E seguem os dias passando rapidamente e num piscar de olhos já passamos da metade do ano de 2014! Ainda em tempo o Sonorica prossegue em sua homenagem à Arthur Doyle, que infelizmente praticamente se foi na obscuridade, pelo menos aqui no Brasil. Apesar de nestas semanas acontecerem apresentações musicais em São Paulo, como a Anthony Braxton e seu novo grupo que conta com uma nova geração de improvisadores, como a saxofonista Ingrid Laubrock, a qual tive o prazer de participar de um workshop à pouco tempo atrás, é sempre o mesmo mecanismo. Por algum tempo Braxton se torna uma moeda de troca no "
jetset" e depois desaparece como acontece regularmente. É apenas um reflexo de uma geração de consome música por Gbytes de MP3 e Youtube. Não há substância, apenas a superficialidade até como vinil como um mero objeto de fetiche onde a música fica em segundo plano. É, faz parte desta nova realidade e seguimos em frente com o que realmente importa. Todas as vezes que faço alguma pesquisa sobre Arthur Doyle e seus registros fonográficos, encontro um pouco de dificuldade para encontrar dados mais abrangentes, dados técnicos até, de seus discos. Isso também é devido seus títulos serem na maioria de pequenos selos independentes, como é o caso desta gravação de 1999, A Prayer For Peace que saiu pelo selo Zugswang, que aparentemente não possui um website. A gravação deste disco foi através de um gravador DAT de 2 canais. Quanto à James Linton e Scott Rodziczak que participam desta gravação, infelizmente não encontrei nada sobre eles. Também descobri que Arthur Doyle não é lá muito bem visto por algumas mídias especializadas que até o citam como "charlatão", questionam sua técnica musical, enfim... Por essas e outras é que evito cada vez mais conversar sobre música com muitas pessoas, principalmente as que encaram a arte de forma acadêmica, intelectualizada no sentido negativo da palavra, que torna a arte num enfado elitizado que não tem valor algum e apenas serve como combustível da fogueira da vaidade. O que realmente importa é que mais uma vez a arte de Arthur Doyle está registrada em seu estado natural em A Prayer For Peace, que também contém mais uma versão de um de seus clássicos de repertório, a composição Flue Song em duas versões com o trio. Longe dos holofotes, continuemos a celebração da arte musical de Doyle. Nos comentários do post como de costume.
Um comentário:
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