
Realmente é muito tacanho se deparar com os mesmos artigos de sempre, inclusive na midia digital, sobre o free jazz ou a música mais ousada que teve início no fim dos anos 50 sob a fundação nominal oficial de Cecil Taylor e Ornette Coleman. Com tantas ferramentas para acessar quase todo o tipo de informação, ainda frequentam nomes mais do que "manjados" ou digeridos nas pequenas rodas de conversa sobre este tipo de música em São Paulo, ou seja, gravações de John Coltrane e Pharoah Sanders dos anos 60, Art Ensemble Of Chicago, quando não muito, Peter Brötzmann. Parece um sintoma das recentes apresentações destes artístas por aqui. Um amigo ligado ao ramo do comércio cadavérico do formato LP de vinil, me relatou que a procura por material de certos artístas, que até acumulavam poeira nas prateleiras, acabam sendo solicitados por conta destas recentes performances. À alguns anos atrás, podíamos comprar discos de Trane, Pharoah, Sun Ra, AEOC, por preços que não pagavam uma pizza de mussarela de entrega à domicílio. Bem, vamos ao que interessa.
Arthur Doyle é mais um dos renegados músicos do free jazz e consequentemente do verdadeiro underground. Até hoje permanece na obscuridade, mesmo com a ajuda de nomes conhecidos como o Thurston Moore do Sonic Youth. O interessante é que Doyle se envolveu com o pós-punk e a cena No Wave de New York, que tem nomes bem conhecidos, como Brian Eno, Arto Lindsay, Elliot Sharp, Lydia Lunch, Glenn Branca (e sua orquestra de guitarras em que os membros do Sonic Youth se conheceram), etc. Este envolvimento de Doyle gerou o grupo The Blue Humans em parceria com o guitarrista Rudolph Grey, que tocou no grupo Mars, ligado diretamente ao cenário No Wave, que também teve a participação do baterista Beaver Harris, que acompanhou por um bom tempo, Archie Shepp, Charles Gayle, outro músico que passou maus bocados, também colaborou com o The Blue Humans e Thurston Moore.
No More Crazy Women tem esta ligação com a No Wave de New

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