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terça-feira, outubro 22, 2013

Frank Wright ‎– Run With The Cowboys (1983)

Depois de praticamente um mês, afinal o Sonorica definitivamente não é o meu ganha pão e o meu emprego convencional tem exigido um tempo a mais de mim, voltamos com a campanha de homenagens e divulgação da arte de músicos que infelizmente não são reconhecidos por sua arte que, se não mudaram o mundo em geral, no mínimo fizeram grande diferença para a música.
Run With The Cowboys faz parte da última fase de Frank Wright e sua associação com o artísta plástico de músico A.R. Penck e também conta com a presença de Peter Kowald e o guitarrista Frank Wollny e o baterista Coen Aalberts. Infelizmente não consegui informações sobre Wollny e Aalberts.
Não espere um disco de "free jazz", Run With The Cowboys ultrapassa a limitação de rótulos e flui com liberdade no universo da música, do som. Também não vou me alongar numa tentativa em vão de falar sobre esta gravação, eu pecaria diminuindo as dimenssões que esta música proporciona, pecaria por não possuir um repertório de palavras suficientes para descrever pelo menos superficialmente Run With The Cowboys. Como sempre, a música fala por si só.
Nos comentários.

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Peter Brötzmann Trio - For Adolphe Sax (1967)

Peter Brötzmann é um dos músicos mais atuantes do cenário mundial da improvisação e do free jazz, embora aqui no Brasil só se falou dele por ter se apresentado no Sesc com seu projeto Full Blast. Isto é um típico sintoma do circuito musical brasileiro, onde as pessoas não se interessam em pesquisar o abundante material disponível na net até se tornar uma "sensação", mesmo que restrita e momentânea. É a mesma situação do Ornette, Ken Vandermnark que estiveram por aqui a pouco tempo, logo ninguém mais comenta e tornam suas atenções para outra atração internacional, outro entretenimento, outro evento social. E no caso de Brö, é bem compreensível, pois sua arte é para poucos pelo seu teor radical e agressivo, como muitos na realidade consideram uma barulheira insuportável. Em termos, isso até é verdade, pois o Full Blast e o projeto anterior, o Last Exit, tem este cunho de produzir uma massa sonora que transgride o convencional, rompendo violentamente os conceitos conservadores e pré-estabelecidos de mercado, produzindo a mesma sensação de muitas obras de artes plásticas contemporâneas, em que o desavisado e desprovido de um mínimo de discernimento de arte, se sente ofendido ao se deparar com um objeto ou imagem que não se assemelha à uma escultura de Rodin ou pintura de Velasquez e sim, um amontoado de lixo ou borrão de cores disforme.
O título For Adolphe Sax é uma homenagem à Antoine-Joseph "Adolphe" Sax (06/09/1814-04/02/1894), flautista e clarinetista belga e também luthier, inventor do saxofone. Uma justa homengem ao criador do veículo de expressão artística que Brötzmann mais utiliza. O trio é composto pelo contrabaixista Peter Kowald e o percussionista Sven-ake Johansson, que foram essenciais para a formação do free jazz e free improvisation na Europa nos anos 60, ou a primeira geração deste tipo de música. A última peça, gravada em data posterior, contou com a participação do pianista Fred Van Hove. For Adolphe Sax é uma espécie de síntese resumida e introdutória da linguagem que Peter Brötzmann desenvolveria nos anos seguintes. Assim como sua arte, Brö desperta duas sensações distintas no ouvinte: ou se aprecia muito ou se abomina com convicção. Clique na imagem para acessar o arquivo e tire suas próprias conclusões, se ainda não teve contato com a música de Peter Brötzmann.
 
 
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