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E Malcolm McLaren foi o responsável por articular o hiphop no Reino Unido que rendeu bons frutos (vide os artístas da célebre coletânea Hard As Hell! de Simon Harris, que pretendo abordar num futuro post).
O hiphop chegou ao Brasil até que quase simultânea com a sua concepção original, com um delay de no máximo 2 anos, se bem que para certos movimentos culturais, isso pode ser tempo demais, mas como o hiphop se consolidou e rompeu a virada do século e predomina globalmente com grande força até os dias de hoje, os 2 anos de "atraso"não comprometeram.
Me lembro de estar no 5º ano do ginásio, com onze anos de idade e o hiphop ganhou projeção nacional com o breakdance, com o moonwalk de Michael Jackson, a estréia do video clip Street Dance do grupo Break Machine num notório enlatado televisivo dominical e posteriormente numa vinheta de abertura de uma novela (soup opera) no tal "horário nobre". Até participei de um concurso de grupos de breakdance no colégio, usando os típicos trajes de esporte, boné, luva, óculos escuro e tal. Não usavamos os termos b-boy, turntablelist, etc, era tudo mais inocente, com pouca informação. Nem o termo rap era lá muito usado. Os nomes conhecidos eram o de Kurtis Blow, Kool Moe Dee, Whodini, Zapp, o tal do "funk falado", Chic Show. Ainda não se falava do Run DMC, Public Enemy.
Quem curtiu os primórdios do hiphop e se contorceu nos movimentos do break, com certeza teve como uma das trilhas sonoras essenciais, a música Buffalo Gals de McLaren. Clique na imagem para acessar o arquivo e relembrar, redescobrir, pois isso é história.
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