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Em um caderno de cultura do jornal de grande circulação na maior capital da ex(ou não) província portuguesa(ah é... teve aquela fita do D.Pedro I no Ipiranga!), tinha saído como matéria de capa, o fenômeno do êxito do grupo Cansei de Ser Sexy. Agora saiu sobre o grupo Bonde do Rolê. Em primeiro lugar, não estou aqui para atacar ou por em dúvida a qualidade musical desses grupos. Definitivamente eles tem o pleno direito de fazer o que fazem e ter sucesso com seus produtos. Afinal, a liberdade de expressão está na Constituição. Aquela fita, se você não gosta, vai ficar ouvindo? Deixa pra lá, deixa viver! Agora, o que acho patético é a sociedade ter como parâmetro de superioridade cultural, o jornal Folha de São Paulo. Aí você vê uma propaganda na TV da Folha, só "gente bonita" e " descolada é que lê. Tá bom que você verá um negro da perifa lendo o caderno +mais!, ou o Raimundo da portaria do condomínio lendo o caderno de ciência na propaganda da folha. Então toma aí pra vocês que se acham superiores por ler este jornal, é o Bonde do Rolê que é bom pra sua cultura! Que Jobim que nada, Villa Lobos, Stravinsky, Sinfônica do Estado, Orquestra Mantiqueira, bah, que nada, o que tá pegando é o Bonde! Se os gringo tão pirando na fita deve ser bom. Afinal se saiu no The New York Times e Rolling Stone, tem que ser bom.
Em termos de cultura musical, a Ilustrada é "altamente gabaritada", pois uns anos atrás, na matéria de capa, um jornalista afirmava que o Stockhausen era pai da dodecafonia?! PUMP UP THE BASS!
foto de Jukka Piiroinen 2005
Não há muitas informações sobre este trompetista sueco, mas seu site possui pequenos samples de seu trabalho. Infelizmente o site é sueco e não tem versão em inglês. Vale a pena conferir.
Clique no título do post que é o link para o site de Magnus Broo.
Em tempos terríveis de enchentes, desatinos do prefeito, sequestros, uma boa notícia.
No início deste mês de Fevereiro, o governo do estado de São Paulo aprovou o projeto de lei de autoria do deputado Turco Louco que dispensa a obrigatoriedade da apresentação da carteira famigerada OMB(Ordem dos Músicos do Brasil), para apresentações musicais. Esta é uma batalha antiga, a OMB é uma instituição que foi criada na época da ditadura militar tendo o mesmo presidente que se diz eleito pela maioria dos votos dos músicos, sendo que a maioria odeia o presidente, e nunca se sabe quando ocorre a votação. Muito pouco se faz pelos músicos e cobram taxas abusivas. Só era visto alguma ação quando os fiscais da OMB saiam à la Inquisição do santo ofício atrás de músicos que se apresentavam sem a tal da carteira, ao absurdo que quererem confiscar os instrumentos de quem não tivesse o número da besta. Todos sabem como o músico tem a vida de sacrifícios, ganha mau pacas, principalmente o que toca na noite, nos bares e restaurantes. Aí vem os soldados da cruzada para lhe arrancarem a cabeça. Mas isso me lembrou um fato, conhecidos e amigos fizeram campanha para certo candidato e tentaram me convencer a votar por ser jovem, "conhecer" música, esporte, arte, cultura e tal, que iría fazer coisas boas no poder. O que se faz de diferente ter o Dia do Jovem? Nem no calendário aparece. Aí me vêm o Turco Loco que todo mundo chama de pilantra, filiado ao partido que ajudou a ferrar o país, e cumpre com o seu dever. É... como dizem por aí, Deus escreve certo por linhas tortas(tortas até de mais).