
O que me levou a falar sobre isso foi ter visto justamente o que escreví no começo do post, nem começou o ano direito e já estão falando do ilustre de novo, só que sem nada que possa acrescentar algo realmente relevante e substancial. Tudo bem, é o livre arbítrio, pois cada um escolhe no que gasta seu curto espaço de tempo em carne e osso neste planeta. Tem pessoas que só ouvem a música de Johnny Mathis, outros só Beatles, etc e etc.
Só creio que seja um desperdício de oportunidade. Se privar de descobrir coisas novas e isso nem sempre quer dizer que se tenha obrigação de só ir atrás de no caso especificamente, trompetistas de Free Jazz ou Neo-Bop. Até o bem conhecido Lee Morgan desperta pouco interesse, talvez por ignorância e principalmente em sua melhor fase, no fim dos anos 60 e início dos 70. Mas também podemos descobrir trabalhos preciosos, como o realmente desconhecido trompetista Dupree Bolton, que gravou nos anos 50 e o blog Farofa Moderna colocou em pauta.
Nem sempre não se mexe em time que está "ganhando", pois pode ser que só não está perdendo...
Um comentário:
Ídolos clássicos não passam de referência para iniciados em música, mas tem gente bem velhinha que ta nessa ainda, é incrível a falta de bom senso!
Eternamente será assim: as mesmas figuras representativas de cada rótulo musical em cena que vem junto com a falta de bom gosto da massa, o medo do desconhecido e falta de originalidade, além do primor por ignorar músicos que vem por trás da grande estrela dos holofotes.
Onde existe o público para as vertentes do subterraneo e bandas injustiçadas ? Quem se importou e quem se importa com isso desde que música é música ?
Sempre foi assim, exemplo moderno seria o das revistas, casas de show e boates insistindo sempre no mesmo, no hype, hits ordinários atrasados e sons que imitam mal as obras do subterrâneo de outra década, o medo do dj tocar o desconhecido e esvaziar a pistinha. E quem se importa com a arte e com o desconhecido?
E não é por falta de meios, porque quem quiser tudo de graça consegue, é só correr atrás. Enquanto isso blogs divulgam bandas raras e coisas que quem curte de verdade está vivendo a época de ouro em quesito de adquirir obras que sempre quis ter e nunca teve acesso. É bom comprar discos, mas quando nao se tem dinheiro e nem acesso é o mp3 salvando. Moral da história: música verdadeira é pra poucos, porque pra maioria é como uma escola assombrada, intocável, um tabu eterno como sempre foi. Enquanto isso a gente continua a vibrar e pesquisar no escuro os grupos e músicos injustiçados que vivem na sombra do esquecimento da massa burra.
Postar um comentário