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segunda-feira, janeiro 29, 2018

William Hooker with DJ Olive & Glenn Spearman ‎– Mindfulness (1996)

Desde o ano de 2017 sem publicar pela falta de tempo, mas retomamos hoje, já desejando atrasado um feliz 2018! Ainda retomando as homenagens à Glenn Spearman que participou desta sessão liderada pelo baterista William Hooker e o DJ Olive completando o trio. Antes de qualquer especulação, o toca-discos cumpre o papel de instrumento musical como qualquer outro convencional. DJ Olive (Gregor Asch) conhecido como produtor de música (na maior parte música eletrônica) com forte influências do dub e improvisação livre fazendo parte dos grupos We, Lunchbox e Liminal. Também colaborou com os trabalhos de Kim Gordon, Ikue Mori, Zeena Parkins, Uri Caine, Medeski Martin and Wood, Dave Douglas e vários outros, com uma extensa discografia.
William Hooker, de Connecticut se mudou para New York em 1976 tocou com Thurston Moore, David Murray, David S. Ware, William Parker, Melvin Gibbs, Donald Miller, Elliott Sharp, Malachi Thompson, Zeena Parkins, Lee Ranaldo, DJ Spooky, Rob Brown, Roy Campbell, Mark Hennen, Steven Bernstein, Roy Nathanson, Jason Hwang, Dave Soldier, Sabir Mateen, Joseph Celli, Ellen Christi, Liudas Mockūnas, entre outros , sendo um dos mais criativos percussionistas contemporâneos e também injustamente reconhecido. Assim como o falecido também baterista Ronald Shannon Jackson, Hooker escreve e recita suas poesias no formato spoken word. Como sempre, poucas palavras e a música fala por si só. Nos comentários e mais uma vez, FELIZ 2018!

quarta-feira, março 01, 2017

Emergency - Homage To Peace (1970)

Após Arthur Doyle e Kalaparusha Maurice McIntyre, continuamos a relembrar a música de Glenn Spearman e também aproveito a oportunidade de relembrar a participação do meu amigo querido, o baterista Sabu Toyozumi, que participou das gravações do grupo Emergency em 1970.
Homage To Peace conta com o guitarrista Boulou Ferré (Jean-Jacques Ferret), nascido em 24/04/1951, estudou com Olivier Messiaen, aos 13 anos de idade tocou com John Coltrane no Jazz À Juan em Juan-les-Pins, Antibes. Também tocou com Dexter Gordon, Philly Joe Jones. Chet Baker, Steve Lacy, Gunter Hampel, Kenny Clarke, Warne Marsh, Steve Potts, etc. O baixista Bob Reid gravou com o grupo The Untouchable Factor de Sunny Murray e The Celestial Communications Orchestra de Alan Silva.O pianista Takashi Kako estudou composição com Olivier Messiaen e tocou com Kent Carter, Oliver Johnson. Noah Howard, Masahiko Togashi, Steve Lacy e compos trilhas para cinema e televisão. Nos comentários.

segunda-feira, janeiro 23, 2017

Charles Moffett ‎- The Gift (1969)

Charles Moffett (06/09/1929 - 14/02/1997) nasceu em Forth Worth, Texas e estudou junto com Ornette Coleman na Isaiah Milligan Terrell High School. Moffett iniciou na música como trompetista antes da bateria e aos 13 anos de idade tocou com Jimmy Witherspoon. Mais tarde formou o Jam Jivers com Ornette e Prince Lasha, ainda nos tempos de colégio.
Em 1961 mudou-se para New York para tocar com Ornette mas o saxofonista entrou num breve período de retiro nas atividades musicais até retornar em 1964 formando o trio com Moffett e o baixista David Izenzon, onde também passou a tocar vibrafone. Durante o período do afastamento de Ornette, tocou com Sonny Rollins, Pharoah Sanders, Carla Bley e participou das gravações do LP Four For Trane de Archie Shepp.
Moffett passou também a lecionar música na New York Public Schools como fonte de renda  alternativa devido as apresentações esporádicas com Ornette. Moffett lecionou em diversas escolas em New York e também em Oakland e Berkley, quando mudou para California. Seus filhos: o baixsta Charnett Moffett, o baterista Codaryl "Cody" Moffett (que participa desta gravação), a vocalista Charisse Moffett, o trompetista Mondre Moffett, e o saxofonista Charles Moffett, Jr.
O título The Gift faz referência ao amor de Moffett em lecionar música. Assim como Ornette gravou em 1966 o album Empty Foxyhole com seu filho Denardo Coleman na bateria aos 10 anos de idade, como tinha mencionado antes, participou aos 7 anos de idade, no primeiro album solo do pai. The Gift conta com a participação de Paul Jeffrey: saxofone tenor, Wilbur Ware: baixo e Dennis O'Tootle: bateria.Charles Moffett toca vibrafone e trompete, além da bateria nesta gravação. Nos comentários.
* E como diz o título da primeira faixa do The Gift, Avant Garde Got Soul Too...

terça-feira, março 08, 2016

Archie Shepp & Philly Joe Jones (1970)

É muito complexo determinar a importância de certas gravações neste tipo de música, pois a criatividade numa direção mais livre de rótulos é graças à Deus, abundante.
Archie Shepp & Philly Joe Jones foi gravado em Paris em 1969. A França foi praticamente um exílio para o chamado free jazz, gravações históricas ocorreram por lá. Em especial esta gravação onde Shepp e Jones dividem o título do disco, temos um grande grupo composto por Antony Braxton: alto, soprano saxophones, Chicago Beau: vocal, soprano saxophone, gaita, Julio Finn: gaita, Leroy Jenkins: violin e Earl Freeman: baixo.
Primeiro gostaria de destacar a presença de Philly Joe Jones, consagrado baterista desde a era do chamado hardbop, que não permaneceu alheio às inovações do jazz e participou ativamente, inclusive participando da Arkestra de Sun Ra.
Agora vamos trazer à luz do reconhecimento um nome muito importante nesta gravação: Julio Finn (Augustus Arnold). Além de ser gaitista, é um bluesman compositor, escritor, produtor de documentários. Nasceu em Chicago oruindo de uma família de educadores e músicos. Seu currículo musical é vasto, tendo tocado com Linton Kwesi Johnson, Muddy Waters, Eddie C. Campbell, Dennis Bovell, Art Ensemble of Chicago, Jeanne Lee, Dan-I, Alpha Blondy, Matumbi, Guardian Angel, Brigitte Fontaine, Sterling Plump, Donald Kinsey, U-Roy, Barry Ford, Scritti Politti, Errol Dunkley, e seu prório grupo, The Julio Finn Blues Band.
A segunda composição desta gravação é de autoria de Julio Finn, Howling In The Silence, sub-dividida em duas partes.
E finalmente, mais uma vez Chicago Beau (Lincoln T. Beauchamp Jr.), contribui com sua arte e talento no grupo de Shepp com a composição The Lowlands, a primeira do disco.
Infelizmente não consegui dados mais expressivos sobre Chicago Beau e seu conterrâneo Julio Finn, até na wikipedia só haviam textos em dinamarquês.
Sim, definitivamente não seria justo fazer qualquer comentário sobre a música registrada nesta gravação, não haveria palavras realmente precisas para descrever. O único comentário é no quesito técnico, talvez não houvesse boas condições de captação de todos os instrumentos e há uma dificuldade considerável para se poder escutar os instrumentos com menor alcance.
E como de costume, nos comentários. Bem que o disco poderia ter pelo menos o subtítulo de Chicago & Finn.

sexta-feira, fevereiro 12, 2016

Max Roach ‎- Chattahoochee Red (1981)

Logo após duas postagens abordando assuntos que geram conflito, justamente por estarmos numa época incoerentemente mais intolerante, faço uma pausa e este espaço prossegue trazendo a lembrança de um grande ser humano, Max Roach. Sim, ele se foi em 2007, mas a sua arte vive até hoje, desde o início dos anos 40 do séc.XX, até hoje...
Providencialmente e coincidentemente (Deus sabe disso), escolhi relembrar esta sessão gravada em 1981, onde se iniciava a colaboração entre músicos que duraria mais de 20 anos. Mas porque providencialmente? Chattahoochee Red abre com a faixa The Dream/It's Time, um solo de Max Roach intercalado com a gravação do discurso de Martin Luther King, originalmente conhecido com o título de "I Have A Dream". Max Roach, como muitos já sabem, não foi apenas um baterista de jazz. Além de compositor, era um cidadão consciente dos direitos civis e sua música em muitos momentos refletia isso. Logo em seguida é executada It's Time, um clássico entre as composições de Max. Temos uma releitura de Lonesome Lover, originalmente gravada com a voz de Abbey Lincoln e coral, assim como It's Time. Também 'Round Midnight e Giant Steps são revisitadas de modo especial. Destaque para o solo final de Six Bits Blues, onde Bridgewater apenas usa o bocal do trompete. Como sempre não é necessário muitas palavras ou até nenhuma se faça necessária para descrever a música de Max Roach. Nos comentários como de costume. Sempre é uma boa ocasião para celebrar com música, e também refletir sobre os dias de hoje. Eu tenho um sonho...

sábado, outubro 10, 2015

Max Roach Double Quartet ‎- Bright Moments (1987)

Dando sequência à homenagem ao meu mestre dos pratos e tambores, sempre relembrando e celebrando sua música que em breve, se o mundo não se acabar com a loucura humana, completará 1 século de existência. Bright Moments é o terceiro registro do quarteto de Max Roach formado por Odean Pope, Cecil Bridgewater e Tyrone Brown ao lado do Uptown Quartet formado por: Diane Monroe (violino), Lesa Terry (violin), Maxine Roach (viola) e Zela Terry (cello).
Lembrando que Bright Moments foi composta por Roland Kirk e há também o clássico de Randy Weston, Hi Fly. Momentos brilhantes nos comentários

sábado, setembro 26, 2015

Max Roach Double Quartet ‎– Easy Winners (1985)

O quarteto que Max Roach desenvolveu um trabalho por décadas antes de sua despedida, se uniu ao quarteto de cordas no qual sua filha Maxine faz parte está registrado também em Easy Winners, de 1985. Bem, não há realmente nada mais o que dizer sobre Max e sua obra musical, seria uma repetição inútil do que a maioria das pessoas interessadas em música já sabem. Então a música continua falando por si só e este é um momento para relembrar este grande artista que contribuiu para uma grande mudança na música, sim, não só para o que se convencionou a ser chamado de jazz, ou música afro americana, mas simplesmente música. Atualmente retornou-se aos rudimentos das antigas discussões étnicas que sempre geram um saldo bem negativo, o qual realmente não quero jamais de nenhuma forma contribuir. Lembro-me sempre de uma entrevista em que perguntaram à Max Roach se ele escutava jazz, sobre novos bateristas de jazz, etc e ele apenas respondeu que não ouvia jazz, mas simplesmente música...
E como eu disse antes, não me recordo se registrei aqui mesmo no Sonorica, mas na dúvida novamente digo que as discussões sobre música, gêneros musicais, etc e etc são um enfado do espírito, uma satisfação de vaidades do intelecto humano que não tem nenhum proveito edificante.
Então minha sugestão é apenas deixar a música falar ao nosso coração.
Nos comentários, sem necessidade de qualquer palavra...

domingo, agosto 02, 2015

Max Roach - Live at the Funkhaus Hamburg (1984)

O tempo passa muito rápido, entramos no mês de Agosto e já são 2/3 do ano de 2015. Então sem perder mais um segundo sequer, não podia deixar passar este momento registrado em 1984, onde aconteceu um encontro muito especial, o quarteto que Max Roach desenvolveu um grandioso trabalho por décadas, num formato robusto, contou com a presença de Sam Rivers. Sim! Ele mesmo, graças à ele e sua esposa, Bea, tiveram papel fundamental na sobrevivência da música desbravadora que enfrentou muitas dificuldades nos anos 70. Estou falando do Studio Rivbea que praticamente era um refúgio para a música que destoava do grande mercado de consumo.
Não há a menor necessidade de usar este pequeno espaço para falar à respeito de Max Roach, Sam Rivers, Rivbea, há muita informação disponível por aí com extrema facilidade de acesso, não se limite aos primeiros links no resultado de busca, há um mundo de informação disponível, mas sempre verificando as fontes de dados. Nesta gravação captada por transmissão FM, o quinteto revisita o clássico tema Now's The Time, eternizado por Charlie Parker e aqui com a presença da flauta de Rivers. Outra surpresa é a releitura de Giant Steps, numa versão audaciosa. Bem, já falei demais, se passar disso pecarei em não ter palavras precisas para descrever o que aconteceu no dia 19 de Janeiro de 1984. Nos comentários, como de costume. Ah, sobre Max Roach? Nada a declarar, apenas que foi um dos responsáveis em uma grande mudança na música do séc. XX e no instrumento musical chamado bateria.

sábado, junho 13, 2015

Dannie Richmond Quartet ‎- Ode To Mingus (1979)

É óbvio que não seria qualquer baterista que poderia acompanhar os passos de Charles Mingus. O contra-baixista que se tornou um grande compositor é um dos mais famosos personagens do que se chama jazz. Há muitas histórias, estórias sobre ele, mitificação, etc. Inclusive percebi que há uma idolatria superficial sobre Mingus, assim como Dizzy, Monk, Miles, Coltrane, Bird, enfim, artistas que se tornaram ícones de coisas que chegam a não ter quase nenhuma relação com a música de fato. Não é todo mundo que menciona esses nomes, que realmente conhecem substancialmente a obra destes músicos. Nomes que se transformam em moeda de câmbio em círculos sociais, para causar uma "boa impressão", para ser incluído num seleto nicho, conquistar um status...
Mas mudando de assunto, Dannie Richmond não foi um inovador de destaque, como por exemplo um dos parceiros anteriores de Mingus, Max Roach, que inclusive fundaram um selo (Debut recs.), também com a esposa de Mingus, Celia, para lançar seus trabalhos e de outros grandes músicos do jazz. Mas isso de forma alguma denigre o talento de Richmond. Eu em minha opinião em particular, vejo (ouço) em Dannie uma grande influência de Max, mas é claro, com personalidade. Enfim, Richmond foi o grande parceiro de Mingus e muito mais importante do que isso, um amigo. Quase um ano após o falecimento de Mingus, creio que tenha sido o tempo necessário para registrar uma homenagem póstuma que certamente deixaria o exigente amigo feliz. Contribuíram de forma brilhante à homenagem Mike Richmond, baixista de longa carreira na música, que fez parte da Mingus Dinasty entre trabalhos com Stan Getz, Jack DeJohnette, Horace Silver, Joe Henderson, Lee Konitz, Hubert Laws, Gil Evans, Art Farmer, Woody Herman, etc. O saxofonista Bill Saxton trabalhou com Frank Foster, Clark Terry, Carmen McRae, Nancy Wilson, Tito Puente, Mongo Santamaria, Roy Ayers, Bobby Watson e Roy Haynes. E o pianista Danny Mixton tocou com Kenny Dorham, Cecil Payne, Art Blakey's Jazz Messengers, Frank Foster, Grant Green, Pharoah Sanders, Joe Williams e Dee Dee Bridgewater. Hoje é um bom dia para relembrar Mingus. Nos comentários.

segunda-feira, janeiro 27, 2014

Arthur Doyle & Hamid Drake ‎– Your Spirit Is Calling (2004)

Corpo, alma e espírito de Arthur Doyle se despedem deste mundo neste último 25/01/2014. Pra variar, enquanto estava entre nós, pouquíssimas pessoas se importaram ou tomaram qualquer conhecimento deste músico, contemporâneo de outro que se foi, Kalaparusha Maurice McIntyre. O Sonorica já dedicava um espaço para pessoas como Doyle, Glenn Spearman, Arthur Rhames, Frank Wright, pessoas que contribuiram de forma muito especial e significativa para a música criativa universal. Enquanto muitos regorgitavam sobre nomes que já tem o seu mérito e reconhecimento, Doyle ainda contribuía com sua arte sendo ignorado até pelo público especializado que contradiz a própria música que consomem, desbravar novos horizontes. Até quando a "discoteca básica" (detesto este termo) do dito free jazz deste povo se resume à Coltrane, Sanders, Ornette e arriscando Taylor? Enfim...
Eu só posso mesmo é homenagear Doyle divulgando a sua arte e neste dia em especial, homenagear também e principalmente um grande músico que graças à Deus ainda está vivo e em plena atividade, o grande músico Hamid Drake, The Mighty Hamid!
Trane e Rashid não foram os primeiros, mas tornaram célebre esta configuração de duo, onde literalmente o menos quer dizer mais, um formato que exige muito de um músico em termos de criatividade e até fisicamente falando. Não há mérito nenhum reservado para o Sonorica, apesar do falecimento de Doyle, continua como antes, sempre que possível divulgando a sua arte, e se ele ainda estivesse entre nós, nada mudaria por aqui, vez ou outra haverá posts dedicados à sua arte, sua poesia, sua música.
É uma mistura de sentimentos começar este ano falando de Arthur Doyle nestas circunstâncias, mas o que importa é celebrar a sua música, apesar de tudo...
Nos comentários.

segunda-feira, setembro 23, 2013

Arthur Doyle & Sunny Murray ‎– Live At Glenn Miller Café (2001)

Dando sequência ao espaço dedicado à divulgação e homenagem graças à Deus ainda em vida de Arthur Doyle, também aproveito para homenagear um músico que tem uma grande importância em particular para mim, Sunny Murray. Como baterista, Sunny me desvendou um novo horizonte no universo dos tambores e pratos, onde a liberdade faz uso de seu conceito mais amplo. O interessante é que Murray e Doyle compartilham de características que se correspondem, como músicos unusuais, criativos, mas também subestimados.
Esta gravação é do ano de 2000 no mitico Glenn Miller Café em Stockholm, Sweden e conta com a participação de Bengt Frippe Nordström no saxofone alto com sua peça Spontaneous Creation, dividida em três partes onde doyle não participa. Assim como Coltrane tinha seus "clássicos" que sempre revisitava e serviam como fonte de novas idéias, Doyle sempre expõe novas perspectivas com Nature Boy e African Love Call, de sua autoria. Nos comentários.

sexta-feira, julho 05, 2013

Arthur Doyle / Takashi Mizutani / Sabu Toyozumi ‎– Live In Japan 1997

O guitarrista Takashi Mizutani nasceu em 1948 e formou o grupo Les Rallizes Denudes em 1967 quando estudava na Doshisha University em Kyoto. Antes o grupo começou em 1962 como uma trupe musical teatral. Les Rallizes Denudes se tornou um dos mais influentes grupos de rock de vanguarda no underground japonês.
Arthur Doyle também conta com a colaboração do meu querido amigo Sabu Toyozumi, que esteve por aqui no final de 2011, com quem tive o prazer de conhecer e fazer música. Esse encontro foi graças ao meu amigo Antonio Panda Gianfratti (isso não é mera bajulação, mas gratidão e honra a quem merece). Esta gravação circulou em formato K7 até ser lançado em formato LP em 2003, ou seja, inviável para o mercado brasileiro. Este é um recado para os orgãos sensores da rede digital que por ventura achem que o Sonorica está se beneficiando de alguma forma na divulgação de artístas. Sempre que posso, falo sobre isso, afinal, nunca se sabe. No mais, sempre temos uma boa surpresa nos trabalhos de Arthur Doyle e é muito interessante e intenso este encontro de Doyle com esses músicos japoneses, quando esteve em Tokyo. Nos comentários.

segunda-feira, abril 22, 2013

Blue Humans ‎– Live In London 1994

Blue Humans é o grupo do músico, compositor e escritor Rudolph Grey, que além de guitarrista notório do cenário no wave e free jazz de New York, também escreveu o livro Nightmare Of Ecstasy (1992), uma biografia do diretor de cinema Ed Wood. Blue Humans já teve a participação de músicos como Arthur Doyle e Beaver Harris em suas diversas configurações e neste registro ao vivo de 1994, Grey optou por um trio formado por dois bateristas, Tom Surgal, percussionista de New York, que já gravou com Thurston Moore e é membro do grupo de música experimental White Out e Charles Gayle (?!). Pois é, foi uma grande surpresa e até pensei em algum erro de dados, pois nunca tive contato com algum registro do lendário saxofonista empunhando um par de baquetas além do saxofone e piano. Não que isso seja unanimidade, pois o saxofonista John Gilmore, que foi membro da orquestra de Sun Ra por décadas, também foi percussionista. Foram registrados dois momentos, dia 28/07 no The Garage e 29/04 na loja de discos Rough Trade. Em Live In London Grey aparentemente preferiu colocar a bateria em evidência com um peso brutal. Nos comentários do post.

terça-feira, novembro 20, 2012

Pete La Roca (Peter Sims) 07/04/1938 - 19/11/2012


Peter Sims adotou o nome Pete La Roca quando tocava timbales nas chamadas latin bands. Entre 1957 e 1968 trabalhou com Sonny Rollins, Jackie McLean, Slide Hampton, John Coltrane, Marian McPartland, Art Farmer, Freddie Hubbard, Mose Allison, Charles Lloyd, Paul Bley, Steve Kuhn entre outros.
Sua primeira gravação como líder foi Basra (1965), pelo selo Blue Note, com Joe Henderson, Steve Swallow e Steve Kuhn. O segundo título com suas composições foi Turkish Women at the Bath (Douglas, 1967), que também foi lançado como Bliss! (Muse 1968), sob o nome de Chick Corea, que participou deste disco.
Por conta deste lançamento sem a sua autorização, Pete deixou a música para se tornar advogado e só retornou à música em 1979. Gravou um album como líder entitulado de Swingtime (Blue Note, 1997).
Clique aqui, para a discografia detalhada de Pete La Roca.

sexta-feira, janeiro 20, 2012

Louis Hayes - The Real Thing (1977)

Louis Hayes nasceu dia 31/05/1937 em Detroit, sua maior influência foi Philly Joe Jones e teve Papa Jo Jones como mentor musical. Ainda no fim da adolescencia trabalhou com Yusef Lateef e Curtis Fuller, depois se associou a Horace Silver e três anos depois com Cannoball Adderley, Oscar Peterson por dois anos e realizou diversos trabalhos com Freddie Hubbard, Joe Henderson, Kenny Barron e James Spaulding. No início dos anos 70 formou um quinteto com Woody Shaw e Junior Cook que deixou o grupo, dando lugar à Renè McLean, que desenvolveu sua própria personalidade ao saxofone, independente de ser filho de Jackie MacLean.
The Real Thing se assemelha em alguns aspectos ao Jazz Messengers de Art Blakey, mas a sonoridade é uma contemporânea do chamado hardbop. Talvez haja mais semelhanças entre os Messengers e o sexteto de Hayes quando Billy Harper colaborou com Blakey. Hayes tocou com Trane na época do hardbop nas gravações do selo Prestige e também no controverso Coltrane Time, que teve alguns problemas burocráticos, de marketing, pois se tratava de uma seção liderada por Cecil Taylor, entitulada de Hard Driving Jazz. Louis Hayes é um baterista enraizado na tradição do jazz que proporciona um andamento dinâmico e vigoroso às composições. Slide Hampton é contemporâneo de Curtis Fuller e não deixa de ser fruto da evolução do trombone desde J.J. Johnson. Stafford James tocou com Albert Ayler, Pharoah Sanders, Alice Coltrane, Gary Bartz, Andrew Hill entre outros músicos criativos. Ronnie Mathews tocou com Art Blakey, Max Roach, Clifford Jordan e muitos citavam Thelonious Monk e Bud Powell em suas influências e algumas semelhanças do estilo de McCoy Tyner.
The Real Thing é um disco atemporal e cheio de vitalidade, aliás vitalidade é a principal característica de Loius Hayes à bateria. Clique na imagem para acessar o arquivo.

sábado, dezembro 03, 2011

Sabu Toyozumi (Japão) no Centro Cultural São Paulo (07/12/2011)

Nesta quarta-feira, Sabu Toyozumi se apresenta no Centro Cultural São Paulo na R. Vergueiro às 21:00h com entrada franca. Imperdível encontro de dois músicos experientes na área da Improvisação Livre, gênero ainda muito obscuro no Brasil, mas que tem lutado com todas as forças em número extremamente pequeno de pessoas realmente envolvidas, para que se estabeleça definitivamente no cenário musical brasileiro.
Toyozumi estará ministrando uma oficina musical no dia anterior à apresentação, num esforço de proporcionar mais uma ferramenta na formação de bons músicos que estejam interessados em desenvolver um trabalho neste campo e ainda de forma totalmente acessível, como tem sido ao longo destes últimos 2 anos no CCSP, que trouxe grandes músicos da Improvisação Livre no cenário mundial para emsinar e trocar experiencias com os participantes das oficinas.
Quanto ao concerto, certamente proporcionará uma rica e bela experiência musical que não se vê todos os dias nesta cidade. Portanto deixe a rotina de lado, a falta de disposição, a tv para apreciar boa música ao vivo, uma arte livre e ousada. Isto é um presente de pré-natal para você.

Quarta-feira, 07/12/2011 às 21:00h, entrada franca.

Centro Cultural São Paulo
R. Vergueiro, #1000 - Paraíso, São Paulo, SP
tel.: 3397 - 4002
acesso pelo metrô estação Vergueiro Linha 1 Azul

sexta-feira, novembro 25, 2011

Sabu Toyozumi em São Paulo

Sabu Toyozumi nasceu em 1943, Tsurumi - Yokohama. Aos 10 anos começou tocando em bandas de marcha e tocando com amigos e aos 17 deu início sua carreira profissional, sendo que em 1969 começou a tocar bateria no estilo livre, formando um duo no ano seguinte com o saxofonista Mototeru Takagi. Em 1971 se tornou membro da AACM e tocou na Europa, Indonésia, África, Nepal, India, Burma e inclusive no Brasil em 1974. Nos anos 80, tocou no Japão com Misha Mengelberg, Wadada Leo Smith, Derek Bailey, Paul Rutherford, Sunny Murray, John Russell entre outros. Em 2001 tocou com Fred Frith em San Francisco, com Wadada Leo Smith no CalifoniaInstitute Of Art e uma turnê em Cuba. Em 2004 inicou uma turnê para Mongolia, Coréia, Lituânia e Russia. Em 2005 o Sabu Toyozumi Project participou do Mopomoso festival em Londres com John Russell, Evan Parker, Lol Coxhill, Paul Rutherford, Phil Minton, Marcio Mattos, John Edwards, Roger Turner, Stefan Keune, Steve Beresford, John Butcher, Phil Wachsmann, Chris Burn, Terry Day e Veryan Weston.
No mês de Dezembro, Sabu estará em São Paulo para realizar apresentações e workshop.
Bem, creio que este video é uma pequena amostra da arte de Toyozumi e mesmo assim explica bem melhor do que mil palavras. Este texto é apenas um resumo de usa carreira.

quarta-feira, outubro 05, 2011

Buddy Rich – Very Live At Buddy's Place (1974)

Não tem como excluir Buddy Rich quando se fala de bateria e isso abrange um todo, não apenas um baterista de swing e jazz. Buddy não é o pioneiro, mas um músico que fez a diferença, atravessou décadas e obviamente fez escola. Muito já se documentou sobre ele, já não é mais necessário dizer sobre sua incrível técnica, sentimento, as "drum battles" ao lado de Gene Krupa, Max Roach, etc. Simplesmente Buddy estreou em público em 1921 e sua carreira no jazz se deu em 1937. Todos os rudimentos de bateria estão nele, sua técnica impecável muitas vezes é interpretada de forma equivocada, principalmente por músicos, professores de bateria (turminha Teodoro Sampaio), que apenas conseguem focar de forma distocida o virtuosismo em um instrumento musical. Por conta disso, principalmente em São Paulo (existe isso no mundo inteiro, mas como sou de SP, posso relatar com mais autoridade), onde se criou um padrão de bateristas que primam pela técnica apenas, deixando a arte de lado, a alma na música, a criatividade. "Where are the soul drummers?" Hoje em dia não sinto a menor vontade de assistir à uma jazz gig em São Paulo pelo simples fato de me deparar com simulacros sem a menor personalidade, tentando emular os tempos de Birdland ou Village Vanguard e ainda de forma muito, mas muito equivocada. Certa vez eu assisti um video em homenagem à Art Blakey e seus Jazz Messengers e foi deprimente. Técnicamente, não é tão complexo desvendar o estilo de Blakey, mas é óbvio que isso não tem importância, pois o que é maravilhoso no drumming dele, é o seu sentimento, a respiração dos tambores e o falar dos pratos. Mas enfim, vamos falar de Buddy Rich.

Muitos o vêem como exibicionista, etc. De certa forma ele tem um pouco disso por conta de suas raízes artísticas de berço, o teatro vaudeville, a tradição do conceito espetáculo norte americano, de show man. Mas deve se lembrar que Buddy abandonou o vaudeville à contra-gosto de seu pai, por querer ser baterista de jazz, numa época em que tal estilo não era visto com bons olhos pela sociedade. O restante já está muito bem documentado em livros, videos, etc.

Buddy lutou para formar a sua própria big band, colocando a bateria como líder, como fizera Krupa, Chick Webb, etc. Eu particularmente não sou muito apreciador de swing bands, como é a maioria das gravações de Buddy Rich, mas isso não quer dizer que seja ruim. Rich em formações menores é brilhante, desde os tempos do chamado bebop até as gravações em que se incorporou o soul, funk e rock. Para quem nunca ouviu, Buddy tocando funk é tão dançante quanto os bateristas do JB's. Na versão de Chameleon em Very Live At Buddy's Place, composta por Herbie Hancock e seu famoso grupo Headhunters, podemos comprovar isso e ainda conta com a participação do baixista Anthony Jackson. A sessão ainda inclui os clássicos como Jumpin' At The Woodside e Billy's Bounce. Não há mais o que dizer e mais uma vez, a música fala por si só. Clique na imagem da capa do disco para acessar o arquivo.

 
 
Studio Ghibli Brasil