Não é definitivamente aquela música de Kind Of Blue, não tem clima cool, o negócio é mais porrada mesmo, o buraco é mais embaixo. Também não é nenhuma novidade a degradação dos valores sociais e consequentemente culturais deste país, que abraça qualquer restolho, como se fosse um tesouro ou a cereja do bolo.
Temos duas estréias no cinema, o documentário sobre Justin Bieber e o filme da Bruna Surfistinha. Não, aqui não tem espaço para pré-conceito ignorante e pseudo-moralista para apedrejar a prostituta (no caso, ex-profissional do sexo).
O caso aqui é meramente o baixo nível de qualidade cultural mesmo. Realmente o cinema nacional consegue abordar e esbanjar dinheiro em cada assunto... Por favor, não me venham dizer que o filme é construtivo, que mostra uma realidade sobre a prostituição e outros argumentos, por favor, se alguém é simpatizante do filme, ignore sumariamente este blog. Assim como o documentário de Justin Bieber, que já escreveu uma biografia, só falta ter um filho e plantar uma árvore, para seguir este jargão estúpido. O rapaz está bem acessorado, é melhor fazer estas coisas, antes de cair no ostracismo, como outros produtos de mercado fonográfico. Olha o nível, antes o que se tinha como prodígio, era o Michael Jackson nos tempos de Jackson 5, Stevie Wonder em sua adolescência. Agora está valendo tudo mais do que nunca, já chamam o jogador Dentinho de ator, o Neymar também, a Paris Hilton também chamam de artísta, de cantora... What a woderful world!
E mais uma vez o monopólio televisivo esfrega na cara da população e goela abaixo o que determinam. Mais uma vez Regina Casé se presta ao papel de que é bonito ser "feio", no seu programa que "é a cara do povo", assim contribuindo para os poucos neurônios da população trabalhar menos ainda. Afinal é domingo, né? Quem quer saber de cultura, arte, reflexão, crítica e auto-crítica em pleno domingão? Não são todos filhos de Deus? Já não chega a massacrante rotina da labuta semanal? O povo quer curtir, relaxar, beliscar um petisco e tomar uma geladinha, em frente da telinha... plim, plim... evil has no boundaries!
E o que chamam de elite cultural não está imune à essa contaminação. Até no gueto da música improvisada, do free jazz, da arte de vanguarda, já se manisfestam os embustes artísticos, que produzem uma massaroca sonora ou visual, camuflada com um "release" conceitual recheado de citações alheias e referências, como fazem os publicitários, mas o conteúdo é oco como uma árvore infestada de cupins. E a platéia chama para o encore... maravilha! Mas quem se importa? E daí? So what?
So What - Ministry
Die! die! die! die!
Scum sucking depravity debauched!
Anal fuck-fest, thrill olympics
Savage scourge supply and sanctify
So what? so what?
Die! die! die! die!
Die! die! die! die!
You said it!
Sedatives supplied become laxatives
My eyes shit out lies
I only kill to know i'm alive
So what? so what?
Die! die! die! die!
Die! die! die! die!
So what, it's your problem to learn to live with
Destroy us, or make us saints
We don't care, it's not our fault that we were born too late
A screaming headache on the brow of the state
Killing time is appropriate
To make a mess and fuck all the rest, we say, we say
So what? so what?
Die! die! die! die!
Die!
Now I know what is right
I'll kill them all if I like
I'm a time bomb inside
No one listens to reason,
It's too late and i'm ready to fight!
So what? now i'm ready to fight!
domingo, fevereiro 27, 2011
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