terça-feira, agosto 31, 2010
Slave Master - Under The 6 (1994)
Fazendo parte da série Black Arc produzida por Bill Laswell, Slave Master conta com os parceiros do universo P-Funk, que demonstram uma versatilidade em estilos musicais: O guitarrista, Michael Hampton e os vocais de Gary "Mudbone" Cooper, ao lado de Islam Shabazz no baixo e vocais e o guitarrista Bill McKinney. Vale lembrar de Bootsy Collins e Bernie Worrell que participaram de diversos projetos de Laswell. Temos no projeto Slave Master a fusão do hiphop com rock pesado, de uma forma muito mais direta do que o Body Count de Ice T, que foi mais para o heavy metal. Slave Master tem uma sonoridade mais "crua". Para acessar o arquivo, clique na imagem.
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sábado, agosto 28, 2010
Albert Ayler - New Grass (1968)
New Grass é um disco que se tornou controverso em seu tempo. O severo Leroy Jones (Amiri Baraka) chegou a dizer que o irmão Albert estava perdido, muitos disseram que era uma tentativa de ganhar dinheiro, se aproximando dos estilos que estavam na moda naquela época, o Soul e Rhythm' Blues e se o Jazz perdera espaço por estes e o Rock'n'roll, imagine o Free jazz. Ora, não sejamos ingênuos em relação ao produtor Bob Thiele e seu selo Impulse! Ele já havia pressionado Coltrane a gravar Ballads e John Coltrane with Johnny Hartman como condição de Trane continuar seu rumo à regiões estelares e garantir o saldo da empresa.
Mesmo que Ayler tenha gravado New Grass por imposição de mercado, temos um disco maravilhoso, quer queiram os fundamentalistas da vanguarda ou não, com a costumeira exposição da alma de Ayler em devoção ao Criador. Albert Ayler tem uma personalidade muito forte e mesmo que este disco seja injustamente considerado comercial, é um disco de Albert Ayler, onde seu saxofone tenor flui com torrencial liberdade com a beleza dos vocais de The Soul Singers e o ritmo inconfundível do baterista Bernard Purdie. Clique na imagem para acessar o arquivo.
Mesmo que Ayler tenha gravado New Grass por imposição de mercado, temos um disco maravilhoso, quer queiram os fundamentalistas da vanguarda ou não, com a costumeira exposição da alma de Ayler em devoção ao Criador. Albert Ayler tem uma personalidade muito forte e mesmo que este disco seja injustamente considerado comercial, é um disco de Albert Ayler, onde seu saxofone tenor flui com torrencial liberdade com a beleza dos vocais de The Soul Singers e o ritmo inconfundível do baterista Bernard Purdie. Clique na imagem para acessar o arquivo.
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sexta-feira, agosto 27, 2010
Liberdade de expressão, leitura e reflexão da informação para edificação do ser humano
Enforque-se na corda da liberdade! Quem costuma dizer esta frase acima é o Abujamra no programa de tv Provocações. Não sei se foi ele que elaborou a frase ou citou de alguém, como costuma fazer, mas achei uma frase certeira como um arqueiro de competição olímpica.
E a world wide web nos permite uma imensa liberdade de expressão pessoal, principalmente nos weblogs, os blogs, ou diários digitais. Alguns chegam ao patamar de publicações impressas como jornais e revistas e até semelhantes às programações de rádio e tv.
Eu louvo à Deus por ter este espaço virtual ao qual posso me expressar com liberdade. Escolhi escrever sobre assuntos ligados às artes em geral, especificamente a arte musical. Claro que outros setores artísticos me interessam, como os filmes de animação ou não, artes plásticas, literatura, dança, etc, mas não disponho de tempo para pesquisar e fazer pelo menos a "lição de casa", seja, fazer uma pesquisa séria, procurar entender com uma certa base e segurança para publicar algo no blog, mesmo que apenas uma pessoa acesse o Sonorica por dia, ou até por semana. Na minha opinião pessoal e restrita, tenho este dever, esta responsabilidade e consciência de não sair digitando qualquer coisa sem conhecer o assunto em sí, coisa que falta em muitos que até publicam livros, artigos impressos com tiragens que chegam à milhares de unidades e muitas vezes, propagando falácias inundadas de arrogância, soberba e equívoco para muitas pessoas que usam destes meios como fonte de informação e conhecimento.
Mas aí é que está! Temos a liberdade de expressão! Cabe ao indivíduo ter o mínimo de senso crítico e filtrar as informações, averiguar se tal assunto tem coerência. Bem, restringindo ao campo musical, que por sí só já é extremamente amplo, façamos uma reflexão.
O Brasil nunca possuiu um veículo de informação de boa qualidade em conteúdo. Isso em todas as formas de midia até agora. Revistas e sites publicam conteúdos parciais sujeitos aos índices de acesso e vendas, patrocínios e o pior, das opiniões vaidosas dos ditos jornalistas musicais. Dificilmente se encontra por exemplo, uma resenha sobre um lançamento fonográfico em que o jornalista apenas informe o conteúdo da obra de forma imparcial de forma que o leitor tenha uma idéia aproximada do que realmente pode esperar em sua audição. Este tipo de matéria não é para ser uma obra literária autoral, aliás, o jornalismo, pelo que eu entendo, não é pra isso. A função é apenas informar e causar uma reação de reflexão.
Mas devemos averiguar qualquer tipo de texto publicação, não só musical e me sinto em falta só falando do universo musical, pois há um problema crônico generalizado nos meios de informação. E a leitura é uma ferramenta essencial para o aprimoramento do intelecto humano, e intelecto humano não tem nada haver com os estereótipos arrogantes e sim, com a capacidade de raciocinar, até para tarefas simples, como colocar a medida certa de óleo para fritar um ovo. A leitura estimula o cérebro de uma forma única. Pergunte a um deficiente visual a diferença de ouvir um texto gravado em audio e ler um texto em Braille (sistema de leitura por tato inventado pelo francês Louis Braille). Ler e refletir é extremamente edificante!
Vou usar como exemplo o livro mais lido pela humanidade: a Bíblia (que em grego significa, rolo pequeno de papiro e é um conjunto de livros). Este conjunto 66 de livros, (a bíblia católica inseriu posteriormente mais 7 livros, chamados de apócrifos. Apócrifo vem do latim apocryphus e este do grego ἀπόκρυφος, que significa oculto ou não autêntico) divididos em Antigo e Novo Testamentos, narram a história e o relacionamento de Deus e a humanidade desde a criação do mundo, tendo como Jesus Cristo, o centro de todos os livros. A maioria das pessoas tem um grande pré-conceito em relação a Bíblia.
Muita calma nesta hora:
-Ateus, agnósticos, céticos ou apenas leitores sem compromisso, se quiserem, leiam como apenas um livro despidos de pré-conceitos e terão a oportunidade de encontrar uma leitura interessante com excelente qualidade e diversidade de estilos literários;
-Religiosos, tentem refletir no conteúdo bíblico, se é que realmente o lêem e o entendem. Depois coloquem em prática no cotidiano;
-Cristãos, é a palavra de Deus, como se Ele falasse contigo. Mas como Deus diz, a fé sem obras é uma fé morta, por isso, mãos à obra;
-Fanáticos religiosos, não vão fazer nenhuma bobagem! Afinal, o Deus que vocês servem diz que a fé é racional;
*p.s.: Não é porque tivemos a Flip e a Bienal do livro que devemos ler por modismo, ler é um hábito saudável e deve ser contínuo. Leia todos os dias, nem que seja a bula do remédio ou o rótulo do pacote de bolacha!
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quinta-feira, agosto 26, 2010
Satoshi Kon (12/10/1963 - 24/08/2010)
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sábado, agosto 21, 2010
Milford Graves Trio - Live France 2008
Neste bootleg temos mais um encontro grandioso do free jazz: O lendário saxofonista Kidd Jordan e Milford Graves e William Parker. Outro encontro inédito ocorreu com Parker, Graves e Anthony Braxton, que nunca tinham gravado juntos até 2008, no disco Beyond Quantum, mesmo ano deste encontro com Jordan. Também houve à muitos anos atrás, mas não sei se há registro gravado de um encontro histórico de Graves e o saxofonista Charles Gayle em um festival. Neste festival na França, os três músicos deixam fluir suas idéias de forma intensa, como costuma ocorrer em sessões de free jazz, com alguns momentos de monólogos de cada artísta entre momentos mais torrenciais e serenos. A bateria de Graves sempre conduz por caminhos diferentes devido a sua técnica percussiva que não vêm das tradições do jazz, mas de uma música mais ancestral, em contraste de Jordan que é fundamentado na tradição de New Orleans. Parker tem ambos os elementos, aliados a uma linguagem contemporânea e universal em seu instrumento. Clique na imagem para acessar o arquivo. Por se tratar de um arquivo bootleg disponível em um site de downloads, esta gravação até o momento não possuia uma capa, então eu criei esta de forma provisória.
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sexta-feira, agosto 20, 2010
Target Of Demand - Gruss (1989)
Esta banda austriaca da cidade de Linz existiu entre 1985 e 1990 e muito pouco se falou sobre ela, a não ser no restrito circuito independente do hardcore. Lembro-me que um amigo que trabalhava em uma oficina de motos perto da minha casa me apresentou o Target Of Demand. Gostei na hora quando ouvi o split album com a banda Stand To Fall, isso em 1988. Tinham algumas canções escritas em inglês e outras em alemão, que é uma das principais línguas do país, junto com as línguas regionais croata, esloveno e húngaro. Isso dava uma característica diferenciada no estilo que predomina a língua inglesa. O T.O.D. tem um som de compasso rápido, agressivo e limpo ao mesmo tempo, ou mais musical em relação a bandas que chamam de crustcore. Passado um tempo, meu amigo recebeu o album Gruss pelo correio, pois ele mantinha um intercâmbio com punks na europa. Ouvimos o lp e gostei mais ainda, o T.O.D. mantinha a energia do split só que com uma produção de gravação melhor. Outro detalhe é que o número de músicas em inglês foi reduzido à apenas uma canção, pois eles disseram que os temas eram mais ligados ao seu país e por isso não havia sentido em compor em inglês. O Target Of Demand é mais uma das centenas de bandas obscuras que valem uma boa audição. Nos comentários.
*PS.: Neste link, você pode escutar o LP: Gruss
*PS.: Neste link, você pode escutar o LP: Gruss
quarta-feira, agosto 18, 2010
First Squad: The Moment Of Truth - Studio 4C (2009)
Em 1942, na Segunda Guerra Mundial, a história da resistência do exército Vermelho contra as legiões do Terceiro Reich da Alemanha.
Criado e escrito por Misha Sprits e Aljosha Klimov, dirigido por Yoshiharu Ashino, produzido por Eiko Tanaka, Misha Sprits e Ajloshoa Klimov, desenho de personagens por Hirofumi Nakata, trilha sonora por DJ Krush, realizado pelo Studio 4C e Molot Entertainment Film.
Site oficial: http://www.first-squad.com/
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segunda-feira, agosto 02, 2010
Umar Bin Hassan - Be Bop Or Be Dead (1993)
Prosseguindo com a série Black Arc de Bill Laswell, Umar Bin Hassan é o poeta que pertence ao grupo pré-cursor do rap, o Last Poets. Be Bop Or Be Dead tem praticamente o mesmo formato do Last Poets, só que com a produção de Laswell e seus parceiros, como Bernie Worrell e Bootsy Collins(Parliament, P-Funk), Buddy Miles(Jimi Hendrix and Band Of Gypsys), Amina Claudine Myers, Guilherme Franco, músicos conhecidos do free jazz. Hassan recita sua hardcore poetry com a trilha sonora produzida por Laswell e seus companheiros, sendo que há uma releitura de composições do Last Poets que são This Is Madness e Niggers Are Scared Of Revolution. Clique na imagem para acessar o arquivo.
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