segunda-feira, janeiro 23, 2006

Rap "underground"? Faça-me o favor...

Continuando a idéia sobre rótulos, não podia deixar de falar sobre o "rap underground". Em lugares como E.U.A., onde a competição é muito mais feroz, os artístas usam estratégias de marketing para ter alguma chance de destaque. E como sempre, os brazucas abraçam qualquer novidade com as vinte sem questionar. E ainda distorcem a idéia original, criando uma parada muito diferente que, por um lado é positivo, cria algo original. Mas criam monstros, como por exemplo, skinheads que ouvem ska mas não gostam de negros, punks que defendem o lema "Do It Yourself" (faça você mesmo), mas suas bandas querem assinar com uma grande gravadora, anarquistas que ditam regras, etc. O HipHop alcançou a popularidade no mundo no começo dos anos 80 e isso é maravilhoso, pois é uma alternativa para o jovem estar em contato com a arte numa linguagem atual e acessível. Música e poesia: rap; pintura: grafitti; dança: break. Até uma novela da Globo tinha uma vinheta de abertura com dançarinos de break ou b-boys. Agora no Brasil, alguns se apossaram desta manifestação cultural baseada na liberdade de expressão, impondo regras de quem pode ser do "movimento", que roupa vestir, que som curtir, o que é e o que não é, etc. Então surgem pessoas com maior poder aquisitivo, que possuem meios de estar sintonizados em tempo real com o que acontece lá fora, e impõem o que é "certo". Me vem com essa de "rap underground"... Faça-me o favor né? Sería underground se buscassem divulgar seu trabalho nas ruas e lugares carentes. Montariam seus equipamentos na rua e fariam shows de graça pro pessoal, não ficariam fazendo pseudo-grafittis em areas nobres da cidade. O que vemos é o contrário, só querem assinar com grandes gravadoras, se apresentar em lugares com uma bela infra-estrutura e que paguem um bom cachê. Isso tudo não teria mal nenhum se não pagassem de humildes. Mas fazer o que, né? Liberdade de expressão é isso, cada um faz o que quer e, pode ou não, dormir bem com isso...

8 comentários:

Anônimo disse...

Pois é ! Interesses comerciais podem distorcer o valor de quase tudo, digo quase porque ainda existem aqueles que não se curvam à um comercial legal, bem feito, não se deixam hipnotizar para que consumam um monte de lixo como se fosse o ouro do momento !Pessoas com esse discernimento infelizmente não são maioria, acho até q isso é até utopia se percebecemos q por exemplo na música, tem tanta gente fazendo bons sons sem conseguir nada e aí aparece um cara com uma bicha sem um pingo de vergonha na cara, atendendo pelo nome de Lacraia ! e vendem um milhão de cds ! Nem vou dizer mais nada. É de perder a esperança nesse povo.

Valdecimples disse...

He, he, he!!Sim concordo com varias escritas, sim é lamentavel o que vemos por ai, em alguns movimentos...Como o H2, sei que vejo coisas na rua que não sei de onde as pessoas pegaram as referençias para ter tal postura/visual, coisas exageradas em todos os sentidos...

Anônimo disse...

este "nova" sub-divisão do rap, o rap underground não teria a intenção de diferenciar o que acontece com o rap mainstream nos EUA?
e neste caso a palavra underground para o grupo e/ou artista estaria veinculada a situação musical, porque underground seria assistencial? ser underground é ser assistencialista?

Unknown disse...

O problema é que quem usa esse termo, prega esse "assistencialismo". O Rap aqui no Brasil não tem essa de mainstream que movimenta milhões de dólares, como Eminem, etc. E a origem da parada tinha esse propósito, de oferecer uma alternativa para a juventude carente. E o que disse sobre shows para as pessoas sem condições, não considero assistencialismo e sim, o simples fato de compartilhar com quem gosta disso mesmo. Mais uma vez, eu quis dizer que uma parte usa este termo para se fingir de humilde, que faz as coisas pensando no coletivo.

Anônimo disse...

concordo com você. o que gostaria de colocar é se existe esta sub-divisão chamada rap underground de um modo "legítimo". porque pelo pouco que entendo desta música, consegui encontrar alguma distinção.

Unknown disse...

Bom, diferenças existem, mas aí vamos cair no mesmo dilema do difamado Heavy Metal, onde temos Black Metal, Thrash Metal, New Metal, etc. Acho que a diferença tem que vir da qualidade individual de cada um. É como apelido, quem se dá o próprio codinome. Não é estranho? Apelido é uma coisa que se ganha, isso dizendo no modo espontâneo. Quanto as diferenças entre o "Rap mainstream" e "underground", é uma coisa muito supeficial, pois na essência, é ritmo e poesia. Se o cara tem a poética sexista, do crime ou mensagem positiva, isso é característica individual. O punk no seu início era mais saudável, pois várias sonoridades eram consideradas punks, desde Ramones até Discharge. Quando eu comecei a curtir Rap,De La Soul, Public Enemy, Two Live Crew era tudo Rap pra mim e nunca pareceu confuso. Na boa, separatismo eu tô fora. Entendo o que quer dizer, mas pra mim é realmente irrelevante.

Anônimo disse...

e aí mano? curte um rap?
curto.
vixe, então vou colocar um 50¢!
não... não tem um beans aí não?
quê? que porra é essa? esse fita nem dj tem!

Unknown disse...

a respeito do rap eu penso que tem pessoas verdadeiras e outras nao,ae vai de cada um ,eu tenho q pra mim underground vai alem do seu estilo de beats e flwos,mas no cotitiano de vida,virou uma nova denominaçao sim,a maioria da pessoas como eu que gostam de under,sao pessoas que amam a rua em si,rimar sob a luz da lua nas esquinas da quebrada,ou simplesmente escutar um som sentado na calçado se desligando da rotina que o capitalismo as vz nos obriga a cumprir,eu tenho uma tatuagen NY underground no braço,nao menosprezando os irmaos daqui,mas pq la nasceu e ganhou o mundo.
eu amo o rap,amo a rua
PAZ A TODOS!

 
 
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