sábado, julho 17, 2010
quarta-feira, julho 14, 2010
Vandermark 5 - Annular Gift (2009)

*Se possível, contribua com o trabalho de Vandermark comprando seus discos, pois é um artísta independente e não tem o suporte de grandes selos e patrocinadores.
quinta-feira, julho 08, 2010
Max Roach - The Loadstar (1977)

The Matyr é uma releitura para Praise For A Martyr, gravada em 1961 no disco Percussion Bitter Sweet, que contava com Booker Little, Julian Priester, Eric Dolphy, Clifford Jordan, Mal Waldron, Art Davis, Carlos Valdez, Carlos Eugenio e Abbey Lincoln, coma mesma urgência e vigor, compactada no formato de quarteto. Six Bit Blues tem um belíssimo solo de Bridgewater profundamente arraizado nas tradições da música afro-americana. Ambas as músicas tem o compasso ternário que caracterizou grandes mudanças rítmicas no jazz, que ficaram muito conhecidas por Max Roach e Joe Morello. Clique no link para acessar o arquivo: http://www.mediafire.com/?zjmhthmajzf
terça-feira, julho 06, 2010
Olhaí o povo trabalhador brasileiro...
É INACREDITÁVEL – B I Z A R R O, ABSURDO - MAS É O “NOSSO BRASIL” !
Aconteceu no Ceará!
Curso para 500 mulheres.
Como o setor têxtil é de vital importância para a economia do Ceará, a demanda por mão de obra na indústria têxtil é imensa e precisa ser constan temente formada e preparada.
Diante disso, o Sinditêxtil fechou um acordo com o Governo para coordenar um curso de formação de costureiras.
O governo exigiu que o curso deveria atender a um grupo de 500 mulheres que recebem o Bolsa Família. De novo: só para aquelas que recebem o Bolsa Família.
O importante acordo foi fechado dentro das seguintes atribuições: o Governo entrou com o recurso; o SENAI com a formação das costureiras, através de um curso de 120 horas/aula; e o Sinditêxtil, com o compromisso de enviar o cadastro das formadas às inúmeras indústrias do setor, que dariam emprego às novas costureiras.
Pela carência de mão obra, a idéia não poderia ser melhor.
Pois bem. O curso foi concluído recentemente e, com isso, os cadastros das costureiras formadas foram enviados para as empresas, que se prontificaram em fazer as contratações.
E foi nessa hora que a porca torceu o rabo, gente. Anotem aí: o número de contratações foi ZERO. Entenderam bem? ZERO!
Enquanto ouvia o relato, até imaginei que o número poderia ser baixo, mas o fato é que não houve uma contratação sequer. ZERO.
Sem nenhum exagero. O motivo?
Simples, embora triste e muito lamentável, como afirma com dó, o diretor do Sinditêxtil: todas as costureiras, por estarem incluídas no Bolsa Família, se negaram a trabalhar com carteira assinada. Para todas as 500 costureiras que fizeram o curso , o Bolsa Família é um benefício que não pode ser perdido.
É para sempre. Nenhuma admite perder o subsídio
SEM NEGÓCIO.
Repito: de forma uníssona, a condição imposta pelas 500 formadas é de que não se negocia a perda do Bolsa Família. Para trabalhar como costureira, só recebendo por fora, na informalidade. Como as empresas se negaram, nenhuma costureira foi aproveitada.
Casos idênticos do mesmo horror estão se multiplicando em vários setores.
QUEM ESTÁ CRIANDO ELEITORES DE CABRESTO, COMPRADOS ATÉ EM SUA DIGNIDADE, RECUSANDO-SE A TRABALHAR PELO SEU SUSTENTO?
E QUEM PAGA O PATO, TODO MÊS 27,5 % ?
Dentro deste mesmo assunto narro aqui o ocorrido em Seropédica e Paracambi, municípios localizados na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
O mesmo programa foi instalado aqui só que com Cursos para formação de mão de obra para construção Civil ( pedreiros, carpinteiros, eletricistas, bombeiros hidráulicos e outros) e não se conseguiu alunos suficientes pois os beneficiários diziam que se fizessem o curso e fossem empregados perderiam o Bolsa família.
A maioria prefere depender do benefício e complementar a renda, quando o faz, com "bicos".
Alguns dias atrás o Governo falou que vai aumentar a abrangência desse "malefício", e o prefeito do Rio de Janeiro vai dar um "abono" de R$ 100,00 a todos os beneficiários do mesmo.
E quem paga a conta???
domingo, julho 04, 2010
Copa do mundo de futebol: "Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração."

Não é nada edificante esse lance do brasileiro achar que é dono do futebol, que a seleção tem obrigação de ganhar sempre. Afinal as competições esportivas tem algo interessante justamente pela sucessão de vencedores, justamente por seu mérito, indepenedente de alguém achar que trapacearam, pois o gosto real da vitória só desfruta quem o fez de forma honesta. Se não quer descer do trono, basta fazer como Kim Jong II, a saber o ditador da Coréia do Norte.
Também fico triste quando uma pessoa coloca no altar certas coisas, como a seleção, o futebol, o time acima de tudo em sua breve vida. A pessoa depende apenas de 90 minutos periódicos e instáveis para ser feliz. Mas como disse uma pessoa que muita gente idolatra sem entendê-lo, o ignora por não crer, ou por outros motivos, tem razão, independente de filosofia, opinião ou religião: "Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. ". Foi o que Jesus Cristo disse. O que entendo é isso, a pessoa acaba limitando sua felicidade e a tornando instável por acreditar em valores voláteis, passageiros e tornando o viver uma coisa menor do que poderia ser.
Ah, em 2014, que a lição de casa esteja em dia para não passar vexame no boletim escolar da vida, não é porque a copa será no Brasil que tenhamos o direito de ter o título. Que vença o melhor e como diz o título de uma música do grupo The Last Poets: "Blessed Are Those Who Struggle"- Bem aventurados aqueles que se esforçam!
sexta-feira, julho 02, 2010
Cenário musical independente paulistano e seus depoimentos

Me lembro do meu erro ao não checar as fontes de informação de forma correta, ou seja, se a fonte era confiável e se havia coerência com a verdade. E isso não foi feito de forma irresponsável, pois era um assunto ao qual eu tinha vivenciado, mas como não me foi concedido a onipresença e onisciencia, não pude apurar a verdade dos fatos de forma cem por cento isenta de opiniões pessoais, alheias. Enfim, foi um aprendizado e hoje as coisas estão claras.
Últimamente tenho visto a documentação de movimentações culturais em formato digital, coisa que não podia ser feita no fim dos anos 80 e 90 até. Quem iria ficar andando com uma câmera de video high 8 ou gravador k7 nas baladas e shows de São Paulo o tempo todo, ou nas rodas de conversa das pessoas que participaram deste cenário? E vejo como a memória humana pode ser falha ou infelizmente, tendenciosa. Cada um conta sua história do jeito que lembra, do jeito que queria que tivesse sido. O irônico dissso é que a contra cultura paulistana que rebateu e repugnou a parafernália burguesa, a ditadura e o poder, acabou fazendo algo semelhante ao relatar sua curta trajetória. Depoimentos e textos são feitos de forma romantizada e idealizada e não raramente, totalmente fora da realidade. É como a maiora da documentação da história da humanidade, os livros tratam a fundação de nações e cidades como uma coisa linda e maravilhosa e quem tem bom senso sabe que nunca foi assim. A história do homem foi escrita com sangue, mas não sangue como adjetivo de esforço e trabalho, mas como violência, instintos malignos, interesses próprios não visando o bem coletivo e outros ransos.
Mas hoje em dia, eu particularmente não vejo, não sinto necessidade e não quero buscar, pesquisar, investigar e divulgar sobre o que realmente aconteceu e acontece neste meio cultural paulistano com intuito de jornalismo investigatório ou documental. Se houver alguma relevância, tudo será esclarecido de alguma forma, cedo ou tarde a verdade aparece. Cada um que conte a sua história como deseja seu coração e sua consciência. E depois, muita coisa não tem importância, vai se dissolver no avançar do tempo, a vida envolve coisas muito mais importantes do que isso, a não ser que as pessoas coloquem a arte como carro chefe de suas breves existências nesta terra. Breves existências? Sim, pois se todo ser humano pudesse viver exatamente cem anos, o que é cem anos perante a eternidade, a qual não temos a verdadeira noção de sua dimensão.
"Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. " Tiago 4.14
quinta-feira, julho 01, 2010
Rammellzee (?/?/1960 – 27/06/2010)


Um artísta incrível, ao contrário da longevidade dos dois últimos que escreví neste blog, se foi apenas aos 49 anos de idade. Uma coluna da cultura hiphop e da arte de New York encerra sua trajetória. Se o graffiti que está tão em alta nestes tempos, foi Rammellzee quem o fundamentou na forma como o conhecemos e é um de seus pioneiros. Grafiteiro, rapper, estilista, não importa o "rótulo", e sim a sua arte extremamente criativa. Se quiser conhecer mais sobre o mentor do Gothic Futurism, acesse os links abaixo:
http://www.gothicfuturism.com/
http://www.myspace.com/rammellzee
sexta-feira, junho 25, 2010
Fred Anderson Lives in Our Memories and Hearts! by Jasmine Anderson-Sebaggala

My name is Jasmine Anderson-Sebaggala, I am Fred Anderson's grandaughter. I am writing on behalf of my family. We appreciate the support and prayers for my grandfather, Fred Anderson.
My Grandfather received visits and phone calls from more than 200 people.
People traveled from various cities to visit him.
Thanks for sharing great vibes, stories, food and love.
My grandfather died peacefully on Thursday June 24, 2010 at 3:10 a.m. He was in hospice at The Ark in Park Ridge, IL.
We will miss my grandfather's presence, and cherish our memories of him. He was a humble man that helped and inspired others and loved his family and friends.
The velvety smooth sounds blown from his horn remind me of his dedication, strength and courage.
We will always honor his legacy, work ethic and determination.
Funeral arrangements are pending.
In lieu of flowers, our family asks that donations be endorsed to AIRMW with a memo that it is for the Velvet Lounge Fund and sent to Asian Improv aRts Midwest, c/o JASC 4427 N. Clark St. Chicago, IL 60640.
All proceeds will go to support keeping the Velvet Lounge open and thriving into the future.
Condolence cards and greetings can be sent to:
Jasmine Anderson-Sebaggala
2117 West Howard Street Unit 3D
Evanston Illinois 60602
Sincerely,
Jasmine Anderson-Sebaggala"
Suntimes.com obituary article of Fred Anderson
Musicianguide.com biography of Fred Anderson
Myspace.com of Fred Anderson
The Velvet Lounge
quinta-feira, junho 24, 2010
Brötzmann / Drake Live in New York City (18/04/2010)
domingo, junho 20, 2010
sexta-feira, junho 18, 2010
Bill Dixon se retira...

Pois é, o Bill Dixon se foi... como se foram muitos outros. Chegou o seu tempo, não o que nós queremos, mas digamos(independente de questões religiosas), foi o tempo de Deus. William Robert Dixon se foi aos 84 anos de idade maneira serena com seus familiares, depois de lutar por 2 anos de uma enfermidade, segundo o obituário ofcial. Consequências da vida, não se vive para sempre, salvo alguns casos, que se vai um pouco mais longe, mas não para sempre, como o casal turco Abdullah e Elif que chegou até os 113 e 110 anos até o momento. Tiveram uma vida saudável em todos os sentidos. Fred Anderson também não goza de boa saúde, segundo a comunidade de Free Jazz de Chicago a qual recebo notícias diárias. É assim mesmo, o tempo passa, os corpos humanos se desgastam e chega um momento em que a vida carnal tem seu fim, é inevitável. De poucos anos pra cá tenho ouvido falar de Bill Dixon pelas novas gerações, talvez tenha ganho destaque por conta de sua recente gravação com a nova geração, como o também trompetista Rob Mazurek. Mas infelizmente as pessoas não estavam interessadas em pesquisar sobre Dixon, que não tem um material tão difícil de se encontrar. Enquanto o foco estava em outros ícones da música por conta de relançamentos em midia, como John Coltrane, Sun Ra, apresentações musicais como a volta do Art Ensemble Of Chicago, Dixon continuava sua trajetória desde os anos 60. As pessoas mais jovens ficam sentidas quando um veterano morre e muitas vezes é um sentimento um tanto quanto egoísta da pessoa, que quer estar mais próxima de alguma forma, e há uma sensação de perda em vários níveis. Os familiares e amigos naturalmente passam por isso, pois se perde muito mais que um nome ou um som, mas um pai, um amigo... Me lembro quando morreu o baterista Max Roach, o qual conhecí pessoalmente apenas em 2000, depois de começar a conhecer seu trabalho em meados dos anos 90. Ora, Max Roach estava na ativa desde os anos 40. Não fiquei triste com sua morte, pois soube que ele se foi de forma tranquila ao lado da família. Então me deu uma saudade, de ouvir novamente aquela bateria que "falava", de suas opiniões sobre a música em seus depoimentos e entrevistas. Coloquei suas gravações para tocar e apreciar sua arte. Contemplei toda sua obra e pensei comigo mesmo que ele tinha feito tudo que podia pela arte, e foi muita coisa. Deixou um legado, um importante registro na música e ainda ajudou a mudar o rumo dela. Max Roach cumpriu a missão e se foi em paz.
Creio que não foi diferente com Bill Dixon. Não vou aqui regorgitar o que já está publicado em vários tipos de mídia. A sua arte fala por sí só. Quem quiser que ouça o som de seu trompete ou as cores de suas pinturas. Dixon se foi em paz e também cumpriu a missão e deixou um legado. Como na foto acima, Bill abre passagem para outras gerações continuarem a passar pelos corredores e subir as escadas e chegar a outros lugares.
Quem quiser conhecê-lo: http://www.bill-dixon.com/
quinta-feira, junho 17, 2010
KOCH/ROHRER/GIANFRATTI - 24/06/2010
HANS KOCH: Nasceu em 1948, Biel, Switzerland toca clarinete baixo, clarinete contrabaixo, saxofone soprano, saxofone tenor e electronicos, já participou da orquestra de Cecil Taylor, gravou com Paul Bley, London Improvisers Orchestra, Louis Sclavis, Evan Parker, Barry Guy, Butch Morris entra outros.
THOMAS ROHRER: Suíço radicado no Brasil desde 1995, Thomas Rohrer iniciou seus estudos musicais como violinista e estudou saxofone com Othmar Kramis na escola de jazz de Lucerna. O seu trabalho transita entre a improvisação livre, o jazz contemporâneo e a música regional brasileira. Em 1999 tocou no Montreux Jazz Festival acompanhando Chico Cesar, Rita Ribeiro e Zeca Baleiro. Apresentou-se na Suíca, Itália, Nova York e no Brasil em duo com a percussionista italiana Alessandra Belloni. Em 2002 realizou uma turnê pela França, Espanha e Inglaterra com o quinteto de música instrumental de Carlinhos Antunes. Participou do espetáculo Mãe Gentil do coreógrafo Ivaldo Bertazzo e, com Fábio Freire, fez a trilha sonora original do documentário longa-metragem Saudade do Futuro, de Cesar Paes.
ANTONIO GIANFRATTI: Nasceu em São Paulo - Brasil. É baterista , percussionista, construtor de peças de percussão e free improviser. Tem se dedicado a música improvisada há muitos anos, divulgando esta vertente, através de apresentações e workshops, em espaços culturais, teatros, museus, galerias de arte e festivais. Fundador do grupo Abaetetuba de improvisação livre, juntamente com seu parceiro Yedo Gibson, com o qual produziu 4 cds e com os músicos Rodrigo Montoya e Renato Ferreira, também produzindo 4 cds.
Integrante do Duo TOPA, juntamente com Thomas Rohrer, tendo a produção de 2 cds.
O trio de improvisação livre musical, se reune novamente no Brasil para o lançamento de CD, no Centro Cultural São Paulo no dia 24/06/ 2010 às 21:00h, onde haverá um concerto na sala espaço cênico Adhemar Guerra, com entrada grátis.
Mais informações:
http://www.myspace.com/antoniopandagianfratti
http://www.myspace.com/thomasrohrer
http://www.myspace.com/kochschutzstuder
segunda-feira, junho 07, 2010
Sunny's Time Now (DVD)
O documentário Sunny's Time Now, sobre o baterista de Free Jazz e Improvisação Sunny Murray, teve exibições públicas na Europa e o dvd já está disponível. Vale a pena conferir este filme que nos relata sobre as grandes inovações da percussão na música pela ótica de um artísta inovador que continua a desenvolver seu trabalho musical de forma ousada.
Mais informações no link abaixo:
http://www.ptd.lu/stn.htm
quinta-feira, junho 03, 2010
Rashied Ali e Sirone são homenageados no site oficial do Vision Festival


Clique nas fotos para acessar os artigos no site do Vision Festival.
O Vision Festival é organizado pela Arts For Art, Inc., organização multicultural sem fins lucrativos cujo objectivo é construir o conhecimento ea compreensão do avantjazz relacionadas com movimentos expressivos e incentivando ao mesmo tempo um senso de comunidade entre os artistas e seu público. Suas atividades principais são a apresentação da música, inovadora e criativa, a dança, espectáculos multi-media, palavra falada, e da exposição de artes visuais. Arte Pela Arte, Inc. é especialmente dedicada à apresentação da música americana inovadora a partir de uma perspectiva afro-americana e tradições. Avantjazz é uma conseqüência direta do jazz, da música historicamente do africano-americano. No entanto, avantjazz foi ganhando audiência em todo o mundo e artistas de todas as culturas. Assim, a programação é multi-racial, reflexo deste desenvolvimento de avantjazz em uma música multi-cultural. Música inovadora que vem sendo desenvolvida no lado inferior do leste de New York (U.S.A.), aclamado no mundo inteiro e apoiado, permanece sub-exposta e sem suporte no seu lugar de origem. Assim, os objetivos são reconhecer e manter o legado dessa arte, enquanto assegurar o seu futuro através da criação de um lugar para o seu desenvolvimento. Desde o início de artes para o festival de arte e visão levaram uma mensagem de consciência social clara. A própria instituição de artes para a arte é um ato político de auto-determinação. A.F.A. mantém a crença de que a arte realmente move as pessoas e que, para mover as pessoas é um ato político poderoso.
Arts For Art, Inc. - 107 Suffolk Street #3.5 - New York, NY 10002
phone: (212) 254-5420, event info: (212) 696-6681, fax: (212) 254-5420
General Information, Press Contact, Vision/RUCMA Series: info@visionfestival.org
quarta-feira, junho 02, 2010
Improvisação Livre e Free Jazz no Brasil, temos um futuro?

Como eu disse ao Panda e ao Fábio, talvez em 10 anos, contando com o fim das barreiras de acesso à informação com o advento da rede mundial de comutadores que nos fornece amplo acesso e de forma simultânea com os

domingo, maio 30, 2010
Ari Brown - Venus (1998)

2. Trane's Example
3. Roscoe
4. Venus
5. Quiet Time
6. Baldhead Gerald
7. Oh What A World We're Living In
8. Rahsaan In The Serengeti
Ari Brown (soprano, alto, tenor saxophones);
Kirk Brown (piano);
Avreeayl Ra (drums);
Art Burton (congas, bongos)
Rec.: Riverside Studio (03/03/1998 - 03/04/1998)
Para mais detalhes sobre este saxofonista e pianista de Chicago membro da AACM e do The Ritual trio de Kahil El Zabar, acesse o blog Farofa Moderna, onde escrevi um post mais detalhado. Para acessar o arquivo, clique na imagem acima.
quarta-feira, maio 26, 2010
Token Entry - The Weight Of The World (1990)

terça-feira, maio 25, 2010
Token Entry - Rarities (1985 - 1989)

segunda-feira, maio 24, 2010
Token Entry - Jaybird (1988)

domingo, maio 23, 2010
Bridgestone Music Festival 2010, mas a música não é o assunto principal

Mas o assunto sobre este post é sobre o evento, independente de quem está no palco. O local onde ocorre o evento anual antes era conhecido como Palace, lugar sempre escolhido para acolher um cantor que insistem em chamar de rei fazia seus concorridos shows. Tinha um certo glamour sobre este lugar. Mas quando você entra no local onde acontece as apresentações, se depara com mesas se apertando e balançando com suas pernas tortas, com um certo desconforto que não condiz com o preço dos ingressos. Mas as pessoas se sujeitam a isso tudo pela carência de um evento internacional. Há uma certa aura de elevação intelectual entre o público em sua maioria, afinal está em um evento internacional de jazz, de música sofisticada. Tudo mera ilusão. A maioria depende de seu curto repertório(às vezes é a aquela coleção de jazz da folha de são paulo) para poder assimilar a música executada. A codificação em suas mentes do que é jazz se moldou à um modelo totalmente equivocado. Mas ninguém sai ferido nesta batalha sonora, todos voltam para casa e com assunto durante a semana em seus respectivos empregos e atividades profissionais e sociais. Eu poderia descrever com mais detalhes as situações que ocorrem neste tipo de vento, mas não vejo necessidade. Sim, com um esforço se abstrai o local, as pessoas, as conversas e se desfruta de boa música. Para mim foi melhor, por chegar ao evento já com as apresentações em andamento e a saída rápida após o encerramento. O que não se pode evitar é o intervalo entre as atrações, onde dividí a mesa com desconhecidos e é complicado abstrair o teor dos diálogos. Outra situação é o costume de aplaudir os solos individuais na música, que atrapalha a audição e muitos o fazem porque se tornou uma convenção em shows de jazz. Isso provavelmente ocorria de forma espontânea em jam sessions antigamente entre os músicos, que se empolgavam com a performance de seus colegas. Hoje isso ocorre de uma forma tão sincronizada e artificial, que parece script de platéia de programa de auditório, tipo Silvio Santos, onde se levanta uma placa escrito: "aplausos", por trás das câmeras.
Em alguns momentos eu fiquei me questionando o que estava fazendo naquele lugar, mesmo compreendendo estas mazelas e convenções sociais. Claro que este tipo de evento sempre trará alguma atração que eu aprecie e terei que fazer o exercício de abstração para apreciar somente a música. Mas é assim mesmo, the show must go on.
ps.: Agradeço ao meu colega Wagner Pitta e seu blog Farofa Moderna pela cortesia.
quinta-feira, maio 20, 2010
MPB, taí uma coisa que brasileiro não gosta...

sábado, maio 01, 2010
Tetsuya Nishio
Nishio participou na direção de animação dos filmes Jin Roh, Sky Crawlers, Blood, abertura de Cowboy Bebop, etc.
sexta-feira, abril 30, 2010
Hardware - Third Eye Open (1992)


Digamos que o projeto Hardware é funk rock, black rock, dando continuidade à série criada por Laswell, a Black Arc. Conta com a participação de George Clinton, Gary 'Mudbone' Cooper, ex companheiros de Bootsy no P-Funk e Bernard Fowler, que participou de inúmeros projetos, com Rolling Stones, Herbie Hancock, Material, James Blood Ulmer, Duran Duran, Yoko Ono, entre muitos outros.
Clique na foto da capa para acessar o arquivo.
quarta-feira, abril 28, 2010
Albert Ayler Quintet - Truth Is Marching In (01/05/1966)

Pouco se comenta que Ayler foi grande influência no direcionamento musical de John Coltrane em sua chamada última fase, de 1965 à 1967, assim como a gravação Ascencion foi inspirada na gravação Free Jazz de Ornette Coleman. Mas Ayler também foi influenciado por Trane, numa fase anterior, quando Trane se destacava no hardbop. Mas logo no início dos anos 60, Ayler já começava a solidificar seu próprio estilo, como pode ser constatado em sua primeira gravação como líder em 1962.
Quando se trata de jazz spiritual, sempre vem a tona a suite A Love Supreme de Coltrane. Sim, é uma belíssima obra que foi dedicada como um louvor à Deus. Mas Ayler manteve o foco nesta espiritualidade, enquanto Trane foi para campos místicos, como se pode notar em títulos como Om, Interstellar Spaces, etc.
A maioria das composições de Ayler tem títulos ligados ao Espírito Santo, Deus, Jesus, etc. Inclusive Ayler gravou o disco Goin' Home, só com versões de hinos das igrejas protestantes cristãs e mais tarde seu discípulo, o saxofonista David Murray gravou o disco Spirituals, da mesma maneira.
Uma forte característica na música de Ayler são os temas que tem a sonoridade das marchas militares, talvez tenha sido influência de seus tempos na banda da escola e no serviço militar, como Ghosts, Bells e Spirits por exemplo.
Albert Ayler é um nome fundamental na história do free jazz e sempre é válido comentar sobre sua arte, que continua contemporânea e emocionante. Clique na imagem acima para acessar o arquivo.
terça-feira, abril 27, 2010
O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento

A manipulação da palavra causa muitos males e a ignorância mais ainda. A religião fundada pelo profeta Mohammed, não se baseia em homens-bomba, violência e fanatismo, fala de paz. A maioria dos praticantes que entram nestas questões radicais, são manipuladas pelos seus lideres que não tornam acessível o conhecimento das palavras contidas em seu livro sagrado. Só divulgam de forma isolada algumas frases que são o suficiente para causar graves danos. O Vaticano fez a mesma coisa com a Bíblia, tudo era em latim(língua morta e complexa), que só os líderes tinham domínio. As missas também eram conduzidas da mesma forma, o povo ficava a mercê dos padres, bispos e papa. Foi instaurado um clima de medo e obscuridade, de castigo, etc. Promoveram massacres a outros povos que não compartilhavam de sua opinião religiosa, como fizeram com os muçulmanos. Mas a questão não é essa.
Podemos usar esta frase em nosso cotidiano, livre de questões religiosas. O conhecimento é um ítem que realmente tem a capacidade de nos poupar de situações adversas. Por exemplo, se tivermos o conhecimento básico aprendido numa escola pública, ao comprarmos algum produto no mercado e lermos as especificações no rótulo, saberemos se poderemos consumí-lo sem nos causar dano. Minhas aulas de química não eram das melhores(estudei em escola pública, em meio a muitas greves), mas o pouco que aprendi me ajuda no dia a dia, ao comprar alimentos, produtos de limpeza, etc. Compreender as clausulas de um contrato ou um documento evitam problemas posteriores, tanto que existe um dito popular: "Escreveu e não leu, o pau comeu".
O que me motivou a escrever este post, foi o uso indevido da palavra apocalipse em muitos textos e frases que tenho lido e escutado por aí. E isso não vem de pessoas que foram privadas do ensino básico, muito pelo contrário, tiveram acesso ao chamado nível superior de ensino, como USP, PUC, etc. Alguns deles trabalham no jornalismo, onde é essencial um certo domínio do conhecimento das palavras. Afinal publicam textos tanto via impressa como virtual para o público. São pessoas que leram muito mais livros que eu lí, escrevem a muito mais tempo do que eu. Eu apenas gostava de fazer redações na escola e depois de muito tempo, comecei a escrever neste blog.
Vamos lá:
Apocalipse(αποκάλυψις): palavra de origem grega que significa revelação.
Como se pode perceber, há uma enorme diferença entre o verdadeiro significado e o que as pessoas supõem que signifique. Apocalipse não significa o fim do mundo. Talvez por não ter se traduzido o título do último livro da Bíblia(em grego, conjunto de livros), tenha gerado esta distorção do significado. Sim, o conteúdo de Apocalipse trata sobre o fim do mundo, mas não é só sobre isso. Talvez por pré-conceito, ignorância, preguiça ou outros motivos, as pessoas reproduzem uma informação sem averiguar realmente do que elas falam(E olha que no jornalismo é regra examinar as fontes de informação).
Mas em tempos de escrever palavras como: "vc", "naum", "aki", "xego", "flei", que importância tem? Deixe a forma correta de escrita da língua portuguesa para os fósseis da Academia Brasileira de Letras...
Oséias 4.14: "...pois o povo que não tem entendimento será transtornado."
ps.: Diz aê professor Pasquale!
quarta-feira, abril 21, 2010
Token Entry - From Beneath The Streets (1987)

Eu tinha postado aqui sobre o primeiro compacto ainda com o vocalista que foi para o Killing Time(outro nome conhecido do NYHC) e agora, este é o primeiro lp, com o vocalista Tim Chunks, que se tornou o definitivo. Lançado pela Positive Force Recs em grande estilo, com a capa sempre feita pelo baterista Ernie, com a linguagem do graffiti estilo hihop e a banda na contra-capa na estação de metrô Times Square(os Warriors tinha que passar por ali), já preparava o conteúdo musical. Revelation, Antidote e Latent Images são inesquecíveis, clássicos do skate rock. A gravação é um tanto peculiar, mas em nada compromete. Digo isso por conta da diferença entre From Beneath e Jaybird. Parece que o grave estava mais baixo no Beneath e foi aumentado no Jay. É a mão pesada de Dr. Know que fez a diferença, dando mais densidade na gravação, principalmente nas guitarras. Token Entry é um capítulo importante do hardcore dos anos 80. Clique na imagem acima para acessar o arquivo.
"...grab your board try again its not just a game
ollie to tail totally insane all that I wanna do is skate, skate!"
sábado, abril 17, 2010
John Coltrane - Jupiter Variation
Jupiter Variation como o título sugere, é composto de out takes, material que não foi publicado na sua época, no caso o Interstellar Space. Também foram incluidas as inéditas Number One e Peace On Earth, que foram gravadas em sessões na costa oeste dos E.U.A. e posteriormente em 1972, Charlie Haden e Alice Coltrane refizeram as partes de piano e baixo. Clique na imagem acima para acessar o arquivo.
Frank Lowe - Fresh (1975) * refazendo o link

Clique aqui neste link para acessar o post onde se encontra o acesso ao arquivo:
http://sonorica.blogspot.com/2009/11/frank-lowe-fresh-1975.html
sexta-feira, abril 16, 2010
Charles Gayle Quartet - Always Born (1988)

Gayle tem uma forte personalidade musical, uma torrente sonora é lançada ao ar pelo seu saxofone. A maioria de suas músicas, que tem como tema as escrituras sagradas e o cotidiano, deixam fluir a linguagem do espírito de forma ininteligível às linguas criadas pelo homem, mas universalmente compreendido pela linguagem espiritual da música.
Always Born conta com a colaboração de John Tchicai nos saxes soprano e tenor. Tchicai participou da gravação de Ascension e foi membro de um dos grupos mais desafiadores da música livre, o New York Art Quartet. O baixista Sirone (Norris Jones) veio de uma longa carreira musical, já trabalhou com Sam Cooke e Smokey Robinson, Ornette Coleman, Sun Ra, Pharoah Sanders, Albert Ayler, entre muitos outros, além de de ser co-fundador do grupo Revolutionary ENsemble, ao lado de Leroy Jenkins e Jerome Cooper. O baterista Reggie Johnson é de Chicago e logo se tornou membro da AACM, desenvolvendo parcerias com Anthony Braxton, Muhal Richard Abrams, Butch Morris, Roy Campbell, entre outros. São 6 músicas sendo que Coming Together são da autoria de Sirone e Nicholson e as demais de Gayle. Em comparação aos registros posteriores, como Repent, Shout!, Precious Soul, etc, Always Born possui uma atmosfera mais serena, mas é claro, não deixando de ter a intensidade do sopro de Gayle. Sem dúvida, uma bela estréia e um registro essencial do free jazz.
Clique na imagem para acessar o arquivo.
quarta-feira, abril 14, 2010
Zillatron - Lord Of The Harvest (1994)

Clique na foto da capa para acessar o arquivo.
sábado, abril 10, 2010
Cenário independente paulistano... dividir e conquistar! the vikings are coming!

Enquanto o pessoal "selvagem" do Oriente Médio já usava o sistema numérico que usamos e comia com talheres, o "velho mundo" se consumia em peste bubônica e outras mazelas nos seus chamados burgos.
Bem, vamos ao assunto em sí. Apesar de haver uma revitalização do cenário cultural, principalmente o musical independente em São Paulo, depois do grunge, que não podemos negar, causou uma boa movimentação, criando novas bandas e gravadoras, inspirado na pequena Sub Pop, que era apenas uma sala num prédio comercial em Seattle, cidade portuária longe dos centros culturais na California e New York. Até o consagrado grupo Titãs se aventurou nessa barca, convidando o produtor Jack Endino e cada membro se arriscando em projetos paralelos ("Será que isso o que eu necessito?!" - nome da música do disco Titanomaquia).
Mesmo o setor de música comercial se encontra numa situação não muito diferente do meio da música autoral independente. E as bandas que tocam covers, bandas intérpretes, de tributo, etc, adotaram uma técnica de sobrevivência no escasso mercado de bares, casas noturnas e happy hours da cidade. Elas fecham o cerco, limitam as opções às outras bandas, porque se não for desta maneira, fica sem trabalho. Ainda mais neste meio, onde sempre aparece alguém melhor e muitas vezes que cobra menos pelo trabalho e isso também gera uma degradação ao real valor do músico. O proprietário não está nem aí com essa qualidade, ele quer seu estabelecimento cheio e consumindo muito, mesmo que o som não seja feito lá com muito esmero (se for com criatividade e sentimento, esquece!). Se fazem as "panelinhas", que são tão fechadas e resistentes de fazer inveja a Panex, Rochedo e Clock. Mas o meio autoral não deveria ter este tipo de comportamento, pois vale é justamente a característica individual de cada artísta. A diversidade é extremamente benéfica ao meio artístico autoral.
Vamos fechar mais o foco. No caso do chamado cenário punk/hardcore, onde o brasileiro em sua maioria não entendeu que tudo era mais o conceito do que o estilo e sonoridade, acabou limitando tudo nos famosos "one, two, three, four" e 3 acordes. Não há muito o que fazer se o padrão musical foi limitado. Poeticamente, não é diferente, usar de ironia e revolta político social, mais ligada ao relacionamento entre população e orgãos políticos e ideologias. Isso migrou para o hiphop, com o tal do rap denúncia, que narra a injutiça social. Mas a maioria fica só reclamando e não tem uma atitude de efeito contra este mal. E pior quando algum artísta membro da periferia consegue alguma notoriedade e upgrade financeiro, passa a agir como seus opressores burgueses. Tá aí essa cultura do ouro, do "bling", numa atitude exibicionista de "provar" que venceu na vida. Mas na verdade se prostituiu e perdeu seus valores, se é que teve em algum momento.
Com o tempo, o hardcore também se enveredou por outros caminhos além do que era uma alternativa à cultura do consumo descartável. Muitos deste meio estão preocupados em estar "style", tênis tal, guitarra tal(e isso as vezes nem tem haver com a qualidade do instrumento), de serem vistos em lugares de prestígio do cenário, de estar com tal fulano, etc. O cenário musical do punk era estruturado na coletividade e união. Ainda bem que tudo não homogêneo e existem pessoas que fazem pela arte, pelo ideal. Mas coisa poderia ser bem melhor.
Vamos ajustar o microscópio no foco mais fechado: o free jazz e improvisação livre. Aí a coisa fica muito mais difícil. É um tipo de música que não agrada a maioria, pois está oposta ao modelo geral de música como forma de entretenimento. É um tipo de música desafiadora, que o ouvinte tem de parar suas atividades costumeiras para apreciar um terreno que ele não tem controle. O músico Ken Vandermark me disse que as pessoas preferem um papel de parede musical, uma música que seja apenas pano de fundo para suas atividades diárias e não querem ser desafiadas e surpreendidas pela música. E o número de músicos dispostos a se aventurar em um terreno destes, que conta com um reduzido número de apreciadores, também causa uma falta de contingente. Existe até a visão errônea e pré-conceituosa de quem faz este tipo de música, é porque não sabe tocar direito. Mas aí nem se perde tempo com este tipo de pensamento.
Em São Paulo quase não existem músicos que tocam free jazz e improvisação livre, e muito menos lugares para se prestigiar. Ainda bem que SP, seguiu a tendência internacional e este tipo de música encontra espaço em lugares como centros culturais, galerias de arte. Mas o pensamento provinciano coloca em xeque o crescimento deste setor musical. Nestes poucos anos em que surgiram poucas manifestações da música mais radical, já ocorreu a setorização do minúsculo meio. Houveram dois eventos coletivos de improvisação que não foram capazes de criar uma orquestra de improvisação, como é a tendência nos países consolidados no estilo. E isso não tem haver com o número de músicos. Os interesses pessoais, vaidade, ego, sempre prevalecem e emperram o progresso, a evolução musical. No curto espaço de tempo, escutei uma série de falácias neste reduzido meio. Um tal de um não falar com outro, de depreciar as habilidades alheias. Teve caso de parecer que se reinvindicavam um título de pioneiro do free jazz ou coisa parecida. Eu me descuidei e me encontrei no meio desta sujeira, mas pela misericórdia de Deus, rapei fora. A música é importante para mim, mas não ocupa o primeiro lugar em minha vida. Não adiantou muita coisa o Phil Minton, Veryan Weston e Peter Brötzmann tocarem por aqui. Se tornou apenas um evento social, não um aprendizado de humildade e respeito ao próximo. No caso do Brötzmann, o qual conversei rapidamente da vez que esteve aqui, me passou muita serenidade, simpatia e humildade, em contraste à sua arte, que é audaz, selvagem e em alto volume. Se deveria tomar como exemplo a se praticar, o título da gravação do Sonore, trio formado por Peter Brötzmann, Mats Gustafson e Ken Vandermark: No One Ever Works Alone.
E assim as coisas por aqui caminham com uma dificuldade um tanto quanto desnecessária. E olha que tem gente falando em "energia positiva", "luz", "muito amor"...
"Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os hipócritas também o mesmo?
E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os hipócritas também assim?"
Evangelho de Mateus capítulo 5, versos de 44 a 47.
sexta-feira, abril 09, 2010
David S. Ware está de volta

Mas as boas novas chegaram e ele está de volta:
"I’m Back !The expression is flying !The practice has the serpent’s tongue.The dexterity is effortless. I’ll perform as much as karma allows. There may even be some timely surprises. So keep those third ears wide open.
Being a son of Arjuna I continuously contemplate “Be Without the 3 gunas” Yes there’s much action to be engaged in. Father time marches on. Namaste"
David Spencer Ware
quinta-feira, abril 08, 2010
Bomb The Bass - Beat Dis (1988)

Aqui no Brasil o Bomb The Bass chegou quase que simultaneamente por conta de dj's de pequenas casas noturnas. Eu e meus amigos de bairro nos divertimos muito ao som de Beat Dis, Megablast e Don't Make Me Wait na pista da falecida Phoenix, que ficava na Av. Henrique Schaumann e o logotipo da casa era declaradamente acid house, com o símbolo "smile". Lá era um lugar onde se encontravam muitos amigos e o som era bem variado, onde tocava EBM e hiphop. Inclusive um dos pioneiros do hiphop, o falecido Jr. Blow do Stylo Selvagem, chegou a se apresentar por lá.
Beat Dis foi um sucesso instantaneo não só nas pistas de dança, mas também nas skate sessions nas pistas de skate e ruas de São Paulo.
O single de Beat Dis em vinil se tornou um ítem disputado entre os novos dj's depois do advento do breakbeat no fim dos anos 90. Originalmente são 3 versões diferentes das 2 que estão no lp Into The Dragon, uma versão extendida, uma dub (praticamente a base sem os samplers de voz) e outra remixada.
Clique na foto da capa para acessar o arquivo que além do single original, possui a versão Beat Dat, que está no lp Into The Dragon e a Radio Edit.
quinta-feira, abril 01, 2010
O retrato da cultura do paulistano, do brasileiro

Bem, vamos ao assunto do post. Algumas pessoas agem de modo mais saudável, estão desfrutando apenas de um serviço gastronômico de boa qualidade, apenas isso. Mas a maioria se deixa levar pelas suas própias ambições e acreditam que estão se elevando socialmente. Querem ser vistas nestes locais e se sentirem especiais, mais nobres. Mas numa rede fastfood? Isso ocorre na loja de alfajores Havana, Häagen-Dasz, Burguer King. Como se este tipo de atitude pudesse proporcionar um upgrade intelectual e de status. Passamos na loja da Fnac, que tinha como intuito inicial, ser um megastore mais voltado à cultura. Mas o povo vai lá é para folear semanário e paquerar produtos eletrônicos. A variedade de cd's caiu mais de 65% e deu lugar a prateleiras forradas de dvd's da Ivete, Claudia e etc. Livros? Costuma ser o carro chefe da Fnac, mas a maioria dos exemplares são livros são de um tipo de literatura um tanto quanto, o que posso dizer, Paulo Coelho? Dan Brown? Crime e Castigo? Ora, Dostoievski eu encontro numa maquina de livros pocket na estação de metrô.
Aí fomos ao outro extremo. Descemos a rua Augusta, onde a modernidade jovem voltou a habitar, junto das casas de strip tease degradantes. Um fim de feira livre tem uma aparência mais digna. Vistamos amigos, isso já ao lado do edifício Copan e fomos numa churrascaria com sistema de rodízio, que fica na praça da República. A Trilha Gaúcha, é o oposto do Starbucks. Quem está na churrasqueira é o "Ceará", o piso está sempre seboso, as carnes nem sempre estão no ponto, as vezes salgadas demais, as vezes queimadas e endurecidas. Mas as pessoas que frequentam o Trilha não ligam pra isso, o negócio é a quantidade. O sistema de rodízio lhes permitem se empanturrar de carne, pois não podem gastar tanto dinheiro com carne em seus lares. Ou se come uma costela em casa ou deixa de pagar umas das 20 pretações da tv de lcd comprada nas Casas Bahia.
Isso tudo já não é novidade, pois em São Paulo, sempre foi assim. Então se torna um tanto quanto alienígena escrever sobre jazz, afrobeat, volta dos discos de vinil para colecionadores. Ainda bem que isto aqui é só um blog.