quarta-feira, agosto 09, 2006

A revolução não será televisionada simplesmente porque ela não ocorreu

No saldo geral, a geração da dita contra-cultura, que praguejou contra a "alienação" hippie, a indiferença e pessimismo da "geração X", também deu com os burros n'água.
Ao analisar alguns segmentos mais representativos em contingente juvenil, é fácil detectar como seus ideais de origem, perderam sua força de ação, ironicamente, de atitude. Claro que existem os minúsculos focos de resistência, que por romantismo, não abrem mão dos ideais coletivos, mesmo que custando caro para suas vidas particulares. Agora a grande maioria, não vai adimitir que está mergulhada na filosofia neo-liberal, do não me venha contar seus problemas, que está na busca alucinada por conforto material, e isso não quer dizer o desejo por Audi's A3, bolsas Louis Vuitton, tv de plasma, i-pod's. Pois os que almejam ítens assim, já nasceram corrompidos, tem nojo dos pobres, etc e etc.
O caso mais grave é dos indivíduos que se apossaram dos ideais derivados do anarquismo e socialismo, que se julgam "cidadãos conscientes", simplesmente por conhecer bandas estrangeiras de contra-cultura, fanzines e revistas, serem ecológicamente corretos(sendo que boa parte possui automóvel), boicotarem o McDonald's, e outras coisas menores. O que adianta um belo discurso inflamado num bar da rua Augusta ou Vila Madalena, ou numa casa noturna ou chopperia do Sesc, se no dia seguinte, o indivíduo falta com ética e solidariedade à seus próximos, inclusive os ditos amigos?
" Cada um com seus problemas". Pois é, uma frase pra lá de constante no unido underground paulista. Uma associação de 12 donas de casa tem muito mais poder de ação e união do que uma multidão de jovens que se dizem adimiradores de Che Guevara.
Uma coisa a ser reparada, é que as pessoas que tem condições de ajudar, só ajudam se tiver tempo ocioso para gastar ou que a ajuda não cause despesas. E ainda por cima usam a situação para promover mérito pessoal e aliviar um pouco a consciência. É, todo mundo quer ser herói de HQ, com super poderes, uma bela garota e final feliz. Mas quem quer ser herói de verdade? No sentido da mitologia grega, onde o herói tem que estar preparado para o sacrifício supremo.
Bem, mas voltando ao título do post, não haverá revolução, pelo menos por um tempo, até a próxima geração ter autonomia de ação civil e mudar este quadro, pois as gerações anteriores, a mais recente com indivíduos orbitando na faixa etária de 20 à 30 anos aproximadamente, está nesta busca do "El dorado" de consumo, seja DVD do Fela, Minutemen, livro do Noam Chomsky, etc.

6 comentários:

Anônimo disse...

enquanto isso o ex-prefeito dá show de horror na televisão

Anônimo disse...

o comentário é meu

Unknown disse...

nossa, o que foi essa entrevista do serra?!?! Desesperador é sua provável eleição no governo do estado, e o início de um período nefasto

Anônimo disse...

encontrando tudo.

Anônimo disse...

pior que nem é o início, essa será a quinta gestão tucana seguida

Unknown disse...

eu quis dizer no sentido da escalada do zerra 2010

 
 
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