O grande momento histórico brazuca, a realização de um sonho para muitas pessoas (talvez nem tantas, você já viu o preço dos ingressos?). São nestas raras ocasiões que podemos testemunhar qual é a prioridade na vida de muitos, como a modelo brasileira radicada no exterior que volta à sua terrinha natal exclusivamente para prestigiar seu ídolo: Madonna. Madonna deixou de ser apenas uma cantora, uma artísta, já faz alguns bons anos, se tornou uma empresa, uma marca, um ídolo. A mídia brasileira dá mais destaque sobre sua boa forma física (mas ela não é cantora?) aos 50 anos, sua ligação com a kabbalah, etc. Ah é, tinha me esquecido, ela é uma celebridade e estes são os assuntos recorrentes da mídia, a música é apenas um mero detalhe. "Madonna é maravilhosa e poderosa!...". Esta afirmação não foi feita apenas por adolescentes fanáticas pela cantora, mas também por mulheres adultas. E este poder é tão presente que muitas destas mulheres elegeram Madonna como ídolo no sentido mais dogmático, chegando ao ponto de seguir seus passos (sim, pequeno gafanhoto, sim Daniel sam) na vida pessoal. Quando Madonna resolveu lutar boxe, muitas também o fizeram, quando resolveu partir para a "produção independente" (ter filhos independente de marido), também, quando ela se converteu ao judaismo, bem isso não é tão simples assim, não depende só do querer, adotar orfãos de países sub-desenvolvidos (esta também não é fácil) e agora a kabbalah (já saiu matéria em revista de mulher brazuca que está embarcando nessa).
Mas vamos falar de música. Hard Candy está longe de ser um trabalho ruim, muito pelo contrário, é bem produzido (aliás a produção se tornou o álibi de muitos artístas), as músicas são de qualidade como tem sido desde o disco Immaculate Collection. Em termos de meu gosto estritamente pessoal, eu parei no disco Like A Prayer. Mas deixando de lado as preferências pessoais, dalí em diante Madonna deixou algo muito precioso para trás, uma inocência e ingenuidade em seu jeito de se expressar cantando, não tem nada haver se ela buscou a ousadia em figurinos eróticos e letras ambíguas. A impressão que me dava, é que ela acreditava que sua música poderia mudar o mundo para um mundo melhor e este sentimento podia se notar quando cantava Holiday, Borderline, Into The Groove. Mesmo com amadurecimento de seu trabalho, algo desse sentimento estava em Like A Prayer, Spanish Eyes, provando que isto não se perde com tal amadurecimento, a não ser que a pessoa permita que isto aconteça. Madonna aprimorou seu produto artístico, sua voz, mas aí é que está a questão, ao evoluir deixou para trás não só apenas o visual que hoje consideram cafona, jaqueta jeans com desenho do Keith Haring, pulseiras de plástico colorido, deixou para trás aquele frescor de sonhadora descompromissada com o fardo de ser uma super estrela e isso era refletido no tom de sua voz. Como disse Ernesto: "É preciso ser duro, mas sem perder a ternura, jamais...".
sexta-feira, dezembro 12, 2008
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4 comentários:
Face manjada essa, hein Akira? Quem é ela? A presidente do mundo? Nem sei... qdo nasci ela já tinha essa fachada.... abração pra ti, nêgo véio!
Bêjo no teu coração
Face manjada essa, hein Akira? Quem é ela? A presidente do mundo? Nem sei... qdo nasci ela já tinha essa fachada.... abração pra ti, nêgo véio!
Bêjo no teu coração
Face manjada essa, hein Akira? Quem é ela? A presidente do mundo? Nem sei... qdo nasci ela já tinha essa fachada.... abração pra ti, nêgo véio!
Bêjo no teu coração
hahahahha 3x é foda!!!
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