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quinta-feira, janeiro 21, 2016

The return of living dead...(oh não! De novo esse assunto sobre a volta do vinil? O que, k7 também?!)

Pois é, e lá vamos nós novamente falar sobre o tal do disco de vinil. Como tenho percebido que nos últimos anos o simples fato de expor uma opinião gera um tipo de atrito que ultrapassa as fronteiras do bom senso, beirando à um conflito de fanatismo religioso, já aviso que tenho 3 estantes lotadas de discos de vinil, gosto deste formato e ainda em tempo, este texto é apenas uma opinião particular de minha parte a qual tem pouca importância para minha vida. Também ainda tenho centenas de fitas k7. Só me adaptei aos novos tempos, então tenho mais de 1000 Compact Discs e cerca de 500GB de arquivos em mp3 em compressão 320kbps, FLAC, WAV.
Se sou contra a volta do vinil e do k7? Efetivamente não ligo no sentido de apoiar, mas o tipo de comportamento que esse "revival" tem causado, me inclina à desaprovar esse retorno dos mortos vivos.
1º impacto negativo: Inflação do mercado.
O que era um moribundo no meio dos anos 90 se tornou um vilão como Jason Voorhees, Michael Myers ou Freddy Krueger, ressurgido das trevas. OK, sempre houveram discos caros, principalmente os importados ou as edições nacionais fora de prensagem, mas as prensagens nacionais em catálogo, que sobravam aos montes em sebos, que eram vendidas em lojas de departamento junto aos eletrodomésticos (hoje em dia seria um Walmart, Carrefour, Lojas Americanas, etc), vendidos de centavos à poucos R$, hoje em dia, são vendidos por pelo menos R$30,00 e detalhe, sem estar em boas condições de conservação;
2º impacto negativo: Fetiche consumista.
Definitivamente nada contra o fetiche do vinil, desde que isso não ultrapasse o bom senso. Até que ponto ter um LP é tão importante? "Mas a arte da capa, o encarte, o selo, pegar no disco, a experiência sensorial do tato, etc..." Tudo bem, OK, cada um com sua preferência, mas a que preço? Fora que muitos nem escutam os discos, é apenas um troféu à ser exibido em seus círculos sociais.
Ainda existe a fatídica questão da tal qualidade superior de áudio do vinil para os formatos digitais. Não vou entrar nesta questão por ser extremamente exaustiva e seria uma perda de tempo, pois quem defende essa tal qualidade superior, se apoia em uma fé cega (ou seria surda?).
Enfim, a música acaba se tornando um fator secundário no mínimo quando entram estas questões.
3 º impacto negativo: Elitismo
Isso está diretamente vinculado ao 1º e 2º fator acima. Quem é que tem pelo menos R$70,00 para comprar um disco? Geralmente as reedições custam mais de R$100,00, sendo que teriam de ser mais em conta, pois não houve custo adicional na produção musical, ou seja, o artista não gastou horas de estúdio e outras despesas, como matriz, arte de capa, etc.
Cai entre nós, vivemos em um país miserável, onde o salário mínimo é de R$880,00 (vigorando desde 01/01/2016). Faça as contas, levando em consideração que a maioria da população (vamos centralizar na capital paulistana) no máximo (no máximo mesmo) ganha até 6 salários mínimos e dessa porção, a esmagadora maioria não ultrapassa os R$2.500,00 por mês. No quesito moradia, no mínimo R$1.000,00 em despesas, sem contar com a alimentação, vestuário, saúde. Então, pobres, lamentamos que esteja fora desta fatia de mercado de consumo exclusivo. Pelo menos não tem o mesmo impacto negativo dos smartphones, mas...
4º impacto negativo: Impacto ambiental
Ah não, lá vem o discurso ativista ecológico greenpeace ou até black block, petista, hippie, esquerdista ou que seja...
Alô, tem alguém em casa? Já não é notório o impacto ambiental negativo causado pela indústria de consumo? Mas o que é agora, vai colocar a culpa do vinil pelo aquecimento global? Bem, se utilizarmos o bom senso, deixando de lado opiniões estritamente pessoais, basta somar 1+1.
Qual a matéria prima do disco de vinil? PVC.
*Polivinil cloreto, comumente conhecido como "PVC" ou "vinil" é um dos materiais sintéticos mais comuns, o PVC é uma resina versátil e aparece em centenas de diferentes formulações e configurações. Acima de 7 milhões de toneladas de PVC são atualmente produzidos por ano nos EUA. Mas fique tranquilo, Aproximadamente 75% de todo ele manufaturado é usado em materiais de construção.
PVC: O maior desastre ambiental sobre a saúde.
Ele é o pior plástico sob a perspectiva da saúde ambiental, colocando maiores prejuízos quando de sua fabricação, sobre tempo e vida dos produtos feitos com ele e por fim quando é jogado fora.
Subprodutos tóxicos de sua fabricação.
Dioxina (o mais potente carcinogênico conhecido), dicloroeteno (ou sua antiga denominação: etileno dicloreto) e cloreto de vinil são involuntariamente gerados na produção de PVC e podem causar severos problemas de saúde, como:
Câncer;
Disruptor endócrino;
Endometriose;
Danos neurológicos;
Defeito de nascimento e comprometimento no desenvolvimento infantil; e
Danos nos sistemas reprodutivo e imunológico.
Nos EUA, o PVC é fabricado predominantemente próximos de comunidades de baixa renda no Texas e na Louisiana. O impacto tóxico da poluição em três destas fábricas nestas comunidades tem feito delas o foco do movimento de justiça ambiental.
Impacto global:
O impacto da dioxina não para aí. Como um poluente bioacumulativo tóxico (PBT), não se decompõe rapidamente e viaja através do planeta, acumulando-se nos tecidos gordurosos e concentrando-se assim que vai subindo na cadeia alimentar. Dioxinas da fábrica de Louisiana migram pelos ventos e se concentra nos peixes dos Grandes Lagos. Elas são mesmo encontradas em perigosas concentrações nos tecidos da baleias, dos ursos polares e, finalmente, no leite materno do povo esquimó Inuit. A exposição média de dioxina dos norte-americanos já alcança risco calculado de câncer tão grande quanto 1 para 1.000 – milhares de vezes maior dos que o padrão usual para um risco aceitável. Mais dramáticas são as concentrações de dioxina no leite materno a um ponto que os bebês agora recebem altas doses, em ordem de magnitude maior do que as médias dos adultos.  
Risco dos terroristas:
O relatório de 2002, encomendado pela Força Aérea dos EUA para a Rand Corporation, onde identifica o armazenamento de gás cloro e meios de transporte como maiores alvos químicos para ataques terroristas, citando exemplos de uma série de ameaças e ataques já realizados em todo o mundo. O cloro usado como principal matéria-prima para na fabricação de PVC e o seu transporte através de comboios para abastecimento destas fábricas, torna toda esta cadeia do processo altamente vulnerável. Um simples ataque terrorista poderia liberar uma nuvem tóxica que se espalharia por quilômetros, colocando milhões de vidas em um perigo potencial.
A melhor segurança é optarmos por materiais seguros que não necessitem cloro. A produção de PVC é o maior consumidor específico de cloro e assim reduzir seu uso, representa o maior passo que poderemos dar para reduzirmos o risco de desastres com este elemento químico, acidental ou intencionalmente.
Aditivos letais:
O PVC é inútil sem não houver a adição de uma infinidade de estabilizadores tóxicos – como o chumbo, cádmio e estanho – e dos plastificantes ftalatos. Eles lixiviam ou volatilizam do PVC todo o tempo aumentando os riscos que incluem asma, envenenamento por chumbo e câncer.
Incêndio mortamente perigoso:
O PVC representa um grande risco nos incêndios de prédios, já que ele libera gases mortais por largo tempo depois que ele inflama, assim como o cloreto de hidrogênio se transforma em ácido clorídrico quando inalado.  Enquanto ele queima, tanto acidentalmente ou na incineração de lixo, vai liberando dioxinas cada vez mais tóxicas. O PVC queimado em aterros de lixo pode ser agora a maior fonte de dioxinas liberadas no ambiente.
Não pode ser facilmente reciclado:
A multitude de aditivos requeridos para fazer o PVC utilizável, torna a reciclagem pós-consumo, em grande escala, quase impossível para a maioria dos produtos, interferindo na reciclagem de outros plásticos. De um estimado de 3,5 milhões de toneladas de PVC são jogadas fora nos EUA, e apenas 7 mil - menos da metade de 1% - é reciclada. A Association of Post Consumer Plastics Recyclers (nt.: Associação de Recicladores de Plásticos Pós-Consumo) declarou que os esforços para reciclar o PVC são falhos e classificou-o, em 1998, como um contaminante.
* fonte: https://www.healthybuilding.net/
Mas que importância isso tem, não é? O que é utilizado na produção de discos de vinil talvez não chegue a 1%. E a produção de celulose para as capas, selos, encartes? Também terá um aumento na produção de porcentagem mínima em relação à produção total.
Para quem entende um pouco de mercado financeiro, sabe o quanto faz de diferença a porcentagem de 0,1% em diversas situações. Levando em consideração que mesmo a matéria prima produzida de forma sintética não brota do nada e depende de recursos naturais que não são infinitos, esta insignificante porcentagem pode fazer uma diferença considerável à longo prazo.
Mas quem se importa? Essas novas gerações nem ligam pra disco de vinil, só fazem download de mp3, eles que se virem com o meio ambiente no futuro...

sábado, janeiro 09, 2016

Hard As Hell! vol. 4 Hardcore Street Rap Innovation - V/A (1990)

Esta é a última compilação sob o título de Hard As Hell pela Music Of Life, produzida por Simon Harris. Temos novamente a participação de M.C. Duke, Hijack e Daddy Freddy, que estavam na edição anterior.
The 3 Knights foi um grupo que durou poucos anos, entre o final doas anos 80 e início dos 90, era formado por Andrew R. Ward, que depois formou o Katch 22, Shaka Shazam, que também fez parte do Standing Ovation, Hijack e The Icepick, que participou do B.R.O.T.H.E.R. e Body Snatchers.
L.S. Troopers, formado por DJ Crime, DJ Woodhouse, MC Flame e MC Tech 1, também teve praticamente a mesma duração que o The 3 Knights.
Hardnoise iniciou como um sound system com DJ Son, DJ Nyce 'D' e T.L.P.1 e posteriormente fizeram parte DJ AJ, Gemini e Adam Pancho (DJ Mada).
First Frontal Assault foi um trio de Birmingham. Lançaram os singles Bloodfire Assault (1991) e Atomic Air Raid (1992) e se separaram logo em seguida por diferenças musicais.
Sobre Monte Luv & DJ Rob, não consegui maiores informações, apenas mais uma participação com a mesma música do HAH 4 do único single Silk Smooth em 1990 pela Music Of Life.
Militant Posture apenas lançou o single Dawn Of Terror pela Pure Destructive Records, também sem mais informações.
Leslie Lyrics (Dr. William Henry), nasceu em Lewisham, sudeste de London, proprietário do selo Ghetto-tone, poeta, escritor, faz parte do departamento de sociologia da Goldsmiths universidade de London.
Finalmente Professor Griff é o mais conhecido ou melhor, o único mundialmente conhecido por ter feito parte do Public Enemy. Todos os links levam à uma amostra da música de cada um e como de costume, nos comentários.

quinta-feira, dezembro 31, 2015

Feed Your Head ‎- The Missing Sound Of Laughter (1989)

The Missing Sound Of Laughter foi o segundo LP do Feed Your Head, lançado pelo selo da banda, Crucial Climate, em 1989. Aos poucos, graças à internet, mais material do FYH vem surgindo, algumas gravações de shows e compactos, e claro, o Sonorica publicará o material disponível, afinal o Feed Your Head é um dos prediletos da casa. Nos comentários. Assim encerrando o ano de 2015 com uma das bandas mais criativas do punk rock que surgiu nos anos 80.

Def Beats vol 1 (1987)

O ano de 2015 finalizando. Esta é uma das últimas publicações do Sonorica, encerrando um ótimo ano, com a graça de Deus! Espero continuar o próximo ano divulgando música de qualidade por aqui, principalmente aquele tipo de música que não tem espaço nos grandes meios de comunicação. Agradeço à todos os que visitaram este pequeno espaço virtual e espero que tenha sido útil como mais uma fonte de informação.
A chamada primeira onda do hip-hop britânico ocorreu na metade dos anos 80, enquanto nos E.U.A. a nova geração ou segunda geração foi chamada de hardcore hip-hop, liderada por grupos como Boogie Down Productions, Public Enemy, Ice T, Run DMC, LL Cool J, etc. O hip-hop ficou mais agressivo, lembrando as origens do rhythm and poetry dos pioneiros The Last Poets, The Watts Profhets e Gil Scott-Heron. Então o produtor Simon Harris lançou o Def Beats 1 em 1987, com o sugestivo sub-título "Hardcore Hip-Hop Fresh Out Of New York". Um sampler do cenário hip-hop britânico tendo como principal nome, Derek Boland, ou simplesmente Derek B.
Mais três compilações do hip-hop produzido na Inglaterra foram lançados pelo selo Music For Life sob o título de Hard As Hell! Em breve o Sonorica publicará o volume 4 da série e assim que possível, alguns registros de títulos individuais do pioneiro cenário britânico de hip-hop. Afinal não é só de rock e seus derivados que se faz música na Inglaterra. Nos comentários.
Que todos tenham uma ótima trilha musical para o ano de 2016!

sexta-feira, maio 10, 2013

Feed Your Head ‎– Realm Of The Gods E.P. (1988)

No universo da música há uma vastidão de bandas que tornam impossível conhecer todas e acabamos não tendo a oportunidade de prestigiar músicas que facilmente se tornariam parte de nossa trilha sonora ao longo da vida. Mesmo dentro de estilos específicos o número de bandas é incontável, os gostos pessoais são relativos, mas sempre é bom tentar adotar uma análise imparcial e sempre digerir um trabalho musical com calma, mesmo que este não agrade na primeira audição. Muitas bandas que não me agradaram nas primeiras audições hoje em dia frequentam o meu aparelho de som com muito prazer. Não foi o caso do Feed Your Head, pois eu gostei logo na primeira vez que ouvi. E como sempre penso e escrevo aqui, o weblog tem também a função de dedicar um espaço para divulgar a arte de grupos e artistas que passam desapercebidos neste imenso volume de dados e informação.
Não é a primeira vez que escrevo sobre o Feed Your Head, uma banda punk formada no ano de 1986 em Manchester, UK. Realm Of Gods e.p. antecede o lp Stargazer e a música do ep, "When The North Wind Blows", acabou fazendo parte do lp. Realm Of Gods possui as características de gravação da época, com sonoridade mais "crua", não havia tantos recursos para bandas independentes, não havia acesso a grandes estúdios e é claro, não havia tantos equipamentos digitais de gravação com preço tão acessível ao consumidor comum como há hoje em dia devido a revolução digital. Este foi o primeiro título do selo independente Crucial Climate, criado pela própria banda. Se gostou do que ouviu no link acima, nos comentários pode conhecer mais sobre o Feed Your Head ou relembrar essa época, um momento especial do cenário hardcore punk dos anos 80. Quando digo sobre os anos 80, não quero dizer como hoje em dia se fala desta década, como um fetiche, algo estranho que misteriosamente torna "cool" coisas que eram e ainda são de qualidade duvidosa. Não, o Feed Your Head independente de gostos pessoais é uma banda autêntica e criativa e suas canções não se tornaram um objeto empoeirado na prateleira de um brechó com cheiro de mofo, não mesmo.

quinta-feira, setembro 16, 2010

Abiodun Oyewole - 25 Years (1995)

Abiodun Oyewole é o outro remanescente do grupo Last Poets, responsável pelo que se conhece de rap hoje em dia. Muitos teóricos, principalmente os paulistanos que surgiram no início do séc.XXI nem tomavam conhecimento deste grupo de poetas do rítmo que atravessou décadas, com suas rimas acompanhadas de diminuta percussão. Não havia toca-discos e muito menos samplers para pano de fundo como é hoje em dia. Oyewole diz no último disco sobre o nome Last Poets: "No time for the bullshit rap". A poesia ritmada perdeu em muito para os malabarismos de palavras e bases feitas por produtores que tomaram o lugar dos dj's (quando dj era aquele que tinha a habilidade de tranformar um toca-discos em instrumento musical e não esta febre de dj's de ocasião que encontramos aos montes por aí, que mau sabem mixar uma música com a outra), claro que existem os casos que fogem à regra de mercado, como Mike Ladd e outros poucos, mas em muito se perdeu de seu frescor, qualidade poética e o último respiro de criatividade realmente inovador se deu no fim dos anos 80 e início dos 90, com grupos como De La Soul, A Tribe Called Quest, Arrested Development, etc. Dizem que o rap brasileiro vai bem e de vento em popa, mas eu tenho as minhas ressalvas. Mas não vou entrar no mérito desta questão em respeito ao meu vizinho que foi um dos fundadores do que se chama rap em São Paulo, Jr. Blow e seu Stylo Selvagem.
Abiodun Oyewole tem uma métrica agressiva e simples, conhecida como spoken word e que muitos atribuem somente a Gil-Scott Heron, mas o Last Poets foi pioneiro como precursor do formato de grupo de rap. Em 25 Years, Oyewole declama sua poesia crua mas cheia de sabedoria sob a sofisticada produção de Bill Laswell e seus colaboradores, como Henry Threadgill, que foi saxofonista do trio de free jazz Air, ao lado do baterista Steve McCall e o baixista Fred Hopkins e também além de compositor e arranjador, foi um dos membros originais da AACM. Também fazem parte desta colaboração, seu parceiro Umar Bin Hassan, também membro do Last Poets, os percussionistas Don Babatunde e Aiyb Dieng, o trompetista Ted Daniel e o guitarrista Brandon Ross, nomes que soam desconhecidos no meio comercial e superficial do que chamam jazz nas grandes mídias, mas produzem uma arte exuberante.
25 Years se trata de uma arte atemporal, que une o ancestral e o contemporâneo, o urbano e o tribal, a dureza da realidade das ruas e sua desigualdade social e a beleza da arte. Clique na imagem da capa do disco para acessar o arquivo.

sábado, agosto 21, 2010

Milford Graves Trio - Live France 2008

Neste bootleg temos mais um encontro grandioso do free jazz: O lendário saxofonista Kidd Jordan e Milford Graves e William Parker. Outro encontro inédito ocorreu com Parker, Graves e Anthony Braxton, que nunca tinham gravado juntos até 2008, no disco Beyond Quantum, mesmo ano deste encontro com Jordan. Também houve à muitos anos atrás, mas não sei se há registro gravado de um encontro histórico de Graves e o saxofonista Charles Gayle em um festival. Neste festival na França, os três músicos deixam fluir suas idéias de forma intensa, como costuma ocorrer em sessões de free jazz, com alguns momentos de monólogos de cada artísta entre momentos mais torrenciais e serenos. A bateria de Graves sempre conduz por caminhos diferentes devido a sua técnica percussiva que não vêm das tradições do jazz, mas de uma música mais ancestral, em contraste de Jordan que é fundamentado na tradição de New Orleans. Parker tem ambos os elementos, aliados a uma linguagem contemporânea e universal em seu instrumento. Clique na imagem para acessar o arquivo. Por se tratar de um arquivo bootleg disponível em um site de downloads, esta gravação até o momento não possuia uma capa, então eu criei esta de forma provisória.

sexta-feira, agosto 20, 2010

Target Of Demand - Gruss (1989)

Esta banda austriaca da cidade de Linz existiu entre 1985 e 1990 e muito pouco se falou sobre ela, a não ser no restrito circuito independente do hardcore. Lembro-me que um amigo que trabalhava em uma oficina de motos perto da minha casa me apresentou o Target Of Demand. Gostei na hora quando ouvi o split album com a banda Stand To Fall, isso em 1988. Tinham algumas canções escritas em inglês e outras em alemão, que é uma das principais línguas do país, junto com as línguas regionais croata, esloveno e húngaro. Isso dava uma característica diferenciada no estilo que predomina a língua inglesa. O T.O.D. tem um som de compasso rápido, agressivo e limpo ao mesmo tempo, ou mais musical em relação a bandas que chamam de crustcore. Passado um tempo, meu amigo recebeu o album Gruss pelo correio, pois ele mantinha um intercâmbio com punks na europa. Ouvimos o lp e gostei mais ainda, o T.O.D. mantinha a energia do split só que com uma produção de gravação melhor. Outro detalhe é que o número de músicas em inglês foi reduzido à apenas uma canção, pois eles disseram que os temas eram mais ligados ao seu país e por isso não havia sentido em compor em inglês. O Target Of Demand é mais uma das centenas de bandas obscuras que valem uma boa audição. Nos comentários.

*PS.: Neste link, você pode escutar o LP: Gruss 

quarta-feira, julho 21, 2010

O.G. Funk - Out Of The Dark (1993)

Jerome "Bigfoot" Brailey é o baterista do famoso disco do Parliament, Mothership Connection, dos hits Give Up The Funk e P-Funk (Wants To get Funked Up). Também é um desafeto de George Clinton, que não trabalhava com seus colegas de forma lá muito correta. Bill Laswell mais uma vez, em seu projeto da série Black Arc, produz a releitura da música afro americana, com os membros de um dos principais grupos de funk. Ao lado de Brailey, está o baixista do Funkadelic, Billy Nelson e o tecladista Bernie Worrell, além de Gary Mudbone Cooper, que fizeram parte do universo P-Funk. O disco é uma homenagem ao falecido colega e guitarrista Eddie Hazel e a música Music For My Brother traz a memória, um clássico de Hazel, Maggot Brain. Clique na foto para acessar o arquivo.

quarta-feira, julho 14, 2010

Vandermark 5 - Annular Gift (2009)

Ken Vandermark toca saxofone tenor, barítono, clarinete em sí bemol, clarinete baixo, é compositor, fotógrafo, lidera e participa de dezenas de projetos musicais, de trabalhos solo à grandes conjuntos. Também é um dos principais artístas que trouxe renovação e inovação ao cenário do free jazz em Chicago e mundial. O quinteto Vandermark 5 é o seu principal projeto e trouxe grande renovo ao estilo, unindo a tradição do jazz, a liberdade da improvisação livre e elementos de diferentes estilos, como o funk e o rock. Diferente de seus antecessores, como Herbie Hancock a sonoridade do V5 tem mais haver com o funk de grupos como o Sly And The Family Stone e o Funkadelic de George Clinton, que fundiu o ritmo dançante com o peso do rock dos anos 70 e o rock psicodélico e progressivo de bandas como The Grateful Dead, King Crimson e MC5. Mas também se amplia nos territórios da música experimental, da música jamaicana, punk rock e música erudita de vanguarda. Uma característica das composições do V5, são as homenagens dedicadas a vários tipos de artístas, de Jackie Chan à Mark Rothko, que segundo Vandermark, não remetem ao estilo do homenageado na composição e sim, são como uma carta de agradecimento pelo impacto de sua arte. Já passaram pelo V5, o saxofonista Mars Williams, que participou em uma faixa do disco The Mind Is A Terrible Thing To Taste do Ministry, o baterista Tim Mulvena que agora toca no The Eternals e o trombonista e guitarrista Jeb Bishop. A entrada do violoncelista Fred Lonberg-Holm, trouxe uma grande diferença à sonoridade do quinteto, com suas texturas sonoras criadas pelos efeitos eletrônicos e acústicos. Sem dúvida, o Vandermark 5 é um dos grupos mais criativos de free jazz da atualidade e vale a pena conferir. Clique no título no link para acessar o arquivo: V5 - AG

*Se possível, contribua com o trabalho de Vandermark comprando seus discos, pois é um artísta independente e não tem o suporte de grandes selos e patrocinadores.

quinta-feira, julho 08, 2010

Max Roach - The Loadstar (1977)

Creio que já se falou tudo quanto é possível sobre Max Roach, e além do mais, a sua arte e seu instrumento falam até hoje através de seu legado. Esta formação com Billy Harper no sax tenor, Cecil Bridgewater no trompete e Reggie Workman na bateria, foi o formato que o acompanhou por cerca de 30 anos. Bridgewater foi o mais constante e hoje leciona em diversas escolas e faculdades nos EUA. Harper, apesar de não ser tão comentado como seus contemporâneos, se enquadra na geração chamada pós-Coltrane e é um brilhante compositor além de seu estilo virtuoso e vigoroso no saxofone. Sua composição mais conhecida é um clássico, se chama Capra Black, e se encontra na última gravação de Lee Morgan, além do seu disco homônimo como lider. Workman está na ativa até hoje e faz parte do free jazz de New York, ao lado de William Parker e Henry Grimes no cenário local. Ficou conhecido por sua parceria com John Coltrane no início dos anos 60, precedendo Jimmy Garrison.
The Matyr é uma releitura para Praise For A Martyr, gravada em 1961 no disco Percussion Bitter Sweet, que contava com
Booker Little, Julian Priester, Eric Dolphy, Clifford Jordan, Mal Waldron, Art Davis, Carlos Valdez, Carlos Eugenio e Abbey Lincoln, coma mesma urgência e vigor, compactada no formato de quarteto. Six Bit Blues tem um belíssimo solo de Bridgewater profundamente arraizado nas tradições da música afro-americana. Ambas as músicas tem o compasso ternário que caracterizou grandes mudanças rítmicas no jazz, que ficaram muito conhecidas por Max Roach e Joe Morello. Clique no link para acessar o arquivo: http://www.mediafire.com/?zjmhthmajzf

sexta-feira, junho 25, 2010

Fred Anderson Lives in Our Memories and Hearts! by Jasmine Anderson-Sebaggala

"Hello Family and Friends!

My name is Jasmine Anderson-Sebaggala, I am Fred Anderson's grandaughter. I am writing on behalf of my family. We appreciate the support and prayers for my grandfather, Fred Anderson.
My Grandfather received visits and phone calls from more than 200 people.
People traveled from various cities to visit him.
Thanks for sharing great vibes, stories, food and love.
My grandfather died peacefully on Thursday June 24, 2010 at 3:10 a.m. He was in hospice at The Ark in Park Ridge, IL.
We will miss my grandfather's presence, and cherish our memories of him. He was a humble man that helped and inspired others and loved his family and friends.
The velvety smooth sounds blown from his horn remind me of his dedication, strength and courage.
We will always honor his legacy, work ethic and determination.
Funeral arrangements are pending.

In lieu of flowers, our family asks that donations be endorsed to AIRMW with a memo that it is for the Velvet Lounge Fund and sent to Asian Improv aRts Midwest, c/o JASC 4427 N. Clark St. Chicago, IL 60640.
All proceeds will go to support keeping the Velvet Lounge open and thriving into the future.


Condolence cards and greetings can be sent to:

Jasmine Anderson-Sebaggala
2117 West Howard Street Unit 3D
Evanston Illinois 60602


Sincerely,

Jasmine Anderson-Sebaggala"

Suntimes.com obituary article of Fred Anderson
Musicianguide.com biography of Fred Anderson
Myspace.com of Fred Anderson
The Velvet Lounge

segunda-feira, junho 07, 2010

Sunny's Time Now (DVD)


O documentário Sunny's Time Now, sobre o baterista de Free Jazz e Improvisação Sunny Murray, teve exibições públicas na Europa e o dvd já está disponível. Vale a pena conferir este filme que nos relata sobre as grandes inovações da percussão na música pela ótica de um artísta inovador que continua a desenvolver seu trabalho musical de forma ousada.
Mais informações no link abaixo:

http://www.ptd.lu/stn.htm

quinta-feira, junho 03, 2010

Rashied Ali e Sirone são homenageados no site oficial do Vision Festival












Clique nas fotos para acessar os artigos no site do Vision Festival.

O Vision Festival é organizado pela Arts For Art, Inc., organização multicultural sem fins lucrativos cujo objectivo é construir o conhecimento ea compreensão do avantjazz relacionadas com movimentos expressivos e incentivando ao mesmo tempo um senso de comunidade entre os artistas e seu público. Suas atividades principais são a apresentação da música, inovadora e criativa, a dança, espectáculos multi-media, palavra falada, e da exposição de artes visuais. Arte Pela Arte, Inc. é especialmente dedicada à apresentação da música americana inovadora a partir de uma perspectiva afro-americana e tradições. Avantjazz é uma conseqüência direta do jazz, da música historicamente do africano-americano. No entanto, avantjazz foi ganhando audiência em todo o mundo e artistas de todas as culturas. Assim, a programação é multi-racial, reflexo deste desenvolvimento de avantjazz em uma música multi-cultural. Música inovadora que vem sendo desenvolvida no lado inferior do leste de New York (U.S.A.), aclamado no mundo inteiro e apoiado, permanece sub-exposta e sem suporte no seu lugar de origem. Assim, os objetivos são reconhecer e manter o legado dessa arte, enquanto assegurar o seu futuro através da criação de um lugar para o seu desenvolvimento. Desde o início de artes para o festival de arte e visão levaram uma mensagem de consciência social clara. A própria instituição de artes para a arte é um ato político de auto-determinação. A.F.A. mantém a crença de que a arte realmente move as pessoas e que, para mover as pessoas é um ato político poderoso.

Arts For Art, Inc. - 107 Suffolk Street #3.5 - New York, NY 10002

phone: (212) 254-5420, event info: (212) 696-6681, fax: (212) 254-5420

General Information, Press Contact, Vision/RUCMA Series: info@visionfestival.org

quarta-feira, junho 02, 2010

Improvisação Livre e Free Jazz no Brasil, temos um futuro?

Num sábado típico de outono de céu limpo e ensolarado com baixa temperatura, encontrei com um amigo, o músico especializado em Improvisação Livre, Antonio "Panda" Gianfratti. Enquanto ele consertava suas peças de bateria no luthier, conversamos sobre vários assuntos e principalmente sobre música. Basicamente lamentamos a distorção sobre o conceito musical difundido no Brasil, do modelo equivocado e segmentado que faz escola até os dias de hoje, como se fosse uma tradição à zelar. Comentei que fui à uma escola de música especializada em Jazz e o professor me disse que suas aulas se baseavam no estilo do trompetista norte americano Woody Shaw. Ótimo trompetista, mas eu caí fora, pois não creio que este seja o melhor método de ensino para um instrumento, centralizando no estilo de um músico em particular e se fosse apenas usado como um de inúmeros exemplos, poderia ser positivo na didática. Este assunto veio à tona pois estávamos na região da rua Teodoro Sampaio, conhecida como rua dos músicos, pela alta concentração do comércio de instrumentos musicais, algumas escolas de músicas e onde ocorrem algumas apresentações musicais. Alí naquelas três quadras vemos o efeito do modelo imposto e sua consequente padronização de produtos. Dificilmente se encontra um instrumento como oboé, fagote, saxofone sopranino ou outros modelos e marcas de instrumentos mais conhecidos, como saxofones e guitarras. Automaticamente esta padronização se transferiu aos músicos, suas referências e estilos. Inúmeras vezes presenciei performances de ótimos músicos no quesito técnico, mas desprovidos de personalidade. Falando em personalidade, quando já estava para se encerrar uma performance musical semanal que é promovida por uma loja de instrumentos musicais que o público prestigia na calçada, nós estávamos perto e o Panda ouviu o som do saxofone tocando e disse-me: "Parece o Fábio". Eu respondí que poderia ser, pois ele costuma tocar naquele local. Fábio participou do projeto ao qual o Panda é desenvolvedor, o grupo de Improvisação Livre Abaetetuba, que hoje tem a maioria de seus membros radicados na Europa. Fábio havia se afastado do grupo por divergencias musicais e naquela tarde se reencontrou com o Panda depois de muitos anos. Quando Fábio terminou sua apresentação, se uniu a nós na copnversa que se prolongou até certa hora da noite. Discutimos os rumos da improvisação livre, os avanços dela nos países europeus, das dificuldades de espaço e mantimento do cenário musical que é naturalmente restrito em todo o mundo. Em certo momento, Panda contou da sua frustração de não poder ficar residindo na Europa, onde alguns anos atrás, teve a oportunidade de fazê-lo e poder desenvolver seu trabalho ao lado de grandes improvisadores do cenário europeu e aconselhou ao Fábio, que aproveitasse enquanto tivesse tempo oportunidade, pois é uma grande experiência à se vivenciar. Mas o fato do Panda não poder ficado naquela época, teve seu propósito, pois ele se mantendo aqui no Brasil, fez uma sólida parceria com o músico suiço radicado em São Paulo, Thomas Rohrer, que juntos, mantiveram vivas as possibilidades de haver algo mais consistente por aqui. Também não o impediu de novamente ir à Europa e ter novas experiências e fazer novas alianças com outros músicos, como foi o caso do William Parker. E o trabalho desta dupla abriu uma porta para outros músicos, como a jovem pianista Michelle Agnes e até este que vos escreve que teve o privilégio de participar de bons encontros musicais após 2007.
Como eu disse ao Panda e ao Fábio, talvez em 10 anos, contando com o fim das barreiras de acesso à informação com o advento da rede mundial de comutadores que nos fornece amplo acesso e de forma simultânea com os
outros países possamos vislumbrar um cenário de música de improvisação livre, mesmo que restrito, mas sólido e contínuo em São Paulo ou até em outras partes do Brasil.

domingo, maio 30, 2010

Ari Brown - Venus (1998)

1. Oui Lee
2. Trane's Example
3. Roscoe
4. Venus
5. Quiet Time
6. Baldhead Gerald
7. Oh What A World We're Living In
8. Rahsaan In The Serengeti

Ari Brown (soprano, alto, tenor saxophones);
Kirk Brown (piano);
Avreeayl Ra (drums);
Art Burton (congas, bongos)

Rec.: Riverside Studio (03/03/1998 - 03/04/1998)

Para mais detalhes sobre este saxofonista e pianista de Chicago membro da AACM e do The Ritual trio de Kahil El Zabar, acesse o blog
Farofa Moderna, onde escrevi um post mais detalhado. Para acessar o arquivo, clique na imagem acima.

quarta-feira, maio 26, 2010

Token Entry - The Weight Of The World (1990)

Esta foi a última gravação do Token Entry, o disco que não agradou alguns apreciadores da banda, pois a sonoridade evoluiu para um estilo mais rock, os vocais mais rap de Tim Chunks e solos de guitarra mais apurados. Alguns disseram que eles se tornaram uma banda de funk'o'metal, o que não é verdade. Os novos membros deram uma nova sonoridade, com Richie "Stretch" Acham nas guitarras, que tem o domínio sob o instrumento como Rocky George do Suicidal Tendencies e o baixista Matt Citarella proveu uma base sólida com swing, sem aqueles exageros de slap bass característicos do funk'o'metal. Ernie continuou conduzindo o ritmo do Token Entry até deixar a bateria e tocar guitarra no Black Train Jack. A faixa Doing It Again lembra a sonoridade dos disco anteriores e as outras músicas são muito boas. Partindo da idéia de que o hardcore não se limita à uma estilística sonora e abordar de forma mais aberta, The Weight Of The World é um ótimo disco e vale a pena conferir. Já o Black Train Jack, que inclusive teve seu registro lançado no Brasil, tinha a expectativa de uma ligação ou continuação com o Token Entry, mas apenas uma faixa que Ernie compôs e fez os vocais lembrou a sua antiga banda. Fora que o BTJ fez uma versão horrível the One Love do Bob Marley. Clique na imagem para acessar o arquivo.

terça-feira, maio 25, 2010

Token Entry - Rarities (1985 - 1989)

Rarities contém as gravações do Token Entry na coletanea Free For All de 1989, do compacto Ready Or Not... Here We Come, performance ao vivo no WNYU e faixas inéditas. Clique na imagem acima para acessar o arquivo.

segunda-feira, maio 24, 2010

Token Entry - Jaybird (1988)

Este é o clássico do Token Entry ao qual tenho comentado neste blog. O disco passa tão rápido quanto uma session de downhill, que dá vontade de ouvir novamente. A reedição digital inclui uma versão inusitada de uma veterena banda de rock. A produção é claro, ficou por conta do guitarrista do Bad Brains, Dr. Know. Clique na imagem acima para acessar o arquivo.

quinta-feira, maio 20, 2010

MPB, taí uma coisa que brasileiro não gosta...

Os números e as cifras não mentem, a maioria da população não está nem aí para a mpb, pra Chico, Tom, as novas cantoras. Não? Se você só assiste a TV Cultura e lê os 2 jornais de maior tiragem do estado de São Paulo, pode até se iludir de que isso não seja verdade. Fato recente, na virada cultural quem quis prestigiar um show de mpb, foi atrapalhado pelo blá-blá-blá do povo que não estava nem ai pra música. Os rankings apontam o pop amorfo americano no topo das paradas, nas rádios mais populares de São Paulo. Mas e o samba? Ilusão também. Dá aquela impressão no carnaval, nos pagodinhos de bar, mas mesmo o pagode que o povo gosta já está contaminado com a super produção espelhada nos artístistas do R'n'B americano e o mesmo acontece com o sertanejo e o axé. Cada vez mais este lugar vai tomando um aspecto genérico e sem identidade, como se fosse uma tv samsung ou coisa parecida, tanto faz, afinal é apenas um grande retângulo preto fino e brilhante. Esse troço de brasilidade é da classe média intelectual, que coloca nome nos filhos de Antonia, Maria, Domingas, pois na perifa é Jenifer, Mikely, Jonathan.
 
 
Studio Ghibli Brasil