segunda-feira, junho 24, 2013

The Big One City Of L.A. Power (1991)

Amigo, se você gosta de punk e hardcore e não sabe o que é Flipside, sei lá o que andou fazendo esse tempo todo... Flipside foi um fanzine publicado entre 1977 e 2000 pelos amigos Al "Flipside" Kowalewski, Larry Lash, Pooch, Tory e X-8, formandos da Whittier High School que documentava o cenário hardcore punk de Los Angeles. No início, a primeira edição foi publicada no formato 1/4 de página em papel fotocópia grampeado à mão e nos anos 80 o zine tinha capa colorida com mais de 100 páginas. Também o zine Flipside passou a publicar coletâneas em formato VHS e criou um selo fonográfico.
A coletânea The Big One foi editada pela Flipside Records em formato LP com o lado A dedicado a Los Angeles e o lado B a San Francisco, sendo posteriormente lançado no formato CD no ano de 1991. Em The Big One, se encontram bandas que se tornariam conhecidas do grande público, como Bad Religion, L7, The Offspring e Green Day. O interessante é que a produção, compilação e livreto de notas foram autoria de Joy Aoki, pintora, designer gráfica e ativista ambiental de L.A.. Também destaco bandas conhecidas do cenário hardcore, como Down By Law, Monsula, VIctim's Family, Mr. T Experience, a versão inédita de A Take Away do Big Drill Car e American Society do L7. Nos comentários.

quinta-feira, junho 13, 2013

Arthur Doyle Electro-Acoustic Ensemble ‎– Plays The African Love Call (2001)

Voltando ao mundo das futilidades, afinal, que importância tem a música num país miserável como o Brasil? Bem, o meu exercício de cidadania acontece no cotidiano sem luzes e câmera, apenas ação, é apenas o meu dever e nunca um mérito. Não é em um texto de internet que vou fazer alguma diferença e além do mais, este weblog e só para esse tipo de coisa, sobre arte, sobre futilidades, não que eu considere a arte uma futilidade, na verdade ela é parte do ser humano, mas como disse, estamos em um país miserável onde a arte não pode ocupar tanto espaço até que as mínimas condições de dignidade e respeito ao próximo sejam estabelecidas (e isso é pra ontem, diga-se de passagem). O ADEAE Plays The African Love Call foi gravado durante duas apresentações em 1999, sendo em Junho no Bug Jar e no Astrocade, em Setembro. Desta vez Arthur Doyle tem seu Electro Acoustic Ensemble composto por Dave Cross, Tim Poland, Ed Wilcox, John Schoen e R. Nuuja com a mixagem de Jim O'Rourke. No mais, seguimos divulgando a arte de Arthur Doyle, um dos preferidos da casa. Nos comentários.

quarta-feira, junho 12, 2013

Protestos contra o aumento da tarifa do transporte público

Me lembro quando a passagem de ônibus aumentou 3 vezes em apenas uma semana, no fim dos anos 80. Não houve nenhum protesto como os destes dias em que vivemos. A democracia dava seus primeiros passos já tortos pós regime militar, parte do povo ainda não tinha articulação para agir com cidadania. Na verdade, a liberdade ideológica se preserva na mente e no coração de cada pessoa se ela quiser a não ser, que a opressão seja física e danifique de forma psicológica e motora. Sim isso acontece pela violência física e de uma maneira mais lenta, pela violência psicológica. Mas estão realmente todos livres?
Os protestos contra o aumento da tarifa do transporte coletivo em várias cidades do Brasil estão na pauta de qualquer morador desta cidade (vou me limitar aos protestos em SP, porque eu nasci e vivo aqui).
Em primeiro lugar, EU NÃO SOU CONTRA O PROTESTO DA POPULAÇÃO, mas sabemos o teor destas recentes manifestações pelo movimento Passe Livre. Ou não sabemos?
Minha carteira de motorista expirou sua licença em 2000, ou seja, dependo de ônibus, metrô e trem à 13 anos. Tenho direito e conhecimento prático no assunto, conheço e uso os 3 principais transportes públicos da cidade em todos os horários, desde as primeiras horas de funcionamento no fim da madrugada, quanto os ônibus noturnos. Só não tive a oportunidade de usar a linha que cruza a av. dos Estados por ainda não precisar usar o sistema.
Quantas pessoas que fizeram parte dos protestos já foi até a estação Capão Redondo do metrô, já usou um ônibus intermunicipal da EMTU, já usou o expresso Leste na estação do Brás, esteve no terminal Capelinha, etc? Creio que apenas alguns fazem uso desses mecanismos e então eles sabem como é.
Mas a maioria da população de baixa renda, que usa todos os dias o transporte público, inclusive para o lazer, não concorda com esse tipo de protesto. Aliás é um protesto que tem estudantes como núcleo mentor. Ok, muitos estudantes estão em contato com as ideologias políticas que se estruturaram no fim do século passado, mas eles devem saber que essas ideologias em muitos quesitos, não saíram do papel e das teorias e o que pôde ser implantado custou caro, custou muito derramamento de sangue. Me diz uma coisa, o movimento está disposto a matar ou morrer? Se não está, deve tomar consciência que fará parte do sistema que tanto abomina (eu também não aprovo, mas sei o que não funciona para mudar isso). Ou perde a razão e parte para a força física, ou vira mendigo. O poder político econômico não vai aceitar mudanças aos moldes idealizados pela juventude libertária. Se por hipótese ocorrer uma guerra civil por motivos políticos e em grande escala, sabe o que provavelmente vai ocorrer? OTAN, ONU, United Snakes Of America e Colonialismo Europeu terão a carta branca nas mãos para que este país volte aos tempos da coroa, só que com nova roupagem, nada pomposo e espalhafatoso, mas politicamente correto e sustentável.
Muitas pessoas que conheço, mesmo sendo pessoas queridas, me dirão o óbvio, falarão de uma população oprimida economicamente, que está anestesiada e se contenta com o futebol com frango de padaria no domingo, que passam várias necessidades mas gastam seus poucos tostões em supérfluos, como celulares 4G e tênis de R$ 900,00, tudo isso com o batidão como trilha sonora.
Lamento informar meu caro, você está no sistema. Não adianta ter uma banda punk, morar no CRUSP ou em uma república estudantil, ter um grupo de RAP, ser pixador, ser filiado de partido socialista ou até comunidade hippie em São Tomé das Letras, todos estão no sistema.
A coisa mais óbvia que impede uma mudança radical na sociedade brasileira é o manjado ditado de que a união faz a força. O povo brasileiro só consegue chegar perto de uma verdadeira unidade quando torce para a seleção brasileira.
A minha idéia de protesto é que todo o proletariado, em todos os setores se unissem e cruzassem os braços, mas ainda usando o transporte público sem pagar, operando os meios de produção de energia sem pagar as tarifas, as forças armadas que são compostas por cidadãos do povo, se colocassem à serviço da população. Mas a população teria que se abster de bens de consumo, usassem apenas o essencial, como alimentos, medicamentos e vestuário básico, etc, nada de shopping, cinema, restaurantes, shows, baladas, etc, até que o poder político econômico fosse reformado ou substituído. Não haveria necessidade de derramamento de sangue e uso de violência física. Isso sim é uma verdadeira utopia, é contra a natureza humana, que é de um ser humano individual. É muito bonito elaborar teorias políticas baseado em seres vivos que agem de forma coletiva por instinto, que não raciocinam sobre o que fazem, pois é um procedimento incluso no seu DNA, que é ativado diante das circunstâncias, uma abelha não escolhe viver em uma colmeia, as formigas não decidem trabalhar para armazenar alimento para o formigueiro no inverno. O irônico é que eles vivem um regime imperialista.
As pessoas como indivíduo, não estão dispostas a colocar em jogo suas estabilidades em torno de um bem comum, por isso uma manifestação como essa que falei, não é possível. O funcionário do metrô temerá seu emprego se deixar o seu semelhante passar pela catraca sem bilhete, ninguém quer dar o primeiro passo.
Bem, estão dizendo que as depredações são a reação contra a violência gratuita da polícia contra os manifestantes. Ela existe? Claro que sim, eu seria um idiota se negasse isso. Mas também vi violência gratuita dos manifestantes e alguém seria parcial se não reconhecesse isso. Podem até articular alguma justificativa, cada um acredita no que quer, alguns acreditam na arca de Noé, outros que Neo vai nos libertar da Matrix.
Eu em minha estrita opinião particular acredito na filosofia de não pagar na mesma moeda, por mais difícil e dolorido que seja, pois é, eu trinco geral com um cara que pra muitos, é apenas uma fábula de manipulação. Outro dia estava assistindo um desenho animado, Doug, em que o protagonista se encontra numa briga de escola de forma involuntária e acaba dando um soco num colega. Seu pai fala algo como: "Mostre-me alguém que usa os punhos e vejo alguém que não tem boas idéias".
No facebook, expressei minha opinião à respeito das manifestações e fui colocado no mesmo saco de farinha da mídia vendida que só faz criticas negativas aos protestos e só fala do vandalismo dos manifestantes.
Pois é, eu estive na Feira do Trabalho no Anhangabaú no mês passado. Estive com dezenas de pessoas em fila de espera com senha, para entrevista de emprego. Não tinha nenhuma vaga no Google ou coisa parecida, a maioria das vagas era de serviço braçal. Isso não é mérito e nem vergonha, é apenas o fato de que eu sei como é, sou parte integrante do povão, tenho a benção de ter um pai que quase morreu para me proporcionar uma vida melhor que a dele.
Eu escolhi não mais concordar com o código de Hamurabi e minha liberdade conservo na minha mente e no meu coração.

terça-feira, junho 11, 2013

Trümmer Sind Steine Der Hoffnung / Those Who Survived The Plague ‎– Split 7" (1998)

A banda Trümmer Sind Steine Der Hoffnung se formou na cidade de Linz na Austria em 1995, com membros das mais significativas e atuantes bandas do cenário punk/hardcore desta cidade, principalmente o Target Of Demand. Há mais informações sobre Trümmer Sind Steine Der Hoffnung em um pequeno release no myspace, mas como está escrito em alemão e o software de tradução não é muito confiável, apenas me limito à dizer que tudo começou no cenário de Linz com oficinas e associações culturais da cidade por volta de 1988 e logo tiveram contato e concertos com bandas americanas como Bad Religion e Fugazi e a banda encerrou suas atividades em 1998. A outra banda que faz parte deste compacto split é Those Who Survived The Plague, não encontrei informações mais detalhadas, apenas que se formou em Vienna no ano de 1992 tendo como membro o guitarrista do Target Of Demand, Andreas "Mops" Breitwieser e encerrou suas atividades em 1999. Nos comentários.

quinta-feira, junho 06, 2013

Target Of Demand / Stand To Fall - Split LP (1988)

Este split album foi o primeiro registro do Target Of Demand após sua demo-tape de 1987. Stand To Fall também estreou neste split. Infelizmente não encontrei informações da banda, que lançou seu último registro, o cd Fear, em 1993 pelo selo austríaco CCP Records. A primeira vez que ouvi o Target Of Demand foi através deste disco, que meu amigo tinha recebido pelo correio da Alemanha. Sem dúvida uma das melhores bandas do cenário hardcore punk da Austria nos anos 80. Eu tinha publicado aqui sobre seu primeiro LP, o Gruss, de 1989, mas o link não funciona mais porque bloquearam minha conta do Mediafire e também escrevi à respeito disso. Mas já providenciei um novo link para o Gruss, porque é um ótimo disco de hardcore e mesmo sendo de um selo um pouco mais conhecido, o We Bite Records, por aqui ele praticamente não existe. Mais de Target Of Demand e Stand To Fall nos comentários e segue o trabalho deste weblog.

*PS.: Aqui neste link, você escutar o split: Target Of Demand / Stand To Fall - Split LP (1988)
 
 
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