sábado, junho 28, 2008

Work Series: Musician - Ken Vandermark (2007)

Está disponível o documentário Musician da The Work Series sobre o músico e compositor de Chicago, Ken Vandermark, dirigido por Daniel Kraus em dvd. Aproximadamente 60 minutos mostra a vida deste brilhante artísta da nova geração do Freejazz. Vandermark participa de muitos projetos, desde duos até formações maiores, como o Chicago Tentet de Peter Brötzmann. Atualmente tem trabalhado no projeto Powerhouse Sound com o guitarrista do grupo Tortoise, Jeff Parker e duos com os bateristas Paal Nilsen-Love e Tim Daisy, baterista do seu principal projeto, o Vandermark 5.

quarta-feira, junho 25, 2008

Freejazz em São Paulo neste sábado, 28/06/2008

Sábado 28 de junho, das 19h à 1h
:::HISTÓRIA DO JAZZ - VOLUME 5:::
>>>>> FREEJAZZ <<<<<
Com Antônio Panda Gianfratti e Yedo Gibson


A CASA TEM LOTAÇÃO LIMITADA. Chegue cedo!
Rua João Moura, #1076, Pinheiros (travessa da Rua Cardeal Arcoverde)
- Fundos do estacionamento

sexta-feira, junho 20, 2008

Cultura oriental, Bossa Nova, azeite e vinagre

Calma, não tenho nada contra a Bossa Nova, é só uma simbologia para situar os desavisados sobre o nacionalismo fora de senso de nós brasileiros e nossa cultura ocidental.
Uma arrogante frase afirmava que a Europa é o centro da cultura e civilização da humanidade. Será mesmo? Bom, tem várias civilizações no norte africano e oriente médio, oriente extremo, parte das américas que já tinham um sistema funcional de cidades evoluído, enquanto a Europa vivia a barbárie. Bem, o sistema numérico que predomina no mundo é do oriente médio, os talheres como garfo, faca e colher vieram de lá também. O refinado consumo do chá vem do oriente, o macarrão foi criado lá. Calma, muitos benefícios e comodidades domésticas e logística produtiva foram geradas na Europa, porém muitas delas é que desencadearam a crise ambiental e a enfermidade do eco-sistema.
Agora devido a comemoração do centenário da imigração nipônica no Brasil, tenho deparado com afirmações descabidas tanto de brasileiros descendentes de japoneses, tanto de brasileiros descendentes de europeus. O oriente e o ocidente são como azeite e vinagre, não se misturam em uma poção homogênea, existe o bom senso do convívio e o respeito entre diferenças, mas jamais existirá um planeta 100% homogêneo. Muitos ocidentais caem no erro de afirmar que o Japão, por exemplo, se ocidentalizou. Isso não é verdade, pois o que aconteceu foi meramente a modernização de uma nação, pois a essência oriental está intacta. Mesmo que haja um bar de Bossa Nova em Shibuya, um rastafari japonês. Aliás sobre o mito do japonês adorar Bossa Nova, é para uma minoria, como apreciadores de Free Jazz em São Paulo. O Japão tem sua própria cultura musical, seja o J Pop da juventude, o Enka da velha guarda, ou o Rap, Reggae, música eletrônica para dançar, etc, que foram absorvidos estéticamente pelo povo japonês. O Japão pode ser considerado um povo pré-pós-modernista, pois já agiam como tais, antes deste conceito ser teorizado e criado. Os descendentes e os poucos japoneses restantes que imigraram para o Brasil, tentam preservar uma visão distorcida de um Japão que não existe mais nesta terra Macunaíma. Outra coisa, uma tradição nem sempre é traduzida como sabedoria e provedora de benefícios, muitas vezes ela se arrasta pelos séculos devido ao comodismo, gerando um costume por inércia. Para mim, as coisas mais importantes que devem ser tradição preservada no Japão ou em qualquer parte do hemisfério terrestre, são a Honra, o Respeito, a Disciplina no sentido de ser objetivo e correto em benefício pessoal e coletivo. A modernização de um país através da tecnologia e conforto na logística de uma cidade não descarta um aprimoramento moral, social e cultural que se aperfeiçoa através dos séculos. É aquela história, algum brazuca vai fazer curso de sushimen em Tokyo, que pode durar cerca de 10 anos, não chega na metade do curso e volta como rei da cocada preta, ou melhor, do sashimi de atum segunda linha. Ditadão popular brazuca: Em terra de cego, caolho é rei!

quarta-feira, junho 11, 2008

Freejazz, perseguição, o mesmo de sempre...

Um assunto que ainda persiste no meio cultural e seus segmentos específicos nesta capital paulista capenga, é sobre a reação negativa dos "desavisados" ao freejazz e música improvisada. Veio à tona novamente esta pauta após o concerto de Peter Brötzmann e o Full Blast. Os ditos apreciadores do freejazz e música improvisada que podem até correr o risco de se acharem especialistas, connoiseurs, experts e outras bobagens do gênero se deleitam ao falar da reação de quem não aguenta o barulho de um concerto de freejazz ou de ruídos estranhos numa sessão de improvisação livre e se retira do local. Eu também já perdí meu tempo reparando nisso, mas hoje vejo que isso é vergonhoso e inútil. É uma atitude arrogante, que pode não ser tão consciente, mas é perigosamente ligada ao fato de afirmar que a pessoa a qual não aprova do espetáculo, denuncia uma ignorância artística. Sim, pode até ser, mas o que isso importa? E o gosto não é uma coisa particular? Eu só lamento das pessoas que se retiraram das performances terem perdido a oportunidade de formar uma sólida opinião favorável ou não sobre o que presenciaram. Por exemplo, eu já ouví discos inteiros ou vídeos de muitos gêneros como New Metal, Gangsta Rap, Raggamuffin, Sertanejo(influenciado pelo Pop e Country Music dos EUA), Axé, Pagode, Forró, Grindcore, "Emo", para chegar a uma conclusão despida de pré-conceitos. Em todos os segmentos artísticos pude encontrar algum valor, mesmo que não faça parte da minha lista de apreciação. Por exemplo, o "Créu" tem uma função social, mesmo que de forma extremamente nociva à cultura, mas a massa popular adora. Eu não gosto, fazer o que? Não importa, seja a massa popular cantarolando refrões vulgares, seja meia dúzia numa sala do Sesc apreciando um concerto de freejazz ou improvisação livre com o queixo apoiado na mão, temos resultados danosos ao indivíduo.

quinta-feira, junho 05, 2008

Peter Brötzmann + Ivo Perelman trio em São Paulo



Nesta última terça e quarta, dias 3 e 4 de Junho, Ivo Perelman se apresentou com o contra-baixista Dominic Duval e a violinista Rosi Hertlein. No dia 3, foi no auditório do Masp às 12:30h, como um concerto de câmara, só com a acústica do local, onde os músicos improvisaram de forma mais lírica. Rosi usou a sua voz como elemento complementar de acordes e contra-pontos, Dominic usou o corpo do contra-baixo e o tablado como percussão, unindo ao som visual do saxofone de Ivo. Realmente tenho notado a influência da pintura na música de Ivo e últimamente tem criado mais paisagens sonoras que podem ter mais ênfase nas cores ou no gestual, como na técnica de pintura chamada de "dripping", desenvolvida por Jackson Pollock. Assim também foi na quarta-feira no Sesc Vila Mariana, só que havia captação por microfones, que proporcionou uma outra atmosfera no campo dos harmônicos extraídos dos instrumentos.
Então é chegada a hora, Peter Brötzmann entra com seu trio, formado por Marino Pliakas no contra-baixo elétrico e pedais de efeito e Michael Wertmüller na bateria. Brötz inícia com o sax alto que em suas mãos, soa com a força e o peso de um tenor, alternando momentos líricos(sim!) e torrentes sonoras violentas. Usou o tarogato, um instrumento de sopro húngaro semelhante ao clarinete e um clarinete de metal, onde muitas vezes suas abordagens se assemelhavam muito à música do Oriente Médio. No sax tenor, é o Brötz que conheço, onde os tons graves soam como uma erupção vulcânica e os harmônicos em velocidade cósmica. Marino criou uma sólida massa sonora com as distorções, lembrando muito o guitarrista Sonny Sharrock e Michael alternou velocidade, força e dinâmica com uma destreza cirúrgica e rítmos tribais. Em muito me lembrou o projeto Last Exit de Brötz com Sharrock, Bill Laswell(baixo) e Ronald Shannon Jackson(bateria), só que mais enxuto. Mas o que realmente mais vou lembrar, é da simpatia, gentileza, humildade e suavidade de Brötz, que tive o grande prazer de conversar um pouquinho num café da esquina, assim como Dominic e Rosi. O Ivo eu já tive o prazer de conhecer antes, mesmo nossos encontros sempre serem breves, é sempre agradável conversar com ele. Mais do que ter assistido grandes apresentações musicais, foi ter conhecido pessoas.
(Publicado no blog Farofa Moderna)

terça-feira, junho 03, 2008

Fanatismo religioso

Jovens depredam templo religioso no Catete e insultam freqüentadores
Natanael
Damasceno - O Globo e TV Globo

RIO - Quatro jovens da igreja Geração Jesus Cristo invadiram e depredaram o templo Cruz de Oxalá, no Catete, no início da noite desta segunda-feira. Aos gritos, três rapazes e uma jovem, todos aparentando ter cerca de 20 anos, insultaram os fiéis e quebraram todas as imagens e utensílios que estavam no local. Contidos pelos dirigentes do centro, os quatro foram levados para a 9ª DP (Catete), prestaram depoimento e foram liberados.
Pastor se diz surpreso com ataque
Horas depois de terem sido presos, os jovens saíram sem dar nenhuma declaração. Eles disseram apenas que faziam parte de uma igreja evangélica chamada Geração Jesus Cristo. De acordo com o site G1, o pastor Tupirani, responsável pela Igreja Geração Jesus Cristo, condenou o ataque:
- Fiquei muito surpreso. Eles não deviam ter feito o que fizeram, não incentivamos esse tipo de atitude - disse, assegurando que os quatro integrantes detidos em flagrante depois de invadir e quebrar imagens no local, são "exemplos dentro da igreja".

Ataque no início da noite
O ataque começou pouco antes das 19h, quando uma fila com pouco mais de 20 pessoas aguardava a abertura do centro, que funciona em um sobrado na Rua Bento Lisboa. O grupo perguntou a uma das freqüentadoras para que era a fila e, diante da resposta, teria começado a demostração de intolerância.
" Eles agrediram verbalmente todos os que estavam na fila e aproveitaram a porta aberta para entrar correndo "
- Quando disse que estávamos ali para a consulta, eles começaram a nos insultar. Aos gritos, diziam que, por ordem de Jesus, devíamos abandonar o demônio, que estaria ali presente. Eles agrediram verbalmente todos os que estavam na fila e aproveitaram a porta aberta para entrar correndo - contou a advogada Sylvia Santana. Os dirigentes do centro têm medo de novos ataques:
- Será que outros não aparecerão? Não só na nossa igreja, mas também em outras. Isso realmente causa preocupação - ressaltou a advogada Cristina Moreira.
O centro mistura conceitos de religiões afro-brasileiras e do Kardecismo. Segundo seus dirigentes, ele está no bairro há pouco mais de dez anos e sempre conviveu pacificamente com vizinhos católicos e evangélicos. Os ataques teriam começado alguns meses, depois que uma nova igreja evangélica se instalou nas proximidades.
De acordo com o telejornal "RJTV", na página que a congregação mantém na internet, vídeos e textos apresentam diversas críticas a outras doutrinas e crenças religiosas, com palavras agressivas. Em um dos textos, intitulado "Alerta para a população", há um relato de que outros incidentes, como o desta segunda-feira, já tinham acontecido.

Segundo o RJTV, os seguidores da igreja teriam trocado socos e tapas com integrantes de outra igreja evangélica, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e também no interior do estado, no município de Mendes.
Os quatro invasores foram autuados e vão responder por ameaça, dano contra o patrimônio e por desrespeito a culto ou prática religiosa. As penas variam de um mês a um ano de cadeia, mais multa.

Bem, o verdadeiro cristão deve ter o fruto do Espírito Santo:

" Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança(domínio próprio)." (Gálatas, capítulo 5, versículo 22)

Obs.: A mídia Globo costuma exaltar erros de pessoas ligadas às igrejas evangélicas.
Jesus disse:
"Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra." (João, capítulo 8, versículo 7)

 
 
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