segunda-feira, janeiro 29, 2018
William Hooker with DJ Olive & Glenn Spearman – Mindfulness (1996)
William Hooker, de Connecticut se mudou para New York em 1976 tocou com Thurston Moore, David Murray, David S. Ware, William Parker, Melvin Gibbs, Donald Miller, Elliott Sharp, Malachi Thompson, Zeena Parkins, Lee Ranaldo, DJ Spooky, Rob Brown, Roy Campbell, Mark Hennen, Steven Bernstein, Roy Nathanson, Jason Hwang, Dave Soldier, Sabir Mateen, Joseph Celli, Ellen Christi, Liudas Mockūnas, entre outros , sendo um dos mais criativos percussionistas contemporâneos e também injustamente reconhecido. Assim como o falecido também baterista Ronald Shannon Jackson, Hooker escreve e recita suas poesias no formato spoken word. Como sempre, poucas palavras e a música fala por si só. Nos comentários e mais uma vez, FELIZ 2018!
quarta-feira, março 01, 2017
Emergency - Homage To Peace (1970)
Homage To Peace conta com o guitarrista Boulou Ferré (Jean-Jacques Ferret), nascido em 24/04/1951, estudou com Olivier Messiaen, aos 13 anos de idade tocou com John Coltrane no Jazz À Juan em Juan-les-Pins, Antibes. Também tocou com Dexter Gordon, Philly Joe Jones. Chet Baker, Steve Lacy, Gunter Hampel, Kenny Clarke, Warne Marsh, Steve Potts, etc. O baixista Bob Reid gravou com o grupo The Untouchable Factor de Sunny Murray e The Celestial Communications Orchestra de Alan Silva.O pianista Takashi Kako estudou composição com Olivier Messiaen e tocou com Kent Carter, Oliver Johnson. Noah Howard, Masahiko Togashi, Steve Lacy e compos trilhas para cinema e televisão. Nos comentários.
segunda-feira, janeiro 23, 2017
Charles Moffett - The Gift (1969)
Em 1961 mudou-se para New York para tocar com Ornette mas o saxofonista entrou num breve período de retiro nas atividades musicais até retornar em 1964 formando o trio com Moffett e o baixista David Izenzon, onde também passou a tocar vibrafone. Durante o período do afastamento de Ornette, tocou com Sonny Rollins, Pharoah Sanders, Carla Bley e participou das gravações do LP Four For Trane de Archie Shepp.
Moffett passou também a lecionar música na New York Public Schools como fonte de renda alternativa devido as apresentações esporádicas com Ornette. Moffett lecionou em diversas escolas em New York e também em Oakland e Berkley, quando mudou para California. Seus filhos: o baixsta Charnett Moffett, o baterista Codaryl "Cody" Moffett (que participa desta gravação), a vocalista Charisse Moffett, o trompetista Mondre Moffett, e o saxofonista Charles Moffett, Jr.
O título The Gift faz referência ao amor de Moffett em lecionar música. Assim como Ornette gravou em 1966 o album Empty Foxyhole com seu filho Denardo Coleman na bateria aos 10 anos de idade, como tinha mencionado antes, participou aos 7 anos de idade, no primeiro album solo do pai. The Gift conta com a participação de Paul Jeffrey: saxofone tenor, Wilbur Ware: baixo e Dennis O'Tootle: bateria.Charles Moffett toca vibrafone e trompete, além da bateria nesta gravação. Nos comentários.
* E como diz o título da primeira faixa do The Gift, Avant Garde Got Soul Too...
terça-feira, março 08, 2016
Archie Shepp & Philly Joe Jones (1970)
Archie Shepp & Philly Joe Jones foi gravado em Paris em 1969. A França foi praticamente um exílio para o chamado free jazz, gravações históricas ocorreram por lá. Em especial esta gravação onde Shepp e Jones dividem o título do disco, temos um grande grupo composto por Antony Braxton: alto, soprano saxophones, Chicago Beau: vocal, soprano saxophone, gaita, Julio Finn: gaita, Leroy Jenkins: violin e Earl Freeman: baixo.
Primeiro gostaria de destacar a presença de Philly Joe Jones, consagrado baterista desde a era do chamado hardbop, que não permaneceu alheio às inovações do jazz e participou ativamente, inclusive participando da Arkestra de Sun Ra.
Agora vamos trazer à luz do reconhecimento um nome muito importante nesta gravação: Julio Finn (Augustus Arnold). Além de ser gaitista, é um bluesman compositor, escritor, produtor de documentários. Nasceu em Chicago oruindo de uma família de educadores e músicos. Seu currículo musical é vasto, tendo tocado com Linton Kwesi Johnson, Muddy Waters, Eddie C. Campbell, Dennis Bovell, Art Ensemble of Chicago, Jeanne Lee, Dan-I, Alpha Blondy, Matumbi, Guardian Angel, Brigitte Fontaine, Sterling Plump, Donald Kinsey, U-Roy, Barry Ford, Scritti Politti, Errol Dunkley, e seu prório grupo, The Julio Finn Blues Band.
A segunda composição desta gravação é de autoria de Julio Finn, Howling In The Silence, sub-dividida em duas partes.
E finalmente, mais uma vez Chicago Beau (Lincoln T. Beauchamp Jr.), contribui com sua arte e talento no grupo de Shepp com a composição The Lowlands, a primeira do disco.
Infelizmente não consegui dados mais expressivos sobre Chicago Beau e seu conterrâneo Julio Finn, até na wikipedia só haviam textos em dinamarquês.
Sim, definitivamente não seria justo fazer qualquer comentário sobre a música registrada nesta gravação, não haveria palavras realmente precisas para descrever. O único comentário é no quesito técnico, talvez não houvesse boas condições de captação de todos os instrumentos e há uma dificuldade considerável para se poder escutar os instrumentos com menor alcance.
E como de costume, nos comentários. Bem que o disco poderia ter pelo menos o subtítulo de Chicago & Finn.
sexta-feira, fevereiro 12, 2016
Max Roach - Chattahoochee Red (1981)
Providencialmente e coincidentemente (Deus sabe disso), escolhi relembrar esta sessão gravada em 1981, onde se iniciava a colaboração entre músicos que duraria mais de 20 anos. Mas porque providencialmente? Chattahoochee Red abre com a faixa The Dream/It's Time, um solo de Max Roach intercalado com a gravação do discurso de Martin Luther King, originalmente conhecido com o título de "I Have A Dream". Max Roach, como muitos já sabem, não foi apenas um baterista de jazz. Além de compositor, era um cidadão consciente dos direitos civis e sua música em muitos momentos refletia isso. Logo em seguida é executada It's Time, um clássico entre as composições de Max. Temos uma releitura de Lonesome Lover, originalmente gravada com a voz de Abbey Lincoln e coral, assim como It's Time. Também 'Round Midnight e Giant Steps são revisitadas de modo especial. Destaque para o solo final de Six Bits Blues, onde Bridgewater apenas usa o bocal do trompete. Como sempre não é necessário muitas palavras ou até nenhuma se faça necessária para descrever a música de Max Roach. Nos comentários como de costume. Sempre é uma boa ocasião para celebrar com música, e também refletir sobre os dias de hoje. Eu tenho um sonho...
sábado, outubro 10, 2015
Max Roach Double Quartet - Bright Moments (1987)
Lembrando que Bright Moments foi composta por Roland Kirk e há também o clássico de Randy Weston, Hi Fly. Momentos brilhantes nos comentários
sábado, setembro 26, 2015
Max Roach Double Quartet – Easy Winners (1985)
E como eu disse antes, não me recordo se registrei aqui mesmo no Sonorica, mas na dúvida novamente digo que as discussões sobre música, gêneros musicais, etc e etc são um enfado do espírito, uma satisfação de vaidades do intelecto humano que não tem nenhum proveito edificante.
Então minha sugestão é apenas deixar a música falar ao nosso coração.
Nos comentários, sem necessidade de qualquer palavra...
domingo, agosto 02, 2015
Max Roach - Live at the Funkhaus Hamburg (1984)
Não há a menor necessidade de usar este pequeno espaço para falar à respeito de Max Roach, Sam Rivers, Rivbea, há muita informação disponível por aí com extrema facilidade de acesso, não se limite aos primeiros links no resultado de busca, há um mundo de informação disponível, mas sempre verificando as fontes de dados. Nesta gravação captada por transmissão FM, o quinteto revisita o clássico tema Now's The Time, eternizado por Charlie Parker e aqui com a presença da flauta de Rivers. Outra surpresa é a releitura de Giant Steps, numa versão audaciosa. Bem, já falei demais, se passar disso pecarei em não ter palavras precisas para descrever o que aconteceu no dia 19 de Janeiro de 1984. Nos comentários, como de costume. Ah, sobre Max Roach? Nada a declarar, apenas que foi um dos responsáveis em uma grande mudança na música do séc. XX e no instrumento musical chamado bateria.
sábado, junho 13, 2015
Dannie Richmond Quartet - Ode To Mingus (1979)
Mas mudando de assunto, Dannie Richmond não foi um inovador de destaque, como por exemplo um dos parceiros anteriores de Mingus, Max Roach, que inclusive fundaram um selo (Debut recs.), também com a esposa de Mingus, Celia, para lançar seus trabalhos e de outros grandes músicos do jazz. Mas isso de forma alguma denigre o talento de Richmond. Eu em minha opinião em particular, vejo (ouço) em Dannie uma grande influência de Max, mas é claro, com personalidade. Enfim, Richmond foi o grande parceiro de Mingus e muito mais importante do que isso, um amigo. Quase um ano após o falecimento de Mingus, creio que tenha sido o tempo necessário para registrar uma homenagem póstuma que certamente deixaria o exigente amigo feliz. Contribuíram de forma brilhante à homenagem Mike Richmond, baixista de longa carreira na música, que fez parte da Mingus Dinasty entre trabalhos com Stan Getz, Jack DeJohnette, Horace Silver, Joe Henderson, Lee Konitz, Hubert Laws, Gil Evans, Art Farmer, Woody Herman, etc. O saxofonista Bill Saxton trabalhou com Frank Foster, Clark Terry, Carmen McRae, Nancy Wilson, Tito Puente, Mongo Santamaria, Roy Ayers, Bobby Watson e Roy Haynes. E o pianista Danny Mixton tocou com Kenny Dorham, Cecil Payne, Art Blakey's Jazz Messengers, Frank Foster, Grant Green, Pharoah Sanders, Joe Williams e Dee Dee Bridgewater. Hoje é um bom dia para relembrar Mingus. Nos comentários.
segunda-feira, janeiro 27, 2014
Arthur Doyle & Hamid Drake – Your Spirit Is Calling (2004)
Eu só posso mesmo é homenagear Doyle divulgando a sua arte e neste dia em especial, homenagear também e principalmente um grande músico que graças à Deus ainda está vivo e em plena atividade, o grande músico Hamid Drake, The Mighty Hamid!
Trane e Rashid não foram os primeiros, mas tornaram célebre esta configuração de duo, onde literalmente o menos quer dizer mais, um formato que exige muito de um músico em termos de criatividade e até fisicamente falando. Não há mérito nenhum reservado para o Sonorica, apesar do falecimento de Doyle, continua como antes, sempre que possível divulgando a sua arte, e se ele ainda estivesse entre nós, nada mudaria por aqui, vez ou outra haverá posts dedicados à sua arte, sua poesia, sua música.
É uma mistura de sentimentos começar este ano falando de Arthur Doyle nestas circunstâncias, mas o que importa é celebrar a sua música, apesar de tudo...
Nos comentários.
segunda-feira, setembro 23, 2013
Arthur Doyle & Sunny Murray – Live At Glenn Miller Café (2001)
Esta gravação é do ano de 2000 no mitico Glenn Miller Café em Stockholm, Sweden e conta com a participação de Bengt Frippe Nordström no saxofone alto com sua peça Spontaneous Creation, dividida em três partes onde doyle não participa. Assim como Coltrane tinha seus "clássicos" que sempre revisitava e serviam como fonte de novas idéias, Doyle sempre expõe novas perspectivas com Nature Boy e African Love Call, de sua autoria. Nos comentários.
sexta-feira, julho 05, 2013
Arthur Doyle / Takashi Mizutani / Sabu Toyozumi – Live In Japan 1997
segunda-feira, abril 22, 2013
Blue Humans – Live In London 1994
segunda-feira, dezembro 03, 2012
terça-feira, novembro 20, 2012
Pete La Roca (Peter Sims) 07/04/1938 - 19/11/2012
Peter Sims adotou o nome Pete La Roca quando tocava timbales nas chamadas latin bands. Entre 1957 e 1968 trabalhou com Sonny Rollins, Jackie McLean, Slide Hampton, John Coltrane, Marian McPartland, Art Farmer, Freddie Hubbard, Mose Allison, Charles Lloyd, Paul Bley, Steve Kuhn entre outros.
Sua primeira gravação como líder foi Basra (1965), pelo selo Blue Note, com Joe Henderson, Steve Swallow e Steve Kuhn. O segundo título com suas composições foi Turkish Women at the Bath (Douglas, 1967), que também foi lançado como Bliss! (Muse 1968), sob o nome de Chick Corea, que participou deste disco.
Por conta deste lançamento sem a sua autorização, Pete deixou a música para se tornar advogado e só retornou à música em 1979. Gravou um album como líder entitulado de Swingtime (Blue Note, 1997).
Clique aqui, para a discografia detalhada de Pete La Roca.
sexta-feira, maio 04, 2012
M'Boom 1971
sexta-feira, janeiro 20, 2012
Louis Hayes - The Real Thing (1977)

The Real Thing se assemelha em alguns aspectos ao Jazz Messengers de Art Blakey, mas a sonoridade é uma contemporânea do chamado hardbop. Talvez haja mais semelhanças entre os Messengers e o sexteto de Hayes quando Billy Harper colaborou com Blakey. Hayes tocou com Trane na época do hardbop nas gravações do selo Prestige e também no controverso Coltrane Time, que teve alguns problemas burocráticos, de marketing, pois se tratava de uma seção liderada por Cecil Taylor, entitulada de Hard Driving Jazz. Louis Hayes é um baterista enraizado na tradição do jazz que proporciona um andamento dinâmico e vigoroso às composições. Slide Hampton é contemporâneo de Curtis Fuller e não deixa de ser fruto da evolução do trombone desde J.J. Johnson. Stafford James tocou com Albert Ayler, Pharoah Sanders, Alice Coltrane, Gary Bartz, Andrew Hill entre outros músicos criativos. Ronnie Mathews tocou com Art Blakey, Max Roach, Clifford Jordan e muitos citavam Thelonious Monk e Bud Powell em suas influências e algumas semelhanças do estilo de McCoy Tyner.
The Real Thing é um disco atemporal e cheio de vitalidade, aliás vitalidade é a principal característica de Loius Hayes à bateria. Clique na imagem para acessar o arquivo.
sábado, dezembro 03, 2011
Sabu Toyozumi (Japão) no Centro Cultural São Paulo (07/12/2011)

sexta-feira, novembro 25, 2011
Sabu Toyozumi em São Paulo
quarta-feira, outubro 05, 2011
Buddy Rich – Very Live At Buddy's Place (1974)
Não tem como excluir Buddy Rich quando se fala de bateria e isso abrange um todo, não apenas um baterista de swing e jazz. Buddy não é o pioneiro, mas um músico que fez a diferença, atravessou décadas e obviamente fez escola. Muito já se documentou sobre ele, já não é mais necessário dizer sobre sua incrível técnica, sentimento, as "drum battles" ao lado de Gene Krupa, Max Roach, etc. Simplesmente Buddy estreou em público em 1921 e sua carreira no jazz se deu em 1937. Todos os rudimentos de bateria estão nele, sua técnica impecável muitas vezes é interpretada de forma equivocada, principalmente por músicos, professores de bateria (turminha Teodoro Sampaio), que apenas conseguem focar de forma distocida o virtuosismo em um instrumento musical. Por conta disso, principalmente em São Paulo (existe isso no mundo inteiro, mas como sou de SP, posso relatar com mais autoridade), onde se criou um padrão de bateristas que primam pela técnica apenas, deixando a arte de lado, a alma na música, a criatividade. "Where are the soul drummers?" Hoje em dia não sinto a menor vontade de assistir à uma jazz gig em São Paulo pelo simples fato de me deparar com simulacros sem a menor personalidade, tentando emular os tempos de Birdland ou Village Vanguard e ainda de forma muito, mas muito equivocada. Certa vez eu assisti um video em homenagem à Art Blakey e seus Jazz Messengers e foi deprimente. Técnicamente, não é tão complexo desvendar o estilo de Blakey, mas é óbvio que isso não tem importância, pois o que é maravilhoso no drumming dele, é o seu sentimento, a respiração dos tambores e o falar dos pratos. Mas enfim, vamos falar de Buddy Rich.
Muitos o vêem como exibicionista, etc. De certa forma ele tem um pouco disso por conta de suas raízes artísticas de berço, o teatro vaudeville, a tradição do conceito espetáculo norte americano, de show man. Mas deve se lembrar que Buddy abandonou o vaudeville à contra-gosto de seu pai, por querer ser baterista de jazz, numa época em que tal estilo não era visto com bons olhos pela sociedade. O restante já está muito bem documentado em livros, videos, etc.
Buddy lutou para formar a sua própria big band, colocando a bateria como líder, como fizera Krupa, Chick Webb, etc. Eu particularmente não sou muito apreciador de swing bands, como é a maioria das gravações de Buddy Rich, mas isso não quer dizer que seja ruim. Rich em formações menores é brilhante, desde os tempos do chamado bebop até as gravações em que se incorporou o soul, funk e rock. Para quem nunca ouviu, Buddy tocando funk é tão dançante quanto os bateristas do JB's. Na versão de Chameleon em Very Live At Buddy's Place, composta por Herbie Hancock e seu famoso grupo Headhunters, podemos comprovar isso e ainda conta com a participação do baixista Anthony Jackson. A sessão ainda inclui os clássicos como Jumpin' At The Woodside e Billy's Bounce. Não há mais o que dizer e mais uma vez, a música fala por si só. Clique na imagem da capa do disco para acessar o arquivo.