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segunda-feira, janeiro 03, 2011

Axiom Funk - Funkcronomicon (1995)

Iniciando este ano de 2011, desejando a todos que seja abençoado por Deus, escrevo este post sobre mais um projeto de Bill Laswell e seu selo Axiom: Axiom Funk - Funkcronomicon, de 1995. Definitivamente foi um projeto ambicioso, com uma multidão de ilustres colaboradores:
Bernie Worrell, DXT, Bill Laswell, George Clinton, Gary "Mudbone" Cooper, Michael "Clip" Payne, Deborah Barsha & Zhana Saunders, Bootsy Collins, Herbie Hancock, Robbie Shakespeare, Sly Dunbar, Anton Fier, Daniel Ponce, Aiyb Dieng, Edwin Rodriguez, Joe Daly, Ted Daniel, Janet Grice, J.D. Parron, Henry Threadgill, Blackbyrd McKnight, Nicky Skopelitis, Robert Musso, Buckethead, Lili Haydn, Eddie Hazel, Jerome "Bigfoot" Brailey, Garry Shider, Michael Hampton, Robbie Shakespeare, Sly Dunbar, Aiyb Dieng, Karl Berger, Menace, Maceo Parker, Bobby Byrd, Godmomma, Sly Stone, Maceo Parker, Bobby Byrd, Fred Wesley, T-Bone, Af Next Man Flip, Abiodun Oyewole, Blackbyrd McKnight, Lili Haydn, Amina Claudine Myers, Joseph "Zigaboo" Modeliste, Guilherme Franco, Torture e Umar Bin Hassan. Ou seja, foram reunidos membros de grupos como JB's, The Meters, Sly And Family Stone, Material, The Last Poets, Parliament, Funkadelic e músicos conhecidos do reggae e free jazz.
Destaque para a participação de Sly Stone, que ficou por muito tempo recluso do meio musical e estas gravações foram as últimas do guitarrista Eddie Hazel, antes de seu falecimento precoce, se tornando um disco em sua homenagem. Também há releituras muito interessantes para duas músicas de Jimi Hendrix, If 6 Was 9 e a desconhecida Trumpets And Violins, Violins.
Foram gravadas em diferentes estúdios e sessões, também pelo fato de que George Clinton não mantém boas relações com ex-membros do universo P-Funk. Mas Funkcronomicon é um belo registro da criatividade de músicos dos mais diversos estilos musicais, num mesmo projeto. Vale à pena conferir. A capa foi ilustrada pelo desenhista Pedro Bell.

Funkcronomicon cd 01
Funkcronomicon cd 02

segunda-feira, novembro 15, 2010

Hakim Bey - T.A.Z. (1994)

Hakim Bey: voice(readings)
Wu Man: biwa(pipa)
Buckethead: guitar
Nicky Skopelitis: guitar
Bill Laswell: bass, sampler, technician(treatments), producer, arranger

Hakim Bey, é o pseudônimo de Peter Lamborn Wilson que nasceu em Maryland nas proximidades de Baltimore no ano de 1945. Historiador, escritor e poeta, pesquisador do Sufismo bem como da organização social dos Piratas do século XVII, teórico libertário cujos escritos causaram grande impacto no movimento anarquista das últimas décadas do século XX e início do século XXI.
A idéia sobre uma Zona Autônoma Temporária é de como um grupo, um bando, uma coagulação voluntária de pessoas afins não-hierarquizadas podem maximizar a liberdade por eles mesmos numa sociedade atual. Em linhas gerais é uma organização para o desenvolvimento de atividades comuns, sem controle de hierarquias opressivas. Para Hakim Bey, uma TAZ é uma aglutinação de pessoas que se encontra em tamanha complexidade que se pode dizer que toda uma sociedade está dentro da TAZ. As idéias são semelhantes as apresentadas pelo grupo teórico Bolo Bolo e pelo autor Ivan Illich. Embora Hakim Bey escreva um livro inteiro sobre TAZ, não é seu intuito definir e fixar formas, ou padrões de como seria uma destas zonas. O máximo que faz é circundar o assunto, lançando algumas explicações gerais. O que chamamos de TAZ desenvolve-se como um levante, algo excepcional na história , que, apesar de muitos classificarem como uma revolução que fracassou, eleva o grau de intensidade da vida e da consciência. Libertar-se, revolucionar pode partir de um indivíduo, ou de um bando. E é isso que poderiamos colocar como um princípio e possível objetivo da TAZ: liberdade independente e autônoma. Por tais características, a TAZ se assemelha muito ao comunalismo intencional e ao comunalismo libertário, chamados por Kenneth Rexroth, simplesmente, de comunalismo.
O livro T.A.Z. (Zona Autônoma Temporária) foi escrito em 1985 foi traduzido para vários idiomas Nele, a partir de estudos históricos sobre as utopias piratas, descreve a criação e propagação de espaços autônomos temporários como tática de resistência e esvaziamento do poder.
Clique na imagem para acessar o arquivo.

"The T.A.Z. is like an uprising which does not engage directly with the state, a guerrilla operation which liberates an area (of land, of time, of imagination) and then dissolves itself, to re-form elsewhere/else when, before the state can crush it." - Hakim Bey.

quinta-feira, setembro 16, 2010

Abiodun Oyewole - 25 Years (1995)

Abiodun Oyewole é o outro remanescente do grupo Last Poets, responsável pelo que se conhece de rap hoje em dia. Muitos teóricos, principalmente os paulistanos que surgiram no início do séc.XXI nem tomavam conhecimento deste grupo de poetas do rítmo que atravessou décadas, com suas rimas acompanhadas de diminuta percussão. Não havia toca-discos e muito menos samplers para pano de fundo como é hoje em dia. Oyewole diz no último disco sobre o nome Last Poets: "No time for the bullshit rap". A poesia ritmada perdeu em muito para os malabarismos de palavras e bases feitas por produtores que tomaram o lugar dos dj's (quando dj era aquele que tinha a habilidade de tranformar um toca-discos em instrumento musical e não esta febre de dj's de ocasião que encontramos aos montes por aí, que mau sabem mixar uma música com a outra), claro que existem os casos que fogem à regra de mercado, como Mike Ladd e outros poucos, mas em muito se perdeu de seu frescor, qualidade poética e o último respiro de criatividade realmente inovador se deu no fim dos anos 80 e início dos 90, com grupos como De La Soul, A Tribe Called Quest, Arrested Development, etc. Dizem que o rap brasileiro vai bem e de vento em popa, mas eu tenho as minhas ressalvas. Mas não vou entrar no mérito desta questão em respeito ao meu vizinho que foi um dos fundadores do que se chama rap em São Paulo, Jr. Blow e seu Stylo Selvagem.
Abiodun Oyewole tem uma métrica agressiva e simples, conhecida como spoken word e que muitos atribuem somente a Gil-Scott Heron, mas o Last Poets foi pioneiro como precursor do formato de grupo de rap. Em 25 Years, Oyewole declama sua poesia crua mas cheia de sabedoria sob a sofisticada produção de Bill Laswell e seus colaboradores, como Henry Threadgill, que foi saxofonista do trio de free jazz Air, ao lado do baterista Steve McCall e o baixista Fred Hopkins e também além de compositor e arranjador, foi um dos membros originais da AACM. Também fazem parte desta colaboração, seu parceiro Umar Bin Hassan, também membro do Last Poets, os percussionistas Don Babatunde e Aiyb Dieng, o trompetista Ted Daniel e o guitarrista Brandon Ross, nomes que soam desconhecidos no meio comercial e superficial do que chamam jazz nas grandes mídias, mas produzem uma arte exuberante.
25 Years se trata de uma arte atemporal, que une o ancestral e o contemporâneo, o urbano e o tribal, a dureza da realidade das ruas e sua desigualdade social e a beleza da arte. Clique na imagem da capa do disco para acessar o arquivo.

quarta-feira, setembro 01, 2010

Ronald Shannon Jackson - Red Warrior (1990)

O baterista texano Ronald Shannon Jackson fez sua primeira gravação com Charles Tyler, tocou com os principais nomes do free jazz, como Albert Ayler, Cecil Taylor, Ornette Coleman, Byard Lancaster, Albert Mangelsdorff, Billy Bang, John Zorn, fez parte do grupo Last Exit ao lado de Peter Brötzmann, Sonny Sharrock e Bill Laswell, seu projeto free funk The Decoding Society com Vernon Reid, Melvin Gibbs, no qual Participaram James Carter e Robin Eubanks, foi membro do Music Revelation Ensemble de James Blood Ulmer, foi co-fundador do Power Tools com Bill Frisell e SXL com L. Shankar e tocou recentemente com Joseph Bowie e Wadada Leo Smith, entre outros. Como se pode ver, além de ser um talentoso músico de estilo diferenciado, com bases na tradição do jazz e das bandas militares, tem um extenso currículo. Red Warrior, se aventura por outros territórios musicais, como fez com o Decoding Society. As guitarras de Jack DeSalvo, Jef Lee Johnson e Stevie Salas tecem uma trama e textura sonora aspera e intrincada conduzida pelo rítmo de Ronald Shannon Jackson e os baixistas Conrad Mathieu e Ramon Pooser. Não se engane com as aparências estéticas que se assemelham ao odiado fusion, pois Red Warrior se trata muito mais do que estilos musicais enfadonhos. Clique na imagem da capa do disco para acessar o arquivo. Vale a pena conferir.

Site oficial de Ronald Shannon Jackson: http://ronaldshannonjackson.com/

na foto baixo:
Donald Ayler, Albert Ayler, Lewis Worrell, Ronald Shannon Jackson e Michel Sampson
em frente ao Slug's

terça-feira, agosto 31, 2010

Slave Master - Under The 6 (1994)

Fazendo parte da série Black Arc produzida por Bill Laswell, Slave Master conta com os parceiros do universo P-Funk, que demonstram uma versatilidade em estilos musicais: O guitarrista, Michael Hampton e os vocais de Gary "Mudbone" Cooper, ao lado de Islam Shabazz no baixo e vocais e o guitarrista Bill McKinney. Vale lembrar de Bootsy Collins e Bernie Worrell que participaram de diversos projetos de Laswell. Temos no projeto Slave Master a fusão do hiphop com rock pesado, de uma forma muito mais direta do que o Body Count de Ice T, que foi mais para o heavy metal. Slave Master tem uma sonoridade mais "crua". Para acessar o arquivo, clique na imagem.

segunda-feira, agosto 02, 2010

Umar Bin Hassan - Be Bop Or Be Dead (1993)

Prosseguindo com a série Black Arc de Bill Laswell, Umar Bin Hassan é o poeta que pertence ao grupo pré-cursor do rap, o Last Poets. Be Bop Or Be Dead tem praticamente o mesmo formato do Last Poets, só que com a produção de Laswell e seus parceiros, como Bernie Worrell e Bootsy Collins(Parliament, P-Funk), Buddy Miles(Jimi Hendrix and Band Of Gypsys), Amina Claudine Myers, Guilherme Franco, músicos conhecidos do free jazz. Hassan recita sua hardcore poetry com a trilha sonora produzida por Laswell e seus companheiros, sendo que há uma releitura de composições do Last Poets que são This Is Madness e Niggers Are Scared Of Revolution. Clique na imagem para acessar o arquivo.

sexta-feira, julho 30, 2010

Buddy Miles Express - Hell And Back (1994)

Muita gente só lembra de Buddy Miles como o baterista de Jimi Hendrix mas ele é mais do que isso. Miles teve uma sólida carreira solo que começou antes de ingressar no célebre trio de Hendrix. Tem uma bela voz que pôde ser comprovada na gravação ao vivo no Band Of Gypsys e foi um compositor talentoso, além de baterista.
No projeto criado por Bill Laswell, a série Black Arc, Buddy Miles é resgatado do esquecimento com Hell And Back, onde conta com parceiros de Laswell em inúmeros projetos do selo Axiom, como o guitarrista Nicky Skopelitis, revisitando velhas conhecidas de Miles nos tempos de sua paceria com Hendrix, como All Along The Watchtower(Bob Dylan) e Born Under The Bad Sign(Booker T Jones). A arte da capa é da autoria de Mati Klarwein, que fez as capas dos disco de Miles Davis, os famosos Bitches Brew e Live Evil. Clique na imagem para acessar o arquivo.

quarta-feira, julho 21, 2010

O.G. Funk - Out Of The Dark (1993)

Jerome "Bigfoot" Brailey é o baterista do famoso disco do Parliament, Mothership Connection, dos hits Give Up The Funk e P-Funk (Wants To get Funked Up). Também é um desafeto de George Clinton, que não trabalhava com seus colegas de forma lá muito correta. Bill Laswell mais uma vez, em seu projeto da série Black Arc, produz a releitura da música afro americana, com os membros de um dos principais grupos de funk. Ao lado de Brailey, está o baixista do Funkadelic, Billy Nelson e o tecladista Bernie Worrell, além de Gary Mudbone Cooper, que fizeram parte do universo P-Funk. O disco é uma homenagem ao falecido colega e guitarrista Eddie Hazel e a música Music For My Brother traz a memória, um clássico de Hazel, Maggot Brain. Clique na foto para acessar o arquivo.

sexta-feira, abril 30, 2010

Hardware - Third Eye Open (1992)

Você gosta de hard rock? Talvez venha em sua mente aquelas bandas dos anos 70 com um bando de cabeludos e barbudos empunhando suas guitarras. Esqueça. Hardware foi um projeto de Bill Laswell com nomes inusitados para o hard rock, como Bootsy Collins, que foi baixista do JB's de James Brown e Parliament de George Clinton. Buddy Miles é um velho conhecido do rock, afinal foi membro do primeiro trio de rock negro, o Band of Gypsys, ao lado de Billy Cox e Jimi Hendrix. Steve Salas se tornou um dos principais guitarristas de George Clinton e trabalhou com Rod Stewart, Stevie Vai, além de Bootsy.
Digamos que o projeto Hardware é funk rock, black rock, dando continuidade à série criada por Laswell, a Black Arc. Conta com a participação de George Clinton, Gary 'Mudbone' Cooper, ex companheiros de Bootsy no P-Funk e Bernard Fowler, que participou de inúmeros projetos, com Rolling Stones, Herbie Hancock, Material, James Blood Ulmer, Duran Duran, Yoko Ono, entre muitos outros.
Clique na foto da capa para acessar o arquivo.

quarta-feira, abril 14, 2010

Zillatron - Lord Of The Harvest (1994)

Já faz um bom tempo que o músico e produtor Bill Laswell lançou uma série entitulada de Black Arc Series, que criou uma nova dimensão para o funk com a participação de grandes músicos do gênero, como alguns membros dos grupos Parliament, Funkadelic e JB's como é o caso do multi-instrumentista Bootsy Collins. Segundo o release da gravadora, o projeto Zillatron é o funk desbravando os territórios da ambient music, techno, hardcore e além. Uma mistura de Funkadelic com Napalm Death. Bootsy tem uma personalidade musical marcante e algumas músicas lembram algo de sua Rubber Band, só que futuristica ou como dizem, cyberfunk. Outras como Exterminate e Bootsy And The Beast são a fusão do metal com o funk de fato, não da forma que ficou conhecida sob o famigerado nome de funk'o'metal. Aliás o tal do funk'o'metal apenas se limitou à tecnica de slap no baixo elétrico e vocais com a métrica do rap. Em Lord Of The Harvest, que foi dedicado ao velho companheiro, o guitarrista Eddie Hazel, que faleceu poucos meses antes da gravação, Bootsy conta com a participação do velho parceiro de P-Funk, o tecladista Bernie Worrell, além do guitarrista Buckethead, Bill Laswell e Umar Bin Hassan do Last Poets. Zillatron não é para fundamentalistas do funk e do metal e sim para ouvidos abertos à novas dimensões da música.
Clique na foto da capa para acessar o arquivo.
 
 
Studio Ghibli Brasil