quarta-feira, maio 30, 2007
CASA COR 2007
Muitas novidades, como uma banheira que se aciona e controla a temperatura da água por telefone celular. O decorador responsável pelo seu banheiro hi-tech, ainda de lambuja, filosofou sobre a questão do meio ambiente, ecologia, a preciosidade da água e bláblás e blás. Uma decoradora que esteve em outro planeta nestas últimas duas décadas, descobriu a "novidade" dos materias recicláveis, se maravilhou com sua própria criação de um suntuoso bar feito com garrafas PET, transformando o lixo em luxo!!! Outro "gênio" decorador ditou a nova tendência da casa do futuro, onde a casa "serve" ao morador e suas visitas, a cozinha, o "living" estão integrados(a burguesia descobriu que é "chic" recepcionar seus convidados na cozinha...). E mais um outro decorador de intelecto privilegiado descobriu que o maridão pode assistir seu sei lá o quê no seu hometheater, ao mesmo tempo em que pode observar sua esposa tomando banho por uma espécie de teto de vidro que "integra" ao banheiro da casa.
Mais uma edição deste evento de decoração esfregando na cara da população, a luxúria dos bens de consumo. Como sempre, o local é o grandioso templo ritualístico da burguesia paulistana, o Jockey Club de São Paulo, onde a jogatina não é uma coisa feia, nem o exibicionismo, seja de chapéus ou vestidos, carros, etc.
Ah não, mais um discurso idealísta de um socialista de faculdade... Não, não meus caros, não completei o tal do ensino superior, não lí os livros do Karl Marx, Trotsky entre outros. Não tenho lá muita predileção por nenhum movimento político social, pois até agora, só é bonito no discurso e no papel. É isso aí, o nosso eterno país do futuro. Para meia dúzia, este futuro já é presente movido a monitor de plasma e controle remoto. Só que para a grande e esmagadora maioria, esse futuro sempre será conjugado no verbo do futuro do remoto, claro o remoto no sentido, bem você sabe...
* De quebra, o nosso glorioso Brasil está no octogésimo terceiro lugar de uma lista de 121 nações ditas pacíficas... Bossa Nova? Ãhã...
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