o risco de se enveredar justamente para a injustiça, pois o ser humano está longe da perfeição e da verdadeira justiça. A história da humanidade mostra isso claramente e infindáveis são os exemplos de injustiça praticada pelo homem.

"Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus." - Tiago 1:20

Infelizmente Osama escolheu um caminho que lhe trouxe consequências. Jesus diz que se alguém escolher o caminho da violência, inevitavelmente terá um resultado, consequência de violência. Não vejo motivo em me alegrar com a morte de Osama, como não ví motivo de me alegrar com o enforcamento de Saddam Hussein, pois mesmo que muitos afirmem que são "monstros", independente de opiniões pessoais ou da maioria, ainda são seres humanos. Qual será a próxima comemoração, a possível morte de Muʿammar al-Qaḏḏāfī? Para mim é motivo de tristeza o ser humano chegar à esse ponto, tanto em se alegrar com a morte de alguém, como o final trágico de uma pessoa que escolheu o caminho do erro, da injustiça, do ódio, da violência, do mal. Antes as incontáveis pessoas tivessem se arrependido de suas escolhas perversas, mesmo tendo que responder pelos seus atos, recebecem o verdadeiro amor em seus corações. Não tenho o direito de julgar os atos de Osama e Husseim, pois eu não sei que sentimento lhe tomou o coração ao ver seus semelhantes massacrados não só pela violência das armas, mas também pela diretriz político-econômica regida pelo capitalismo mundial, mesmo em países que tem regime comunista, imperialista, etc, afinal o mundo gira em torno do dinheiro, do capital, não importa se é em New York ou Kabul.

Alguém pode me dizer que estou sendo demagogo, que se acontecer algo ruim à uma pessoa querida ou a mim mesmo, eu lançaria ao vento o meu discurso de compaixão. Provavelmente eu me defrontaria com a tentação de alimentar o ódio e a vingança, mas é possível não sucumbir a isso. Como? É um árduo exercício e vigilância contínuo. Sim, não é uma tarefa simples e fácil, mas não é impossível ao que crê.

"E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes." - Lucas 23:34

"Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas." - Mateus 6:14,15



sábado, abril 23, 2011

Páscoa, Pessach, feriado prolongado, coelhinho ou chocolate?


"E falou o SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo: Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano. Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família. Mas se a família for pequena para um cordeiro, então tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; cada um conforme ao seu comer, fareis a conta conforme ao cordeiro. O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras. E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde. E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem. E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão. Não comereis dele cru, nem cozido em água, senão assado no fogo, a sua cabeça com os seus pés e com a sua fressura. E nada dele deixareis até amanhã; mas o que dele ficar até amanhã, queimareis no fogo. Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do SENHOR.
E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o SENHOR. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.
E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo. Sete dias comereis pães ázimos; ao primeiro dia tirareis o fermento das vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, desde o primeiro até ao sétimo dia, aquela alma será cortada de Israel. E ao primeiro dia haverá santa convocação; também ao sétimo dia tereis santa convocação; nenhuma obra se fará neles, senão o que cada alma houver de comer; isso somente aprontareis para vós. Guardai pois a festa dos pães ázimos, porque naquele mesmo dia tirei vossos exércitos da terra do Egito; pelo que guardareis a este dia nas vossas gerações por estatuto perpétuo. No primeiro mês, aos catorze dias do mês, à tarde, comereis pães ázimos até vinte e um do mês à tarde. Por sete dias não se ache nenhum fermento nas vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, aquela alma será cortada da congregação de Israel, assim o estrangeiro como o natural da terra. Nenhuma coisa levedada comereis; em todas as vossas habitações comereis pães ázimos. Chamou pois Moisés a todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Escolhei e tomai vós cordeiros para vossas famílias, e sacrificai a páscoa.
Então tomai um molho de hissopo, e molhai-o no sangue que estiver na bacia, e passai-o na verga da porta, e em ambas as ombreiras, do sangue que estiver na bacia; porém nenhum de vós saia da porta da sua casa até à manhã. Porque o SENHOR passará para ferir aos egípcios, porém quando vir o sangue na verga da porta, e em ambas as ombreiras, o SENHOR passará aquela porta, e não deixará o destruidor entrar em vossas casas, para vos ferir. Portanto guardai isto por estatuto para vós, e para vossos filhos para sempre. E acontecerá que, quando entrardes na terra que o SENHOR vos dará, como tem dito, guardareis este culto.
E acontecerá que, quando vossos filhos vos disserem: Que culto é este?
Então direis: Este é o sacrifício da páscoa (do hebraico פסח - pessach ou seja, passagem) ao SENHOR, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se, e adorou.
" - Êxodo 12.1-27

sexta-feira, outubro 29, 2010

Interrompemos a nossa programação para o horário de propaganda política obrigatória

Propaganda: s.f. - 1. Conjunto de atos que têm por fim propagar uma ideia, opinião ou doutrina; 2. Associação que tem por fim a propagação de uma ideia ou doutrina. Ação ou efeito de propagar ou difundir, princípios, teorias etc. Vulgarização.

Até que enfim se encerra este período eleitoral ao qual, particularmente já estava aborrecido, não em relação à política, mas aos caminhos tenebrosos que ela sempre percorre.
Foi com muito pesar que cheguei a conclusão de que não tinha uma opção satisfatória em termos de candidatura. Já basta o tipo de afirmação do tipo: "escolher o menos pior" ou coisa parecida. Não, definitivamente não sou um alienado sobre política, apenas não sou um cientísta político, mas conheço os quesitos primordiais para se viver em sociedade, aliás, política deriva do termo grego polis (πολις), que significa cidade, entendida como a comunidade organizada, formada pelos cidadãos (no grego "politikos"), isto é, pelos homens nascidos no solo da cidade, livres e iguais. Ou seja, se vivo numa cidade, sou político.
Mais uma vez, como se era de esperar, as propagandas eleitorais se assemelham com as dos bancos privados, com uma narração em off ao pé de ouvido, em tom paternal, apelando explícitamente para o emocional, com imagens populistas, de um país em pleno progresso com oportunidade para todos. Os candidatos apelando para o nome de Deus sei lá porquê, pois a maioria nem compreende o que é Deus, quem é Deus ou sequer acredita que ele realmente exista. "Se Deus quiser", "Graças à Deus" se tornaram apenas expressões populares que até os ateístas e agnósticos pronunciam involuntariamente num país idólatra, cheio de crendices, superstições e pré-conceitos em relação à Deus. Quem realmente leu a Bíblia e realmente compreendeu o que alí está escrito? A maioria das pessoas criou a ilusão de que já leu por conta de versículos propagados de forma isolada, sem entender o contexto em que se encontra. Ou muitos tem na memória, os filmes bíblicos que costumam ser veiculados na tv nos feriados religiosos e de fim de ano, que ajudam a criar esta ilusão.
O que me decepciona, são os líderes de denominações cristãs se envolverem neste comércio político. Eles tem o direito de manisfestar sua postura política como cidadãos, mas eu já acho um tanto danoso usarem suas influências perante os membros das denominações as quais são líderes.

"Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui." - João 18:36

Não sou contra estes líderes orientarem os membros das igrejas nas condutas sociais, afinal, todos nós estamos vivos e vivendo nesta terra e não podemos espiritualizar tudo em nossas vidas, pois existe a questão prática, do cotidiano, da cidadania. Mas o propósito das igrejas cristãs não deveria invadir outros territórios, pois como disse Jesus Cristo, o reino dele não é deste mundo, não é desta vida. Se uma igreja se diz ser do Reino de Deus ou evangélica, não deve adulterar a Água. Essa é apenas minha opinião particular e cada um tem o direito de pensar o que bem entender, inclusive ir à igreja para conseguir um carro ou uma casa como "benção".

"O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento;" - Oséias 4:6
"E Jesus, respondendo, disse-lhes: Porventura não errais vós em razão de não saberdes as Escrituras nem o poder de Deus?" - Marcos 12:24
"...pois o povo que não tem entendimento será transtornado." - Oséias 4:14

sexta-feira, agosto 27, 2010

Liberdade de expressão, leitura e reflexão da informação para edificação do ser humano


Enforque-se na corda da liberdade! Quem costuma dizer esta frase acima é o Abujamra no programa de tv Provocações. Não sei se foi ele que elaborou a frase ou citou de alguém, como costuma fazer, mas achei uma frase certeira como um arqueiro de competição olímpica.
E a world wide web nos permite uma imensa liberdade de expressão pessoal, principalmente nos weblogs, os blogs, ou diários digitais. Alguns chegam ao patamar de publicações impressas como jornais e revistas e até semelhantes às programações de rádio e tv.

Eu louvo à Deus por ter este espaço virtual ao qual posso me expressar com liberdade. Escolhi escrever sobre assuntos ligados às artes em geral, especificamente a arte musical. Claro que outros setores artísticos me interessam, como os filmes de animação ou não, artes plásticas, literatura, dança, etc, mas não disponho de tempo para pesquisar e fazer pelo menos a "lição de casa", seja, fazer uma pesquisa séria, procurar entender com uma certa base e segurança para publicar algo no blog, mesmo que apenas uma pessoa acesse o Sonorica por dia, ou até por semana. Na minha opinião pessoal e restrita, tenho este dever, esta responsabilidade e consciência de não sair digitando qualquer coisa sem conhecer o assunto em sí, coisa que falta em muitos que até publicam livros, artigos impressos com tiragens que chegam à milhares de unidades e muitas vezes, propagando falácias inundadas de arrogância, soberba e equívoco para muitas pessoas que usam destes meios como fonte de informação e conhecimento.
Mas aí é que está! Temos a liberdade de expressão! Cabe ao indivíduo ter o mínimo de senso crítico e filtrar as informações, averiguar se tal assunto tem coerência. Bem, restringindo ao campo musical, que por sí só já é extremamente amplo, façamos uma reflexão.
O Brasil nunca possuiu um veículo de informação de boa qualidade em conteúdo. Isso em todas as formas de midia até agora. Revistas e sites publicam conteúdos parciais sujeitos aos índices de acesso e vendas, patrocínios e o pior, das opiniões vaidosas dos ditos jornalistas musicais. Dificilmente se encontra por exemplo, uma resenha sobre um lançamento fonográfico em que o jornalista apenas informe o conteúdo da obra de forma imparcial de forma que o leitor tenha uma idéia aproximada do que realmente pode esperar em sua audição. Este tipo de matéria não é para ser uma obra literária autoral, aliás, o jornalismo, pelo que eu entendo, não é pra isso. A função é apenas informar e causar uma reação de reflexão.
Mas devemos averiguar qualquer tipo de texto publicação, não só musical e me sinto em falta só falando do universo musical, pois há um problema crônico generalizado nos meios de informação. E a leitura é uma ferramenta essencial para o aprimoramento do intelecto humano, e intelecto humano não tem nada haver com os estereótipos arrogantes e sim, com a capacidade de raciocinar, até para tarefas simples, como colocar a medida certa de óleo para fritar um ovo. A leitura estimula o cérebro de uma forma única. Pergunte a um deficiente visual a diferença de ouvir um texto gravado em audio e ler um texto em Braille (sistema de leitura por tato inventado pelo francês Louis Braille). Ler e refletir é extremamente edificante!

Vou usar como exemplo o livro mais lido pela humanidade: a Bíblia (que em grego significa, rolo pequeno de papiro e é um conjunto de livros). Este conjunto 66 de livros, (a bíblia católica inseriu posteriormente mais 7 livros, chamados de apócrifos. Apócrifo vem do latim apocryphus e este do grego ἀπόκρυφος, que significa oculto ou não autêntico) divididos em Antigo e Novo Testamentos, narram a história e o relacionamento de Deus e a humanidade desde a criação do mundo, tendo como Jesus Cristo, o centro de todos os livros. A maioria das pessoas tem um grande pré-conceito em relação a Bíblia.
Muita calma nesta hora:
-Ateus, agnósticos, céticos ou apenas leitores sem compromisso
, se quiserem, leiam como apenas um livro despidos de pré-conceitos e terão a oportunidade de encontrar uma leitura interessante com excelente qualidade e diversidade de estilos literários;
-Religiosos, tentem refletir no conteúdo bíblico, se é que realmente o lêem e o entendem. Depois coloquem em prática no cotidiano;
-Cristãos, é a palavra de Deus, como se Ele falasse contigo. Mas como Deus diz, a fé sem obras é uma fé morta, por isso, mãos à obra;
-Fanáticos religiosos
, não vão fazer nenhuma bobagem! Afinal, o Deus que vocês servem diz que a fé é racional;

*p.s.: Não é porque tivemos a Flip e a Bienal do livro que devemos ler por modismo, ler é um hábito saudável e deve ser contínuo. Leia todos os dias, nem que seja a bula do remédio ou o rótulo do pacote de bolacha!

quinta-feira, outubro 22, 2009

Presidente Lula, vigia na terra!

Este blog não costuma fazer análises políticas por conta de seu direcionamento às artes e cultura. Mas se tratando do presidente da república do Brasil, Luiz Inácio "Lula" da Silva, há uma questão cultural evidente.
O que me levou a escrever este post foi o destaque de primeira página de um jornal paulistano que não vem ao caso suas intenções desta matéria que tinha este título: No Brasil, Cristo teria de se aliar a Judas, diz Lula.
Nesta infeliz comparação o presidente crê que para governar é preciso uma coalizão. "Se Jesus Cristo viesse para cá e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão".
Agora vejamos uma passagem das escrituras bem conhecida das pessoas de um modo geral, que se encontra no evangelho de Mateus, capítulo 4:

"Então foi conduzido Jesus pelo Espírito Santo ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;
E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.
Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.
Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo,
E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces em alguma pedra.
Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.
Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles.
E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.
Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam."

Deixemos de lado as questões religiosas e espirituais e atentemos ao significado e simbologia. Jesus se mostrou incorruptível mesmo em uma situação extrema. Lula em sua infeliz comparação afirma que Jesus teria de dar um "jeitinho", tolerar certos desvios. Judas é o símbolo da traição e corrupção. Possuia um cargo de alta confiança, mas traiu e se corrompeu por um punhado de moedas. Isso foi o ápice de sua trajetória sombria, pois já andava furtando parte das ofertas enquanto era tesoureiro do ministério de Cristo.
Aí entra o problema cultural. Se as pessoas realmente tivessem conhecimento das escrituras, não fariam este tipo de comparação, simplesmente pela incoerência entre a afirmação de Lula e os fatos descritos na bíblia que revelam o caráter de Jesus Cristo, que preferiu morrer à se corromper ou fazer uma coalizão.
Então surgem afirmações totalmente equivocadas, como esta que eu mesmo já acreditei que estivesse na bíblia: "Deus escreve certo por linhas tortas". Fora esta frase realmente não estar na bíblia, há uma afirmação de Deus que prova o contrário no livro do profeta Isaías, capítulo 45 verso 2 no antigo testamento: "Eu irei adiante de ti, e endireitarei os caminhos tortuosos;". Outra frase errada é esta: "A voz do povo é a voz de Deus". Entendo esta frase sobre dar a razão a maioria, que muitas vezes erra. Mas veja o que diz Deus no livro de Números, capítulo 23 verso 19: "Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa;"
Eu particularmente resolví ler a bíblia por curiosidade, na tentativa de encontrar algo que fosse ruim para a sanidade mental das pessoas. Fui no intuito de uma análise empírica, realmente sem uma opinião formada e deparei com fatos históricos e muitos deles a ciência contemporânea teve de reconhecer como verídicos, por conta de muitas provas materiais. Não encontrei nada que levasse uma pessoa ao isolamento da realidade e privação de sua liberdade de como conduzir sua própria vida. Há muitos aspectos culturais, de certos povos, de certa época e muitas vezes algumas instituições religiosas interpretam de forma errada, criando doutrinas e costumes por elas mesmas.
Aqui eu deixo uma frase que deveria estar em mais para-choques de caminhão e na mente do povo. Está no livro do profeta Oséias, capítulo 4, verso 6:
"O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento;"
 
 
Studio Ghibli Brasil