quinta-feira, junho 28, 2007

Mas e o Free Jazz?


O FreeJazz... Num tempo não remoto, o termo se confundia por aqui muitas vezes com o festival realizado no eixo São Paulo-Rio anualmente. O nome era por conta do patrocínio da marca de cigarros Free, que tinha uma campanha publicitária pra lá de duvidosa, como qualquer uma de cigarro. Muitas atrações de qualidade passaram por aqui, como John Zorn, Max Roach, Art Ensemble Of Chicago, etc. Depois, uma marca de whisky, sim, goró, o Chivas, tradicional marca escocesa, patrocinou gente como Archie Shepp, David Murray, Arkestra, etc. Devido aos estragos causados à saúde pelo uso abusado dos produtos desses patrocinadores, não há mais estes festivais. O Jazz sempre foi vinculado por aqui com produtos de consumo refinado de uma elite social. Pessoas que supostamente tinham um intelecto e cultura superior, determinados por parâmetros meramente econômicos. Na apresentação do Art Ensemble por exemplo, a elite não suportou o longo solo com técnica de respiração circular, onde o músico toca sem interrupção, ou seja sem pausa para pegar fôlego. Roscoe Mitchell expulsou metade da platéia com seu solo de 20 minutos ao saxofone. O pessoal na sua maioria, queria algo mais palpável ao gosto deles, como Duke Ellington ou no máximo Charlie Parker. Free Jazz propriamente dito, como nos longinquos anos 60 do século passado, oficializado pela obra de Ornette Coleman, como ilustra a capa do disco neste post, onde o mesmo usou uma pintura de Jackson Pollock para ilustrar visualmente sua proposta artística musical, de libertação de estrutras convencionais estéticas, ainda continua a ser repudiado pela maioria das pessoas. Mas este tipo de expressão artística vai de vento em popa, longe de ter uma grande estrutura e apoio visível à maioria da população. Sim, é sempre um número restrito, mas consistente. Mas nada para ficar chorando, isso já acontece à muito tempo em outros setores não só da arte, qualquer coisa que saia do eixo de padronização da sociedade, onde pequenos grupos que manipulam o poder sócio econômico, é tratado de ser transformado em coisa nociva. O bom é comer, beber, vestir, ouvir, sentir, viver o mesmo de sempre. Vez ou outra, lançam algo pré calculado para as pessoas consumirem intelectualmente e materialmente, para não perceberem o grande cárcere em que vivem, dando uma simulação de liberdade e novidade, como empreendimentos imobiliários com segurança máxima, carros blindados e mundo virtual on-line sem sair de casa. Isso ae, liberdade total de escolha, 3 ou 4 dormitórios, com 5 vagas na garagem, espaço "gourmet"(que raios é isso, sô?!), 2.000mts quadrados de área verde privativa, 8 mega de velocidade de download, 10 megapixels de resolução, motor 5.0 flexpowerplusnãoseioquê, tudo em 49 polegas de tela plana em plasma. Falando em liberdade, lí um artigo que a elite paulistana quer restringir o acesso às ruas onde moram, por conta da violência. Já pensou você, cidadão comum que paga seus impostos, ter que mostrar seu R.G., passar por uma constrangedora revista corporal, ser interrogado, porquê quer simplesmente andar pela Rua Oscar Freire ou Av. República do Líbano? O nível econômico social elevado, determinado por cifras, números, diplomas, enquadramento social, não evitou que pessoas de bom nível sócio cultural espancassem covardemente na calada da noite, uma honesta empregada doméstica que aguardava seu meio de transporte público para honrar seu compromisso profissional. Nos longinquos anos 60, Cecil Taylor foi espancado e teve as mãos severamente feridas para não tocar piano, por conta do seu Free Jazz. Ornette sofreu ameaças para não mais tocar o seu Free Jazz, como Sunny Murray, Steve Lacy, entre outros que não se têm notícias. Mas estamos ae, na era digital, celurares de última geração, ah, agora é smart phone... para termos "sustentabilidade", "qualidade de vida", "privacidade, conforto e praticidade". Não, o Free Jazz de Ornette e Cecil é muito áspero e obtuso para uma tela plana de plasma. Mas e o livre arbítrio que Deus nos deu? Aí perguntam: Deus? Jesus? Isso não é coisa de gente ignorante? Isso não existe! Cadê? "Blow Trane, blow Trane, John Coltrane died in vain..." Não, jamais em vão, nem ele e muito menos Jesus Cristo, os ditos ignorantes, os ditos esquisitos de Free Jazz, entre outros que mantém a esperança do Love Supreme, love supreme, a love supreme...

domingo, junho 24, 2007

Só us LOCO, Só us 13 !!!!!!!!!!!!!!!!!




















Bom, a capa do disco do Beastie Boys tá aí pra lembrar do momento que o HipHop tava ganhando simpatia do pessoal do Metal, rolava um peso né, até o Kerry King do Slayer no video clip e a mão pesada do Rick Rubin na produção. Claro que tiveram alguns soldados headbangers que acusaram o K. King de alta traição que merecia côrte marcial. Pô logo o guita do Slayer, que tocava com o porco espinho no braço! O Anthrax já andava com o filme queimado, roupa de skatista né. Bring the Noise! Eu curtia um Rap e depois fui curtir um Metal e graças a Deus tá tudo em casa, me divirto com os dois tipos de música. Ah, o velho Biz... esse aí é dus loco né, o cara tem uns baruio na cabeça. As capas do Schoolly D e The Fearless Four parecem porta de banheiro de boteco. O selo do compacto do Bounty Killer, é bem profético, esse rapaz tem sérios pobrema nas idéia mesmo. E continuo achando o som dele chato. Quanto aos Draculas, sei lá o que é isso, mas vale divulgar essa capa que é um verdadeiro primor de bom gosto!

terça-feira, junho 12, 2007

Los Hermanos e a morte...

Me lembro da primeira vez que ouví a banda, um videoclip na tv. Não gostei de cara, mas assistí até o fim e concluí que não gostava mesmo. Muitos conhecidos praguejaram, pois Los Hermanos flertavam com a "intocável" integridade do hardcore, bem antes de existir a segmentação estética dos "emos" no Brasil, do CPM22, etc. Os anos foram se passando, sempre ouvia à respeito de que a banda estava melhor, amadurecendo, flertando com o samba, a velha guarda. Até aí não me interessei, pois também estava na moda entre os "modernos", começar a assumir a brasilidade estilizada com o samba, a música de raíz, o jazz, o rap, numa ação de amadurecer culturalmente, etc e etc. Não pegava bem mais ser um militante do bão e véio rock, seja no fugaz grunge, no hardcore, ou qualquer derivado do Johnny Be Good e Rock Around The Clock. Vez ou outra meus ouvidos esbarravam com alguma canção dos Los Hermanos e não me incomodavam. Amigos começaram a falar bem da banda, mas eu realmente não me interessava. Agora a banda chega ao seu digamos, fim provisório, com shows de despedida, lágrimas sentidas de fãs de várias partes do Brasil. Lendo à respeito desta perda duramente sentida por muitos fãs, me fez pensar no estado que também não é novidade entre a juventude. A carência que depositam num simples conjunto musical, sem desmerecer a qualidade e o gosto das pessoas. E não se tratam de adolescentes apenas, que ainda estão muito no começo do aprendizado sem fim de lidar com a vida, os sentimentos, vitórias e fracassos, ganhos e perdas, vida e morte. Pessoas beirando os 30 anos de idade e até em alguns casos um pouco mais, lidando com esta situação de um modo não bem resolvido. Não, por favor, nada de divagações a esmo de psicologia barata de mesa de bar. Mas a vida é assim mesmo, desde uma bela barra de chocolate, embalada numa bela embalagem, daquelas que dá até dó de abrir, a gente abre, come e se satisfaz com o refinado sabor dos alpes suiços ou da Bélgica ou Argentina e, num piscar de olhos a embalagem está vazia e na lata do lixo. E numa outra proporção, pessoas que convivemos, que existem desde o nosso nascimento, que crescem conosco ou acompanham nosso crescimento, em dado momento se vão e muitas delas são insubstituíveis. A vida parou? As lágrimas secam, a tristeza acaba ou diminui, a saudade permanece ou não, mas a vida continua, com boas lembranças. No caso do chocolate, é estupidamente simples de resolver, é só comprar outra.

segunda-feira, junho 11, 2007

Tem um porém na XI Parada GLBT... (aê, sem precô)



Concordo plenamente, chega de racismo, machismo e homofobia. Tivemos deploráveis episódios de violência e intolerância por conta destes "ismos". Mas em primeiro lugar, antes do rótulo gay, drag, trans-sexual, travestí, lésbica, "barbie", "urso", etc e etc, tratam-se de pessoas, seres humanos. Todas essas pessoas que são rotuladas com esses adjetivos, junto de outros adjetivos, como punks, headbangers, emos, pittboys, manos, minas, coroas, ricos, pobres, etc, são feitas de carne e osso, cerca de 75% de parte líquida, sendo que um desses líquidos que circulam pelos seus corpos, é sangue, necessitam de oxigênio para respirar e não importa se são fortes ou fracos, altos ou baixos, gordos ou magros, todos morrerão até no máximo cento e poucos anos. Uma simples veia entupida com menos de 5 mm de espessura pode matar qualquer uma destas pessoas, seja qual for o rótulo, adjetivo que se enquadram dentro da sociedade.
Mas tem um grande porém sobre o verdadeiro propósito da Parada GLBT que chega à sua décima primeira edição. Com mais de 3 milhões de pessoas participando deste evento público, não é só alegria não. É uma grande mentira que é um evento 100% do bem, pois como se sabe e foi dito aqui, independente de seus adjetivos, tratam-se de seres humanos, com suas qualidades e falhas de caráter. Não se trata da hostilização preconceituosa de quem não se enquadra no meio GLBT, pois há pré-conceito interno. Gays que não toleram travestis, que não toleram lésbicas, homossexuais que não toleram heterossexuais e por aí vai. Foram muitos os depoimentos de vítimas do pré-conceito reclamando da presença de "gente feia", "gente pobre" no evento "deles". Opa, peraí, se não querem este "tipo" de gente, que façam um evento "private"(como gostam de dizer), e não público, pois as ruas pertencem à todos os cidadãos, sejam "feios" ou "pobres". Houveram casos de brigas e roubos entre os que se enquadram no contexto GLBT, comprovando que ninguém deixa de ser humano. Conheço e tenho amizade com pessoas que se enquadram nos adjetivos de gays, lésbicas, travestís, etc. Já fui há eventos no meio GLBT fora a Parada à convite delas. E em seu "gueto", presenciei as mesmas situações deploráveis que dizem ser exclusivas do "mundo hetero", como brigas, roubos, discriminação racial e social, overdose, tráfico de drogas, vaidade, arrogância, ignorância, etc. Nos arredores da Parada, sempre ocorrem casos de pessoas que são desrespeitadas, sendo agarradas de modo constrangedor e invasivo, pessoas mostrando a genitália em público. Depois ficam se vangloriando que até crianças vão ao evento, mas que belo exemplo para a infância hein? É isso ae, não é tudo um lindo arco-íris.
Tem um lance que é o seguinte, quem exige direitos e acusa defeitos, tem que ter deveres e dar exemplo positivo. Num longinquo tempo da humanidade, quando não existia nem metade destes adjetivos na sociedade, sabias palavras foram proferidas:

"Não julgueis, para que não sejais julgados.
Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós.
E por que vês o argueiro no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu olho?
Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?
Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão."

* Livro de Mateus, cap. 7

Depois em 1993:

"Take a look at yourself, take a look at yourself, take a one big look at youself..."

* Guru and The JazzMatazz


sábado, junho 09, 2007

Too fast!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



Esta banda de grindcore do fim dos anos 90 ficou muito conhecida pelo seu barulho e rapidez de suas composições, assim como o famoso grupo Napalm Death. Não apenas a velocidade com que eram tocadas mas também pela duração de suas músicas que chegavam ao máximo de 2 segundos de duração. Lançaram gravações em formato de compacto de 7 polegadas que chegavam a ter de 200 à 500 músicas!

quinta-feira, junho 07, 2007

Tal pai, tal filho...


É... o filho do cara... o filho de John Coltrane. Toca o chamado Jazz e os mesmos instrumentos que o pai, saxofones tenor e soprano. O filho de Thelonious Monk, T.S. Monk escapou das comparações por escolher a bateria. Eric Mingus também toca contra-baixo como o pai, mas ele usa mais sua voz, sua poética, mais haver com Amiri Baraka, Last Poets, mistura rock na sua arte. Temos muitos exemplos de filhos de grandes artístas, não só na música.
Mas quem é mais interessado em música, houve uma expectativa em torno do filho de Trane, pois ele também começou a tocar Jazz e ainda de quebra, foi tocar com um grande parceiro do pai, o baterista Elvin Jones. Lá na terra deles, nos Estados Unidos da América do Norte, o pessoal lida melhor com estas situações, isto é, lidam com mais imparcialidade, independente de quem é o pai, a mãe.
Em 1998 saiu seu primeiro disco autoral, o Moving Pictures. Tive a oportunidade de conferir seu trabalho. É um bom disco, tem haver com a turma de Steve Coleman, Joshua Redman, Greg Osby, Antonio Hart, etc. São seus contemporâneos, cada um com sua personalidade. Este é o ponto, personalidade. Comparações injustas e desnecessárias, Ravi está fazendo o seu som, tem suas semelhanças e óbvia influência da obra do pai mas, é o lance dele.
Aqui no Brasil, já rola uma carência maior, veja o caso da filha da Elis, que não consegue se livrar da sombra da mãe. Talvez ela até tente e saiba que deve escolher seu próprio rumo, mas muitas pessoas querem a mãe de volta. John Coltrane e Elis Regina se foram muito cedo, foram perdas duras para seus admiradores.
O que me levou a falar à respeito de Ravi Coltrane, foi ter lido algumas matérias de jornal e revistas especializadas, pois ele se apresentou aqui no Brasil pela segunda vez. Tive a oportunidade de assistí-lo num festival em 2000. Para mim foi um bônus, pois fui pela atração principal, que era o Art Ensemble Of Chicago, pois não estava tão interessado no trabalho de Ravi que conhecia de seu disco de 1998. Foi uma apresentação honesta, competente, até um tanto quanto tímida em relação ao AEOC.
Como disse antes, ele está fazendo o lance dele, mas o pessoal daqui parece não focar nisso, muitos artigos ficam falando que é o filho de Trane. Quando falam do seu som, ficam fazendo equivocadas comparações com o pai.
Sobre este tipo de carência e saudosismo, nem precisa ser um lance de pai póstumo, Ian MacKaye, que não é filho de nenhum artísta famoso passou pelo constrangimento de ter que falar sobre seus "filhos" famosos, as remotas bandas do chamado estilo Hardcore,Teen Idles e Minor Threat. Tinha muita gente em 1994 lhe perturbando sobre o que tinha feito no início dos anos 80. Não interessava muito o seu trabalho no momento, que era o Fugazi. O Fugazi era diferente do Minor Threat, lógico. Muita gente meio que engoliu à força o som do Fugazi em consideração ao ídolo do Hardcore. Mas não parou nisso. Recentemente, neste ano mesmo, MacKaye se apresentou aqui ao lado de sua esposa com seu duo The Evens. E acredite, teve gente que foi lá na esperança de ver algo como o... calma, não é mais o Minor Threat, mas sim o Fugazi!

quarta-feira, junho 06, 2007

Design é tudo!


Taí o logo escolhido para as olimpíadas em Londres. Tem muita gente reclamando, parece que o visú que representa algo jovem e moderno não está agradando. Talvez seja jovem e moderno demais, em vista de uma nova realidade sobre a juventude contemporânea do século XXI.
"... This is the dawning of the age of Aquarius..."
Não sei qual a visão de James Rado e Gerome Ragni quando escreveram a letra da canção "Aquarius/Let the sunshine in", composta por Galt MacDermont famosa na interpretação do grupo 5th Dimension em 1969, mas já estamos na tal da Era de Aquário e podemos comprovar que a utopia hippie não colheu os frutos desejados. Além da lamentável situação mundial de não paz e amor, de bônus, o colapso do meio ambiente no planeta.
E deparamos também com uma juventude paradoxalmente conservadora em muitos sentidos. Será que é a negação do liberalismo dos pais que, vamos admitir, não deu muito certo? É um tanto comum os filhos renegarem os pais, se os pais foram hippies, do paz e amor, capaz dos filhos serem do "potresto" nada pacífico, nada de música suave do Donovan, e sim, "Decontrol" do Discharge.
Bem, quanto ao logo das olimpíadas, acho meio estranho mesmo, mas realmente não me importo. Se quem o idealizou pensou em algo jovem e moderno, taí uma opinião. Na verdade tá bom assim mesmo, tá colorido, fora do padrão "firma" e "rough publicitário" (aquele visú do projeto gráfico do Adobe Acrobat 5.0)que muitas vezes rola em símbolos e logotipos em grandes eventos que envolvem uma enorme estrutura(na linguagem jovem atual, se usa o termo "mega", é... a juventude moderna desenterrou a língua morta...).
E o que importa mesmo não é a tal da confraternização entre as nações, tendo o esporte como canalizador de rivalidade e competitividade, o tal do "importante é participar e não ganhar"? Em certos países, se o atleta não volta com uma medalhinha... ai, ai, ai...
http://www.london2012.com/

sábado, junho 02, 2007

Pepper & Napalm



E o disco Sgt. Peppers comemora seu quadragésimo aniversário. Até aí tudo bem, eu também gosto muito deste disco dos Beatles. Mas o que não dá mais é ficar só nisso, esse papo de que é o disco mais importante da música, do rock. Se os fanáticos acham que é, pode ser pra eles, para outros, pode ser uma bela porcaria. Tem gente que acha que o melhor disco do Pink Floyd é o Dark Side of the Moon, mas muitos falam isso só pelo fato de que foi o mais vendido. Sobre John Coltrane, uns falam que é o Blue Train, outros o Love Supreme, eu já acho que isso é bobagem. Essa auto afirmação estritamente pessoal que a maioria quer empurrar como verdade absoluta em sí. É definitivamente pessoal esse tipo de afirmação, pura perda de tempo criar inúteis rankings do que é melhor. Para uns, feijoada é o néctar dos deuses e para outros, a coisa mais nojenta possível. Dizem que Ingmar Bergman é o cara(eu tentei assistir Fanny och Alexander umas 4 vezes e dormí no meio do filme). Outros acham que o cara é o George Lucas, outros Robert Zemeckis. Recentemente me disseram que o filme Matrix mudou da história do cinema, assim como Pulp Fiction. Para mim estes dois filmes foram mero entretenimento que preferí esperar passar no SBsTeira. Ainda bem que fiz isso, se não ficaria com a sensação de ter jogado dinheiro fora. Muitos dizem que o grande momento animação é o Toy Story enquanto muitos outros ignoram e dizem que é o Akira de Katsuhiro Otomo.
Mas tudo bem, as pessoas administram seu tempo e neurônios no que lhes convém, desfrutando das maravilhas e perigos do livre arbítrio.
Alguém sacou a revolução na música desencadeada pelo disco "Scum" do Napalm Death?

sexta-feira, junho 01, 2007

Agradecimento

Meu Deus! Se eu for colocar todos os nomes das pessoas que devo minha gratidão, vai ficar como encarte de disco de Heavy Metal independente, onde agradecem a família, o dono do boteco pela coxinha grátis, o papagaio, cachorro, o jornaleiro que deixou ler a última Brigade sem comprar... Uma lista enorme!
Mas eu quero dizer meu muito obrigado a todas as pessoas que compartilharam e compartilham tempo precioso comigo. Aprendí e aprendo com todos vocês. De um simples bom dia e um comentário se o tempo está bom, até horas e horas filosofando sobre a vida. A vida humana não é nada, mesmo que alguém viva 100 anos, o que é isso perante a eternidade? Mas eu agradeço igualmente as pessoas que nunca mais encontrei, as que não mais tenho contato, pois compartilharam seu tempo comigo. Como o pastor de uma igreja disse, o tempo é tão valioso que ele é vendido, pois os empregos não são estipulados por horas de trabalho?
Agora me lembrei de uma música de uma banda de hardcore, o Dag Nasty, onde o vocalista Dave Smaley indaga se ele tivesse 1 milhão de dias para achar o que procura. Mas não temos 1 milhão de dias. Espero que o Dave já tenha encontrado. É muito provável que John Coltrane já tivesse encontrado à muito tempo, Sun Ra e até o Albert Ayler.
Mais uma vez, obrigado a todos e principalmente graças a Deus!
 
 
Studio Ghibli Brasil