Antes que chegue o mês da redenção, mesmo que seja efêmero, mesmo que seja sobre compras, perús assados e frutas secas, mesmo que seja um mero protocólo social festivo desprovido de sua essência verdadeira, aproveitemos o momento.
Ontem me peguei ouvindo o disco do Arthur Rhames, que meu amigo Sieiro me apresentou ao longo deste ano. Entre tantas injustiças na arte, a que ocorreu com Rhames sem dúvida foi uma das mais tristes e cruéis. Morreu aos 32 anos de idade vítima da AIDS em 1989 esquecido e não reconhecido. Praticava saxofone, piano e guitarra 6 horas cada instrumento por dia, totalizando 18 horas de estudo diárias. Um talento único, precioso, como disseram, a ligação perdida entre John Coltrane e Charles Gayle. Reggie Workman disse que Deus escolheu Rhames para ser seu mensageiro.
Desde os tempos antigos a história se repete, o ser humano é o mesmo, não importa se hoje ele está na era digital. A civilização segue em passos apressados sem garantia de estar na melhor direção e não há tempo e espaço para pessoas como Arthur Rhames.
No aspecto geral a arte atual é o que é porque o artísta, o ser humano que está por trás dela(se bem que muitos artístas querem estar à frente dela por vaidade) se tornou o que é.
A estética se apropriou de um espaço indevido na prioridade, o conceito se adaptou a essa invasão de território da estética, a essência perdeu sua autonomia.
Boa parte das pessoas nega que isso esteja acontecendo, mas quem tem olhos, veja, quem tem ouvidos, ouça.
Já dizia a banda punk inglesa Discharge nos anos 80: "Hear Nothing See Nothing Say Nothing"
Ouça Arthur Rhames aqui
sexta-feira, novembro 28, 2008
terça-feira, novembro 25, 2008
The king of the hill: E-Pak-Sa!!!
Cabuloso, tem em todo lugar, em qualquer parte do mundo. Apreciem o medley do mestre do ponchak coreano, o incrível E-Pak-Sa...
sexta-feira, novembro 21, 2008
Gylan Kain
Gylan Kain é um dos fundadores do grupo The Last Poets, junto de Felipe Luciano e David Nelson em 1968. Seu spoken word agressivo é acompanhado de tambores ou com músicos, como no caso do disco The Blue Guerrilla, onde o Jazz e o Freejazz estão presentes ao lado de sua poesia.
Atualmente novos artístas como Mike Ladd tem redescoberto esta combinação de spoken word e o Freejazz, como sua associação com o pianista Matthew Shipp.
Acima uma amostra sonora de Kain.
terça-feira, novembro 11, 2008
Skate Rock na rádio Sonorica
Gake no Ue no Ponyo (2008)
O tão aguardado filme de Hayao Miyazaki e Studio Ghibli estreou no Japão em meados de Julho deste ano. Ponyo começou a ser escrito em 2006, mesmo ano do filme dirigido por Goro Miyazaki, que alguns fãs mais radicais do Studio Ghibli, não receberam muito bem e também parte do público. Ponyo relembra em alguns aspectos o filme Tonari no Totoro, pelos protagonistas do filme serem crianças. A temática mística é forte neste belo filme, sendo que a mãe de Ponyo é semelhante a entidade mística que o brasileiro conhece. Com muita sutileza, há certos aspectos sombrios, como pacto de sangue. Mas o filme tem forte mensagem de amor e fé. Mais uma vez Hayao Miyazaki cativa.
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