Pois é, e lá vamos nós novamente falar sobre o tal do disco de vinil. Como tenho percebido que nos últimos anos o simples fato de expor uma opinião gera um tipo de atrito que ultrapassa as fronteiras do bom senso, beirando à um conflito de fanatismo religioso, já aviso que tenho 3 estantes lotadas de discos de vinil, gosto deste formato e ainda em tempo, este texto é apenas uma opinião particular de minha parte a qual tem pouca importância para minha vida. Também ainda tenho centenas de fitas k7. Só me adaptei aos novos tempos, então tenho mais de 1000 Compact Discs e cerca de 500GB de arquivos em mp3 em compressão 320kbps, FLAC, WAV.
Se sou contra a volta do vinil e do k7? Efetivamente não ligo no sentido de apoiar, mas o tipo de comportamento que esse "revival" tem causado, me inclina à desaprovar esse retorno dos mortos vivos.
1º impacto negativo: Inflação do mercado.
O que era um moribundo no meio dos anos 90 se tornou um vilão como Jason Voorhees, Michael Myers ou Freddy Krueger, ressurgido das trevas. OK, sempre houveram discos caros, principalmente os importados ou as edições nacionais fora de prensagem, mas as prensagens nacionais em catálogo, que sobravam aos montes em sebos, que eram vendidas em lojas de departamento junto aos eletrodomésticos (hoje em dia seria um Walmart, Carrefour, Lojas Americanas, etc), vendidos de centavos à poucos R$, hoje em dia, são vendidos por pelo menos R$30,00 e detalhe, sem estar em boas condições de conservação;
2º impacto negativo: Fetiche consumista.
Definitivamente nada contra o fetiche do vinil, desde que isso não ultrapasse o bom senso. Até que ponto ter um LP é tão importante? "Mas a arte da capa, o encarte, o selo, pegar no disco, a experiência sensorial do tato, etc..." Tudo bem, OK, cada um com sua preferência, mas a que preço? Fora que muitos nem escutam os discos, é apenas um troféu à ser exibido em seus círculos sociais.
Ainda existe a fatídica questão da tal qualidade superior de áudio do vinil para os formatos digitais. Não vou entrar nesta questão por ser extremamente exaustiva e seria uma perda de tempo, pois quem defende essa tal qualidade superior, se apoia em uma fé cega (ou seria surda?).
Enfim, a música acaba se tornando um fator secundário no mínimo quando entram estas questões.
3 º impacto negativo: Elitismo
Isso está diretamente vinculado ao 1º e 2º fator acima. Quem é que tem pelo menos R$70,00 para comprar um disco? Geralmente as reedições custam mais de R$100,00, sendo que teriam de ser mais em conta, pois não houve custo adicional na produção musical, ou seja, o artista não gastou horas de estúdio e outras despesas, como matriz, arte de capa, etc.
Cai entre nós, vivemos em um país miserável, onde o salário mínimo é de R$880,00 (vigorando desde 01/01/2016). Faça as contas, levando em consideração que a maioria da população (vamos centralizar na capital paulistana) no máximo (no máximo mesmo) ganha até 6 salários mínimos e dessa porção, a esmagadora maioria não ultrapassa os R$2.500,00 por mês. No quesito moradia, no mínimo R$1.000,00 em despesas, sem contar com a alimentação, vestuário, saúde. Então, pobres, lamentamos que esteja fora desta fatia de mercado de consumo exclusivo. Pelo menos não tem o mesmo impacto negativo dos smartphones, mas...
4º impacto negativo: Impacto ambiental
Ah não, lá vem o discurso ativista ecológico greenpeace ou até black block, petista, hippie, esquerdista ou que seja...
Alô, tem alguém em casa? Já não é notório o impacto ambiental negativo causado pela indústria de consumo? Mas o que é agora, vai colocar a culpa do vinil pelo aquecimento global? Bem, se utilizarmos o bom senso, deixando de lado opiniões estritamente pessoais, basta somar 1+1.
Qual a matéria prima do disco de vinil? PVC.
*Polivinil cloreto, comumente conhecido como "PVC" ou "vinil" é um dos materiais sintéticos mais comuns, o PVC é uma resina versátil e aparece em centenas de diferentes formulações e configurações. Acima de 7 milhões de toneladas de PVC são atualmente produzidos por ano nos EUA. Mas fique tranquilo, Aproximadamente 75% de todo ele manufaturado é usado em materiais de construção.
PVC: O maior desastre ambiental sobre a saúde.
Ele é o pior plástico sob a perspectiva da saúde ambiental, colocando maiores prejuízos quando de sua fabricação, sobre tempo e vida dos produtos feitos com ele e por fim quando é jogado fora.
Subprodutos tóxicos de sua fabricação.
Dioxina (o mais potente carcinogênico conhecido), dicloroeteno (ou sua antiga denominação: etileno dicloreto) e cloreto de vinil são involuntariamente gerados na produção de PVC e podem causar severos problemas de saúde, como:
Câncer;
Disruptor endócrino;
Endometriose;
Danos neurológicos;
Defeito de nascimento e comprometimento no desenvolvimento infantil; e
Danos nos sistemas reprodutivo e imunológico.
Nos EUA, o PVC é fabricado predominantemente próximos de comunidades de baixa renda no Texas e na Louisiana. O impacto tóxico da poluição em três destas fábricas nestas comunidades tem feito delas o foco do movimento de justiça ambiental.
Impacto global:
O impacto da dioxina não para aí. Como um poluente bioacumulativo tóxico (PBT), não se decompõe rapidamente e viaja através do planeta, acumulando-se nos tecidos gordurosos e concentrando-se assim que vai subindo na cadeia alimentar. Dioxinas da fábrica de Louisiana migram pelos ventos e se concentra nos peixes dos Grandes Lagos. Elas são mesmo encontradas em perigosas concentrações nos tecidos da baleias, dos ursos polares e, finalmente, no leite materno do povo esquimó Inuit. A exposição média de dioxina dos norte-americanos já alcança risco calculado de câncer tão grande quanto 1 para 1.000 – milhares de vezes maior dos que o padrão usual para um risco aceitável. Mais dramáticas são as concentrações de dioxina no leite materno a um ponto que os bebês agora recebem altas doses, em ordem de magnitude maior do que as médias dos adultos.
Risco dos terroristas:
O relatório de 2002, encomendado pela Força Aérea dos EUA para a Rand Corporation, onde identifica o armazenamento de gás cloro e meios de transporte como maiores alvos químicos para ataques terroristas, citando exemplos de uma série de ameaças e ataques já realizados em todo o mundo. O cloro usado como principal matéria-prima para na fabricação de PVC e o seu transporte através de comboios para abastecimento destas fábricas, torna toda esta cadeia do processo altamente vulnerável. Um simples ataque terrorista poderia liberar uma nuvem tóxica que se espalharia por quilômetros, colocando milhões de vidas em um perigo potencial.
A melhor segurança é optarmos por materiais seguros que não necessitem cloro. A produção de PVC é o maior consumidor específico de cloro e assim reduzir seu uso, representa o maior passo que poderemos dar para reduzirmos o risco de desastres com este elemento químico, acidental ou intencionalmente.
Aditivos letais:
O PVC é inútil sem não houver a adição de uma infinidade de estabilizadores tóxicos – como o chumbo, cádmio e estanho – e dos plastificantes ftalatos. Eles lixiviam ou volatilizam do PVC todo o tempo aumentando os riscos que incluem asma, envenenamento por chumbo e câncer.
Incêndio mortamente perigoso:
O PVC representa um grande risco nos incêndios de prédios, já que ele libera gases mortais por largo tempo depois que ele inflama, assim como o cloreto de hidrogênio se transforma em ácido clorídrico quando inalado. Enquanto ele queima, tanto acidentalmente ou na incineração de lixo, vai liberando dioxinas cada vez mais tóxicas. O PVC queimado em aterros de lixo pode ser agora a maior fonte de dioxinas liberadas no ambiente.
Não pode ser facilmente reciclado:
A multitude de aditivos requeridos para fazer o PVC utilizável, torna a reciclagem pós-consumo, em grande escala, quase impossível para a maioria dos produtos, interferindo na reciclagem de outros plásticos. De um estimado de 3,5 milhões de toneladas de PVC são jogadas fora nos EUA, e apenas 7 mil - menos da metade de 1% - é reciclada. A Association of Post Consumer Plastics Recyclers (nt.: Associação de Recicladores de Plásticos Pós-Consumo) declarou que os esforços para reciclar o PVC são falhos e classificou-o, em 1998, como um contaminante.
* fonte: https://www.healthybuilding.net/
Mas que importância isso tem, não é? O que é utilizado na produção de discos de vinil talvez não chegue a 1%. E a produção de celulose para as capas, selos, encartes? Também terá um aumento na produção de porcentagem mínima em relação à produção total.
Para quem entende um pouco de mercado financeiro, sabe o quanto faz de diferença a porcentagem de 0,1% em diversas situações. Levando em consideração que mesmo a matéria prima produzida de forma sintética não brota do nada e depende de recursos naturais que não são infinitos, esta insignificante porcentagem pode fazer uma diferença considerável à longo prazo.
Mas quem se importa? Essas novas gerações nem ligam pra disco de vinil, só fazem download de mp3, eles que se virem com o meio ambiente no futuro...
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quinta-feira, janeiro 21, 2016
The return of living dead...(oh não! De novo esse assunto sobre a volta do vinil? O que, k7 também?!)
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sábado, janeiro 09, 2016
Hard As Hell! vol. 4 Hardcore Street Rap Innovation - V/A (1990)
Esta é a última compilação sob o título de Hard As Hell pela Music Of Life, produzida por Simon Harris. Temos novamente a participação de M.C. Duke, Hijack e Daddy Freddy, que estavam na edição anterior.
The 3 Knights foi um grupo que durou poucos anos, entre o final doas anos 80 e início dos 90, era formado por Andrew R. Ward, que depois formou o Katch 22, Shaka Shazam, que também fez parte do Standing Ovation, Hijack e The Icepick, que participou do B.R.O.T.H.E.R. e Body Snatchers.
L.S. Troopers, formado por DJ Crime, DJ Woodhouse, MC Flame e MC Tech 1, também teve praticamente a mesma duração que o The 3 Knights.
Hardnoise iniciou como um sound system com DJ Son, DJ Nyce 'D' e T.L.P.1 e posteriormente fizeram parte DJ AJ, Gemini e Adam Pancho (DJ Mada).
First Frontal Assault foi um trio de Birmingham. Lançaram os singles Bloodfire Assault (1991) e Atomic Air Raid (1992) e se separaram logo em seguida por diferenças musicais.
Sobre Monte Luv & DJ Rob, não consegui maiores informações, apenas mais uma participação com a mesma música do HAH 4 do único single Silk Smooth em 1990 pela Music Of Life.
Militant Posture apenas lançou o single Dawn Of Terror pela Pure Destructive Records, também sem mais informações.
Leslie Lyrics (Dr. William Henry), nasceu em Lewisham, sudeste de London, proprietário do selo Ghetto-tone, poeta, escritor, faz parte do departamento de sociologia da Goldsmiths universidade de London.
Finalmente Professor Griff é o mais conhecido ou melhor, o único mundialmente conhecido por ter feito parte do Public Enemy. Todos os links levam à uma amostra da música de cada um e como de costume, nos comentários.
The 3 Knights foi um grupo que durou poucos anos, entre o final doas anos 80 e início dos 90, era formado por Andrew R. Ward, que depois formou o Katch 22, Shaka Shazam, que também fez parte do Standing Ovation, Hijack e The Icepick, que participou do B.R.O.T.H.E.R. e Body Snatchers.
L.S. Troopers, formado por DJ Crime, DJ Woodhouse, MC Flame e MC Tech 1, também teve praticamente a mesma duração que o The 3 Knights.
Hardnoise iniciou como um sound system com DJ Son, DJ Nyce 'D' e T.L.P.1 e posteriormente fizeram parte DJ AJ, Gemini e Adam Pancho (DJ Mada).
First Frontal Assault foi um trio de Birmingham. Lançaram os singles Bloodfire Assault (1991) e Atomic Air Raid (1992) e se separaram logo em seguida por diferenças musicais.
Sobre Monte Luv & DJ Rob, não consegui maiores informações, apenas mais uma participação com a mesma música do HAH 4 do único single Silk Smooth em 1990 pela Music Of Life.
Militant Posture apenas lançou o single Dawn Of Terror pela Pure Destructive Records, também sem mais informações.
Leslie Lyrics (Dr. William Henry), nasceu em Lewisham, sudeste de London, proprietário do selo Ghetto-tone, poeta, escritor, faz parte do departamento de sociologia da Goldsmiths universidade de London.
Finalmente Professor Griff é o mais conhecido ou melhor, o único mundialmente conhecido por ter feito parte do Public Enemy. Todos os links levam à uma amostra da música de cada um e como de costume, nos comentários.
quinta-feira, dezembro 31, 2015
Feed Your Head - The Missing Sound Of Laughter (1989)
The Missing Sound Of Laughter foi o segundo LP do Feed Your Head, lançado pelo selo da banda, Crucial Climate, em 1989. Aos poucos, graças à internet, mais material do FYH vem surgindo, algumas gravações de shows e compactos, e claro, o Sonorica publicará o material disponível, afinal o Feed Your Head é um dos prediletos da casa. Nos comentários. Assim encerrando o ano de 2015 com uma das bandas mais criativas do punk rock que surgiu nos anos 80.
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Def Beats vol 1 (1987)
O ano de 2015 finalizando. Esta é uma das últimas publicações do Sonorica, encerrando um ótimo ano, com a graça de Deus! Espero continuar o próximo ano divulgando música de qualidade por aqui, principalmente aquele tipo de música que não tem espaço nos grandes meios de comunicação. Agradeço à todos os que visitaram este pequeno espaço virtual e espero que tenha sido útil como mais uma fonte de informação.
A chamada primeira onda do hip-hop britânico ocorreu na metade dos anos 80, enquanto nos E.U.A. a nova geração ou segunda geração foi chamada de hardcore hip-hop, liderada por grupos como Boogie Down Productions, Public Enemy, Ice T, Run DMC, LL Cool J, etc. O hip-hop ficou mais agressivo, lembrando as origens do rhythm and poetry dos pioneiros The Last Poets, The Watts Profhets e Gil Scott-Heron. Então o produtor Simon Harris lançou o Def Beats 1 em 1987, com o sugestivo sub-título "Hardcore Hip-Hop Fresh Out Of New York". Um sampler do cenário hip-hop britânico tendo como principal nome, Derek Boland, ou simplesmente Derek B.
Mais três compilações do hip-hop produzido na Inglaterra foram lançados pelo selo Music For Life sob o título de Hard As Hell! Em breve o Sonorica publicará o volume 4 da série e assim que possível, alguns registros de títulos individuais do pioneiro cenário britânico de hip-hop. Afinal não é só de rock e seus derivados que se faz música na Inglaterra. Nos comentários.
Que todos tenham uma ótima trilha musical para o ano de 2016!
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sexta-feira, maio 10, 2013
Feed Your Head – Realm Of The Gods E.P. (1988)
No universo da música há uma vastidão de bandas que tornam impossível conhecer todas e acabamos não tendo a oportunidade de prestigiar músicas que facilmente se tornariam parte de nossa trilha sonora ao longo da vida. Mesmo dentro de estilos específicos o número de bandas é incontável, os gostos pessoais são relativos, mas sempre é bom tentar adotar uma análise imparcial e sempre digerir um trabalho musical com calma, mesmo que este não agrade na primeira audição. Muitas bandas que não me agradaram nas primeiras audições hoje em dia frequentam o meu aparelho de som com muito prazer. Não foi o caso do Feed Your Head, pois eu gostei logo na primeira vez que ouvi. E como sempre penso e escrevo aqui, o weblog tem também a função de dedicar um espaço para divulgar a arte de grupos e artistas que passam desapercebidos neste imenso volume de dados e informação.
Não é a primeira vez que escrevo sobre o Feed Your Head, uma banda punk formada no ano de 1986 em Manchester, UK. Realm Of Gods e.p. antecede o lp Stargazer e a música do ep, "When The North Wind Blows", acabou fazendo parte do lp. Realm Of Gods possui as características de gravação da época, com sonoridade mais "crua", não havia tantos recursos para bandas independentes, não havia acesso a grandes estúdios e é claro, não havia tantos equipamentos digitais de gravação com preço tão acessível ao consumidor comum como há hoje em dia devido a revolução digital. Este foi o primeiro título do selo independente Crucial Climate, criado pela própria banda. Se gostou do que ouviu no link acima, nos comentários pode conhecer mais sobre o Feed Your Head ou relembrar essa época, um momento especial do cenário hardcore punk dos anos 80. Quando digo sobre os anos 80, não quero dizer como hoje em dia se fala desta década, como um fetiche, algo estranho que misteriosamente torna "cool" coisas que eram e ainda são de qualidade duvidosa. Não, o Feed Your Head independente de gostos pessoais é uma banda autêntica e criativa e suas canções não se tornaram um objeto empoeirado na prateleira de um brechó com cheiro de mofo, não mesmo.
Não é a primeira vez que escrevo sobre o Feed Your Head, uma banda punk formada no ano de 1986 em Manchester, UK. Realm Of Gods e.p. antecede o lp Stargazer e a música do ep, "When The North Wind Blows", acabou fazendo parte do lp. Realm Of Gods possui as características de gravação da época, com sonoridade mais "crua", não havia tantos recursos para bandas independentes, não havia acesso a grandes estúdios e é claro, não havia tantos equipamentos digitais de gravação com preço tão acessível ao consumidor comum como há hoje em dia devido a revolução digital. Este foi o primeiro título do selo independente Crucial Climate, criado pela própria banda. Se gostou do que ouviu no link acima, nos comentários pode conhecer mais sobre o Feed Your Head ou relembrar essa época, um momento especial do cenário hardcore punk dos anos 80. Quando digo sobre os anos 80, não quero dizer como hoje em dia se fala desta década, como um fetiche, algo estranho que misteriosamente torna "cool" coisas que eram e ainda são de qualidade duvidosa. Não, o Feed Your Head independente de gostos pessoais é uma banda autêntica e criativa e suas canções não se tornaram um objeto empoeirado na prateleira de um brechó com cheiro de mofo, não mesmo.
quinta-feira, setembro 16, 2010
Abiodun Oyewole - 25 Years (1995)


Abiodun Oyewole tem uma métrica agressiva e simples, conhecida como spoken word e que muitos atribuem somente a Gil-Scott Heron, mas o Last Poets foi pioneiro como precursor do formato de grupo de rap. Em 25 Years, Oyewole declama sua poesia crua mas cheia de sabedoria sob a sofisticada produção de Bill Laswell e seus colaboradores, como Henry Threadgill, que foi saxofonista do trio de free jazz Air, ao lado do baterista Steve McCall e o baixista Fred Hopkins e também além de compositor e arranjador, foi um dos membros originais da AACM. Também fazem parte desta colaboração, seu parceiro Umar Bin Hassan, também membro do Last Poets, os percussionistas Don Babatunde e Aiyb Dieng, o trompetista Ted Daniel e o guitarrista Brandon Ross, nomes que soam desconhecidos no meio comercial e superficial do que chamam jazz nas grandes mídias, mas produzem uma arte exuberante.

25 Years se trata de uma arte atemporal, que une o ancestral e o contemporâneo, o urbano e o tribal, a dureza da realidade das ruas e sua desigualdade social e a beleza da arte. Clique na imagem da capa do disco para acessar o arquivo.
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sábado, agosto 21, 2010
Milford Graves Trio - Live France 2008

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sexta-feira, agosto 20, 2010
Target Of Demand - Gruss (1989)

*PS.: Neste link, você pode escutar o LP: Gruss
quarta-feira, julho 21, 2010
O.G. Funk - Out Of The Dark (1993)

quarta-feira, julho 14, 2010
Vandermark 5 - Annular Gift (2009)

*Se possível, contribua com o trabalho de Vandermark comprando seus discos, pois é um artísta independente e não tem o suporte de grandes selos e patrocinadores.
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quinta-feira, julho 08, 2010
Max Roach - The Loadstar (1977)

The Matyr é uma releitura para Praise For A Martyr, gravada em 1961 no disco Percussion Bitter Sweet, que contava com Booker Little, Julian Priester, Eric Dolphy, Clifford Jordan, Mal Waldron, Art Davis, Carlos Valdez, Carlos Eugenio e Abbey Lincoln, coma mesma urgência e vigor, compactada no formato de quarteto. Six Bit Blues tem um belíssimo solo de Bridgewater profundamente arraizado nas tradições da música afro-americana. Ambas as músicas tem o compasso ternário que caracterizou grandes mudanças rítmicas no jazz, que ficaram muito conhecidas por Max Roach e Joe Morello. Clique no link para acessar o arquivo: http://www.mediafire.com/?zjmhthmajzf
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sexta-feira, junho 25, 2010
Fred Anderson Lives in Our Memories and Hearts! by Jasmine Anderson-Sebaggala

My name is Jasmine Anderson-Sebaggala, I am Fred Anderson's grandaughter. I am writing on behalf of my family. We appreciate the support and prayers for my grandfather, Fred Anderson.
My Grandfather received visits and phone calls from more than 200 people.
People traveled from various cities to visit him.
Thanks for sharing great vibes, stories, food and love.
My grandfather died peacefully on Thursday June 24, 2010 at 3:10 a.m. He was in hospice at The Ark in Park Ridge, IL.
We will miss my grandfather's presence, and cherish our memories of him. He was a humble man that helped and inspired others and loved his family and friends.
The velvety smooth sounds blown from his horn remind me of his dedication, strength and courage.
We will always honor his legacy, work ethic and determination.
Funeral arrangements are pending.
In lieu of flowers, our family asks that donations be endorsed to AIRMW with a memo that it is for the Velvet Lounge Fund and sent to Asian Improv aRts Midwest, c/o JASC 4427 N. Clark St. Chicago, IL 60640.
All proceeds will go to support keeping the Velvet Lounge open and thriving into the future.
Condolence cards and greetings can be sent to:
Jasmine Anderson-Sebaggala
2117 West Howard Street Unit 3D
Evanston Illinois 60602
Sincerely,
Jasmine Anderson-Sebaggala"
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Musicianguide.com biography of Fred Anderson
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segunda-feira, junho 07, 2010
Sunny's Time Now (DVD)
O documentário Sunny's Time Now, sobre o baterista de Free Jazz e Improvisação Sunny Murray, teve exibições públicas na Europa e o dvd já está disponível. Vale a pena conferir este filme que nos relata sobre as grandes inovações da percussão na música pela ótica de um artísta inovador que continua a desenvolver seu trabalho musical de forma ousada.
Mais informações no link abaixo:
http://www.ptd.lu/stn.htm
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quinta-feira, junho 03, 2010
Rashied Ali e Sirone são homenageados no site oficial do Vision Festival


Clique nas fotos para acessar os artigos no site do Vision Festival.
O Vision Festival é organizado pela Arts For Art, Inc., organização multicultural sem fins lucrativos cujo objectivo é construir o conhecimento ea compreensão do avantjazz relacionadas com movimentos expressivos e incentivando ao mesmo tempo um senso de comunidade entre os artistas e seu público. Suas atividades principais são a apresentação da música, inovadora e criativa, a dança, espectáculos multi-media, palavra falada, e da exposição de artes visuais. Arte Pela Arte, Inc. é especialmente dedicada à apresentação da música americana inovadora a partir de uma perspectiva afro-americana e tradições. Avantjazz é uma conseqüência direta do jazz, da música historicamente do africano-americano. No entanto, avantjazz foi ganhando audiência em todo o mundo e artistas de todas as culturas. Assim, a programação é multi-racial, reflexo deste desenvolvimento de avantjazz em uma música multi-cultural. Música inovadora que vem sendo desenvolvida no lado inferior do leste de New York (U.S.A.), aclamado no mundo inteiro e apoiado, permanece sub-exposta e sem suporte no seu lugar de origem. Assim, os objetivos são reconhecer e manter o legado dessa arte, enquanto assegurar o seu futuro através da criação de um lugar para o seu desenvolvimento. Desde o início de artes para o festival de arte e visão levaram uma mensagem de consciência social clara. A própria instituição de artes para a arte é um ato político de auto-determinação. A.F.A. mantém a crença de que a arte realmente move as pessoas e que, para mover as pessoas é um ato político poderoso.
Arts For Art, Inc. - 107 Suffolk Street #3.5 - New York, NY 10002
phone: (212) 254-5420, event info: (212) 696-6681, fax: (212) 254-5420
General Information, Press Contact, Vision/RUCMA Series: info@visionfestival.org
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quarta-feira, junho 02, 2010
Improvisação Livre e Free Jazz no Brasil, temos um futuro?

Como eu disse ao Panda e ao Fábio, talvez em 10 anos, contando com o fim das barreiras de acesso à informação com o advento da rede mundial de comutadores que nos fornece amplo acesso e de forma simultânea com os

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domingo, maio 30, 2010
Ari Brown - Venus (1998)

2. Trane's Example
3. Roscoe
4. Venus
5. Quiet Time
6. Baldhead Gerald
7. Oh What A World We're Living In
8. Rahsaan In The Serengeti
Ari Brown (soprano, alto, tenor saxophones);
Kirk Brown (piano);
Avreeayl Ra (drums);
Art Burton (congas, bongos)
Rec.: Riverside Studio (03/03/1998 - 03/04/1998)
Para mais detalhes sobre este saxofonista e pianista de Chicago membro da AACM e do The Ritual trio de Kahil El Zabar, acesse o blog Farofa Moderna, onde escrevi um post mais detalhado. Para acessar o arquivo, clique na imagem acima.
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quarta-feira, maio 26, 2010
Token Entry - The Weight Of The World (1990)

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terça-feira, maio 25, 2010
Token Entry - Rarities (1985 - 1989)

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segunda-feira, maio 24, 2010
Token Entry - Jaybird (1988)

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quinta-feira, maio 20, 2010
MPB, taí uma coisa que brasileiro não gosta...

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